domingo, 21 de julho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 21/07/2024

ANO B


16º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

“Urgência da Missão.”

Mc 6,30-34

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos encontramos, reunidos por Cristo, o Bom Pastor. Somos a Igreja nascida da entrega amorosa do Senhor. É Ele que sempre nos convoca e nos reúne para nos oferecer o alimento que restaura nossas forças. Por isso, nós que somos seu rebanho, atendemos ao seu convite e aqui estamos. Daqui sairemos enviados por Ele para dar testemunho do seu amor, fazendo o que Ele fez, oferecendo a sua vida por nós.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Como rebanho, nos encontramos no redil de nosso Pastor para refazer nossas forças, ouvir sua Palavra e, na comunhão de sua aliança, nos deixarmos tomar de compaixão pela multidão faminta e sofrida ao nosso redor. O amor e a solicitude pelas “ovelhas sem pastor” são marcas de um Deus que nunca nos abandona. Esse amor traduz-se, naturalmente, na oferta de vida nova e plena que Deus faz a todos os homens, convidando-nos a também fazermos o mesmo com nosso testemunho.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos encontramos, reunidos por Cristo, o Bom Pastor. Somos a Igreja nascida da entrega amorosa do Senhor. É Ele que sempre nos convoca e nos reúne para nos oferecer o alimento que restaura nossas forças. Por isso, nós que somos seu rebanho, atendemos ao seu convite e aqui estamos. Daqui sairemos enviados por Ele para dar testemunho do seu amor, fazendo o que Ele fez, oferecendo a sua vida por nós.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Celebramos neste domingo a urgência da missão, por isso, reunidos em torno do celeste Pastor, façamos nosso ato de fé para receber dele a alegria e o sustento no discipulado e na missão. Jesus nos alimenta com sua Palavra e com seu próprio Corpo e Sangue. Cheios de fé e esperança, participemos desta celebração eucarística, cantando glórias ao Senhor.
Fonte: NPD Brasil em 22/07/2018

NO REDIL DO BOM PASTOR

O grande e único pastor é Jesus Cristo, todavia, Ele nos constitui também pastores de um quinhão do seu imenso rebanho. Se, por um lado, devemos ter atitudes de ovelhas que seguem o mestre e Bom Pastor, para aprendermos com Ele, tendo sempre os olhos fixos n’Ele, para mergulharmos no seu amor; por outro lado, devemos ter atitudes do pastor, no afã de bem conduzirmos as ovelhas confiadas a nós: na família, na Igreja, na escola, na associação de bairro, no grupo de amigos... Se tivermos os olhos fitos no Bom Pastor, o Espírito Santo nos capa- citará a exercermos o pastoreio. Em todo lugar, devemos ser sal e luz. E água límpida! Sempre haverá alguém buscando água para saciar a sede. “E aquele que crê em mim, beba. É como diz a Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’” Jo 7,38.
Jeremias faz uma exortação aos pastores dados a oprimir as ovelhas, os que “continuam agindo como no passado”. Caríssimos irmãos, quero fazer um paralelo com esse fenômeno que vem se arrastando há anos: atentem à quantidade de “igrejas” que brotam por aí com toda forma de doutrina ou sem doutrina, usando nome de Jesus. Líderes sem formação - mas com boa oratória - arrebanham pessoas e as conduzem... A pergunta é: conduzem para onde? Qual o fim dos que são levados como ovinos ao matadouro? É lugar-comum dizer que indivíduos vão a esses lugares por ignorância; no entanto, sabemos que são também pessoas gananciosas, pois as pregações tem sempre o foco na prosperidade material e lhe é oferecido um “Deus” que resolve seus problemas e soluciona sua falta de dinheiro.
É possível dizer que estamos diante de demônios fantasiados de pastores; são os mercenários que conduzem o povo ao encontro de satanás. “Ademais, fortaleçam-se no Senhor e na força do Seu poder. Vistam a armadura de Deus para poderem resistir às manobras do diabo. A nossa luta, de fato, não é contra homens de carne e osso, mas contra os principados e as autoridades, contra os dominado- res deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal” (Ef 6,10-12).
O demônio está solapando as ovelhas do rebanho do Senhor. Não sejamos maus pastores. Nós conhecemos a Verdade, pertencemos à Igreja da Palavra e do Pão Partilhado; vivemos dos sacra- mentos e comungamos na mesa do Senhor, então, não fiquemos parados; não calemos quando é tempo de testemunharmos nossa fé; não sejamos indiferentes.
Jesus instituiu sua Igreja sobre Pedro e os Apóstolos e, frente a essa Igreja, as portas do inferno não prevalecerão. Ela tem a assistência plena do Espírito Santo e, por mais que - na história - tenha passado por tribulações, se manteve de pé graças, justamente, a esse adjutório do Paráclito. Se, entre nós, surgem maus pastores, o joio é podado, e a Igreja continua sua caminhada.
São Marcos nos conta que Jesus foi descansar, mas o povo estava lá, à espera, em grade número. Sim, caríssimos, entendemos que a evangelização não tira férias, não tem descanso; se queremos testemunhar Jesus Cristo não podemos jamais “dar um tempo”. Seria demonstração de fraqueza, de egoísmo, características de quem quer servir a si mesmo.
Quer assemelhar-se ao Bom Pastor? Urge cuidar das ovelhas frágeis, enfaixar as que estão feridas, ocupar-se com as desgarradas, sanar as enfermas. Não deixe o redil de sua casa, sua família, se tornar um lugar de lobos ou, ainda mais terrível, uma pousada do demônio. Como discípulos que queremos ser, somos impulsionados a nos tornarmos pastores conforme o coração de Deus. Rezemos para que o Bom Pastor tenha compaixão de nossos sofrimentos e nos fortaleça nesta caminhada rumo ao Reino de Deus.
Dom Jorge Pierozan
Bispo Auxiliar de São Paulo

