sábado, 7 de junho de 2025

LITURGIA DIÁRIA - 07/06/2025


Tema do dia

À LUZ DO EVANGELHO, VAMOS TRANSFORMAR NOSSA CONVIVÊNCIA COM OS IRMÃOS

Durante dois anos Paulo morou em Roma e recebia todos que iam vê-lo. Ele anunciava o Reino de Deus e Jesus Cristo, com coragem e liberdade. Não está na Bíblia, mas na Espanha uma antiga tradição acredita que o Apóstolodurante esse período (no ano 62), teria visitado a região de Taragón, naquele país.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/05/2020

as PALAVRAS DOs PApas

... o Evangelho de João, tão espiritual, tão excelso, fecha-se com um pungente pedido e oferta de amor entre Jesus e Pedro, que se entrelaça de modo totalmente natural com um debate entre eles. O Evangelista adverte-nos: ele dá testemunho da verdade dos acontecimentos (cf. Jo 21, 24). E é neles que se deve procurar a verdade. Podemos perguntar-nos: somos capazes de preservar o teor desta relação de Jesus com os discípulos, de acordo com aquele seu estilo tão aberto, tão franco, tão direto, tão humanamente real? Como é a nossa relação com Jesus? É como aquela dos apóstolos com Ele? Não somos, ao contrário, muitas vezes tentados a encerrar o testemunho do Evangelho no casulo de uma revelação “adocicada”, à qual acrescentar a nossa veneração de circunstância? Esta atitude, que parece respeito, afasta-nos realmente do verdadeiro Jesus e torna-se até ocasião para um caminho de fé muito abstrato, muito autorreferencial, muito mundano, que não é o caminho de Jesus. Jesus é o Verbo de Deus que se fez homem, e Ele comporta-se como homem, fala como homem, Deus-homem. [...] E quando queremos intrometer-nos na vida dos outros, Jesus responde: “Que te importa? Segue-me”. (Papa Francisco, Audiência Geral de 22 de junho de 2022)

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Sábado, 7ª Semana da Páscoa
Cor: Branco


Primeira Leitura (At 28,16-20.30-31)
7ª Semana da Páscoa | Sábado - 07/06/2025

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: “Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e assim fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel”.
30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório Sl 10(11),4.5 e 7 (R. cf. 7b)
7ª Semana da Páscoa | Sábado - 07/06/2025

— Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
— Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Deus está no templo santo, e no céu tem o seu trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens.
— Examina o justo e o ímpio, e detesta o que ama o mal. Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face.

Evangelho (Jo 21,20-25)
7ª Semana da Páscoa | Sábado - 07/06/2025


Esse é o discípulo que testemunha a respeito dessas coisas e que as escreveu. Sabemos que é verdadeiro seu testemunho.

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?”
22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?”
24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração pardepois dler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/06/2025

ANO C


Jo 21,15-19

Comentário do Evangelho

Pentecostes: Oração e Missão de Pedro


Após a morte na cruz, Jesus aparece aos discípulos na Galileia, onde os chama pela primeira vez. Primeiramente, Ele ceia com eles e, em seguida, inicia um diálogo com Simão, tocando em sua ferida mais profunda: a tripla negação ao Mestre. Sobretudo, Jesus não aponta os pecados de Simão, nem cobra explicações sobre sua falha. Com três perguntas, Ele cura as três negações e chama o apóstolo, por três vezes, para apascentar suas ovelhas.
Nas duas primeiras perguntas, Jesus indaga se Pedro O ama. O verbo utilizado é agapáo, que denota um amor pleno, capaz de comunhão e doação de vida. Nas respostas de Simão, sempre aparece o verbo filéo, como se ele estivesse dizendo que gostava de Jesus e que poderia confiar nele como a um amigo. Em seguida, na terceira pergunta de Jesus, o verbo utilizado agora é filéo, como se o Mestre descesse ao nível de amor que Pedro poderia corresponder.
O apóstolo se entristece. Talvez se lembrasse de seu pecado. No entanto, responde com sinceridade: “Tu sabes tudo”, sobre o que ele é ou não capaz. “Tu sabes que eu te amo.” Logo após, em sua fragilidade, o apóstolo se mostra aberto ao crescimento do amor, capaz de dar a vida, como fez em seu martírio.
https://catequisar.com.br/liturgia/pentecostes-oracao-e-missao-de-pedro/

Comentário do Evangelho

Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?


Depois da morte na cruz, Jesus aparece aos discípulos na Galileia, onde os chamou pela primeira vez. Ceia com eles e, em seguida, inicia o diálogo com Simão, tocando em sua ferida mais profunda: a tripla negação ao Mestre. Jesus não aponta os pecados de Simão, tampouco cobra razões de sua falta. Com três perguntas, cura suas três negações e chama o apóstolo três vezes para apascentar suas ovelhas. Nas duas primeiras perguntas, Jesus indaga se Pedro o ama. O verbo utilizado é agapáo, que denota um amor pleno, capaz de comunhão e doação de vida. Nas respostas de Simão sempre aparece o verbo filéo, como se ele respondesse gostar de Jesus e que poderia confiar nele como a um amigo. Na terceira pergunta de Jesus aparece agora o verbo filéo, como se o Mestre descesse ao nível de amor capaz de Pedro poder correspondê-lo. O apóstolo se entristece. Talvez lembrasse seu pecado. Entretanto, responde com sinceridade: “Tu sabes tudo”, daquilo que ele é ou não capaz. “Tu sabes que eu te amo.” Em sua fragilidade, o apóstolo está aberto ao crescimento do amor capaz de dar a vida, como fez em seu martírio.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/-simao-filho-de-joao-tu-me-amas-mais-do-que-estes

Reflexão

Seguir Jesus significa percorrer as dores do caminho da cruz e proclamar as alegrias da ressurreição de Cristo até que ele venha, num mundo que, de tantas formas, teima em contrariar a verdade e afirmar que aquele que morreu jamais há de viver. Somente quem conhece e ama profundamente a Jesus consegue trilhar este caminho, quem se deixa conduzir por ele. O caminho da cruz não está isento de dúvidas e sofrimentos, mas nos conduz à esperança da ressurreição, na certeza de que quem com Cristo sofre com ele um dia reinará, porque o Senhor prepara no céu um trono de glória para todos os que perseverarem. Pedro é o personagem de destaque no Evangelho de hoje. Há aqui uma espécie de remissão, com a declaração de amor de Pedro, contrapondo-se às três vezes que o discípulo renegará o Mestre na paixão. Em contrapartida, Jesus lhe confia a missão de “tomar conta das ovelhas”, ser um bom pastor, seguindo seus passos como Bom Pastor.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-sexta-feira-9/

Reflexão

«Você me ama mais que estes?»

Fr. Habel JADERA
(Bogor, Indonésia)

Hoje, o Evangelho nos fala sobre outra aparição de Jesus aos seus discípulos. De maneira profunda, o diálogo entre o Senhor e Pedro mostra-nos a misericórdia de Deus como seu grande amor pelos discípulos e pelo mundo. Este não é qualquer diálogo entre Jesus e seu discípulo Pedro. Tanto Jesus Cristo quanto Pedro falam de amor, cada um de sua perspectiva. As três perguntas de Jesus: "Você me ama mais do que essas?" (Jo 21,15) pode ser considerada como uma reafirmação do duplo estatuto de Pedro, a saber: por um lado, como discípulo que o ama mais do que os outros, e, por outro, como discípulo que o ama mais do que os seus pares. Em todo caso, o grande ato de amor de Jesus Cristo suscita uma profunda resposta da parte de Pedro.
Senhor, tu sabes que te amo", Simão parece ter consciência das três quedas, negando Jesus, o Filho de Deus que está diante dele e que diz aos discípulos: "não se perturbem os vossos corações", "a paz esteja convosco" (cf. Jo 14,27; 20,19).
Jesus conclui este diálogo tão importante com a confirmação da missão de Pedro e do primado que anteriormente lhe tinha concedido (cf. Mt 16,18-20), especialmente quando Cristo lhe diz: "Apascenta as minhas ovelhas". O cumprimento das ordens de Jesus exige um amor extraordinário, um amor missionário na alma. Este amor missionário deve ir “in crescendo”. Como afirmou o Papa Francisco, “o amor cria laços e expande a existência quando atrai a pessoa de si mesma para a outra”.
Para se tornar seus pastores, Jesus Cristo exige a seguinte característica básica do amor missionário: amá-lo mais do que a qualquer outra pessoa. Finalmente, como discípulos de Jesus, somos solicitados a tornar a "lei do êxtase" operativa. Ou seja, o amante deve “sair de si para encontrar no outro o crescimento do seu ser” (Francisco). O amor missionário nos leva a ir além de nós mesmos!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O amor não é uma questão de milagres mas simplesmente de virtudes: 'O amor cumpre toda a lei' (Rm 13,10). Amai-vos uns aos outros e assim assemelhar-vos-eis aos apóstolos, estareis em primeiro lugar» (São João Crisóstomo)

- «"Tu Amas-me?" tem um significado universal, um valor duradouro. Constrói, na história da humanidade, o mundo do bem» (S. João Paulo II)

