domingo, 21 de julho de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/07/2024

ANO B


16º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

“Urgência da Missão.”

Mc 6,30-34

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Como rebanho, nos encontramos no redil de nosso Pastor para refazer nossas forças, ouvir sua Palavra e, na comunhão de sua aliança, nos deixarmos tomar de compaixão pela multidão faminta e sofrida ao nosso redor. O amor e a solicitude pelas “ovelhas sem pastor” são marcas de um Deus que nunca nos abandona. Esse amor traduz-se, naturalmente, na oferta de vida nova e plena que Deus faz a todos os homens, convidando-nos a também fazermos o mesmo com nosso testemunho.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/16-domingo-tempo-comum-ano-b-21-07-2024.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos encontramos, reunidos por Cristo, o Bom Pastor. Somos a Igreja nascida da entrega amorosa do Senhor. É Ele que sempre nos convoca e nos reúne para nos oferecer o alimento que restaura nossas forças. Por isso, nós que somos seu rebanho, atendemos ao seu chamado e aqui estamos. Daqui, Ele nos envia para testemunhar seu amor, fazendo o que Ele fez, oferecendo a sua vida por nós.
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-43-16o-domingo-do-tempo-comum.pdf

DEUS É COMPAIXÃO E TERNURA

A cada encontro com os padres da porção da Arquidiocese a mim confiada como bispo auxiliar sou grato com os relatos inspiradores de seus feitos que são tantos. Cada um contribui de acordo com suas capacidades, e é isso que me faz lembrar das palavras de Antoine de Saint-Exupéry, “é preciso exigir, de cada um, o que cada um pode dar, a autoridade repousa sobre a razão”.
Por vezes, diante da correria e do trabalho realizado com afinco, surge em mim uma preocupação com a saúde física, psíquica e espiritual desses dedicados pastores. Sempre os aconselho a fazerem pausas, a descansarem, a participarem de retiros para renovarem suas forças, de modo a continuarem com vigor o seu pastoreio e missão.
Por vezes me deparo com respostas que refletem as urgências do ministério: a impossibilidade de uma folga devido a condução de exéquias, visitar um paroquiano enfermo para rezar e administrar a unção dos enfermos, ou ainda prestar socorro em momentos de emergência, como incêndios em favelas. São muitos os gritos da multidão clamando um pastoreio. Nesse momento, o que dizer? É necessário descansar, contemplar e ter compaixão!
Essas e outras situações me ajudam a refletir a liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum, que nos lembra da presença constante e amorosa de Deus em nossas vidas, como um pastor cuidadoso, que conhece cada uma de suas ovelhas pelo nome e se preocupa profundamente com o bem-estar delas.
Na leitura do profeta Jeremias (Jr 23,1-6), somos apresentados a um Deus compassivo, que promete reunir seu rebanho disperso e dar-lhes pastores segundo o seu coração. Este Deus não se esquece das ovelhas perdidas e sofredoras, estendendo sua mão salvadora para cuidar das feridas, fortalecer os fracos e guiar as ovelhas perdidas e guiando-as de volta ao redil.
O Salmo responsorial (Sl 22) reforça essa mensagem de confiança e esperança na misericórdia divina, “Sois meu refúgio, Senhor; daime a alegria da vossa salvação,” lembrando-nos que, em Deus, encontramos um refúgio seguro contra as tempestades da vida.
No Evangelho, Jesus, mesmo em busca de um momento de descanso para seus discípulos após uma intensa atividade evangelizadora, acolhe as multidões famintas e sedentas por ouvir as Palavras de vida que Ele proclama, vendo nelas não apenas uma multidão faminta, mas almas sedentas de esperança e de amor. Ele os ensina, cura e alimenta, mostrando que o Reino de Deus está próximo. Jesus é o Bom Pastor que conhece suas ovelhas e se sacrifica por elas.
Que possamos ser verdadeiros pastores uns dos outros, cuidando com zelo e orientando aqueles que Deus colocou em nosso caminho. Que a graça de Deus fortaleça e nos impulsione para viver segundo o exemplo do Bom Pastor, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Dom Carlos Silva, OFMCap
Bispo Auxiliar de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-43-16o-domingo-do-tempo-comum.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Eram como ovelhas sem pastor