TEVE COMPAIXÃO DO POVO

A cena do Evangelho de hoje (Mc 6,30-34) é impressionante! Jesus convida os apóstolos a descansar um pouco num lugar sossegado... Mas o povo, movido por necessidades e aflições, busca Jesus e chega ao lugar escolhido para o descanso antes mesmo de Jesus e os apóstolos...
Vendo as multidões, Jesus tem compaixão delas e as acolhe e ensina. São como “ovelhas sem pastor”... A referência ao “pastor” não é feita por acaso. Ele é o Pastor bom, que não fica insensível diante de suas angústias e necessidades, nem as abandona.
Nossa Arquidiocese está em caminho de sínodo e, nos meses de julho e agosto, é feito um levantamento sobre a situação religiosa e pastoral. Muitas casas e pessoas serão visitadas por voluntários credenciados. Recomendo receber bem essas pessoas, quando baterem à porta para fazerem o levantamento.
Queremos ouvir o povo e perceber melhor a situação religiosa e pastoral de nossa Igreja em São Paulo. Precisamos dar-nos conta dos acertos, lacunas e falhas na evangelização, para podermos planejar melhor o trabalho futuro da nossa Igreja. Pode ser que também nós nos deparemos com situações semelhantes à do Evangelho, com ovelhas famintas e desejosas de encontrar o Bom Pastor através da ação da Igreja. E que pedem ajuda...
Não podemos ficar indiferentes diante de tanta desorientação religiosa, tantas necessidades de todo tipo. A missão da Igreja não pode “sossegar” nem se acomodar àquilo que já foi feito. A exemplo de Jesus, precisamos ter coração grande e aberto diante das angústias e necessidades do próximo.
Hoje, a Igreja recorda S.Maria Madalena, “Apóstola dos Apóstolos”, como a definiu o Papa Francisco. Ela amou Jesus de todo coração e se tornou a primeira mensageira da ressurreição aos apóstolos. Que ela nos ensine a amar e buscar a Jesus com todo o amor do nosso coração. E a seu exemplo, levemos a todos a Boa Nova do amor de Jesus ressuscitado.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

Compaixão de Jesus por seu povo

Temos neste texto do evangelho de Marcos mais um sumário da missão de Jesus, que fecha a narrativa do retorno dos apóstolos que haviam sido enviados em missão (cf. 15 jul.) e revela a intensa atividade de Jesus com os apóstolos, em seu ministério.
Os apóstolos, ao retornarem, contam tudo o que tinham feito e ensinado, identificados com a prática de Jesus. Na missão o ensino é acompanhado da ação libertadora e vivificante. Não há notícias detalhadas sobre o desenvolvimento desta missão, pois os evangelhos concentram-se na pessoa de Jesus, em seus atos e em seus ensinamentos.
Sendo solicitados pela multidão que chegava e saía, Jesus se preocupa com o repouso dos apóstolos. É necessário um tempo para "descansar" e "comer". É uma alusão ao recolhimento para a oração e o alimentar-se da palavra de Jesus. Ele, com seus discípulos, deslocam-se, então, de barco para um lugar deserto. Marcos, em estilo bem impressivo, narra que muitos que viram Jesus partir, e outros mais que se juntaram a estes, se antecipam, a pé, chegando antes de Jesus e seus discípulos, na margem onde desembarcaram. Encontrando a multidão carente que nele busca um sentido para a sua vida, Jesus enche-se de compaixão por ela.
Para indicar a multidão, Marcos usa uma palavra (ochlós) que designa o grande número de excluídos e marginalizados, uma confusa maioria de pessoas anônimas que se diferenciam da classe dirigente. Eram pessoas prejudicadas pelo sistema político-religioso, tanto do império romano como do Templo de Jerusalém, que agiam como "governantes e pastores que destroem e dispersam o rebanho da minha pastagem!", em um contexto bem semelhante ao vivido pelo profeta Jeremias (primeira leitura), que denunciava a injustiça e a opressão em seu tempo e colocava a esperança de Judá em um messias que reinaria com justiça. Estas pessoas empobrecidas, excluídas das sinagogas e das elites sociais, buscam acolhida em Jesus. Marcos, de maneira muito característica de seu estilo, destaca o sentimento de compaixão de Jesus pela multidão, realçando sua condição humana e seu amor divino.
Jesus é o bom pastor que acolhe as multidões, sem discriminar ninguém, unindo a todos na paz que é fruto do amor (segunda leitura). Ele se põe a ensinar. O ensino de Jesus, a ser comunicado na missão, não é um simples acúmulo de saber. É a revelação da face de Deus e de sua presença amorosa entre os pobres e excluídos, descartando a busca ambiciosa de dinheiro e de poder.
A palavra amorosa Jesus, dirigida aos excluídos e marginalizados, traz-lhes esperança e ânimo. Suas palavras não são princípios de uma doutrina, mas são uma comunicação de vida e amor. Sua prática é acompanhar suas palavras com gestos de libertação e dom da vida.
O ponto alto de seu ensinamento, destacado neste episódio, é a educação para a partilha, que será narrada em seguida.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo.
Fonte: Paulinas em 22/07/2012