- «Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica (...). O «poder das chaves» designa a autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o «bom Pastor» (Jo 10, 11), confirmou este cargo depois da sua ressurreição: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 553)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-06-06

Reflexão

«‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Cuida das minhas ovelhas’»

Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart
(Tarragona, Espanha)

Hoje agradecemos a São João que nos deixe constância da íntima conversa entre Jesus e Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros» (Jo 21,15). —Desde os menores, recém nascidos à Vida da Graça... Tem que ter cuidado como se fosse Ele mesmo... Quando por segunda vez... «Jesus lhe diz: `Cuida das minhas ovelhas´», Ele está dizendo a Simão Pedro: — A todos os que me sigam, tu vais presidir no meu Amor, deveis procurar que eles tenham a caridade ordenada. Assim, todos saberão que por vos que seguem-Me; que a minha vontade é que passes por diante sempre, administrando os méritos que —para cada um— Eu tenho ganho.
«Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: `Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo´» (Jo 31,17). Faz-lhe retificar sua tripla negação, e só ao lembrar-se dela, o entristece. —Eu te amo totalmente, porém te tenha negado..., já sabes quanto chorei a minha traição, já sabes que encontrei consolo somente estando com tua Mãe e com os irmãos.
Encontramos consolo ao recordar que o Senhor estabeleceu o poder de apagar o pecado que separa-nos, muito ou pouco, de seu Amor e o amor dos irmãos. —Encontro consolo quando admito a certeza do meu afastamento de teu lado, e ao sentir de teus lábios sacerdotais o «Eu te absolvo» "poder de jurisdição".
Encontramos consolo neste poder das chaves que Jesus Cristo dá a todos os seus sacerdotes-ministros, para reabrir as portas de sua amizade. —Senhor, vejo que um ato de desamor ajeita-se com um ato de imenso amor. Tudo isso, leva-nos a valorar a joia imensa do sacramento do perdão para confessar os nossos pecados, que realmente são "desamor".
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-06-06

Reflexão

Caridade: amar a Deus nos irmãos

Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje é notável neste fragmento do evangelho de são João a reiteração do verbo "dizer": até dez vezes, e seu contraste com a única vez na que Jesus coroa suas palavras mediante o imperativo: Siga-me! Mas, mais notável ainda é a relação entre os verbos "amar" e "apascentar".
O critério de juízo que avalia o grau de amor de Pedro a Jesus é o nível de amor do Apóstolo às ovelhas do Senhor: Se me ama alimenta-me! O amor se encarna nos fatos; uma vez mais a vertical que ascende até o coração de Deus afunda suas raízes na terra horizontal do amor ao próximo.
—Senhor! Notamos que Tu escondeste tua presença mais íntima nos irmãos mais necessitados. Assim de alto é teu profundo amor! Dai-nos o gozo de experimentar-te neles fazendo-nos partícipes de sua entranhável solidariedade!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-06-06

Comentário sobre o Evangelho

Jesus convida Pedro a seguir os seus passos como pastor do seu rebanho


Hoje, assistimos a uma refeição de despedida: Jesus está prestes a subir aos céus. Ao terminar, mantém um colóquio especial, íntimo, com Simão Pedro. As três vezes em que Jesus lhe pergunta se O ama recordam as três vezes que Pedro - durante a Paixão - disse que não conhecia Jesus…
- Qualquer outro “chefe” teria demitido Pedro... Mas Cristo misericordioso compreende, desculpa e confirma-o na sua missão: «Apascenta as minhas ovelhas». Apesar dos meus erros, Deus conta comigo!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-06-06

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

“Quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.” Pedro negara Jesus três vezes, mas em seu invencível amor, para Jesus aquela falha já não mais existia. E precisava contar com Pedro na missão. O que unicamente lhe interessava agora era ter a firme decisão de Pedro, de ser seu principal sucessor no pastoreio da Comunidade discípula, e, ainda como Jesus, ser o animador dos demais pastores. “Eu roguei por ti, para tua fé não desfalecer; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos!” (Lc 22,32). Como Pedro fora grande na queda (três vezes), que o fosse igualmente agora, no essencial do Reino e de toda a missão, que é o amor.
Oração
Ó Deus, pela glorificação do vosso Cristo e pela iluminação do Espírito Santo nos abristes as portas da eternidade. Concedei, nós vos pedimos, que a participação em tão grande dom aumente o nosso fervor e faça crescer a nossa fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F06%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 06/06/2025

ANO C


Jo 21,15-19

Comentário do Evangelho

A única resposta adequada a esse amor é o amor

O capítulo 21 do evangelho segundo João é tardio. Esta segunda parte do capítulo (vv. 15-19) tem por finalidade legitimar a missão de Pedro de ser “o primeiro entre iguais”, e que sua missão está fundada na palavra do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas” (v. 17).
Lembremo-nos de que, ao longo de todo o evangelho, Simão Pedro não é propriamente o ícone do homem de fé (Jo 20,6-7). Ele depende, para o reconhecimento, do “discípulo que Jesus amava” (20,8; 21,7). A missão de Pedro está fundada num amor primeiro, no amor que antecede tudo e todos. A única resposta adequada a esse amor é o amor. Só o amor incondicional à pessoa de Jesus Cristo pode permitir que o seguimento e a missão confiada sejam vividos na mais pura gratuidade e entrega.
Somente um amor sem reservas permitirá a Pedro a disponibilidade para ir aonde o Senhor quer que ele vá: “… quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir” (v. 18).
A maturidade da fé supõe deixar-se conduzir pelo Senhor. O amor, que está na origem do seguimento, permite atualizar na vida o sacrifício de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
Fonte: Paulinas em 17/05/2013

Comentário do Evangelho

A missão de Pedro.

Hoje, há um amplo acordo entre os especialistas de João de que o capítulo 21 é um acréscimo posterior, inserido para legitimar a missão de Pedro de ser o primeiro entre os iguais e, ainda, para fundar a sua missão num mandato do Senhor. Pedro não é apresentado ao longo de todo o quarto evangelho como o exemplo do homem de fé. Ele quer impedir Jesus de lavar-lhe os pés, nega o Senhor durante a paixão, depende sempre do “discípulo que Jesus amava” para reconhecê-lo presente e atuante na vida deles. A missão de Pedro, como a missão de toda a Igreja, está fundada num amor que antecede tudo e todos. Somente o amor incondicional à pessoa de Jesus, provado pela paixão e morte do Senhor, experimentado como força de vida, pode permitir que o seguimento e a missão confiada pelo Senhor de apascentar as ovelhas sejam vividos na gratuidade e na entrega generosa. Somente a experiência desse amor que perdoa é que pode conceder a Pedro a disponibilidade de ir aonde quer que o Senhor deseje que ele vá. Um dos sinais da maturidade da fé é deixar-se conduzir generosamente pelo Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
Fonte: Paulinas em 06/06/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Senhor, tu sabes que te amo!


Terminando a semana entre a Ascensão e Pentecostes, a sagrada liturgia nos coloca diante do Senhor, que entrega o seu rebanho aos cuidados de Pedro. Não é uma nomeação que Pedro recebe, mas uma missão reveladora do amor de Deus pelo mundo e pela Igreja. A missão é dada a Pedro depois de uma tríplice profissão de amor. Na comunidade de Jesus, exercerá legitimamente alguma função quem amar, e quem amar mais. Estes e estas são os pastores que cuidam do rebanho. Este é Pedro, cabeça visível do bom pastor, que professa sua fé e seu amor no Mestre. Para que Pedro não desvirtue sua função de Pastor Universal, Jesus lhe diz uma última palavra, a palavra própria de todos os discípulos: “Segue-me”. Pedro, você também é discípulo, e como todos os discípulos, siga o Mestre!
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 17/05/2024

Vivendo a Palavra

O Mestre oferece a Pedro, que o negara por três vezes, a chance de declarar-lhe o seu amor também por três vezes. Também a nós, que tantas vezes o negamos praticamente em nossos relacionamentos com os irmãos, o Senhor oferece a múltipla oportunidade de confessarmos nossa gratidão e amor filial.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/05/2013

Vivendo a Palavra

Jesus perguntou a Pedro e nos pergunta ainda hoje: ‘tu me amas?’ Mas, cada vez que repete a pergunta, Ele quer que respondamos de forma sempre nova e mais profunda. As palavras são as mesmas, mas a responsabilidade da nossa resposta é mais comprometida: amar, no Cristo, os irmãos e dedicar-lhes nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Senhor perguntou a Pedro e continua a nos questionar: ‘Você me ama?’ Antes de dizer o nosso ‘Sim!’, lembremo-nos de que o Amor não é apenas um sentimento, mas um comportamento. Não nos preocupemos muito com palavras entusiasmadas, mas com as nossas relações misericordiosas com todos os irmãos e com a natureza. Esta será a nossa resposta.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/05/2018

VIVENDO A PALAVRA

O diálogo entre Jesus e Pedro, que na tradução portuguesa parece repetitivo, no texto original é um jogo de palavras – amor e amizade – onde o Mestre leva o apóstolo a aprofundar a consciência do seu compromisso filial com Deus e fraterno com todos os homens e mulheres, originado na adoção de filhos pelo Pai Misericordioso. O modelo para o nosso amor é o Amor de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/06/2019