Os Doze voltaram da missão e fizeram seu relatório. Contaram o que tinham feito e ensinado. Seguiram o modelo de Jesus, o único modelo, que ensinava e fazia sinais. Jesus, que veio para humanizar as nossas relações, leva-os a sós para um lugar deserto e os convida a descansar, em uma atitude muito humana. “Venham descansar um pouco.” Pequenos sinais e pequenas frases que revelam a figura humana de Jesus, tão diferente das autoridades deste mundo. Jesus não é chefe. É pastor compreensivo que ensina com seus gestos os apóstolos, para que ajam como ele.
O apóstolo não está acima do Mestre, dirá o evangelista São João, em uma única passagem na qual ele usa a palavra “apóstolo”. Os apóstolos estão aprendendo a ser bons pastores e devem sê-lo, porque “ai dos pastores que destroem e dispersam o rebanho”, diz o profeta Jeremias. Jeremias não pertencia à classe dos profetas do seu tempo, e até os criticava de vez em quando. Suas palavras lidas na liturgia de hoje e aplicadas a Jesus, que está com os seus Doze apóstolos, têm uma dimensão social e política muito clara. Jesus compadeceu-se da multidão, “porque eram como ovelhas que não têm pastor”.
Por que tem ele a impressão de que o povo está sem pastor? Porque, se tivesse pastor, não precisaria correr atrás de Jesus para resolver suas necessidades básicas. Ao dizer que “eram como ovelhas que não têm pastor”, Jesus estava dizendo que não tinham governo. É o que diz Jeremias. O Deus de Israel fala contra os pastores, que são aqueles que governam o povo. Os governantes praticam o mal: dispersam as ovelhas, afugentam-nas e não cuidam delas.
Deus toma então a iniciativa de ser ele mesmo o pastor do seu povo e promete suscitar novos pastores, que cuidem que o povo não sofra mais medo nem angústia. Jeremias pensa em novos governantes. Sua profecia, porém, vai além do governo deste mundo. Deus fará nascer um descendente de Davi. Será rei, será sábio e fará valer a justiça e a retidão na terra.
O nome desse descendente de Davi será “Senhor, nossa justiça”. Os doze apóstolos não serão substitutos dos governantes deste mundo, mas poderão ajudá-los exercendo o papel de consciência crítica do meio em que vivem, que é sem dúvida uma função da comunidade de Jesus no meio deste mundo. Como Cristo, os apóstolos e suas comunidades serão a paz que o mundo precisa, e a farão surgir destruindo em sua própria carne a inimizade, que se eleva como um muro de separação.
Aproximando uns dos outros, criarão o homem novo e estabelecerão a paz por meio da reconciliação. Neste contexto litúrgico, quando a Carta aos Efésios fala que “em sua carne ele destruiu o muro de separação, que é a inimizade”, significa que a ajuda que a Igreja pode dar aos governantes é mostrar a paz que nela existe, fruto da justiça e da reconciliação vivida entre irmãos e irmãs que se respeitam. Então todos compreenderão que o nome de Deus é “Senhor, nossa justiça”.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/eram-como-ovelhas-sem-pastor/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/vinde-vos-a-sos-a-um-lugar-deserto-e-descansai-um-pouco-21072024

Reflexão

Concluída a missão, os apóstolos se reúnem em torno de Jesus para a completa avaliação. Essa prática será efetuada pelas comunidades cristãs primitivas. Os missionários voltam ao ponto de onde partiram, a fim de narrar as maravilhas que haviam realizado pelo poder do Espírito Santo (cf. At 14,27-28). Aos apóstolos, que retornam após intenso trabalho, Jesus convida a descansar um pouco em ambiente silencioso. Não passou da proposta e do desejo, já que muitas pessoas acorreram até onde estavam Jesus e seus discípulos. O que elas queriam estava estampado no rosto: “eram como ovelhas sem pastor”. Sem perder tempo, Jesus pôs-se logo a ensinar-lhes muitas coisas. Importante é encontrar o equilíbrio entre os muitos afazeres pastorais e a necessidade de reabastecimento físico e espiritual.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/21-domingo-8

Reflexão

«Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!»