Comentário do Evangelho

A compaixão abre o coração

O profeta Jeremias exerceu o seu ministério no século VI a.C., numa época particularmente difícil da história de Israel, em que Jerusalém foi sitiada, o Templo destruído e uma pequena parte da população de Judá exilada na Babilônia. O texto de Jeremias deste domingo é uma dura crítica de Deus aos pastores do seu povo, porque dispersaram e abandonaram o rebanho. Deus promete reunir ele mesmo o resto de suas ovelhas dos lugares para onde foram dispersas e, em seguida, dar a elas pastores que cuidem delas e as protejam. O oráculo de Jeremias faz referência a um sucessor de Davi que será um pastor justo e sábio e será chamado “Senhor, nossa justiça”. Esse oráculo se cumpre plenamente em Jesus, o Bom Pastor que ama as suas ovelhas a ponto de dar a vida por elas. O trecho do evangelho narra a volta dos Doze da missão para a qual foram enviados (cf. Mc 6,6b-12). A indeterminação do período de duração da missão parece querer fazer o leitor compreender que a missão se estende para além de qualquer circunscrição histórica. Depois da partilha (v. 30), os discípulos são convidados por Jesus a um lugar distante para descansar. O “descanso” é o que permite ver que é Deus quem está na origem de todo o bem feito. O descanso é dado para recordar o quanto o Senhor fez por seu povo. A proposta não pôde ser levada a termo em razão do grande número de pessoas que procuravam Jesus (cf. tb. Mc 3,20) e do sentimento que move Jesus na realização de sua missão: a “compaixão” (v. 34). A compaixão é um sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas necessidades; não se confunde com a simples pena ou dó, mas abre o coração para que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do povo por aqueles que deviam cuidar dele qual pastor cuida do seu rebanho é a causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da “multiplicação dos pães” (vv. 35-44).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo.
Fonte: Paulinas em 19/07/2015

Vivendo a Palavra

Jesus enviara os discípulos, dois a dois, para anunciar a chegada do Reino de Deus às cidades vizinhas. Na volta, Ele se lembra que eles são seres humanos, devem estar cansados e lhes propõe um retiro para refazer as forças. Jesus ensina que a construção do edifício da fé se baseia no respeito ao ser humano.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/07/2012

Vivendo a Palavra

O Mestre cuida do bem estar dos discípulos e os convida a descansar em lugar deserto. Lembremos disto em nossas relações com os companheiros de viagem e de fé. Não os sobrecarreguemos com tarefas demasiadas, deixando-lhes tempo e inspiração para se colocarem a sós em oração, na companhia do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2015

VIVENDO A PALAVRA

Jesus enviara às cidades vizinhas os discípulos, dois a dois, para anunciar a chegada do Reino de Deus. Na volta, o Mestre se lembra que eles são seres humanos, devem estar cansados e lhes propõe um retiro para refazer as forças. Jesus ensina que a construção do edifício da fé se baseia no respeito ao ser humano.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/07/2018

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre cuida do bem estar dos discípulos e os convida a descansar em lugar deserto. Lembremos disto em nossas relações com os companheiros de viagem e de fé. Não os sobrecarreguemos com tarefas exaustivas, pesadas e difíceis, deixando-lhes tempo e inspiração para se colocarem a sós em oração, na Presença do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/07/2021

Reflexão

PASTOR COMPASSIVO

A cena evangélica de hoje antecede o episódio da primeira distribuição dos pães em Marcos. Os apóstolos haviam voltado da missão, e Jesus os convida a retirar-se a um lugar deserto. Uma pausa para descansar e refletir sobre a ação missionária junto ao povo. Como seguidores de Jesus, nossa fé só pode ser alimentada se damos espaço e tempo para que o Mestre esteja conosco e fale conosco, e assim possamos avaliar os passos dados.
Mas a multidão não dá descanso a Jesus. Estão como ovelhas sem pastor que as conduza por campos verdejantes de vida, esperando que Jesus faça algo. E a atitude dele para com a multidão é a do verdadeiro Pastor. Longe de se incomodar, sente compaixão, pois bem sabe dos sofrimentos de sua gente – um povo desorientado e faminto, com lideranças que pensavam mais nos próprios privilégios do que no bem comum.
Ter compaixão significa pôr-se no lugar do outro e de alguma maneira sofrer com ele. A compaixão faz de Jesus o Pastor autêntico, a organizar, alimentar e conduzir o povo.
Estar com Jesus, portanto, é estar com a gente sofrida com a qual ele se solidariza. E seguir o Mestre é permitir que sua liderança e pastoreio se façam visíveis hoje, por meio de nossa ação. E já que todos temos responsabilidade sobre isso, vale a profética chamada de atenção de Ezequiel: “Ai do pastor insensato, que abandona as ovelhas! Os que compram as ovelhas e as matam não são castigados, e os que as vendem ainda dizem: ‘Bendito seja Deus, porque fiquei rico’… E seus próprios pastores não têm compaixão delas” (Ez 11,17.5).
Não se compra nem se vende o povo de Deus. Que o aprendizado da compaixão nos traga a esperança de tempos novos. Tempos de maior discernimento, para a escolha de lideranças autênticas. A grandeza de um líder está em sua capacidade de sofrer com quem sofre e de usar o poder como serviço que transforma o sofrimento do povo em esperança e alegria.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Fonte: Paulus em 22/07/2012

