quinta-feira, 20 de junho de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/06/2024

ANO B


11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

“A semente cresce sem intervenção humana.”

Mc 4,26-34

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO:  Fazemos memória de Jesus que, sendo a Palavra Eterna, aceitou ser lançado na terra pelo Pai e, na força amorosa do Espírito, por nós morreu e ressuscitou vitorioso no mistério de sua Páscoa. Supliquemos que o Senhor multiplique o pouco que somos segundo a medida de seu amor.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/11-domingo-tempo-comum-ano-b-16-06-2024.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, reunidos neste Dia do Senhor, celebramos o memorial da entrega que Jesus fez de sua vida ao Pai, na força do Espírito Santo. Somos o povo santo de Deus, peregrino neste mundo, vivendo à luz da fé, parceiros da nova e eterna Aliança selada na cruz do Senhor. Ao redor do altar, juntemos nossas vozes para cantar o quanto Deus é bom e o quanto é bom agradecermos por tudo aquilo que Ele faz em nosso favor.
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-38-11o-domingo-do-tempo-comum.pdf

SEMEAR... MESMO NA TRIBULAÇÃO

Um momento triste vivido pelo povo de Israel: é o que recorda a Primeira Leitura. Mostra, porém, uma visão de esperança: nosso Deus e Senhor da história é quem fará o povo ressurgir; pois n’Ele reside o poder sobre todas as coisas. Deus não abandona os que vivem segundo Sua lei. O texto mostra a “reforma” que Deus pode operar na vida de cada um. Ele cuida de seu povo. Sempre cuidou! E alimenta, conduz, protege. Ele o faz em Jesus Cristo.
Para quem não tem fé, a morte é o fim de tudo, diz a Segunda Leitura. Aos que seguem Jesus, todavia, a morte é passagem à dimensão definitiva da vida. Nosso corpo mortal “se desfaz” na vida terrena mas, através da ressurreição, somos levados à vida plena. São Paulo usa imagens muito familiares no Oriente: os nômades do deserto, quando se põem a continuar a caminhada, desmontam o acampamento. Ali, não é sua morada permanente. Acontece conosco: este mundo, é o lugar onde vivemos e construímos nossa história, porém, nosso fim é a participação na própria vida divina. Somos os filhos de Deus indo para casa; a multidão alvejando as vestes no Sangue do Cordeiro!
É sobre paciência que fala-nos São Marcos: se a realização do Reino não depende simplesmente de nós, sejamos pacientes. O ser humano não se converte? Não o acusemos! Continuemos a luta, cientes de que Deus age em nós: chama e serve-se de nós quando e como quiser; não sabemos para quais pessoas, nem de que modo ou em quais ocasiões. Façamos o melhor, sem atribuir-nos o mérito de nada. Trabalhemos com todas as forças; sem a pretensão de ver resultados. É uma lição de humildade. Lemos, em Fl 2,5: Tende os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
Jesus, tal um catequista, ensinava usando parábolas (Cf. Mc 4,33a). A mentalidade de terceirizar chegou à catequese. Os pais delegam à Igreja a missão de educar seus filhos. Limitam-se a matriculá-los. A Igreja doméstica, como é chamada a família nos documentos da Igreja, é a primeira e mais importante escola da fé; os pais são os primeiros catequistas. A fé “se pega” por contágio. O que temos semeado? A semente crescerá... mas, estamos semeando ou ficamos esperando que outros semeiem por nós?
Há poucos dias celebramos a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, do amor de Jesus pela humanidade. Escutemos e façamos escutar o “vinde a mim” proferido por Jesus. Senão as pessoas escutarão a outros. É a Jesus que devemos ir. Não ao mundo! Ajudemos as pessoas a se aproximarem de quem carregará seus pesados fardos, aquele que alivia todas as dores. Busquemos abrigo no Coração Sagrado, do qual jorram a água do batismo e o sangue da salvação. Nossas tribulações reverterão em glória eterna. Nossa vida é um estágio que devemos passar sem tirar os olhos do Céu. Não esperemos, aqui, nenhuma recompensa e conformemos a Jesus o nosso coração. Jesus, manso e humilde de coração: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Dom Jorge Pierozan