VIVENDO A PALAVRA

Jesus perguntou a Pedro e nos pergunta hoje: ‘Tu Me amas?’ Mas, cada vez que repete a pergunta, Ele espera que a respondamos de forma renovada e sempre mais profunda. As palavras até podem ser as mesmas, mas a responsabilidade da nossa resposta é uma vida cada vez mais comprometida: amar, em Cristo, os irmãos e dedicar a eles a nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/05/2020

Reflexão

O amor a Jesus é a condição fundamental para que possamos participar da missão evangelizadora da Igreja. Qualquer outra motivação é insuficiente para tal e está fadada ao fracasso. Não é a toa que Jesus pergunta três vezes a Pedro se ele o ama. Isso quer dizer que todos os que querem de fato participar da missão evangelizadora da Igreja devem se questionar constantemente sobre o seu amor a Jesus, renovar este amor a cada dia e buscar formas de aprofundar ainda mais este amor, principalmente através da participação na Eucaristia, leitura e meditação da Palavra, cultivo da vida interior e vivência cada vez maior do amor para com os pobres e necessitados.
Fonte: CNBB em 17/05/2013 e 06/06/2014

Reflexão

Embora curto, o diálogo entre Jesus e Pedro é extremamente denso e significativo, porque toca a atitude essencial de todo cristão: amar. Ora, amar implica não só dizer que ama, mas demonstrar com atos concretos que ama realmente. O amor ensinado e praticado por Cristo pede a entrega da própria vida. Ele amou o próximo e os inimigos com amor total: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). O último ato de amor praticado por Jesus é incomparável: morreu na cruz em favor da humanidade. Essa é a disposição que Cristo espera de Pedro e dos cristãos. Pedro, o líder da comunidade apostólica, dá ao Senhor sua adesão sincera: “Tu sabes que eu sou teu amigo”. Então tem condições de conduzir o rebanho de Cristo: “Alimente as minhas ovelhas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 18/05/2018

Reflexão

Jesus ressuscitado submete Pedro a uma prova. A mesma pergunta, em três momentos consecutivos: “Pedro, tu me amas?”. Pedro toma consciência do que significa seguir a Jesus até as últimas consequências. “Tu sabes que sou teu amigo”, com esta resposta positiva Pedro aceita entregar sua vida pelo Amigo, do mesmo modo que o Amigo entregou sua vida por nós. Concretamente, Pedro assume a condução do rebanho de Cristo: cordeiros e ovelhas, isto é, os líderes com o povo de Deus. Ser cristão é repetir ao Senhor, todos os dias, que o amamos, apesar de nossos pecados, nossa ignorância e nossas negações. À medida que nos colocamos na dinâmica do seguimento de Jesus, vamos amadurecendo no caminho que ele traçou para nós. Resposta fecunda do autêntico discípulo de Cristo.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 07/06/2019

Reflexão

Embora curto, o diálogo entre Jesus e Pedro é extremamente denso e significativo, porque toca a atitude essencial de todo cristão: amar. Ora, amar implica não só dizer que ama, mas demonstrar com atos concretos que ama realmente. O amor ensinado e praticado por Cristo pede a entrega da própria vida. Ele amou o próximo e os inimigos com amor total: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). O último ato de amor praticado por Jesus é incomparável: morreu na cruz em favor da humanidade. Essa é a disposição que Cristo espera de Pedro e dos cristãos. Pedro, o líder da comunidade apostólica, dá ao Senhor sua adesão sincera: “Tu sabes que eu sou teu amigo”. Então tem condições de conduzir o rebanho de Cristo: “Alimente as minhas ovelhas”.
Oração
Ó Jesus, caminho único que conduz ao Pai, tua conversa com Pedro é um ato de amor que favorece a cura interior dele que, pela tripla negação, havia rompido a relação contigo. O que esperas de Pedro é uma atitude de amor incondicional, uma entrega total à tua missão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 29/05/2020

Reflexão

Nossa vocação é algo muito particular e próprio; contudo, ela não nos foi dada para nós mesmos. Nossa vocação alcança sua plenitude quando é posta a serviço dos irmãos e irmãs e da comunidade. Uma vocação encerrada em si mesma não desabrocha como deveria; como no caso de uma árvore malcuidada que não produz frutos abundantes nem saborosos o suficiente. Vocação significa compromisso que, por sua vez, implica responsabilidade. Pedro, por amor ao Mestre, é chamado a alimentar as ovelhas; e nós, em nossa vocação, por amor ao Mestre, somos chamados a realizar quais atividades? Por amor (e somente por amor) somos capazes de compreender situações duras e penosas, não por comodismo ou covardia, mas porque entendemos que seguir o Mestre pode ser algo extremamente perigoso. O Espírito Santo prometido vem em nosso socorro; mantenhamos a fé!
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 03/06/2022

Reflexão

Jesus ressuscitado submete Pedro a uma prova. A mesma pergunta, em três momentos consecutivos: “Pedro, tu me amas?”. Pedro toma consciência do que significa seguir a Jesus até as últimas consequências. “Tu sabes que sou teu amigo”: com essa resposta positiva, Pedro aceita entregar sua vida pelo Amigo, do mesmo modo que o Amigo entregou sua vida por nós. Concretamente, Pedro assume a condução do rebanho de Cristo: cordeiros e ovelhas, isto é, os líderes com o povo de Deus. Ser cristão é repetir ao Senhor, todos os dias, que o amamos, apesar de nossos pecados, nossa ignorância e nossas negações. À medida que nos colocamos na dinâmica do seguimento de Jesus, vamos amadurecendo no caminho que ele traçou para nós. Resposta fecunda do autêntico discípulo de Cristo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 26/05/2023

Reflexão

Embora curto, o diálogo entre Jesus e Pedro é extremamente denso e significativo, porque toca a atitude essencial de todo cristão: amar. Ora, amar implica não só dizer que ama, mas demonstrar com atos concretos que ama realmente. O amor ensinado e praticado por Cristo pede a entrega da própria vida. Ele amou o próximo e os inimigos com amor total: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). O último ato de amor praticado por Jesus é incomparável: morreu na cruz em favor da humanidade. Essa é a disposição que Cristo espera de Pedro e dos cristãos. Pedro, o líder da comunidade apostólica, dá ao Senhor sua adesão sincera: “Tu sabes que eu sou teu amigo”. Então, tem condições de conduzir o rebanho de Cristo: “Alimente as minhas ovelhas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 17/05/2024

Reflexão

«Você me ama mais que estes?»

Fr. Habel JADERA
(Bogor, Indonésia)

Hoje, o Evangelho nos fala sobre outra aparição de Jesus aos seus discípulos. De maneira profunda, o diálogo entre o Senhor e Pedro mostra-nos a misericórdia de Deus como seu grande amor pelos discípulos e pelo mundo. Este não é qualquer diálogo entre Jesus e seu discípulo Pedro. Tanto Jesus Cristo quanto Pedro falam de amor, cada um de sua perspectiva. As três perguntas de Jesus: "Você me ama mais do que essas?" (Jo 21,15) pode ser considerada como uma reafirmação do duplo estatuto de Pedro, a saber: por um lado, como discípulo que o ama mais do que os outros, e, por outro, como discípulo que o ama mais do que os seus pares. Em todo caso, o grande ato de amor de Jesus Cristo suscita uma profunda resposta da parte de Pedro.
Senhor, tu sabes que te amo", Simão parece ter consciência das três quedas, negando Jesus, o Filho de Deus que está diante dele e que diz aos discípulos: "não se perturbem os vossos corações", "a paz esteja convosco" (cf. Jo 14,27; 20,19).
Jesus conclui este diálogo tão importante com a confirmação da missão de Pedro e do primado que anteriormente lhe tinha concedido (cf. Mt 16,18-20), especialmente quando Cristo lhe diz: "Apascenta as minhas ovelhas". O cumprimento das ordens de Jesus exige um amor extraordinário, um amor missionário na alma. Este amor missionário deve ir “in crescendo”. Como afirmou o Papa Francisco, “o amor cria laços e expande a existência quando atrai a pessoa de si mesma para a outra”.
Para se tornar seus pastores, Jesus Cristo exige a seguinte característica básica do amor missionário: amá-lo mais do que a qualquer outra pessoa. Finalmente, como discípulos de Jesus, somos solicitados a tornar a "lei do êxtase" operativa. Ou seja, o amante deve “sair de si para encontrar no outro o crescimento do seu ser” (Francisco). O amor missionário nos leva a ir além de nós mesmos!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O amor não é uma questão de milagres mas simplesmente de virtudes: 'O amor cumpre toda a lei' (Rm 13,10). Amai-vos uns aos outros e assim assemelhar-vos-eis aos apóstolos, estareis em primeiro lugar» (São João Crisóstomo)

- «"Tu Amas-me?" tem um significado universal, um valor duradouro. Constrói, na história da humanidade, o mundo do bem» (S. João Paulo II)