Reflexão

Após a avaliação de uma viagem missionária, os apóstolos são convidados a se retirarem para um descanso. Eram tantos os que procuravam Jesus e seus discípulos que, diz o evangelho, não tinham tempo sequer para comer. Ao se deslocarem para um lugar deserto, foram precedidos pela multidão. Vendo-a, Jesus teve compaixão, comoveu-se interiormente, como a mãe que vê o sofrimento dos filhos, pois eram como “ovelhas sem pastor”. Ter compaixão é sentir e encarnar em si a dor do outro. Venham para o descanso, diz Jesus. Todos, inclusive os discípulos-missionários de Jesus, temos necessidade de descanso. O papa Francisco nos alerta sobre a “doença do martismo, de Marta, da atividade excessiva, ou seja, daqueles que mergulham no trabalho, negligenciando inevitavelmente ‘a melhor parte’: sentar-se aos pés de Jesus. Por isso, Jesus convidou os seus discípulos a ‘descansar um pouco’, porque descuidar do descanso necessário leva ao estresse e à agitação. O tempo do repouso, para quem levou a cabo a sua missão, é necessário, obrigatório e deve ser vivido seriamente: passar algum tempo com os familiares e respeitar as férias como momentos de recarga espiritual e física”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 22/07/2018

Reflexão

Os apóstolos voltam da missão, provavelmente eufóricos com o resultado das obras realizadas em nome de Jesus. Regressam à base de onde partiram. Sabiamente Jesus os convida a retirar-se para um lugar deserto, onde “descansar um pouco”. Parada necessária para partilhar e avaliar a experiência missionária. Com frequência, Jesus se afastava do ruído e do sufoco das multidões e buscava um ambiente silencioso, a fi m de rezar. Todo cristão precisa encontrar o equilíbrio entre ação e contemplação. Com maior razão, os líderes de nossas comunidades carecem de tempo para descanso físico e reabastecimento espiritual, incluindo formação e reciclagem, para voltar ao serviço com ânimo e forças renovados. Porque, como nos dias de Jesus, grande é o número de pessoas que são “como ovelhas sem pastor”.
Oração
Ó Jesus Mestre e Pastor, sensível à euforia dos apóstolos, recém-chegados da missão, quiseste que partilhassem seus feitos e ensinamentos. O tempo foi curto, pois te procuravam as multidões, que eram como ovelhas sem pastor. Senhor, vem preencher-nos com teu fervor apostólico. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 18/07/2021