Rev. D. David AMADO i Fernández
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos convida a descobrir a importância de descansar no Senhor. Os apóstolos voltavam da missão que Jesus lhes havia dado. Haviam expulsado demônios, curado doentes e pregado o Evangelho. Estavam cansados e Jesus lhes disse: «vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!» (Mc 6, 31).
Uma das tentações a que pode sucumbir qualquer cristão é a de querer fazer muitas coisas descuidando do trato com o Senhor. O Catecismo recorda que, na hora de fazer oração, um dos maiores perigos é pensar que há outras coisas mais urgentes e, dessa forma, se acaba descuidando do trato com Deus. Por isso Jesus, a seus Apóstolos, que trabalharam muito, que estavam esgotados e eufóricos porque tudo lhes correu bem, manda que descansem. E, acrescenta o Evangelho «foram, então, de barco, para um lugar deserto, a sós» (Mc 6,32). Para poder rezar bem são necessárias, ao menos duas coisas: a primeira é estar com Jesus, porque é a pessoa com que vamos falar. Temos que ter certeza de que estamos com Ele. Por isso todo tempo de oração começa, geralmente, e é o mais difícil, com um ato de presença de Deus. Tomar consciência de que estamos com Ele. E a segunda é a necessidade de solidão. Se queremos falar com alguém, ter uma conversa íntima e profunda, escolhemos um lugar isolado.
São Pedro Julião Eymard recomendava descansar em Jesus depois de comungar. E advertia do perigo de encher a ação de graças com muitas palavras ditas de cabeça. Dizia, que depois de receber o Corpo de Cristo, o melhor é estar um tempo em silêncio, para repor nossas forças deixando que Jesus nos fale no silêncio do nosso coração. Às vezes, muito melhor do que explicar a Ele nossos projetos é deixar que Jesus nos instrua e anime.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Ele, enquanto Deus, está acima do sofrimento; sofre por causa do Seu amor pelos homens. A emoção invade-Lhe o coração. Não está apenas comovido, mas cura-os de todas as suas enfermidades e livra-os de todo o mal» (Orígenes)

- «Jesus encarna Deus Pastor com o seu modo de pregar e com as suas obras, ocupando-se dos doentes e dos pecadores, de quantos estão «perdidos», para os reconduzir para um lugar seguro, na misericórdia do Pai» (Bento XVI)

- C(...) pelo fato de Cristo se tomar `a Cabeça´ deste povo que é, desde então, o seu corpo. À volta deste centro, agrupam-se imagens imagens tiradas quer da vida pastoril ou agrícola, quer da construção ou também da família e matrimônio» (Catecismo da Igreja Católica, nº 753)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-07-21

Reflexão

Os apóstolos, amigos de Jesus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje perguntamo-nos: Que tipo de pessoas eram os Apóstolos? Em poucas palavras, poderíamos dizer que eram “amigos” de Jesus. Os elogiou para que permanecessem com Ele e, na Última Ceia os chamou “amigos”. Foram e, puderam ser apóstolos e testemunhas de Cristo porque eram seus amigos, porque o conheciam a partir da amizade, porque estavam perto Dele, como vemos no Evangelho de hoje.
Estavam unidos com um vínculo de amor vivificado pelo Espírito Santo. O Espírito, o Espírito Santo, é quem vivifica. É Ele quem vivifica nossa relação com Jesus Cristo, de maneira que não seja só exterior: Sabemos que Jesus existiu e que está presente no Sacramento da Eucaristia (fonte e cume da amizade com Jesus Cristo), mas, transforma esta presença numa íntima relação, profunda, de amizade realmente pessoal.
—“Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto”: Escutemos esta voz. Cristo não o disse somente há 2000 anos; Ele vive e nos o diz de novo cada dia e agora.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-07-21