- «Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica (...). O «poder das chaves» designa a autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o «bom Pastor» (Jo 10, 11), confirmou este cargo depois da sua ressurreição: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 553)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 26/05/2023 17/05/2024

Reflexão

«‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Cuida das minhas ovelhas’»

Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart
(Tarragona, Espanha)

Hoje agradecemos a São João que nos deixe constância da íntima conversa entre Jesus e Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros» (Jo 21,15). —Desde os menores, recém nascidos à Vida da Graça... Tem que ter cuidado como se fosse Ele mesmo... Quando por segunda vez... «Jesus lhe diz: `Cuida das minhas ovelhas´», Ele está dizendo a Simão Pedro: — A todos os que me sigam, tu vais presidir no meu Amor, deveis procurar que eles tenham a caridade ordenada. Assim, todos saberão que por vos que seguem-Me; que a minha vontade é que passes por diante sempre, administrando os méritos que —para cada um— Eu tenho ganho.
«Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: `Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo´» (Jo 31,17). Faz-lhe retificar sua tripla negação, e só ao lembrar-se dela, o entristece. —Eu te amo totalmente, porém te tenha negado..., já sabes quanto chorei a minha traição, já sabes que encontrei consolo somente estando com tua Mãe e com os irmãos.
Encontramos consolo ao recordar que o Senhor estabeleceu o poder de apagar o pecado que separa-nos, muito ou pouco, de seu Amor e o amor dos irmãos. —Encontro consolo quando admito a certeza do meu afastamento de teu lado, e ao sentir de teus lábios sacerdotais o «Eu te absolvo» "poder de jurisdição".
Encontramos consolo neste poder das chaves que Jesus Cristo dá a todos os seus sacerdotes-ministros, para reabrir as portas de sua amizade. —Senhor, vejo que um ato de desamor ajeita-se com um ato de imenso amor. Tudo isso, leva-nos a valorar a joia imensa do sacramento do perdão para confessar os nossos pecados, que realmente são "desamor".
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 26/05/2023 e 17/05/2024

Reflexão

Caridade: amar a Deus nos irmãos

Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje é notável neste fragmento do evangelho de são João a reiteração do verbo "dizer": até dez vezes, e seu contraste com a única vez na que Jesus coroa suas palavras mediante o imperativo: Siga-me! Mas, mais notável ainda é a relação entre os verbos "amar" e "apascentar".
O critério de juízo que avalia o grau de amor de Pedro a Jesus é o nível de amor do Apóstolo às ovelhas do Senhor: Se me ama alimenta-me! O amor se encarna nos fatos; uma vez mais a vertical que ascende até o coração de Deus afunda suas raízes na terra horizontal do amor ao próximo.
—Senhor! Notamos que Tu escondeste tua presença mais íntima nos irmãos mais necessitados. Assim de alto é teu profundo amor! Dai-nos o gozo de experimentar-te neles fazendo-nos partícipes de sua entranhável solidariedade!
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 17/05/2024

Recadinho

Você procura amar a Cristo mais que aos outros? - Você é um membro atuante do rebanho de Cristo? - Você é uma ovelha querida, ou você vive longe do rebanho? - Você entende o verdadeiro significado do amor? - Você procura ser humilde quando está exercendo alguma autoridade? - Você pode dizer que segue a Cristo em cada instante de sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/06/2014

Meditação

Três vezes Pedro disse que nem conhecia Jesus. O que terá pensado e sentido quando Jesus lhe perguntou três vezes se o amava? Duas vezes respondeu: “Tu sabes que te amo”, apelando para o testemunho de Jesus. Na terceira vez entrega-se: “Tu sabes tudo, conheces minhas misérias, minhas covardias e meus medos. Mas sabes que, apesar de tudo, te amo do jeito que posso”. Olhemos com mais confiança no Senhor, pois certamente somos semelhantes nas atitudes de Pedro.
Oração
Ó Deus, que não cessais de elevar à glória da santidade os vossos servos fiéis e prudentes, concedei que nos inflame o fogo do Espírito Santo que ardia no coração de São Filipe Néri. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 26/05/2023

Meditação

Antes de confiar a Pedro a tarefa de sua vida, Jesus ressuscitado exige dele, por três vezes, um solene compromisso de amor e fidelidade. Não lhe pergunta por seus dotes de direção, conhecimentos e preparo acadêmico, coragem e habilidades. Pergunta-lhe apenas se o escolhe como o Senhor e centro de sua vida, se o coloca em primeiro lugar. Pedro, por fim, acaba apelando para o testemunho do próprio Jesus.
Oração
Ó Deus, pela glorificação do vosso Cristo e pela iluminação do Espírito Santo nos abristes as portas da eternidade. Concedei, nós vos pedimos, que a participação em tão grande dom aumente o nosso fervor e faça crescer a nossa fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 17/05/2024

Comentário sobre o Evangelho

Jesus convida Pedro a seguir os seus passos como pastor do seu rebanho


Hoje, assistimos a uma refeição de despedida: Jesus está prestes a subir aos céus. Ao terminar, mantém um colóquio especial, íntimo, com Simão Pedro. As três vezes em que Jesus lhe pergunta se O ama recordam as três vezes que Pedro - durante a Paixão - disse que não conhecia Jesus…
- Qualquer outro “chefe” teria demitido Pedro... Mas Cristo misericordioso compreende, desculpa e confirma-o na sua missão: «Apascenta as minhas ovelhas». Apesar dos meus erros, Deus conta comigo!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 17/05/2024

Meditando o evangelho

TU ME AMAS?

Todo cristão deveria se defrontar com a tríplice pergunta que o Ressuscitado dirigiu a Pedro. Ela é bem precisa: "Tu me amas?", e não pode ser respondida com evasivas ou sem convicção. É sim ou não, com as respectivas consequências, tanto em termos pessoais - conversão interna -, quanto em termos sociais - testemunho público e seus riscos.
A melhor maneira de expressar nosso amor a Jesus é amar o próximo. E o ápice deste amor está em não poupar nada de si, quando se trata de servir, como fez Jesus.
Portanto, a pergunta do Ressuscitado poderia ser respondida assim: "Tu sabes que eu nutro profundo amor pelo meu próximo; podes ver como minha vida é toda vivida como doação; podes, igualmente, verificar como minha existência é tecida de gestos concretos de oblação. Esta é a prova de que, realmente, eu teu amo".
O Mestre não pode confiar no discípulo, cujo amor não é entranhado. Por isso, antes de confiar a Pedro a missão de presidir a comunidade dos cristãos, quis se assegurar do seu amor. Este procedimento de Jesus é plenamente acertado. O exercício do ministério, na Igreja, pressupõe o amor que ele exigiu de Pedro, quando lhe confiou a missão de conduzir o seu rebanho. Arrisca-se a descambar para a tirania a liderança de quem se põe à frente da Igreja sem amar, autenticamente, a Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de oblação faze-me demonstrar meu amor ao Ressuscitado, por meio da entrega total de minha vida ao serviço dos meus irmãos.
Fonte: Dom Total em 06/06/201418/05/201807/06/201929/05/2020 03/06/2022

Oração
Ó Deus, pela glorificação de Cristo e pela iluminação do Espírito Santo, abristes para nós as portas da vida eterna. Fazei que, participando de tão grandes bens, nos tornemos mais dedicados ao vosso serviço e cresçamos constantemente na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 06/06/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Senhor, tu sabes tudo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Terminando a semana entre a Ascensão e Pentecostes, a sagrada liturgia nos coloca diante do Senhor que entrega o seu rebanho aos cuidados de Pedro. Não é uma nomeação que Pedro recebe, mas uma missão reveladora do amor de Deus pelo mundo e pela Igreja. A missão é dada a Pedro depois de uma tríplice profissão de amor. Na comunidade de Jesus, exercerá legitimamente alguma função quem amar, e quem amar mais. Estes e estas são os pastores que cuidam do rebanho. Este é Pedro, cabeça visível do Bom Pastor, que professa sua fé e seu amor no Mestre. Para que Pedro não desvirtue sua função de Pastor Universal, Jesus lhe diz uma última palavra, a palavra própria de todos os discípulos: “Segue-me”. Pedro, você também é discípulo, e como todos os discípulos, siga o Mestre!
Fonte: NPD Brasil em 18/05/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Amar ou Gostar
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho, um irmão da minha equipe de reflexão, brincou dizendo que Jesus estava com dificuldade de escutar, pois repetiu a mesma pergunta por três vezes, e parece que ele lembrou-se das três negações do apóstolo e parecia querer dizer "olha lá heim Pedro, não vá pisar no tomate de novo! " Claro que isso é uma especulação, mas muita gente associa a interrogação com as negações, o apóstolo que negou três vezes, agora vai ter que confirmar seu amor também por três vezes. Não deixa de ser uma interpretação interessante e que até faz sentido, mas Jesus não estava com problema de surdez e nem queria humilhar o apóstolo Pedro, ao contrário, vai confirmá-lo como primeira coluna da Igreja porém, quer lembrá-lo de algo que é essencial na vida de todo discípulo Missionário: Cuidar do rebanho por amor a Cristo, que agora, nos irmãos e irmãs, precisa ser amado e aqui está a beleza da reflexão. Como deve ser este amor?
Simão, tu me amas? (com amor ágape, sem medidas, gratuito e incondicional, até as últimas consequências) Pedro respondeu que SIM, mas com o amor Filia, seu amor pelo mestre não era assim tão extraordinário, afinal o tinha negado...)
Simão, tu me amas? De novo Pedro responde afirmativamente, porém com essa ressalva, de que não é um amor igual ao do Mestre. Jesus pergunta uma terceira vez, agora, porém, falando exatamente do amor Filia, entre irmãos, que é bonito e belo também, mas que não é tão perfeito.
E Jesus o confirma como Pastor, o aceita em suas limitações, o seu jeito de amar. Acontece que , quando nos dispomos como Pedro, a servir a Deus nos irmãos, a sua Graça Santificante vai nos transformando, não é assim o amor conjugal entre um homem e uma mulher? No altar o SIM do casal promete amor, mas é o Eros, seria como a água nas Bodas de Caná, daí Jesus abençoa, inunda o coração dos seus discípulos com a sua graça e a Força do Espírito Santo e o milagre acontece: o discípulo começa a amar como Jesus, desapegando-se de tudo, até mesmo da sua vontade, como Pedro, que ao final da sua vida, será conduzido á morte, mas não abrirá mão da Fidelidade a Jesus e seu Reino. Nossas comunidades também são assim...
A Graça age em nossas fraquezas e limitações, e vai transformando o nosso amor tão pequeno em um Grandioso amor, exatamente como o de Jesus...