Meditando o evangelho

UMA VIDA AGITADA

A vida de Jesus e de seus discípulos foi sempre muito agitada. De todos os lados, vinham multidões para serem curadas, não lhes sobrando tempo nem mesmo para comer. O perigo do ativismo era iminente! O ritmo frenético de atividades poderia levá-los até mesmo a não mais se darem conta do sentido daquilo que faziam e transformá-los numa espécie de máquinas de fazer milagres.
Para não cair nesta tentação, Jesus tinha momentos em que se retirava com seus apóstolos para restaurar as forças. Mas nem sempre conseguiam realizar seu intento. As multidões os precediam, tal era o desespero em que se encontravam. Esta insistência não irritava Jesus, antes, deixava-o comovido. Ele sabia em que condições se encontrava aquela gente. Era como ovelhas sem pastor, caminhando sem rumo e sem guia. Jesus não podia furtar-se de assumir seu papel de guiá-las, pois era exatamente esta a sua missão. Ele era incansável, quando se tratava de servir ao povo.
Em meio a tantas atividades, Jesus não se esquecia de que o eixo de sua ação era o serviço ao Reino de Deus. Esta consciência tornava-o imune da tentação de vanglória, impedindo-o de atribuir a si o que pertencia ao Pai. Ele se sabia servidor e, nesta condição, acolhia com carinho a quantos o procuravam para ouvir sua palavra e serem curados.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, torna-me incansável no serviço do Reino, sem, contudo, cair no ativismo, com o meu olhar sempre fixo em ti.
Fonte: Dom Total em 19/07/201522/07/2018 18/07/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A MISSÃO CONTINUA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Marcos apresenta, neste texto, mais um sumário da missão de Jesus, agora também registrando o retorno dos apóstolos que haviam sido enviados. Estes sumários de missão, que indicam o bom andamento do ministério de Jesus, mostram Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra.
Os Doze, que tinham sido enviados, retornam e contam a Jesus tudo o que fizeram e ensinaram. "Fazer e ensinar" é o próprio estilo de Jesus e sua proposta para a prática missionária. Marcos retoma, então, a observação de que o assédio da multidão não deixava tempo nem para comer (cf. 3,20). Jesus preocupa-se com a recuperação dos discípulos, em lugar que ofereça repouso, depois da fadiga da missão, na oração e na comunicação da palavra.
O tema do "comer" prepara também o tema do "pão", que virá a seguir. O "barco" associado à missão é também utilizado para a busca do devido repouso. Marcos, com um texto expressivo, acentua a insistência da multidão: partindo de todas as cidades correram a pé e chegaram antes deles! E diante desta multidão excluída pela classe dirigente do sistema teocrático da Judéia, Jesus enche-se de terna compaixão.
Marcos usa a palavra ochlós, que designa o grande número de excluídos e marginalizados, uma confusa maioria de anônimos que se diferenciam da classe dirigente. Eram pessoas prejudicadas pelo sistema político-religioso, tanto do templo de Jerusalém como do Império Romano, que agiam como "pastores que destroem e dispersam o rebanho da minha pastagem" (primeira leitura).
Estas pessoas empobrecidas, excluídas das sinagogas e das elites sociais, buscam acolhida em Jesus, que, com sua palavra amorosa, dá-lhes esperança e ânimo. Ele é o bom pastor, que traz a paz e acolhe as multidões sem discriminar ninguém (segunda leitura).
Fonte: NPD Brasil em 22/07/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A SÓS COM O SENHOR...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Sempre ouço uma crítica contundente em nossa Igreja, de que, “no dia em que Jesus voltar, não vai nos encontrar unidos, mas reunidos”. Há de fato um excesso de reuniões, as vezes sem pauta e nem assunto determinado, e o que é pior, sem horário para terminar, onde patina-se em assuntos pessoais, troca-se muitas farpas, seria necessário refletirmos sobre a qualidade de nossas reuniões, avaliando-se os resultados. Lembro-me da primeira vez em que fui convocado para uma reunião na igreja, isso já faz tempo, e senti-me muito importante, hoje o entusiasmo já não é tanto.
Pelo jeito, os apóstolos também gostavam de uma reunião, haviam sido enviados em missão, e no evangelho de hoje voltam para Jesus, querendo fazer uma reunião de avaliação, mas ao que parece, o Mestre não era muito chegado em reunião, pois assim que os apóstolos começaram a expor o relatório de tudo o que tinham feito, ele os convidou a irem para um lugar á parte: “Vamos descansar um pouco em um lugar á parte!” – Prestemos atenção nesse verbo, “descansar”, que tem muitos significados: descontrair, fazer algo diferente, jogar um pouco de conversa fora, dar boas risadas de coisas engraçadas que aconteceram na missão, rir dos próprios erros e enganos “Imagine Senhor, que eu por engano bati na porta de um ateu, e quando comecei a falar em teu nome, pensei que o homem ia ter um “saracotico”!, fico imaginando o grupo todo caindo na risada com aquele apóstolo distraído, e Jesus exclamando bem humorado “Mas você é uma anta mesmo!” e tome mais risada e até o sisudo Pedro quase se engasga de tanto rir, e me dirão os extremamente conservadores, que isso não está no evangelho, e nem precisaria.
Modéstia á parte, nossas reuniões de diáconos da diocese de Sorocaba, são um pouco assim, as vezes o Dirigente tem que dar um “breque” para acalmar os faladores e piadistas, e não pensem que os mais idosos não gostam, até eles fazem rodinhas para contar suas anedotas ou coisas engraçadas do seu ministério. Faz muito bem a alma, ao coração e à nossa “psique”, esses momentos de pura alegria por estarmos juntos, e graças a Deus, nossos irmãos maiores no ministério, os sacerdotes, estão resgatando esses encontros, com a valiosa ajuda da psicanálise, pois não se conhece arma mais poderosa do que o isolamento, para destruir por completo uma vocação, agente de pastoral que se isola dos demais, catequistas, ministros, padres e diáconos, começou a ficar sozinho, está dando “sopa” para a derrota e o fracasso na sua vocação, daí vêm certas tristezas, angústias e desvios de conduta, por falta de apoio.
Na correria dos trabalhos pastorais e ministérios, é preciso parar de vez em quando, e aqui há outro sentido belíssimo nessa reflexão, pois, descansar com o Senhor, significa abastecer-se, na intimidade da oração, no mistério da Eucaristia, onde Deus é um frágil pedacinho de pão, na palma da minha mão, ou ainda como Maria, irmã de Marta, sentar-se confortavelmente aos pés do Senhor, para ouvir a sua palavra. De que me adianta não ter tempo para mais nada, nem para mim mesmo, nem para os amigos, nem para a família, nem para comer, por conta de uma agenda lotadíssima de compromissos, se vou aos poucos me distanciando daquilo que é essencial?
O ativismo exacerbado das atividades pastorais e ministeriais começa a nos fazer sentir que somos Donos do Reino e da igreja, querendo nos colocar no centro das atenções, quando na verdade apenas trabalhamos para o Mestre Jesus, é ele quem nos envia, quem nos confia a missão, é portanto ele, que no “intervalo” do jogo, como fazem os técnicos de futebol, irá nos dar as instruções, fazer as correções necessárias, mostrando-nos a melhor estratégia para sermos bem sucedidos na missão.
Não tenho nenhuma dúvida que, sem essa intimidade dos bastidores, com Nosso Senhor, retirados em um lugar á parte, sem essa descontração com o grupo todo, que solidifica a amizade e o carinho entre os membros, qualificando as relações pessoais, corre-se o risco de estressar-se diante do volume de trabalho a ser feito na comunidade e na evangelização fora da Igreja, a multidão que temos que servir é muito grande, as pessoas buscam desesperadamente algo que o cristianismo tem de sobra, que é a esperança, presente na palavra da qual somos portadores.
Mas é perigoso esse “corre-corre” nos tornar insensíveis a dor, ao sofrimento e as necessidades das pessoas, tornando-nos profissionais da palavra, realizando trabalhos belíssimos e ações arrojadas, mas não movidos por essa COMPAIXÃO, que Jesus tem pelas pessoas que o procuram, mas apenas levados por nossos interesses mesquinhos, pela nossa vaidade, prepotência e arrogância, manifestando de vez em quando o nosso mau humor e azedume naquilo que fazemos, e de Agentes de Pastoral ou ministros da igreja, com essa característica, longe de atrair as pessoas, como o Mestre fazia, as vezes é melhor manter a devida distância, porque nunca se sabe em que hora que o “Rei ou a Rainha da Cocada”, vai dar o seu terrível “coice”, que magoa, machuca e gera tantas divisões e intrigas na comunidade, perdendo de vista a compaixão, vivida por Jesus. (16º.
Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Vinde, a sós, para um lugar deserto
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Os Doze voltaram da missão e fizeram o seu relatório. Contaram o que tinham feito e ensinado. Seguiram o modelo de Jesus, o único modelo, que ensinava e fazia sinais. Jesus, que veio para humanizar as nossas relações, leva-os a sós para um lugar deserto e os convida a descansar, numa atitude muito humana. “Venham descansar um pouco.” Pequenos sinais e pequenas frases que revelam a figura humana de Jesus, tão diferente das autoridades deste mundo. Jesus não é chefe. É pastor compreensivo que ensina com seus gestos os apóstolos, para que ajam como ele. O apóstolo não está acima do Mestre, dirá o evangelista São João, numa única passagem na qual ele usa a palavra “apóstolo”. [...] Os Doze Apóstolos não serão substitutos dos governantes deste mundo, mas poderão ajudá-los exercendo o papel de consciência crítica do meio em que vivem, que é sem dúvida uma função da comunidade de Jesus no meio deste mundo. Como Cristo, os apóstolos e suas comunidades serão a paz que o mundo precisa, e a farão surgir destruindo em sua própria carne a inimizade, que se eleva como um muro de separação. Aproximando uns dos outros, criarão o homem novo e estabelecerão a paz por meio da reconciliação. [...]
Fonte: NPD Brasil em 22/07/2018