Bispo Auxiliar de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-38-11o-domingo-do-tempo-comum.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Quando Jesus fala do Reino de Deus ou do Reino dos Céus, ele usa comparações. Nunca diz o que o Reino é, que é isto ou é aquilo. Sempre diz: “O Reino é como… é semelhante…”. As comparações ditas em parábolas, somadas umas às outras, vão formando uma imagem do que é o Reino. Entendemos Reino como uma forma de governo de determinado povo. É uma noção de origem política, como império, monarquia, democracia. Hoje, no Evangelho de Marcos, lemos duas pequenas comparações do mundo agrícola com as quais Jesus fala do Reino de Deus.
O Reino é como quê? É como alguém que lança a semente na terra. A semente germina e cresce. Vêm as folhas e as espigas cheias de grãos. Quando o fruto está maduro, é feita a colheita. Na parábola há uma semente e uma terra. As duas devem ser de boa qualidade. O resultado que se espera são os frutos. Se formos a terra e a semente da Palavra de Deus, os frutos serão as ações que brotam do nosso modo de ser. Em relação ao Reino, ele será formado por bons cidadãos que desenvolvem ações construtivas em favor da pessoa humana e de seu meio ambiente. Outra comparação Jesus a faz com o grão de mostarda, que se torna uma hortaliça viçosa.
Os pássaros vêm e fazem ninho à sua sombra. O Reino é como esse grão de mostarda: pequeno no início, mas se desenvolve tornando-se capaz de abrigar quem nele busca proteção. A liturgia lê essas parábolas com a visão do profeta Ezequiel. Diz o profeta que o Senhor arrancará um rebento do ramo mais alto da copa do cedro e o plantará sobre o alto monte de Israel. Ele se tornará um cedro majestoso, com folhas e frutos.
À sua sombra se abrigarão os pássaros e farão ninhos. O profeta fala do Deus de Israel que se manifesta ao mundo por meio do seu povo, ao qual foi dada uma missão. O cedro no alto monte de Israel deve abrigar os pássaros que precisam de sombra para seus ninhos. Assim será o Reino de Deus. Nele, o ser humano encontrará um refúgio seguro.
O Reino de Deus pode ser considerado um conceito teológico relacionado ao fim último da humanidade, que tem seu início no nosso mundo e se realiza plenamente no mundo futuro. A variedade das comparações sobre o Reino mostra diversos aspectos. Todos os seres humanos são chamados a pertencer a esse Reino.
O Reino é também um conceito sociopolítico. Jesus viveu e pregou dentro do império romano, que dominava as populações mediterrâneas, extorquindo-as de forma cruel. Um mundo novo e diferente só seria possível se o Deus de Israel assumisse o governo do país, por meio de um novo rei, escolhido e ungido, que estabeleceria o Reino de Deus.
O código do Reino proclamado por Jesus exigia uma revisão das estruturas sociais, e essa era a conversão esperada e uma restituição de justiça pelos danos causados. Permanece o aspecto escatológico do Reino na esperança do mundo futuro. Aqui somos peregrinos, diz São Paulo. Caminhamos pela fé, e não pela visão. O melhor é sair deste mundo e ir morar com o Senhor. Por isso, deste lado e do outro, nós nos esforçamos para ser agradáveis a Deus.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/o-grao-de-mostarda/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/16-06-2024

Reflexão

O Reino de Deus escapa do controle humano. Jesus o compara, primeiramente, a uma semente que, introduzida na terra, se desenvolve sem que alguém a fique observando nos seus mínimos movimentos. Depois o compara à semente de mostarda. Embora minúscula, uma vez lançada na terra, surpreende a todos com seu desenvolvimento. O que é, então, o Reino de Deus? Reino ou Reinado de Deus é justamente o espaço, o ambiente, a esfera em que Deus circula e age; é a realidade impregnada da presença do Senhor; é a resposta de amor e solidariedade dos filhos e filhas ao projeto do Pai celeste; é a sociedade em que se pratica a justiça e se vive a fraternidade. Tudo isso é expressão do Reino de Deus. Quanto a nós, nossa tarefa é assimilar, viver os valores do Reino e expandi-lo, para que Deus seja glorificado.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-domingo-6/