2. Cuida das minhas ovelhas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Simão Pedro é antes de tudo discípulo de Jesus, e discípulo com todos os discípulos. O amor é o mandamento da comunidade de Jesus. Qualquer função que nela se exerça deve ser motivada pelo amor. A condição para exercer qualquer mandato entre os discípulos é o amor pelo Mestre. Pedro deve proclamar três vezes que ama a Jesus. Se ama a Jesus até mais do que os outros, ele pode apascentar o rebanho. Pedro recebe de Jesus o primado. A ele compete dizer ao mundo quem é Jesus e conduzir o rebanho por caminhos seguros. A última palavra que Jesus lhe diz é “segue-me”. Pedro é discípulo, e discípulo é aquele que segue o mestre. Quando o texto foi escrito, Pedro já tinha glorificado a Deus com o seu martírio. Pedro estendeu as mãos, foi amarrado pela cintura e levado para onde não queria ir.

3. TU SABES QUE TE AMO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

O emocionante diálogo entre o Ressuscitado e Pedro está carregado de evocações. A tríplice pergunta – "Tu me amas?" –, e as sucessivas respostas – "Tu sabes que te amo!" – funcionam como uma forma de reabilitação de Pedro, após sua vergonhosa experiência de negação do Mestre, quando se viu pressionado a confessar sua condição de discípulo.
O interrogatório a que foi submetido funcionou como uma espécie de sondagem para verificar se, arrependido, possuía aquele amor abnegado, necessário para quem deveria assumir a tarefa de liderança da comunidade. Seria imprudente confiá-la a alguém de fé fraca e inconsistente.
A transformação de Pedro revela-se nas respostas dadas às perguntas de Jesus: "Tu sabes que te amo!" O discípulo apelou para o conhecimento que Jesus tinha a seu respeito. Seria inútil querer dar grandes explicações, ou justificar seu comportamento censurável. Bastava-lhe saber que o Mestre conhecia muito bem o grande amor que lhe devotava. Não havia por que duvidar de sua sinceridade.
Tendo confessado seu amor pelo Mestre, Pedro foi confirmado, por três vezes, em sua missão de guia da comunidade dos discípulos de Jesus. O tempo se encarregaria de mostrar a lealdade deste apóstolo. Seu amor a Jesus seria selado com a entrega da própria vida.
Oração
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
Fonte: NPD Brasil em 07/06/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O amor que apascenta...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

____ São Pedro, desculpe a ousadia, mas nesse diálogo parece que Jesus não estava botando muita fé na sua pessoa, não é?
Pedro ____ (sorrindo) Não na minha pessoa, mas na missão que me foi confiada, e acontece que o recado não era só para mim, mas principalmente para as comunidades do final do primeiro século, que estavam perdidas e não sabiam o que era essencial no cristianismo...

____Ah é? Mas é o Senhor que aparece nessa conversa com Jesus, que João transmitiu em seu evangelho. Ele falou aqui que o Senhor ficou meio triste com a insistência de Jesus na mesma pergunta "Pedro tu me amas?".
Pedro ____ Sim, o texto fala a verdade, não só eu como todos os demais apóstolos passamos por essa crise de identidade que as comunidades também passaram. E acho que hoje vocês cristãos do terceiro milênio também passam...

___ Como assim São Pedro? Que crise é essa da qual o Senhor está falando?
Pedro_____ Vocês cristãos de 2014 amam de fato Jesus Cristo?

____ Nossa São Pedro, que pergunta sem propósito, claro que nós cristãos amamos a Jesus Cristo...
Pedro ____ Está vendo? Só perguntei uma vez e você se indignou, a gente sempre acha que, dizer sempre que se ama a Jesus é suficiente para nos sentirmos cristãos, entretanto, naquilo que somos para as pessoas, e naquilo que fazemos na comunidade, aí é que provamos o nosso amor por Jesus.

____ Mas São Pedro, apascentar é uma ação própria de um pastor, a conversa é com os dirigentes da Igreja e não com o Povo de Deus...
São Pedro ____De modo algum, a palavra apascentar significa pastorear, ser pastor na vida do outro, conduzi-lo pelo melhor caminho, leva-lo as melhores pastagens e saciar a sua sede nas águas tranquilas e refrescantes. Seria assim esse "Cuidar" do outro, preocupar-se com o outro, doar-se ao outro, em todos os sentidos...

____Xi, São Pedro, então quando a gente leva o outro para um atalho ou beco sem saída, a um pasto seco, e oferece a ele uma água salobra, não dando a mínima para o outro que caminha com a gente na comunidade...
São Pedro____ Isso mesmo, uma relação ríspida, superficial, descomprometida, sem nenhuma responsabilidade pela vida do outro, ou pior, aproveitar-se do outro para ter algum ganho, sendo o contrário do pastor, um Lobo voraz... Gente assim até diz que ama a Jesus Cristo, mas não passa de uma mentira deslavada... O testemunho incondicional do amor que SERVE é essencial na prática cristã, e prova autêntica de que de fato amamos o Senhor...

2. Pedro respondeu: Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo - Jo 21,15-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Amar e seguir são os dois verbos de quem tem alguma função na Igreja. Porque você é um seguidor de Jesus e o ama, sem deixar que nada se coloque entre você e ele, pode assumir cargos e funções na Igreja, que é também uma organização humana. Porque você ama muito a Jesus e ao rebanho, pode ser coordenador, supervisor, presidente, chefe, o que quiser, porque você será sempre, como Jesus, um servidor e, como Jesus, ocupará com alegria e tranquilidade o último lugar. No fim do Tempo Pascal, podemos ouvir os bispos da Nova Zelândia, citados pelo Papa na Exortação sobre a Santidade, dizendo que: “para podermos amar como ele nos amou, Cristo partilha conosco a sua própria vida ressuscitada. Dessa forma, a nossa vida demonstra o seu poder em ação, inclusive no meio da fragilidade humana”.

3. O PRÉ-REQUISITO DO AMOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

A comunidade dos discípulos do Ressuscitado deveria ter dirigentes e líderes. Jesus não pensou num tipo de comunidade anárquica, sem liderança. Ele mesmo estabeleceu um discípulo como referencial para os demais.
O discípulo escolhido, porém, não estaria isento da tentação da tirania e do autoritarismo. Por isso, Jesus exigiu dele uma proclamação pública e formal de seu amor por ele. Só depois disto, Pedro recebeu a missão de pastorear o rebanho de Cristo.
Essa confissão de amor do discípulo é rica de significados. Pedro declarou que Jesus seria o centro de sua vida, matando, assim, no seu nascedouro, qualquer tendência egoísta no trato com a comunidade. Só com um amor entranhado a Jesus estaria apto para ser pastor como desejava o Mestre. O discípulo precisava ter consciência de estar lidando com um rebanho que não lhe pertencia, ao qual estava sendo chamado a cuidar com todo o carinho.
O amor do discípulo para com Jesus impede-o de se colocar no centro da comunidade. Este lugar está reservado somente para o Senhor. O amor a Jesus tem dinamismo suficiente para agregar irmãos dispersos. Os pastores, por sua vez, precisam nutrir um amor profundo pelo Senhor, para formar comunidades coesas no amor a ele.
Oração
Senhor Jesus, sabes quanto te amo e estou unido a ti. Reforça este meu amor e faze de mim um servidor do teu rebanho.
Fonte: NPD Brasil em 29/05/2020

HOMILIA

SIMÃO TU ME AMAS?