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 22/07/2018

HOMILIA DIÁRIA

Aprenda a carregar as pessoas no coração

Postado por: homilia
julho 22nd, 2012

O Evangelho de hoje mostra Jesus cuidando de Seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a Palavra.
Jesus repete novamente sua preocupação a respeito da falta de operários para a messe, ou de pastores para o rebanho. Em outras palavras, hoje seria a falta de padres que sejam verdadeiramente pastores das ovelhas. Ontem, como hoje também, existem muitas ovelhas precisando de pastores pelo mundo afora. E Cristo nos compromete nesta missão.
O amor de Jesus é tão sincero e afetuoso pelos seus irmãos, que nem mesmo o cansaço ou a fome são capazes de privar as pessoas de Seu convívio. Nesta Palavra de hoje, percebemos duas atitudes de Cristo para com os seus. A primeira, quando Ele chama Seus discípulos ao descanso, sabendo que eles viveram uma batalha espiritual árdua; para tanto, é preciso recolhimento, descanso físico e espiritual. É preciso se fortalecer. A comida, por exemplo, pode ser entendida como alimento material, mas também alimento espiritual, afinal “nem só de pão vive o homem”. Em muitos momentos do Evangelho, o próprio Cristo se recolhe para orar, para conversar com Deus. Ele nos ensina a ter esse momento para criar intimidade com o Pai.
Entretanto, aquela multidão que ali se encontra não percebe essa situação, porque estão sedentos de amor, atenção, pois eles estão, constantemente, sendo excluídos da sociedade e da própria religião que professavam. Em Jesus e em Seus discípulos se percebe um acolhimento, uma Palavra que é diferente de tudo que eles conheciam, uma Palavra que une e não separa, que perdoa e não se vinga das suas faltas. A razão é simples: eles eram como “ovelhas sem pastor”. Isto significa que eles agiram até agora por ignorância. Sem saber ou distinguir “a mão direita da esquerda”. Que constatação triste! Não existe nada pior que a solidão, não ter com quem contar, com quem conversar, dividir dores e alegrias. Não fomos feitos pra viver como “ilha”, mas juntos. Jesus sente essa solidão em cada pessoa, apesar de estarem numa multidão.
O texto ressalta a compaixão de Cristo pelo povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, não tendo nem tempo para comer. E quando Ele se retirava, o povo ia atrás d’Ele. O que atraía tanta gente? Com certeza, não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar, de uma maneira concreta, o amor compassivo de Deus.
Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, pois Ele sofria junto, tinha empatia com os sofredores, a qual se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade do Senhor desafia a Igreja e os seus ministros, hoje, para que não sejam “burocratas do sagrado”, mas irradiadores da compaixão do Pai.
Infelizmente, muitas vezes, as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui, marginaliza, e só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia a nos assemelharmos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje – como nunca! – estão como ovelhas sem pastor.
Então, mesmo sabendo da necessidade de descanso, Ele sente compaixão, e serve. Ensina-nos que servir ao próximo deve ser prioridade, apesar dos cansaços, apesar das dores, precisamos ver e entender que existem muitas pessoas necessitadas. E pode ter certeza que muitos a nossa volta, que aparentemente não precisam de nada, são carentes de uma palavra, de um ombro amigo, de alguém que os escute. E, por isso, manifestam a sua carência de várias formas: agressividade, mau comportamento, irritação, puxando o chão dos nossos pés. E tudo o que fazem é somente procurando arruinar a vida dos outros.
Minha irmã, meu irmão, não existem pessoas difíceis ou que nos roubem tempo. O segredo é levá-las não nos ombros e sim no coração. Pois as pessoas nos serão pesadas se nós as carregarmos nos ombros. Mas se as levarmos no coração elas se tornam mais leves. Basta pedir que Jesus faça do seu coração semelhante ao d’Ele, e verá que estas pessoas são como que ovelhas sem pastor. E então você será o pastor que elas estão precisando.
Ó Pai, dai-nos a graça de levar nossos irmãos no coração, de servir acima das nossas próprias necessidades confiando que, em Jesus, poderemos descansar e entregar nosso peso para que Ele nos ajude a levar o nosso e o dos outros.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 22/07/2012