Reflexão

«O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra e a terra produz o fruto por si mesma»

Fr. Faust BAILO
(Toronto, canad)

Hoje, Jesus nos oferece duas imagens de grande intensidade espiritual: a parábola do crescimento da semente e a parábola do grão de mostarda. São imagens da vida ordinária que resultavam familiares aos homens e mulheres que o escutavam, acostumados como estavam a semear, regar e colher. Jesus utiliza algo que lhes era conhecido —a agricultura—para lhes ilustrar sobre algo que não lhes era conhecido: O Reino de Deus.
Efetivamente, o Senhor lhes revela algo de seu reino espiritual. Na primeira parábola lhes disse: «O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra» (Mc 4,26) e introduz a segunda dizendo: «Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus (…)? É como um grão de mostarda » (Mc 4,30).
A maior parte de nós temos já pouco em comum com os homens e mulheres do tempo de Jesus e, porém, estas parábolas continuam ressoando nas nossas mentes modernas, porque detrás do semear, do regar e da colheita, intuímos o que Jesus nos está dizendo: Deus enxertou algo divino nos nossos corações humanos.
O que é o Reino de Deus? «É Jesus mesmo», nos lembra Bento XVI. E nossa alma «é o lugar essencial onde se encontra o Reino de Deus»- Deus quer viver e crescer no nosso interior! Procuremos a sabedoria de Deus e obedeçamos a suas insinuações interiores; se o fazemos, então nossa vida adquirirá uma força e intensidade difíceis de imaginar.
Se correspondermos pacientemente a sua graça, sua vida divina crescerá na nossa alma como a semente cresce no campo, tal como o místico medieval Meister Eckhart expressou belamente: «A semente de Deus está em nós». Se o agricultor é inteligente e trabalhador, crescerá para ser Deus, cuja semente é, seus frutos serão da natureza de Deus. «A semente da pera se transforma em árvore da pera; a semente da noz; em árvore de nogueira, a semente de Deus, se transforma em Deus».
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O homem sem Cristo é pó e sombra» (São Paulino de Nola)

- «A mensagem de Jesus sobre o "Reino" mostra que ele tem pouca importância como poder temporal, embora exerça uma "soberania" real e profunda nas almas» (Bento XVI)

- «Sendo próprio do estado dos leigos viverem a sua vida no meio do mundo e dos assuntos profanos, eles são chamados por Deus a exercer o seu apostolado no mundo à maneira de fermento (Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 940)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-06-16

Reflexão

O Reino de Deus descrito mediante parábolas

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a mensagem de Jesus sobre o “Reino” ensina-nos a escassa importância que esta tem em relação ao poder temporal, a pesar de exercer uma “soberania” real e profunda nas almas. É como um grão de mostarda, a mais pequena de todas as sementes; é como a levadura, uma parte muito pequena em comparação com toda a massa mas determinante no resultado final.
É como a semente que se lança à terra e ali passa por diferentes sortes: é bicada pelos pássaros, afogada pelas silvas ou amadurece e dá muito fruto. Noutra parábola, a semente do reino cresce, mas um inimigo semeou, no meio dela, cizânia que cresceu junto com trigo e só no fim é apartada. Está misteriosa “soberania de Deus” aparece também quando Jesus a compara a um tesouro enterrado no campo: quem o encontra vende tudo o que tem para poder comprar o campo e assim poder ficar com o tesouro.
—A comunhão contigo, Jesus, é a “pedra preciosa” que vale mais que todas as outras coisas.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-06-16

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: O grão de mostarda


Hoje, Jesus explica como nasce e cresce a nossa vida. Deus é o semeador que nos criou com um “coração”, fortalecido pela semente do Baptismo. Deus também é a terra boa em que a semente cresce. E com o crescimento do amor chegam os frutos: uma família e um trabalho que enriquecem o mundo…
- Eu sou uma “semente” muito pequena, chamada a ser uma grande “árvore”.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-06-16 

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