domingo, 30 de junho de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/06/2024

ANO B


Mt 16,13-19

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Tu és o Cristo, o Filho de Deus


Hoje celebramos o dia do grande testemunho de Pedro e Paulo. Entregaram sua vida e derramaram seu sangue por causa de Cristo e do seu Evangelho. Conhecemos o que Paulo escreveu a Timóteo em sua última Carta: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”.
Sejam estas as nossas últimas palavras, quando adormecermos para este mundo. Pedro, a quem Jesus deu o primado, entregando-lhe as chaves do Reino dos Céus, fez o seu êxodo deste mundo para o Pai à semelhança de seu povo Israel e de Jesus Cristo, seu Mestre. O relato da prisão de Pedro e sua libertação refletem o êxodo do Egito e a ressurreição dos mortos. Tudo aconteceu nos dias dos Pães sem Fermento, que são os dias da Páscoa. Pedro se levantou com a mesma pressa com que os hebreus comeram o cordeiro na saída do Egito.
Os hebreus deviam ter os rins cingidos e sandálias nos pés. A mesma ordem recebeu Pedro, quando o anjo o acordou: “Põe o cinto e calça tuas sandálias!”. Assim como o anjo de Deus caminhou diante dos filhos de Israel durante o êxodo, também o anjo do Senhor orienta a saída de Pedro da prisão. Dizem os Atos que o anjo apareceu e uma luz iluminou a cela de Pedro; do mesmo modo permaneceram iluminadas as casas dos hebreus enquanto as trevas cobriam o Egito.
Lembrando os soldados egípcios, a prisão de Pedro foi guardada por quatro piquetes de soldados, por dezesseis homens, portanto, e o anjo o faz passar por dois postos de guarda. Pedro estava dormindo. O anjo o desperta e faz com que se levante. Dormia e despertou. Dormia o sono da morte e despertou para a vida. As correntes caíram-lhe das mãos, libertando-o. O anjo tocou-lhe o lado do mesmo modo como o soldado romano tocou o lado de Jesus. O vocabulário usado é o mesmo.
Desde cedo, a noite da Páscoa se tornou para os cristãos a celebração da ressurreição de Cristo, sua Páscoa deste mundo para o Pai. Páscoa significa passagem. Assim também hoje celebramos o êxodo de Pedro, sua Páscoa deste mundo para o Pai. O relato de sua libertação nos dias de Herodes termina com Pedro dizendo aos discípulos que o tinham acolhido que anunciassem o que tinha ocorrido a Tiago e aos irmãos. “Depois saiu e foi para outro lugar.” Sem dúvida, para o lugar que Cristo foi preparar para nós, quando voltou para a casa do Pai.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/tu-es-o-cristo-o-filho-de-deus/ https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/dar-te-ei-as-chaves-do-reino-dos-ceus-assim-o-que-ligares-na-terra-sera-ligado-nos-ceus-e-o-que-desligares-na-terra-sera-desligado-nos-ceus-30062024

Reflexão

Já no século IV, um documento chamado Cronógrafo filocaliano comprova a existência de uma festa litúrgica em honra dos apóstolos Pedro e Paulo, juntos. O significado dessa solenidade encontra-se, em aprimorada síntese, no seu prefácio próprio (cf. Missal romano): “Hoje, vós nos concedeis a alegria de festejar os apóstolos São Pedro e São Paulo. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração”. Sigamos os passos desses dois gigantes da fé cristã e peçamos a intercessão deles em favor da Igreja de Cristo e dos povos do mundo inteiro.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-30-missa-do-dia/

Reflexão

«Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo»

Mons. Jaume PUJOL i Balcells, Arcebispo Emérito de Tarragona
(Tarragona, Espanha)

Hoje, celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da Igreja primitiva e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor, testemunhas da primeira hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da Igreja e selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do séc. XXI, saibamos ser testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos homens, tal como o foram estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos dos nossos conterrâneos.
Numa das suas primeiras intervenções, o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais, disse-lhes que temos de «caminhar, edificar e confessar». Ou seja, temos de avançar no nosso caminho da vida, edificando a Igreja e confessando o Senhor. O Papa advertiu: «Podemos caminhar tanto quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, alguma coisa não funciona. Acabaremos por ser uma ONG assistencial, mas não a Igreja, esposa do Senhor».
Escutámos no Evangelho da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da Igreja. Jesus pede àquele pescador da Galileia um ato de fé na sua condição divina e Pedro não duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que será a rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos (cf. Mt 16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.
Embora Pedro e os seus sucessores sejam assistidos pela força do Espírito Santo, necessitam igualmente da nossa oração, porque a missão que têm é de grande transcendência para a vida da Igreja: têm de ser fundamento seguro para todos os cristãos ao longo dos tempos; portanto, todos os dias temos de rezar também pelo Santo Padre, pela sua pessoa e pelas suas intenções.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Como não há que se opor a vontade do Senhor quem decide, tem respondido com obediência para o que tem querido fazer de mim a mão misericordiosa do Mestre» (São Gregório Magno)

- « E você, tem sentido alguma vez essa mirada de amor infinito que, mais além de todos seus pecados, limitações e fracassos, continua se fiando em você e mirando sua existência com esperança?» (Francisco)

- « “(...) E logo começou a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus” (Act 9,20). Será este, desde o princípio, o núcleo da fé apostólica, primeiramente professada por Pedro como fundamento da Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, n° 442)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-06-29

Reflexão

«Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo»

Mons. Pere TENA i Garriga Bispo Auxiliar Emérito de Barcelona
(Barcelona, Espanha)

Hoje é um dia consagrado pelo martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo. «Pedro, primeiro predicador da fé; Paulo, mestre esclarecido da verdade» (Prefácio). Hoje é um dia para agradecer à fé apostólica, que é também a nossa, proclamada por estas duas colunas com sua prédica. É a fé que vence ao mundo, porque crê e anuncia que Jesus é o Filho de Deus: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!» (Mt 16,16). As outras festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo veem outros aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los como «primeiros predicadores do Evangelho» (Coleta): com seu martírio confirmaram seu testemunho.
Sua fé, e a força para o martírio, não lhes veio de sua capacidade humana. Jesus então lhe disse: Feliz é Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus (cf. Mt 16,17). Igualmente, o reconhecimento “daquele que ele perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente, para Saulo, obra da graça de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que pede o ato de fé se apoia na ação do Espírito.
A fé dos apóstolos é a fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Desde a confissão de Pedro em Cesaréia de Felipe, «cada dia, na Igreja, Pedro continua dizendo: ‘Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo!’» (São Leão Magno). Desde então até nossos dias, uma multidão de cristãos de todas as épocas, idades, culturas e, de qualquer outra coisa que possa estabelecer diferenças entre os homens, proclamou unanimemente a mesma fé vitoriosa.
Pelo batismo e a crisma estamos no caminho do testemunho, isto é, do martírio. É necessário que estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o Espírito realiza em nós (João Paulo II), e que peçamos com humildade poder experimentar a alegria da fé da Igreja.
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-06-29

Reflexão

São Pedro e São Paulo, apóstolos da fé

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a Igreja celebra estes dois santos em conjunto. Foram mestres da fé, cada um deles com uma missão apostólica muito importante. São Pedro (“Petrus”) é a “rocha” sobre a qual Jesus Cristo edifica a sua Igreja; São Paulo foi eleito para levar o nome de Jesus ao mundo dos gentios (os não judeus).
Ambos receberam de Deus um tratamento “especial”. A Simão, filho de Jonas, Jesus mudou-lhe o nome (não o fez com os outros), rezou expressamente para que a sua fé não desfalecesse, reiterou-o na sua missão de confirmar os seus irmãos na doutrina. Saulo de Tarso foi eleito quando perseguia os cristãos: apareceu-lhe o Senhor ressuscitado (uns 5 anos depois da Ascensão), apresentando-se-lhe como “Jesus, a quem tu persegues”. Viajou incansavelmente para pregar o cristianismo. Deram ambos a vida pela fé, morrendo mártires em Roma.
—Jesus, concede-me fortaleza na fé e audácia para a explicar hoje em dia.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-06-29

Comentário sobre o Evangelho

Pedro, o príncipe dos apóstolos, e Paulo, o apóstolo dos gentios


Hoje, a Igreja celebra simultaneamente estes dois grandes apóstolos e mestres na fé. Pedro foi a "rocha" posta como fundamento da Igreja; Paulo, a voz dada ao Evangelho no seu caminho entre os gentios (os não judeus). Receberam de Deus um tratamento "especial". A Simão, Jesus mudou-lhe o nome, dando-lhe a missão de confirmar na fé os seus irmãos. Saulo de Tarso foi escolhido quando perseguia os cristãos: apareceu-lhe Jesus ressuscitado (uns 5 anos depois da Ascensão).
- Senhor, concede-me fortaleza para continuar a construção da Igreja edificada sobre Pedro e Paulo.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-06-29

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

Desde os primeiros séculos da Igreja realiza-se a memória dos Apóstolos Pedro e Paulo, duas colunas inseparáveis da fé e da ação apostólica missionária. Pedro foi escolhido por Cristo para ser o ponto de unidade da Igreja, e Paulo, após sua conversão no caminho de Damasco, atuou de modo vivaz e brilhante junto dos pagãos, anunciando-lhes o Evangelho da salvação.
Os dois Apóstolos, mesmo de modos diferentes, deram a vida pela mesma causa, a do Reino de Cristo; um pela cruz, outro pela espada, provavelmente no ano 64, sob a perseguição do imperador romano Nero. O sangue dos mártires nunca foi nem será em vão.
A Comunidade reunida para celebrar a fé e a memória vivificante desses Apóstolos deve recordar a presença do testemunho vivo da Igreja: una, santa, católica e apostólica. Esses Apóstolos são dois elos fundamentais, insubstituíveis, que nos ligam à pessoa de Cristo. Eles nos transmitem a herança da fé.
Ao conhecermos o chamado de Cristo aos dois Apóstolos, vemos claramente que Ele chama a quem quer e do modo que quer. Pedro estava lá a pescar no mar da Galileia, a preparar e consertar as redes, quando junto de seu irmão escuta a voz que lhes diz: “Segui-me, e farei de vós pescadores de homens” (Mc 1,17).
Paulo, depois de sua conversão a caminho de Damasco, tornou-se Apóstolo ardoroso e apaixonado pela pessoa de Jesus Cristo. Quem descobre um tesouro, vende todos os seus bens e compra aquele terreno, já nos ensinava Jesus, e foi isso o que aconteceu com Paulo.
Pedro é o primeiro Vigário de Cristo, pois foi assim que o próprio Cristo determinou: “Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la”. A sucessão apostólica nos faz compreender a unidade da Igreja e o mandato de Cristo, chegando até ao papa de nossos dias. Onde há divisão, não há Igreja, nem a presença de Cristo.
O lugar de Pedro e de seus sucessores não é de distinção, importância, poder. É serviço, é koinonia, ou seja, comunhão, unidade, é diaconia, igual a serviço na caridade e do Reino. É apascentar o Povo de Deus! Nossa (arqui)diocese é sinal da Igreja peregrina, uma porção do Povo de Deus, com a mesma dimensão do serviço, da vida de comunhão e de unidade.
A memória desses dois Apóstolos vem pedir nossa fidelidade a Cristo até o fim, e a exemplo deles, sermos uma Igreja viva, comprometida, atuante e presente na realidade dos tempos de agora.
Redação “Deus Conosco”
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=30%2F06%2F2024&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: (instante de silêncio) Ó DEUS, que hoje nos concedeis a santa alegria de festejar os apóstolos São Pedro e São Paulo, dai à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram os fundamentos da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=30%2F06%2F2024&leitura=meditacao

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