O que mais atrai sobre nós a benevolência do Alto é a nossa solicitude para com Jesus na pessoa do próximo. Foi por isso que Cristo o exige de Pedro: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? A resposta de Pedro por outro lado não esconde a sua satisfação e opção por Jesus. E então responde: Sim, Senhor, tu bem sabes que eu te amo. E Jesus lhe diz: Apascenta as minhas ovelhas.
Por que, deixando os outros apóstolos de lado, Jesus se dirige a Pedro? É que Pedro era o primeiro entre os apóstolos, o que falava em nome deles, o chefe do seu grupo, tanto que o próprio Paulo vem consultá-lo um dia, e não aos outros. Para demonstrar a ele que podia confiar plenamente. E porque que sua negação fora anulada, Jesus lhe dá agora a primazia entre os seus irmãos. Não menciona que o negou, nem o envergonha com o seu passado. “Se tu me amas, diz ele, Tome conta das minhas ovelhas que também são os teus irmãos. Ou seja, permanece à frente de teus irmãos; e dê provas, agora, daquele amor apaixonado que sempre demonstraste por mim, com tanta alegria! A vida, que dizias estar pronto a dar em meu favor, eu quero que a dês pelas minhas ovelhas. Está exigência é feita também a ti e a mim meu irmão. Se amamos a Deus devemos manifestá-lo em nossos irmãos e irmãs.
Interrogado uma primeira vez e depois uma segunda, Pedro apela para o testemunho daquele que conhece o segredo dos corações. Interrogado uma terceira vez, ele se perturba, e o temor o domina. Lembra-se de que outrora fizera afirmações solenes, que os acontecimentos haviam desmentido. E é por isso que procura, agora, apoiar-se em Jesus: O senhor sabe tudo e sabe que eu o amo, Senhor! É como se dissesse Senhor, Tu conheces tudo, o presente quanto o futuro. Vede como se tornou melhor e mais humilde, como perdeu sua arrogância e seu espírito de contradição! Perturbou-se ao pensamento de que podia ter a impressão de amar, sem amar realmente. Tanto estava seguro de mim mesmo no passado, pensa ele, como agora me sinto confuso. Jesus o interroga três vezes, e três vezes lhe dá a mesma ordem: Apascenta as minhas ovelhas. Demonstra assim o apreço que tem pelo cuidado de suas ovelhas, pois faz, de tal cuidado, a maior prova de amor para com ele.
Depois de ter falado a Pedro deste amor, Jesus prediz o martírio que lhe está destinado. Manifesta desse modo toda a confiança que deposita nele. Para nos dar um exemplo de amor e mostrar a melhor forma de amar, diz ele: Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir.
Era, aliás, o que Pedro tinha querido e desejado outrora; por isso é que Jesus lhe fala assim. Pedro dissera, com efeito: Eu darei a minha vida por ti! (Jo 13, 37). E também: Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei! (Mt 26, 35; Mc 14, 31). Jesus consente o seu desejo. Fala-lhe desse modo não para amedrontá-lo, mas para reanimar seu ardor. Conhece seu amor e sua impetuosidade; pode anunciar-lhe o gênero de morte que lhe reserva no futuro. Pedro sempre desejara enfrentar perigos por Cristo. Tem confiança, diz Jesus, teus desejos serão satisfeitos; o que não suportaste em tua mocidade suportará na velhice. E, para nos chamar a atenção, São João acrescenta: Jesus disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E esta palavra nos ensina que a nossa honra e glória está em dar a nossa vida por Cristo em nossos irmãos e irmãs que lutam por um lugar ao sol.
Pai torna cada vez mais consistente meu amor por teu Filho Jesus na pessoa do pobre, do órfão, da viúva, do abandonado, do doente, do drogado, da prostituta, do homossexual, deficiente e de todos aqueles que por esta ou outra razão estão privados da sua dignidade de ser criado à Imagem e semelhança vossa e confirma minha condição de discípulo e missionário do vosso Filho para que no poder e a força do Espírito Santo todos tenham vida e a tenham em plenitude. Amem!
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Sim, Senhor, eu Te amo

Apesar das nossas fragilidades, precisamos responder, com mais convicção, o tamanho do nosso amor pelo Senhor.

‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?’ Pedro respondeu: ‘Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo’. Jesus disse: ‘Apascenta os meus cordeiros’ .(Jo 21,15)

A pergunta que Jesus faz a mim e a você: “Tu me amas mais que estes? Tu me amas mais do que isto? Tu me amas mais que a sua casa, do que a sua família? Tu me amas mais do que os outros?”. A resposta que deveria ou deve vir do nosso coração é: “Sim, Senhor, eu Te amo”.
Nós não precisamos ter dúvidas do amor que Deus tem por nós, pois Ele, mais do que tudo, já nos convenceu do tamanho do amor que Ele tem para conosco. Como grande é o amor de Deus por cada um de nós!
Apesar das nossas fragilidades, precisamos responder, com mais convicção, o tamanho do nosso amor pelo Senhor. Não é simplesmente responder da boca para fora, mas que a nossa vida seja um testemunho vivo, do tamanho do amor que nós temos por Deus.
Que nós nos deixemos, hoje, ser envolvidos por esse amor grandioso de Deus, e que ele toque o nosso coração, todo o nosso ser. E, apesar de nossas fraquezas, pecados e quedas, possamos nos soerguer e dizer: “Sim, Senhor, Tu sabes que eu Te amo”.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

Que nossas fraquezas não nos afastem do amor de Deus

Precisamos deixar que nossas fraquezas e nossos limites nos aproximem mais do Senhor e nos façam mais dependentes d’Ele, do Seu amor, da Sua misericórdia e da Sua bondade!

“’Simão, filho de João, tu me amas?’ Pedro disse: ‘Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas’.” (João 21,16)

O lindo relato do Evangelho de hoje nos mostra a aparição de Jesus aos Seus discípulos e, naquela oportunidade, quando eles faziam uma refeição, o Senhor fitou novamente o olhar de Simão Pedro, o mesmo que disse que daria a vida pelo Senhor, que estaria disposto a morrer por Ele e O negou três vezes. Jesus agora volta o Seu olhar misericordioso, Seu olhar de amor, e pergunta ao apóstolo: “Pedro, tu me amas mais do que esses? Pedro, tu me amas?”.
A pergunta certamente calou fundo no coração de Pedro. Ele, com aquele temperamento tempestivo, acostumado a responder às coisas, muitas vezes, da boca para fora, sem pensar, naquele momento, foi levado ao fundo do coração. Quando o Senhor lhe perguntou pela terceira vez, como deve ter lhe doído o coração – deve ter se recordado das três vezes em que O negara. Não é que o Senhor Jesus estivesse  se vingando de Pedro ou o cobrando por isso; pelo contrário, Ele estava dando a ele a oportunidade de, mais uma vez, reafirmar o seu amor, para que realmente a boca dele falasse aquilo que estava em seu coração – para ver se Pedro estava realmente disposto a amá-Lo até o fim.
Assim como Pedro reafirmou que O amava, o Senhor também reafirmou a confiança que tinha nele, ordenando-lhe que cuidasse de Suas ovelhas, que cuidasse dos Seus cordeiros, que cuidasse do Seu rebanho.
Sabem, meu irmãos, nós precisamos pensar naquilo que nós falamos, pois, muitas vezes, falamos as coisas da boca para fora e a boca nem sempre corresponde ou diz aquilo que de fato nós cremos, acreditamos ou sentimos. As palavras, muitas vezes, perdem o sentido; quantas pessoas já declararam amor umas às outras, quantas pessoas já juraram amor sem fim e hoje nem se falam, nem se olham mais. Da mesma forma, quantas pessoas já juraram amor a Deus, já choraram de amor pelo Senhor e hoje não têm nem mais tempo para Ele, para a Igreja, para se dedicar a Deus.
Não é que Deus leve em conta as nossas faltas e as nossas fraquezas; o Senhor perdoou a Pedro uma, duas, três e quantas vezes isso foi preciso e Ele vai nos perdoar quantas vezes isso for necessário. Mas é preciso que as nossas quedas e as nossas fraquezas não nos deixem para baixo, não nos afastem de Deus; pelo contrário, que sejam uma ocasião para nos levantarmos, para nos reerguermos e para ficarmos mais de pé, mais firmes, mais convictos do nosso amor pelo Senhor.
Quantas pessoas aproveitam de suas quedas e deixam que as quedas as levem para longe de Deus. Nós precisamos deixar que nossas fraquezas e nossos limites nos aproximem mais do Senhor, nos façam mais dependentes d’Ele, do Seu amor, da Sua misericórdia e da Sua bondade!
Que não proclamemos que amamos o Senhor somente da boca para fora, mas que a nossa vida corresponda àquilo que nós falamos: “Sim, Senhor, Tu sabes que eu te amo!”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

O amor de Deus vence nossas fraquezas

Nem mesmo nossas fraquezas e pecados podem derrubar o amor de Deus que está em nós

“Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas’.” (João 21,16-17)