Comentário sobre o Evangelho

Jesus começa a descansar com os Apóstolos e termina a pregar ao povo


Hoje, os Apóstolos regressam da sua missão. Estão muito contentes! Jesus convida-os a descansar e escuta os seus relatos. Reúnem-se numa barca, talvez a de Simão Pedro. Assim passaram boa parte daquele dia.
- Mas quando chegaram à margem, encontraram muita gente que os esperava. O descanso de Jesus transforma-se em serviço: escuta os Apóstolos e atende as pessoas. E tu?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-07-21

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

A Palavra vem nos mostrar o amor do Senhor por aqueles que estavam como “ovelhas sem pastor”. Deus está sempre a nos oferecer a vida nova, pois quer nos revestir de seu amor incomparável, que nos traz a alegria e a realização.
Os discípulos voltaram da missão, contentes, felizes, por tudo o que conseguiram realizar. Comentaram os fatos com Jesus e Ele os convidou para irem “sozinhos para um lugar deserto e descansar um pouco”. Como é bela essa atitude de Jesus e profundamente humana, pois compreendeu o peso da labuta dos discípulos na missão. Bom seria que houvesse esse reconhecimento com tantos trabalhadores, principalmente dos lares que, às vezes, são tão explorados. Mas, os discípulos estão entusiasmados, e Jesus os acolhe com afeto profundo.
Naquela realidade de Jesus, aconteceu um contraponto: a multidão. Ela foi atrás de Jesus, encontrou caminho mais curto para vê-lo. Outra vez, Jesus estava ali e acolheu com vigor a multidão necessitada de vida. Jesus teve compaixão, como nunca deixou de ter, daquela gente abandonada, “como ovelhas sem pastor”.
Qual é a Catequese que brota desse fato de Jesus em seu encontro com os discípulos e a multidão? Primeiro: Jesus parte da realidade, da necessidade que está ali diante de seus olhos, e Ele não negligencia tal realidade. Abraça a realidade dos discípulos e do povo. Depois, vem a necessidade do repouso; mesmo que seja justo e legítimo, ficou em segundo lugar, pois havia um povo à procura dele, e era um povo necessitado.
Certamente que o trabalho pastoral tem suas exigências, e uma delas é colocar a realidade do povo antes das minhas necessidades. Em tempos de individualismo, posso até querer que meus interesses venham em primeiro lugar. Se for assim, é uma pena, é triste, pois não é esta a atitude de Cristo no Evangelho. Ser pastoralista é assumir a mesma missão de Jesus. Trabalhamos a favor da vida e da paz, e elas têm o rosto e o nome de Jesus.
Cristo ensinou-nos a romper os muros que nos dividem, os laços do egoísmo, do individualismo, de uma Igreja voltada para si, para ser presença viva, real e vital no meio do povo. Parece-me que Cristo dispensou muitos ritualismos e abraçou a vida como o maior dom do Pai.
Onde estivermos e o que fizermos, como cristãos, o centro e a referência serão a pessoa de Cristo. Assim, seremos missionários no tempo de agora, dialogando com as pessoas, praticando o bem, defendendo a justiça e promovendo a vida. O Evangelho continua sendo a Boa Notícia para os homens e as mulheres do tempo de agora.
Redação “Deus Conosco”
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=21%2F07%2F2024&leitura=homilia

Oração
OREMOS: (instante de silêncio) SENHOR, sede propício a vossos fiéis, e, benigno, multiplicai neles os dons da vossa graça, para que, fervorosos na fé, esperança e caridade, perseverem sempre vigilantes na observância dos vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=21%2F07%2F2024&leitura=meditacao

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