HOMILIA DIÁRIA

No recolhimento pessoal nos encontramos com Deus

No recolhimento pessoal nos encontramos com Deus. Estar a sós, em silêncio e oração, nos ajuda a crescer, a ser curados pelo Senhor e a permitir que a ação de Deus aconteça em nossa vida.

“Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco.” (Marcos 6, 31)

A Palavra de Deus, que vem ao encontro do nosso coração hoje, aponta-nos a preocupação de Jesus com Seu povo. Um povo cansado e, muitas vezes, perdido como ovelhas sem pastor. Os discípulos de Jesus, juntos d’Ele, precisam cuidar desse povo e dar-lhe o conforto e o consolo do coração de Deus.
Contudo, para que possamos dar algo aos outros, precisamos dar a nós mesmos em primeiro lugar. Por isso, Jesus convida os discípulos a irem sozinhos a um lugar deserto para descansar. Para isso, a primeira coisa a ser feita é aprender a nos recolher e a nos encontrar com nós mesmos. Sim, passamos a vida cercados de pessoas no trabalho, na escola, nas ocupações, na igreja e, muitas vezes, não temos um tempo para nós.
Ter tempo para nós mesmos é uma coisa mais que sagrada, é uma necessidade da alma, do corpo e da mente! Ninguém pode negligenciar o direito de se recolher para estar consigo mesmo, isso vale para quem é casado ou solteiro e para todos nós, seres humanos.
É só na solidão, num momento a sós, que nós podemos nos encontrar com Deus! Se você é casado você precisa dedicar o seu tempo para cuidar do seu casamento e dos seus filhos. No entanto, não negligencie seu direto de cuidar de si mesmo, de estar a sós para fazer sua oração sozinho e de se recolher para poder temperar a sua alma e conhecer o seu coração. Estar a sós é a oportunidade que damos a nós mesmos de crescer, de nos curar e permitir que a ação de Deus aconteça em nosso coração e em nossa vida.
Outro ponto a ser observado nesta passagem: Jesus chama os Seus ao descanso, que é algo tão sagrado quanto a vida. E esta só se torna uma bênção quando sabemos encontrar o sentido do descanso: descansar a mente, o corpo, o físico e ter o sono restaurador. O dia do descanso é necessário para nos livrarmos das ocupações cotidianas e de tudo o que vai tornando a nossa mente confusa e cheia de coisas.
Você fará melhor tudo o que você tem a fazer se souber encontrar o descanso, se souber descansar quando for necessário descansar. No domingo, o dia do Senhor, é dia de irmos à igreja, a casa de Deus, mas não é somente para fazer isso. Domingo também é dia de descansar! Muitas vezes, as pessoas trabalham a semana inteira e ficam o domingo inteiro por conta da igreja, das suas obrigações pastorais e assim por diante. Não, isso não é correto. Domingo é também o dia do descanso; descansar o corpo e a mente e deixar o repouso entrar dentro de nós. Assim como nós precisamos de um dia da semana para descansar, também precisamos das férias e de um tempo maior para refazer as nossas energias, os nossos pensamentos e os nossos sentimentos.
Por essa razão, se você quer ficar na graça de Deus, não negligencie de forma nenhuma o seu recolhimento pessoal e o seu repouso necessário!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor cuida das ovelhas que estão feridas