A condição essencial e fundamental para seguir Jesus é amá-Lo sempre, de todo coração, com toda a vida e convicção. Nem mesmo nossas fraquezas e pecados podem derrubar o amor de Deus que está em nós, mas se dermos voz mais para as nossas quedas, para as nossas fraquezas e debilidades, a força do amor não vence as nossas fraquezas.
Durante quarenta dias que esteve com Seus discípulos, o Ressuscitado não foi perguntar nem “jogar na cara” de nenhum deles suas fraquezas e seus pecados. “Por que vocês me abandonaram? Pedro, por que você me negou três vezes?”. Não, Ele queria saber se Pedro O amava de verdade.
Quem ama busca o amor e não as fraquezas do outro, não busca deixar o outro constrangido com os seus erros e limites, por isso o amor de Deus não é para nos deixar com complexo de inferioridade, não é para nos deixar com complexo de culpa. O amor de Deus em nós é para curar os nossos sentimentos de culpa, de erros e assim por diante.
Quando Jesus pergunta: “Pedro, tu me amas?”, é como se cada um pudesse escutar o seu próprio nome. Jesus perguntou isso para Pedro pelo menos três vezes, e Pedro morreu escutando essa pergunta.
Escutemos, todos os dias, o Mestre dirigir o seu olhar para nós e dizer: “Tu me amas?”. Mesmo nas nossas fraquezas, nos nossos pecados, levantemos e proclamemos, em alto e bom tom, ainda que seja com a voz engasgada: “Senhor, tu sabes que eu te amo”.
Amemos cada dia mais o Senhor, não da boca para fora, mas que o nosso coração grite o tamanho do amor que temos por Deus. O amor tudo cura, tudo liberta e restaura.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 18/05/2018

HOMILIA DIÁRIA

O amor de Jesus cura todo sentimento de culpa

“’Simão, filho de João, tu me amas?’ Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas’.” (João 21,17)

Esse é um dos textos bíblicos mais belos que conheço, é o Ressuscitado que se manifesta aos Seus, e agora está se manifestando de forma particular a Pedro. Já faz alguns dias que Jesus está no meio deles, mas Pedro estava se escondendo, estava envergonhado, ainda estava vivendo o sentimento de culpa. Pedro ainda estava na sua vaidade, onde ele sempre se achou o melhor, onde ele tantas vezes disse: “Eu darei a minha vida por ti.
Senhor, nada vai te acontecer, eu estarei contigo para o que der e vier”.
A verdade é que as fraquezas foram mais evidentes do que as belas palavras de Pedro. Quando o Senhor mais precisou, Pedro O negou, pelo menos, três vezes. “Não O conheço. Não sei quem é. Não sei do que se trata”. Ele não foi capaz de testemunhar, estava acabrunhado, estava no grupo, mas já não estava mais com aquela evidência, com aquela têmpera de sempre ser o primeiro a falar.
Não tem problema, pois o amor que Jesus tinha por ele era maior do que qualquer pecado, aquela fraqueza, fragilidade ou erro que ele tenha cometido. “Simão, tu me amas?” Ele responde: “Sim, Senhor, eu te amo”, até com a voz baixinha.

Que o amor de Jesus nos surpreenda para curar o nosso amor humano fragilizado

Só o amor faz nova todas as coisas. Ele confirmou que tinha lhe dado antes mesmo da negação. “Pedro, apascenta os meus cordeiros”. Jesus perguntou pela segunda, e quando perguntou pela terceira vez, Pedro se entristeceu. Talvez, tenha se lembrado que três vezes O negou, mas a verdade é uma só: o amor de Jesus cura todo o nosso sentimento de culpa.
O amor que Deus tem por nós jamais joga na cara os nossos pecados. Jesus não veio atrás de Pedro para dizer: “Você pisou na bola. Você não disse que era o cara?”, como nós costumamos fazer. Somos muito vingativos, temos aquele espírito humano misturado com o espírito mundano, que é perverso, e faz com que fiquemos a vida inteira jogando as coisas na cara um do outro.
Sabe por que um casal não se renova, não se santifica nunca? Por que vive sempre mastigando os mesmos erros. Perdoei, mas quando a pessoa falha, jogo na cara de novo. As amizades, os relacionamentos, o nosso amor humano esfacela-se, porque não sabemos viver o amor divino, o amor que tudo renova, que tudo perdoa, supera e surpreende.
O amor de Jesus surpreendeu o próprio Pedro, quando mais O negou, mais Jesus mostrou que o amava. Que o amor de Jesus nos surpreenda para curar o nosso amor humano fragilizado, amor que está obcecado pelas coisas do mundo.
Que Jesus nos ensine o amor verdadeiro a Ele e a também amarmos uns aos outros no amor de Deus. Sem culpa, sem condenação, sempre com o perdão e fazendo novas todas as coisas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/06/2019

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos nos reerguer pelo perdão de Deus

“Pela terceira vez, perguntou a Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo’.” (João 21,17)

Olho para o coração de Jesus: bondoso, misericordioso, afetuoso e vejo como o coração d’Ele cura o nosso coração dos traumas, ressentimentos, rancores, mas, sobretudo, dos sentimentos de culpas que, muitas vezes, levamos na alma e no coração. O sentimento de culpa que nos faz viver mergulhados na retração, na vergonha e no medo. Um sentimento de culpa que não nos deixa sair de nós para ir para a frente. Em Deus não há culpa, n’Ele só há perdão e misericórdia.
Somos nós quem vivemos de culpas e desculpas, é mais do que desculpas, é perdão. Desculpas é quando dizemos: “Sim, eu errei”, mas o perdão é quando nos levantamos do erro e seguimos para a frente.
Você se recorda que Jesus ainda estava no meio dos Seus discípulos, durante quarenta dias, e Pedro não teve a coragem de encarar Jesus? Porque Pedro disse que daria a sua vida por Jesus, que estaria disposto a morrer por Ele, mas negou Jesus três vezes. Jesus não correu de Pedro, pelo contrário, Ele ficou muito perto dele durante esses quarenta dias. O pecado em quem tem juízo causa vergonha, constrangimento e sentimento de culpa. Adão e Eva se esconderam quando pecaram, Pedro também estava lá escondido. Nós também nos retraímos, nos afastamos, vivemos longe, nem confessar queremos mais.

Em Deus não há culpa, n’Ele só há perdão e misericórdia

Se não vamos atrás da misericórdia e da bondade de Deus, a misericórdia d’Ele bate à nossa porta. Jesus ficou durante quarenta dias batendo na porta do coração de Pedro, não do nosso jeito, porque do nosso jeito gostamos de jogar as coisas na cara, de cobrar e dizer: “Está vendo o que você me fez?”.
Jesus não, porque a única coisa que Ele queria dizer é que o amor d’Ele por Pedro era maior do que tudo. É óbvio que ficava constrangedor dizer: “Pedro, estou aqui porque te amo”. Jesus quis saber outra coisa: “Pedro, tu me amas?”. E Pedro respondeu: “Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus cordeiros”.
Como Jesus mesmo tinha dito antes: “Tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja”, talvez Pedro tivesse pensado: “Aquilo que Jesus me confiou já não é mais meu, porque pisei na bola”. Então é como se Jesus dissesse: “Pedro, agora mais do que nunca, apascenta as minhas ovelhas, os meus cordeiros. Toma frente, toma posse daquilo que te dei, da responsabilidade que te passei”.
Nenhuma culpa, nenhum pecado pode tirar de nós a responsabilidade do amor de Deus que está em nós. Jesus procurou o coração de Pedro para curá-lo. Pedro pecou três vezes, e três vezes Jesus permitiu amá-lo.
Não sei quantas vezes erramos, pecamos e falhamos, mas não podemos ficar no erro, na culpa, no sentimento de culpa e nem nas desculpas. Precisamos nos reerguer pelo perdão de Deus porque não podemos parar, precisamos amar e levar esse amor a todos os corações.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/05/2020

HOMILIA DIÁRIA

Deixe-se seduzir pelo amor de Jesus

“Jesus manifestou-se aos seus discípulos e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?’ Pedro respondeu: ‘Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo’. Jesus disse: ‘Apascenta os meus cordeiros’.” (João 21,15)

Meus irmãos e minhas irmãs, as perguntas não param aqui, porque Jesus pergunta três vezes a Pedro sobre a realidade do amor, mas o padre leu só a primeira parte, porque esse trecho já é bem conhecido por todos nós. Também já passamos pela experiência de sermos interrogados pelo Senhor: “Tu me amas?”, “Tu me amas mais do que estes?”, “Tu me amas mais do que essa situação que você está vivendo, mais do que os seus bens materiais, do que as pessoas?”. Ou seja, todos nós já fomos confrontados com essa realidade.
Jesus conhece tudo de nós, certamente Ele já sabia qual era a resposta de Pedro, mas a resposta não servia para Jesus, a resposta servia muito mais para o próprio Pedro. Porque, às vezes, as perguntas que Deus nos coloca são justamente para suscitar dentro do nosso coração que tomemos posse do amor que cultivamos para com o Senhor. É para que eu e você avaliemos se realmente o nosso amor tem qualidade, tem profundidade, e se realmente estamos dispostos a dar a vida por causa de Jesus Cristo.
O trecho que é traduzido aqui para o português, e, infelizmente, perde uma coisa muito importante, porque a palavra grega que aparece aqui nas respostas de Pedro é “Phileo”, que não é o Ágape, o amor Ágape, mas é o amor “Phileo”, é o amor de amizade, é um amor — digamos, num nível inferior. Não que ele seja ruim — pelo amor de Deus! — mas ele está num nível inferior.
Pedro, naquele momento, naquela ocasião, só conhecia a palavra “gostar”, ele não conhecia a palavra “amar”. O seu amor ainda não havia escalado a montanha do calvário, o seu amor não tinha ainda escalado a montanha da cruz, do sacrifício e da renúncia. O amor de Pedro estava numa admiração por Jesus, muitas vezes, no oportunismo, porque pensava no messianismo de Jesus de uma maneira errada e equivocada. O amor de Pedro estava um pouco iludido sobre a pessoa de Jesus ou, muitas vezes, era um amor utilitarista.

Peça a nosso Senhor que faça crescer o seu amor por Ele, peça a nosso Senhor que o seu coração se encante mais uma vez com Ele

Quantas vezes também amamos assim: utilizando as pessoas, iludindo-nos com o oportunismo. Muitas vezes, admiramos as pessoas, mas basta uma decepção, e já a descartamos. Muitas vezes, também só conhecemos a palavra “gostar”, não conhecemos a palavra “amar”.
Pedro teve que aprender a dizer “Eu te amo, Senhor”, dando a vida por Jesus, tanto é que foi crucificado de cabeça para baixo por amor a Jesus Cristo.
Mas, hoje, essa pergunta que Jesus também faz ao meu e ao seu coração quer comprometer a nossa vida. Por isso, tenha a coragem de deixar que Jesus pergunte para você hoje: “Tu me amas de verdade?”, “Tens me amado com a sua vida, com tudo aquilo que você faz?”. Tenha a coragem de fazer essa pergunta hoje para você, e tenha a coragem de colher as respostas.
Se elas estão ainda nesse nível inferior do gostar, desses elementos tão frágeis do amor, peça a nosso Senhor que faça crescer o seu amor por Ele, peça a nosso Senhor que o seu coração se encante, mais uma vez, com Ele e deixe-se seduzir pelo amor de Jesus. É essa experiência que somos convidados a fazer, é essa a graça que o Senhor quer dar a cada um de nós com essa Palavra.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/06/2022

HOMILIA DIÁRIA

Sempre dê espaço para a verdade em sua vida

“‘Jesus manifestou-se aos seus discípulos e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? Simão, filho de João, tu me amas?’ Pela terceira vez, perguntou a Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’.” (João 21,15-17)

Esse Evangelho é bem conhecido de todos nós. Jesus faz as perguntas tão cruciais na vida de Pedro, mas também na vida de cada um de nós. E Jesus faz perguntas, mesmo já sabendo a resposta. É interessante isso!
Na verdade, as perguntas que Jesus faz servem mais para nós do que para Ele; serviam mais para os discípulos do que para o próprio Jesus. Isso porque cada pergunta do Senhor é uma reflexão interior muito profunda.
Se nós vamos entender a pergunta no contexto dos discípulos, vemos que não dava para poder dizer qualquer coisa, porque a Deus ninguém pode enganar. Pedro não podia dizer qualquer coisa, Pedro não podia “florear” na sua resposta, porque para Deus ninguém pode dizer mentiras; ninguém pode enganar a Deus.
Vocês lembram, por exemplo, de Saulo a caminho de Damasco? Quando Jesus, também naquela experiência, perguntou para ele: “Saulo, por que me persegues?”. Saulo teve de confrontar aquela pergunta com o que ele estava vivendo naquele exato momento. Ele estava realizando uma perseguição sistemática à Igreja de Cristo, e aquela foi uma pergunta existencial.

Aparecem pessoas que nos ajudam a ter conversas existenciais, conversas que falam da alma, que falam da verdade

A pergunta existencial é quando mexe conosco; não é só dizer o seu endereço, onde você mora, a sua cidade. As perguntas que Jesus faz são perguntas que mexem com o nosso interior, são aquelas perguntas que nos fazem tocar na nossa essência e dizer, de fato, daquilo que a gente é.
Como é bom quando a gente tem uma conversa assim! Às vezes, aparecem pessoas que nos ajudam a ter conversas existenciais, conversas que falam da alma, que falam da verdade que está dentro de nós.
E, no texto de hoje, não é Saulo, mas é Pedro quem deve perguntar sobre o seu amor por Jesus. Era muita promessa e pouca ação, a gente sabe disso! Pedro era muito bom com as palavras, ele falava muito, era muito falatório, mas pouca prática; era muita empolgação e pouca disposição.
Naquela ocasião, Pedro teve de dizer a verdade: “Senhor, eu não amo ainda como eu deveria, eu gosto de você. Eu te quero bem por muitos motivos, mas ainda não sou capaz de dar a minha vida por ti”. E isso fica bem claro, porque se nós formos no texto original, do grego, Pedro não responde com a palavra “Ágape” — que é aquele amor pleno —, ele responde com o amor “Philia”, o amor de amizade. Esse ponto era tão doloroso para Pedro que Jesus teve que perguntar três vezes.
As perguntas que Jesus faz são as perguntas da cura da ferida, da decepção que Pedro tinha com ele mesmo, a cura da traição, a cura do abandono, a cura de um amor frágil… Tão bom nas palavras, mas muito frágil na ação. Pedro teve de admitir: “Tu sabes tudo, Senhor. Sabes que ainda não te amo como eu deveria amar, mas te apresento o amor que tenho; gosto de você”.
Na nossa vida espiritual é preciso também dar espaço para essas perguntas. E, hoje, o Senhor quer também fazer grandes perguntas sobre a nossa vida, perguntas que nos coloquem face a face com Ele e que nos ajude a nos colocar de frente com a nossa própria verdade.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/05/2023

HOMILIA DIÁRIA

"Simão, filho de João, tu me amas?"

Jesus manifestou-se aos seus discípulos e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? “. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse:  “Apascenta os meus cordeiros”. E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe:  “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. (Jo 21,15-19)

Bem, me amas? Gosto. Me amas? Gosto. Gostas de mim? Gosto. Esse foi o embate do Amor, o embate da Verdade entre Jesus e Pedro. Às vezes, é preciso como se diz no popular: “Bater uma real com alguém”, ou seja, o amor precisa de sinceridade de ambas as partes, e Pedro precisava ser bem realista sobre o seu amor por Jesus, porque o amor por Jesus seria o motor da sua missão. Quem não ama não se dispõe a evangelizar.
Pedro encontraria muitas dificuldades em seu caminho, muitas tentações de poder, de reconhecimento, e seria o amor a Cristo, a purgar tudo isso para que restasse somente o amor genuíno, e Pedro inclusive pudesse dar a vida por Jesus como fez.
É preciso crescer no amor a Cristo

O seguimento a Cristo não pode ser jamais um castelo de areia, tudo deve ser construído no amor mais sólido e duradouro, aliás, qualquer relação deve ser estabelecida assim, quem dirá a nossa relação com o Cristo. Não dá para colocar a mão no arado e depois ficar voltando atrás nos nossos compromissos, aqueles que assumimos. Aquele que você assumiu perante o seu cônjuge, perante uma congregação religiosa, perante um Bispo.
É preciso recordar-se sempre que, antes de tudo, nós fizemos um compromisso com o Cristo. Se o teu amor a Cristo ainda não é o amor Ágape, mas apenas o amor Philia, seja sincero e peça a ajuda da graça de Deus para que esse amor possa crescer e amadurecer.
Jesus, depois de duas vezes perguntando pelo amor Ágape, baixou o nível da pergunta e disse: “Gostas de mim?”, e Pedro reconheceu que era ainda aquele nível de amor que ele tinha para com Jesus. Foi dessa sinceridade que um recomeço se deu na vida dele, para que Pedro conseguisse um dia chegar ao amor Ágape, aquele amor disposto a dar a vida pelo Senhor.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Heleno Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 17/05/2024

Oração Final
Pai Santo, não permitas que a sedução do mundo nos torne cegos e surdos aos anseios dos companheiros de jornada. Que sejamos para eles sinais do teu Amor inefável e fontes da esperança de habitarmos unidos em tua Morada Santa. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/05/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para não fugirmos da pergunta de Jesus – Tu me amas? – e grandeza de alma para respondê-la a cada dia de forma mais comprometida com os irmãos que colocaste ao nosso lado no caminho desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito para compreendermos a mensagem do Evangelho: a vida deve ser toda mergulhada no Amor. As nossas relações existenciais com o próximo, com a natureza e contigo, Pai amado, devem ser vividas no seguimento do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/05/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-me a me colocar no lugar do apóstolo Pedro para ouvir de Jesus a pergunta sobre o Amor e me dá força para responder conscientemente, mais do que com a palavra proclamada, com o testemunho de uma vida dedicada aos irmãos: – Sim, Mestre, eu Amo! Amo a Deus e amo ao próximo. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/06/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, dá-nos coragem para não fugir da pergunta recorrente de Jesus – «Tu me amas?» – e grandeza d’alma para respondê-la cada dia de forma mais firme e comprometida com os irmãos que colocaste ao nosso lado nos caminhos desta terra encantada. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/05/2020