A escola de Jesus é a escola da vida, é a escola que resgata, salva e dá vida às ovelhas que estão machucadas

“Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.” (Marcos 6,34)

O Mestre Jesus se compadece da multidão sofrida e desamparada. No meio da multidão, encontra-se cada um de nós com os nossos dramas, os nossos sofrimentos, com as penúrias que estamos carregando.
O olhar de Jesus é de compaixão. Não é um olhar de dó, mas de misericórdia. Ele quer cuidar de Suas ovelhas, porque são ovelhas feridas e machucadas, como se não tivessem pastor, mas Ele é o Bom Pastor. Por isso, Seu primeiro trabalho, Sua primeira missão é ensinar aquela multidão. Para as ovelhas encontrarem o caminho, precisam conhecê-lo.
Precisamos ser ensinados por Jesus, formados por Ele. Precisamos escutar o Mestre, porque nós O escutamos muito pouco, damos pouca atenção à Palavra d’Ele. Não basta saber o que está nas Sagradas Escrituras, é preciso pegá-la e deixar que ela vá nos penetrando, ensinando-nos em cada campo, em cada área da nossa vida como devemos viver.
A escola de Jesus é a escola da vida, é a escola que resgata, salva e dá vida às ovelhas que estão machucadas; e o Mestre vai ao encontro delas.
Hoje, Jesus vem ao nosso encontro, vem ao encontro das feridas do nosso coração para cuidar de nós. Permitamo-nos ser cuidados por Ele, amados por Ele, permitamos que o amor misericordioso e bondoso de Jesus faça a diferença em nossa vida.
Que não sejamos uma ovelha rebelde, mas que sejamos uma ovelha. Ainda que ferida e machucada, que nos deixemos ser conduzidos pelo Bom Pastor que cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 22/07/2018

HOMILIA DIÁRIA

O silêncio de Deus nos refaz

“Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco.” (Marcos 6,31)

Jesus está na Sua missão de levar a Palavra de Deus aos corações feridos, machucados, dilacerados, corações sedentos da graça de Deus. E, muitas vezes, Jesus se depara com numerosas multidões e, movido pela compaixão, Ele se volta para as Suas ovelhas, para cuidar das feridas, para tratá-las. Jesus sabe o quanto estamos maltratados e feridos.
Mas fico impressionado com a sutileza do coração de Jesus, o Mestre. Porque, diante da missão, Ele não empurra os Seus apóstolos para irem somente pregar e anunciar. Não! É preciso descansar: “Vinde, pois, num lugar à parte. Vinde sozinhos e descansai um pouco”. Porque o descanso é sagrado, é sublime, o descanso nos refaz e nos recria.
Estamos vivendo em uma era de tantas doenças e enfermidades emocionais porque não sabemos cuidar de nós nem nos permitimos ser cuidados por Deus, entramos num ativismo acelerado da vida que não paramos, o cérebro não para, a cabeça não para, o coração vive os impulsos todos. É preciso silenciar, acalmar, sair do barulho, porque o coração não foi feito para as agitações constantes.

É preciso se colocar no silêncio de Deus porque é ali que Ele fala e se refaz

O que renova o coração, o que renova a mente é saber se refazer no deserto da vida; e o deserto é o lugar do encontro, é o lugar do silêncio, é o lugar de se refazer. Por isso, se queremos fazer as coisas, é preciso nos refazermos primeiro, é preciso sair do fazer para poder fazer bem o que temos para fazer.
Nossa vida tem ficado muito atropelada, acidentada, estamos, às vezes, acumulando coisas sobre coisas. É preciso deixar para retomar, é preciso acalmar para se revigorar, é preciso silenciar para poder escutar, é preciso se colocar no silêncio de Deus porque é ali que Ele fala e se refaz.
A missão é grande, a missão é árdua; a missão de cada pai e de cada mãe de família, a nossa missão neste mundo, a missão de anunciar o Evangelho; é tudo muito árduo e exigente… Por isso, precisamos cada vez mais do descanso sagrado de Deus para nos refazer e para Ele nos restaurar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 18/07/2021

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a sabedoria e a coragem de anunciar aos povos que nós não vivemos largados à própria sorte, como ovelhas tresmalhadas, mas Tu nos deste um Pastor que caminha conosco pelas estradas deste mundo encantado: é o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/07/2012

Oração Final
Pai Santo, livra-nos do ativismo e nos faze recordar da dimensão humana dos nossos irmãos de fé. Lembremo-nos do exemplo do Mestre, que cuidava para que os discípulos tivessem oportunidade de estar a sós com Ele em descanso e oração. Nós Te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá à tua Igreja a sabedoria e a coragem de anunciar aos povos que nós não vivemos largados à nossa própria sorte, como ovelhas tresmalhadas, mas Tu nos deste um Pastor que caminha conosco pelas estradas deste mundo encantado: é o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/07/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, que és a nossa Fonte de Paz e de Sabedoria, livra-nos do ativismo e nos faze recordar da dimensão humana dos nossos irmãos de fé. Lembremo-nos do exemplo do Mestre, que cuidava para que os discípulos tivessem oportunidade de estar a sós com Ele em descanso e oração. Nós Te pedimos, Pai muito amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/07/2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário