sexta-feira, 28 de junho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 28/06/2024

ANO B


Mt 8,1-4

Comentário do Evangelho

Jesus reintegra o excluído

Jesus veio não para o "pequeno resto de Israel", como se consideravam as elites religiosas de Jerusalém, mas para a comunicação e a comunhão com as multidões. Todos os quatro evangelistas mencionam continuamente a presença de Jesus entre estas multidões, tanto de gentios como de judeus, acolhendo-as, deixando-se tocar por elas e as tocando, dirigindo-lhes a palavra e resgatando-lhes a vida e a dignidade.
O leproso que se aproxima de Jesus, caindo de joelhos, pede por sua purificação. A lepra era caracterizada pela impureza e não pela doença, incorrendo nas exclusões legais. O leproso devia afastar-se das comunidades, viver isolado, com vestes rasgadas e má aparência, gritando: "Impuro, impuro..." (Lv 13,44-46), e quem o tocasse tornar-se-ia também um impuro. Jesus toca o leproso, transgredindo a lei, porém, em vez de tornar-se impuro, é o leproso que é purificado. Jesus, compassivo, conscientemente despreza a estrutura religiosa legalista e excludente, emanada do Templo de Jerusalém e das sinagogas, desobedecendo e removendo seus critérios. Jesus reintegra o excluído pelo sistema legal religioso, infringindo os preceitos e normas deste sistema.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, purifica o meu coração, de modo que esteja a salvo do egoísmo desumanizador.
Fonte: Paulinas em 29/06/2012

Comentário do Evangelho

Jesus arranca do ser humano tudo o que o desfigura

Jesus é o Senhor que purifica e faz viver. É conhecida a condição do leproso e sua discriminação, inclusive religiosa. O Levítico o descreve com detalhes: “O leproso portador desta enfermidade trará suas vestes rasgadas e seus cabelos sem pentear; cobrirá o bigode e clamará: Impuro! Impuro! (…); morará à parte: sua habitação será fora do acampamento” (Lv 13,45-46). A lepra era tida como castigo de Deus e só Deus podia libertar a pessoa de tal enfermidade (cf. Nm 12,9-13). A súplica do leproso é uma verdadeira profissão de fé: “... se queres, tens o poder de purificar-me” (v. 2). A disposição de Jesus revela o próprio desejo de Deus: arrancar do ser humano tudo o que o desfigura e lhe tira a vida, tudo o que impede uma verdadeira relação fraterna. A ação de Jesus, que reintegra a pessoa no seio da comunidade e na comunhão com Deus, elimina o equívoco de que Deus esteja na origem de nossos males. Os condicionamentos histórico-culturais podem deformar a imagem de Deus, e impedir nós todos de entrarmos no coração de Deus, acesso que se tornou possível para nós em Jesus Cristo, “a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, purifica o meu coração, de modo que esteja a salvo do egoísmo desumanizador.
Fonte: Paulinas em 28/06/2013

Vivendo a Palavra

Depois de proclamar o ‘Sermão da Montanha’, Jesus está de volta à planície. Em seu primeiro sinal Ele ensina que viver no Reino do Pai é um ato livre. Exige o envolvimento de nossa vontade. E mostrou isto, dizendo ao leproso: «Eu quero, fique purificado.» Com que disposição nós nos dedicamos ao Reino?
Fonte: Arquidiocese BH em 29/06/2012

Vivendo a Palavra

O Evangelho reforça de um lado a fé daquele pobre doente, que acredita no poder de Jesus. Por outro lado, mostra o poder da vontade, pois quando o Mestre declara: ‘Eu quero’, o leproso fica curado. Esforcemo-nos para cultivar a semente de fé plantada em nós pelo Pai e que essa fé firme nossa vontade para seguirmos os passos de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Depois de proclamar o ‘Sermão da Montanha’, Jesus está de volta à planície. Em seu primeiro sinal Ele ensina que viver no Reino do Pai é um ato livre. Exige o envolvimento de nossa vontade. E mostrou isto, dizendo ao leproso: «Eu quero, fique purificado.» Com que disposição nós nos dedicamos ao Reino?
Fonte: Arquidiocese BH em 29/06/2018

VIVENDO A PALAVRA

Grandes multidões começavam a seguir Jesus. Eram ovelhas sem pastor e nelas estava acordando a Esperança. Um sentimento que ainda hoje – vivemos um tempo especialmente penoso de pandemia! – muitos irmãos nossos desejam encontrar. «Senhor, se queres, Tu tens o poder de me purificar.» A resposta de Jesus foi clara e incisiva: “Eu quero!” – mostrando para nós, sua Igreja, que a compaixão é a única alternativa para os que quiserem segui-Lo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2020

Reflexão

O Evangelho de hoje nos mostra coisas muito interessantes. Inicialmente, Jesus desce do monte, o que nos mostra que devemos subir ao monte para conversar sobre coisas importantes, mas não podemos ficar lá para sempre, precisamos descer. As multidões o seguiam, porque o discurso do Evangelho convence, faz com que as pessoas deem sua adesão a Jesus e à causa do Reino. Por fim, nos mostra que as verdades refletidas sobre o monte devem ser vividas, pois Jesus faz isso, vendo a necessidade de quem dele se aproxima e fazendo o que está ao seu alcance para que o mal seja vencido e todas as pessoas possam ter uma vida digna de filhos e filhas de Deus.
Fonte: CNBB em 29/06/2012 e 28/06/2013

Reflexão

Embora a narrativa seja breve, traz um conteúdo revolucionário. Leprosos, naquela época, nem se aproximavam das pessoas. Viviam afastados do convívio social, gritando sua miserável situação, para que ninguém se contaminasse. Além disso, considerados impuros, eram impedidos de prestar culto público a Deus. Dupla marginalização: social e religiosa. Ora, Jesus, tendo assumido a causa dos oprimidos, acolhe o leproso. Surpresa para todos, desconforto para alguns, que logo vão espalhar a notícia de que também Jesus é impuro, porque tocou a pele do leproso. Decidido, sem fazer cálculos sobre a possível reação dos adversários, Jesus afirma: “Quero. Fique purificado”. Os sumos sacerdotes ficarão agitados com a presença de alguém que transmite vida abundante para o povo.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 29/06/2018

Reflexão

Embora a narrativa seja breve, traz um conteúdo revolucionário. Leprosos, naquela época, nem se aproximavam das pessoas. Viviam afastados do convívio social, gritando sua miserável situação, para que ninguém se contaminasse. Além disso, considerados impuros, eram impedidos de prestar culto público a Deus. Dupla marginalização: social e religiosa. Ora, Jesus, tendo assumido a causa dos oprimidos, acolhe o leproso. Surpresa para todos, desconforto para alguns, que logo vão espalhar a notícia de que também Jesus é impuro, porque tocou a pele do leproso. Decidido, sem fazer cálculos sobre a possível reação dos adversários, Jesus afirma: “Quero. Fique purificado”. Os sumos sacerdotes ficarão agitados com a presença de alguém que transmite vida abundante para o povo.
Oração
Ó Jesus, nosso Libertador, admirável é teu modo carinhoso de acolher o leproso; mais admirável ainda é tua liberdade em tocar nele, já que tal gesto era contrário às leis da época. Tua salvação leva em consideração, antes de tudo, a pessoa que te busca de coração sincero. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 26/06/2020

Meditação

O homem curado de lepra testemunha o poder de Jesus. Tenho muitas oportunidades de testemunhar os milagres que Deus realiza em minha vida? - Sei pedir em primeiro lugar que Deus cure as doenças de meu espírito? - Peço, mas sempre lembrando que devo pedir coisas que sirvam para meu bem e para a glória de Deus? - Rezo com confiança: Seja feita a vossa vontade? - As pessoas doentes, os que sofrem, nos ensinam muito. Procuro estar atento(a) para aprender as lições de vida que me dão?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 28/06/2013

Meditando o evangelho

QUERO FICAR LIMPO!

O desejo do leproso de ser purificado tem dupla dimensão. Uma toca o nível físico-corporal, a outra, um nível mais profundo, que podemos chamar de espiritual. Quando o homem aproximou-se e reconheceu que, se Jesus quisesse, poderia curá-lo, estava pensando apenas no primeiro nível. Entretanto, foi atendido muito além de suas expectativas. Foi purificado também de uma contaminação que, talvez, não chegava a perceber, pois era. uma impureza imperceptível para os olhos.
A cura imediata da lepra representou para aquele homem algo de espetacular. Doravante, poderia recuperar sua cidadania religiosa e civil, deixando de ser um marginalizado, um excluído pelo preconceito social. Dera um primeiro passo na direção da re-humanização!
Jesus, porém, queria muito mais. Estava interessado em purificar o que deveras contamina as pessoas e o desumaniza: o seu coração. Dele provém toda sorte de maldade e injustiça, frutos do egoísmo que afastam o ser humano de Deus e o impedem de ter um relacionamento fraterno com o próximo. Importa, sobretudo, que a misericórdia de Jesus torne puro o mais íntimo do ser humano. A cura da lepra tornou-se, de certo modo, secundária, se comparada com esta cura mais radical. Que adianta ser sadio, não estar contaminado por doenças, se o coração está maculado pelo egoísmo?
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, purifica o meu coração, de modo que esteja a salvo do egoísmo desumanizador.
Fonte: Dom Total em 29/06/2018 26/06/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “Jesus quebra o protocolo religioso”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Caro Discípulo anônimo, começaríamos indagando se concorda com o título da reflexão, pois assim nos parece, que Jesus não obedeceu a norma prescrita em Levíticos. Será por isso que Jesus pediu sigilo desse milagre? E por que o homem curado da lepra é orientado a procurar o Sacerdote? Jesus é quem cura e o Sacerdote é que homologa a ação?

Do Discípulo amado para o Aprendiz

Amado, primeiramente concordo com o título, de fato havia a proibição de se tocar, ou até mesmo de se chegar perto de um leproso, ele próprio tinha que alertar as pessoas aos gritos de “impuro... impuro!”. Por isso, também o Leproso infligiu a Lei Religiosa, mas a questão que o evangelho apresenta é o porquê dessa atitude.
Da parte do leproso vemos um belíssimo ato de Fé, perceba as palavras ricas de significado que ele dirige ao Mestre “Senhor, se queres...”, essa expressão, somada á sua atitude de prostrar-se diante de Jesus, revela a grande confiança que ele deposita naquele homem e assim ele supera toda a liderança religiosa do seu tempo, que olhava Jesus com desconfiança, isso é, não o aceitava como Senhor.
É bom lembrar que o leproso era alguém excluído e banido do sistema religioso, pois sendo impuro, não tinha a menor chance de ser salvo.
Vocês aí do ano de 2012 tem pessoas assim na sociedade, excluídas não só do ambiente religioso, mas até da sociedade, e qualquer um desses pode conquistar a atenção e a misericórdia de Deus, superando todos os que andam “Religiosamente corretos”.
Por seu lado, Jesus age com toda misericórdia, que é a base das relações de Deus para com o homem “Estendeu a mão, tocou-o e disse: eu quero, sê curado”. No templo, o reconhecimento da cura passava por todo um ritual onde o homem curado tinha de oferecer alguma oferta. Diante de Jesus o homem reconheceu-se pequeno, totalmente dependente da misericórdia Divina: se queres...
Para que a cura se tornasse oficial, de fato era necessária a homologação do templo, através do ritual conduzido pelo Sacerdote. Jesus não menospreza a religião do Judaísmo, apenas quer mostrar que a cura verdadeira de todo ser humano, isto é, a Salvação, vem de Deus, onde o rito, e as normas religiosas, eram apenas um sinal, uma visibilidade da Graça concedida. É uma forma de dizer aos seus conterrâneos que Aquele que era maior que a Lei, já estava no meio deles.
A Igreja com toda a sua liturgia, sacramentos e práticas pastorais, deve a todo o momento ter essa consciência de que ela é o Sacramento da Salvação, e que a Graça concedida e o Reino inaugurado, são maiores que a própria Igreja.

2. SEJA PURIFICADO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

A cena do encontro de Jesus com um leproso, e sua cura, é carregada de sentido.
O milagre acontece no âmbito de relações interpessoais. De um lado, está Jesus, cujo poder taumatúrgico é muito conhecido, bem como sua disposição a colocar-se a serviço dos oprimidos de todos os tipos. De outro, encontra-se um indivíduo estigmatizado por causa de uma doença, que afastava de si as pessoas e o obrigava a viver segregado de qualquer contato social. Havia algo ainda mais grave: a lepra excluía-o da comunidade religiosa, portanto, de Deus.
O milagre de Jesus consistirá em refazer a rede de relações da qual o leproso fora afastado.
O segundo é o âmbito da vontade livre. Aí, Jesus age de maneira bem simples: nada de gestos mágicos nem de cerimônias. O leproso recorre a ele, com toda a liberdade e confiança: "Senhor, se tu queres, tens o poder de purificar-me". E Jesus o cura com um ato de sua vontade: "Eu quero, fique purificado". A doença do leproso não o compele a buscar a cura, independentemente de sua vontade.
O terceiro é o âmbito da fé. Se o homem recorreu a Jesus, foi porque reconhecia seu poder. Sem este pressuposto, não seria movido a desrespeitar uma convenção social, e a aproximar-se do Mestre.
Oração
Espírito de purificação, tira do meu coração o egoísmo que contamina e corrompe minha relação com o Pai e com os meus semelhantes.
Fonte: NPD Brasil em 29/06/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. FICA PURIFICADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

A cura do leproso simboliza o anseio das multidões em busca de Jesus. O homem se prostrou aos pés do Senhor, suplicando ser purificado de sua lepra. E Jesus realizou seu desejo, libertando-o da terrível doença e suas terríveis consequências sociais e religiosas.
Toda ação de Jesus pode ser caracterizada como purificadora. A purificação mais radical se dava no nível do pecado, raiz de toda impureza. Entretanto, ele também purificava as pessoas dos preconceitos de que eram vítimas. Os leprosos eram considerados vítimas do castigo de Deus por causa de pecados eventualmente cometidos. Purificava da marginalização religiosa. Os leprosos estavam proibidos de entrar no Templo. Purificava da marginalização social. Os leprosos eram obrigados a viver longe das cidades e deveriam anunciar sua presença para que as pessoas não-leprosas evitassem o contato com eles. Purificava da perda da auto-estima. Os leprosos, sem dúvida, se consideravam o lixo da sociedade, pois assim eram tratados.
Não precisava ser leproso para carregar as estigmas que pesavam sobre os leprosos. Muitos não-leprosos eram vítimas dos preconceitos teológicos, da marginalização religiosa e social. Gente cuja auto-estima era nula. Eles, ao se aproximarem de Jesus, viam sua esperança renascer. Todos eram purificados pela presença benéfica do Senhor.
Oração
Senhor Jesus, estenda tua mão e me purifica de tudo que me impede de ser livre para deixar o Reino atuar em mim.
Fonte: NPD Brasil em 28/06/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jesus quebra o protocolo religioso
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Começamos nossa reflexão indagando se concordam com o título da reflexão, pois assim nos parece, que Jesus não obedeceu a norma prescrita em Levíticos. Será por isso que Jesus pediu sigilo desse milagre? E por que o homem curado da lepra é orientado a procurar o Sacerdote? Jesus é quem cura e o Sacerdote é que homologa a ação?
Havia a proibição de se tocar, ou até mesmo de se chegar perto de um leproso, ele próprio tinha que alertar as pessoas aos gritos de “impuro... impuro! ”. Por isso, também o Leproso infligiu a Lei Religiosa, mas a questão que o evangelho apresenta é o porquê dessa atitude.
Da parte do leproso vemos um belíssimo ato de Fé, percebam as palavras ricas de significado que ele dirige ao Mestre “Senhor, se queres...”, essa expressão, somada á sua atitude de prostrar-se diante de Jesus, revela a grande confiança que ele deposita naquele homem e assim ele supera toda a liderança religiosa do seu tempo, que olhava Jesus com desconfiança, isso é, não o aceitava como Senhor.
É bom lembrar que o leproso era alguém excluído e banido do sistema religioso, pois sendo impuro, não tinha a menor chance de ser salvo, como em nossos tempos também há pessoas excluídas, não só do ambiente religioso, mas até da sociedade...e que têm toda atenção de Deus, que deseja busca-las com sua infinita misericórdia, dando a elas a salvação, isso é, que recuperem sua dignidade e sintam –se amadas e queridas como as que vivem religiosamente corretas.
Por isso Jesus age com toda misericórdia, que é a base das relações de Deus para com o homem “Estendeu a mão, tocou-o e disse: eu quero, sê curado”. No templo, o reconhecimento da cura passava por todo um ritual onde o homem curado tinha de oferecer alguma oferta. Diante de Jesus o homem reconheceu-se pequeno, totalmente dependente da misericórdia Divina: se queres...
Para que a cura se tornasse oficial, de fato era necessária a homologação do templo, através do ritual conduzido pelo Sacerdote. Jesus não menospreza a religião do Judaísmo, apenas quer mostrar que a cura verdadeira de todo ser humano, isso é a Salvação, vem de Deus, onde o rito, e as normas religiosas, era apenas um sinal, uma visibilidade da Graça concedida. É uma forma de dizer aos seus conterrâneos que Aquele que era maior que a Lei, já estava no meio deles.
A Igreja com toda a sua liturgia, sacramentos e práticas pastorais, deve ter sempre essa consciência de que ela é o Sacramento da Salvação, e que a Graça concedida e o Reino inaugurado, é maior que a própria Igreja, o próprio Jesus é o primeiro Sacramento que a igreja deve oferecer aos homens. Sem isso, os demais sacramentos poderão cair apenas em um ritualismo que nenhum impacto terá na vida dos que o recebem.

2. Eu quero
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me”, assim um leproso se dirigiu a Jesus. Primeiro o chama de Senhor, e não de mestre ou rabi. O termo grego traduz o vocábulo hebraico Adonai, usado na Bíblia para o nome de Deus. Portanto, o leproso estaria fazendo uma profissão de fé à divindade de Jesus ou ao menos reconhecendo que um mistério envolvia a pessoa de Jesus. “Se queres”, diz o leproso, aceitando que se faça a vontade do Senhor Jesus, não a dele. O leproso reconhece que Jesus tinha o poder de curá-lo, mas podia não querer; e, se não quisesse, Jesus mesmo saberia por quê. Esse homem dirige-se ao Senhor com sábia humildade. Ele gostaria de ser curado. Aquele, porém, que é o Senhor da história sabe o que é melhor para cada um de nós. Nós somos seres imperfeitos e sujeitos a enfermidades. Imperfeição e limitação fazem parte da nossa existência humana. Podia ser diferente? Talvez! Certamente se não tivesse havido o pecado. Ao dizer como resposta ao pedido do leproso: “Eu quero, fica purificado”, Jesus está dizendo que tudo pode ser diferente a partir de um relacionamento amistoso, como aquele que estava acontecendo. Há aí um encontro amoroso de fé e respeito, um encontro onde acontece a entrega à vontade de Deus e a devolução da sua misericórdia.
Fonte: NPD Brasil em 29/06/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. SENTIU COMPAIXÃO...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A nossa compreensão da palavra “compaixão”, nunca será completa, pois, na Sagrada Escritura, “sentir compaixão” é uma virtude própria de Deus e na maioria das vezes, esse sentimento pelo próximo, que o nosso coração define como “compaixão” não passa na verdade de um, gesto de piedade, que também é um atributo Divino, porem em seu sentido mais amplo, que o coração humano nunca será capaz de alcançar. O evangelho de hoje nos ajuda a aprofundar o sentido dessa ação de Jesus, presente em momentos significativos, quando ele se defronta com a miséria humana, motivando-nos a rever se a estamos aplicando na relação com o próximo, em seu sentido autenticamente cristão.
Pelo conteúdo normativo de Levíticos, Jesus tinha mil e uma razões para nem sequer se aproximar de um leproso, que pertencia a classe dos “irrecuperáveis” daquele tempo, na ótica religiosa. A lepra era incurável e vista como consequência do pecado e assim, o leproso era considerado um maldito, que além da dor física, sofria também a dor moral da exclusão, sendo esta bem mais dolorosa porque o colocava à margem da salvação, banindo-o do convívio social e da comunidade, além de saber que a sua condenação no pós-morte, era tida como certa e definitiva.
Em uma sociedade marcada pelo ateísmo moderno, onde a fé é subjetiva e Deus é perfeitamente dispensável, esse quadro não é tão tenebroso, mas no contexto histórico e religioso daquele tempo, esse desprezo tinha um peso muito maior, o leproso era tido como um lixo, escória da sociedade, confinado em acampamentos fora da cidade, tendo que mostrar a sua desgraça e miséria, mantendo uma aparência monstruosa, e quem se aproximasse dele e o tocasse, estaria violando os preceitos da lei, tornando-se também um impuro e tendo de isolar-se, até que pudesse oferecer um sacrifício de expiação, como prescrevia a lei de Moisés, para só então ser reconhecido como “purificado”.
Podemos então compreender a compaixão Divina, como uma ação coordenada não por normas legalistas, mas por uma lei nova, ensinada por Jesus: a Lei do amor, que não revoga a Lei antiga, mas lhe dá plenitude resgatando o seu sentido verdadeiro, que é a defesa e a preservação da vida humana. O evangelista Marcos faz questão de mostrar, da parte de Jesus essa “quebra de protocolo”, quando permite que o leproso se aproxime, é verdade que este o faz movido pelo desespero, infligindo também as normas do Levítico, e aqui percebe-se que o leproso é um homem diferente, uma vez que crê muito mais na misericórdia de Jesus, do que no cumprimento da Lei, determinada por uma instituição que não tem o poder da cura, mas apenas declara que ele está “impuro”, ao contrário de Jesus, que permite a aproximação, derrubando assim o preconceito.
Muito mais do que um simples encontro de Jesus com um leproso, este versículo sintetiza de forma brilhante o amor e a ternura de Deus pelo ser humano, permitindo uma reaproximação, após a queda do pecado, é o Deus que se deixa tocar, que se encarna e assume a natureza humana, com toda sua miserabilidade, o leproso se prostra diante dele, por uma razão muito simples: primeiro porque reconhece a sua insignificância, e em segundo porque não vê outra saída para sua dor, senão a de recorrer àquele que é diferente da instituição religiosa que o havia condenado, no fundo crê que Jesus de Nazaré é o seu Salvador e libertador, no sentido de ter o poder de resgatar a sua dignidade perdida, aquele leproso considerado um maldito, é na verdade alguém que consegue vislumbrar o verdadeiro messianismo de Jesus, em contradição com o Poder religioso, que o rejeita, mostrando uma fé madura, pois não pede simplesmente a cura física, mas a “purificação”.
Diante de uma fé assim, tão fiel e humilde, note-se que o leproso não impõe e nada exige e nem coloca a sua vontade como fator determinante, mas abandona-se à vontade de Deus: “Senhor, se queres...”. Que comovedora profissão de fé, para o homem arrogante e presunçoso de nossos tempos! Homem que a exemplo dos nossos primeiros pais, ousa ocupar o lugar que é de Deus, marginalizando e excluindo certas categorias sociais consideradas malditas, abandonadas em presídios de sistemas carcerários, que em quase nada contribuem para a recuperação de quem errou, de idosos, jovens, adolescentes e crianças, amontoados em asilos e instituições de caridade, gente que não tem mais esperança de nada, e que há muito tempo nem é mais contada na “aldeia global”, que só considera quem produz e consome.
Podemos encontrar com esse leproso no seio de nossas famílias e comunidades, onde isolamos certas pessoas em “acampamentos”, consideradas pervertidas, geniosas, temperamentais, desequilibradas, poderíamos incluir os aidéticos, efeminados, casais em segunda união, dependentes químicos, prostitutas, mães solteiras, pessoas que, como naquele tempo, sempre temos uma certa reserva, mantendo a necessária distância por medo de sermos “contaminados”, e a sua presença em nosso meio, causa asco e mal estar.
Como cristãos, temos que ter essa consciência do grave pecado da exclusão, e o evangelho nos mostra por onde devemos começar, é bem verdade que Jesus afrontou as instituições do seu tempo, mas em primeiro lugar, em sua relação com as pessoas, usou sempre da lei do amor, deixando de lado normas de conduta e formalismos religiosos, ao tocar no leproso. Poderíamos começar no nosso dia a dia, acolhendo com gestos cordiais, amizade e carinho, os “leprosos” que muitas vezes excluímos, por conta de preconceitos e até intolerância.

2. Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me - Mt 8,1-4
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A Lei não permitia que um leproso se aproximasse de ninguém, mas este se aproximou cheio de coragem, ajoelhou-se diante de Jesus e disse com firmeza: “Se queres, tens o poder de purificar-me”. Quanta coisa em nosso mundo depende da boa ou má vontade de quem tem o poder de querer e de não querer! Quanta gente entre nós, e na santa Igreja, é diferente de Jesus, que respondeu rapidamente, tocando no leproso, o que também não era permitido: “Eu quero”. Outros diriam: “Sim, eu quero, meu coração diz sim, mas os princípios, as normas, dizem não”. As normas de Israel em relação aos leprosos diriam não a tudo nesta cena. Jesus, porém, não deixou de se preocupar com as normas. Mandou que o homem curado fosse se apresentar aos sacerdotes, fizesse a oferenda prescrita por Moisés – isso não podia faltar –, para lhes servir de testemunho. Jesus queria simplesmente o bem daquele homem. Ele o curou sem formalidades. As formalidades ficaram para os sacerdotes do Templo. Os seguidores de Jesus devem se espelhar nas atitudes do Mestre. Quantas vezes poderíamos ter tido “eu quero” e, assim, iluminado uma vida; no entanto, permanecemos presos e atados a formalidades que nós mesmos criamos. Nossas atitudes nos distanciam do Mestre!

3. LIBERTAÇÃO DO JUGO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

O Sermão da Montanha é um roteiro para o harmonioso e feliz convívio comunitário no amor e na paz, como realização do Reino de Deus já presente no mundo. No texto de hoje, o enfoque é a remoção de juízos condenatórios que geram atritos e exclusões nas comunidades. Quem é dado a condenar os outros está se condenando a si mesmo.
Aqui pode ser aplicada a máxima: "não faça aos outros o que não queres que lhe façam", que pode ser expressa também na forma positiva. O sentido profundo dessa máxima é que no outro encontramos nós mesmos. O amor ao outro está intimamente associado ao amor a si mesmo. E nesses dois amores se realiza o amor de Deus. Quem rejeita o próximo rejeita a Deus.
Trata-se também de remover a crítica sistemática aos outros (o cisco no olho deles), com a omissão da autocrítica (a trave no próprio olho). A qualificação de "hipócrita" leva a pensar que o dito original fosse dirigido aos fariseus, sendo, depois, aplicado à comunidade.
Não se pode imitar o espírito fariseu que separa os homens entre justos e pecadores. É com amor e mansidão que nos vamos libertando das divisões e forjamos a união.
Fonte: NPD Brasil em 26/06/2020

HOMILIA DIÁRIA

Coloque suas preocupações nas mãos de Jesus

Postado por: homilia
junho 29th, 2012

Estamos diante da cultura hebraica, herdeira da antiga cultura mesopotâmica, a qual considerava como lepra diversas afecções da pele, inclusive bolores que se manifestavam em roupas e paredes.
A lei judaica exigia que a lepra fosse considerada uma doença de excomunhão. Eis o porquê, depois da constatação da cura, de o curado ter de se apresentar ao sacerdote para ser purificado.
É nesse contexto que Jesus cita, expressamente, não só a cura, mas a purificação dos leprosos.
Mais do que a própria doença, o leproso também sofria a exclusão social, porque era considerado religiosamente impuro e pecador. Quem o tocasse se tornaria também impuro. A reintegração dele, após sua cura, era feita diante do sacerdote, mediante ofertas, de maneira semelhante a outros ritos de sacrifício por faltas contra a Lei, que eram qualificadas de pecado.
Nos nossos dias, há muitos leprosos feitos pela sociedade exclusivista. Eles clamam pela cura, querem se aproximar de Jesus, mas a situação social e até mesmo familiar os impede de fazê-lo.
No texto de hoje, o homem se aproxima em vez de se afastar, pois a pureza de Jesus é tão profunda que não pode ser atingida pelo contato exterior. O leproso, num ato de humildade e abandono, confiante e em sinal de adoração, suplicando se ajoelha: “Senhor, eu sei que pode me curar se quiser”.
Jesus, estendendo a mão, toca-o e lhe diz: “Sim, eu quero. Você está curado”. As palavras do Senhor marcam a iniciativa de se passar por cima da interdição da lei, a qual proibia qualquer contato com um leproso.
Ele não hesita em tocá-lo, ciente de que, longe de ser contaminado pelo leproso, é Ele quem purificará o impuro por Seu simples contato. Não é, aliás, do exterior que vem a impureza, mas sim do interior do coração. Não se trata de uma simples cura, mas de compaixão.
Cristo, com Sua prática libertadora e vivificante, acolhe este homem que se prostra diante d’Ele, tocando-o, livrando-o da doença e da exclusão. A acolhida e a identificação com o excluído restituem-lhe a dignidade, integrando-o na comunidade.
A quem entregar todas nossas perturbações? Os discípulos de Jesus colocam n’Ele todas as suas preocupações, pois só Ele é capaz de aliviá-los de suas dificuldades, aflições ou doenças. A pergunta que nos fazemos é: “Buscamos o Senhor com fé e total confiança como este leproso do Evangelho?” Ele não duvidou: “Senhor, eu sei que pode me curar se quiser”.
Assim como ele encontrou a cura pela fé, você também será alvo da misericórdia de Deus. Não diga que tudo está perdido, porque o Senhor já não o escuta, não o ouve nem o atende. Onde você pode apresentar as suas feridas ou à Quem pode entregar a sua difícil situação?
Você que vive a segunda união e quer comungar, mas não pode por causa de sua situação de vida, a resposta para você é: “Só em Deus encontrará refúgio, só n’Ele encontrará a paz, porque Ele o ama, acolhe-o e abraça.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 29/06/2012

HOMILIA DIÁRIA

Deus nos quer limpos e curados

Tenho a certeza de que o Senhor quer, Ele deseja que estejamos curados. Deus nos quer limpos, livres do pecado.

“Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar’.” (Mt 8,2)

Hoje, cada um de nós pode aproximar-se do Senhor, olhando para nossas lepras, para os nossos pecados, olhando para as manchas que há em nós, em nosso coração, em nosso corpo, em nossa alma, em todo nosso ser.
As marcas que o pecado deixou em nossa vida contaminam todo o nosso ser, e nós, muitas vezes, nos encontramos assim: sujos, mancos, distantes da graça de Deus por todo o estrago que o pecado causou em nós.
Às vezes, não vemos a consequência da sujeira, porque esta está pequena; mas, quando ela cresce, logo percebemos.
Penso que alguém sensato, com bom senso, não consegue conviver em meio à sujeira. Primeiro, por causa do mau cheiro e todos os incômodos que vêm com ele; ninguém consegue viver com a alma suja, com o mal-estar que o pecado causa em nós.
Hoje, com toda a humildade do nosso coração, precisamos pedir a Deus: “Senhor, limpa-me. Senhor, cura-me, porque, se quiseres, podes me curar”.
Tenho a certeza de que o Senhor quer, Ele deseja que estejamos curados. Deus nos quer limpos, livres do pecado. A atitude primeira não é nem do Senhor, pois Ele já está, de braços abertos, esperando por nós.
Que nós, então, corramos ao encontro de Deus e peçamos: “Senhor, lavai-me e purificai-me”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 28/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

O nosso coração precisa ser purificado por Deus

Aquilo que está dentro do nosso coração, da nossa alma, mente e vontade precisa ser purificado por Deus

“Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: ‘Eu quero, fica limpo’.” (Mateus 8,2-3)

A vontade de Deus é que fiquemos limpos e puros. Se uma mãe quer o seu filho bem limpo, a criança quando nasce, aquele banho que se dá a cada dia, que capricho que dá!, pois aquela pele linda e maravilhosa de uma criança, como é cuidada para que fique bem limpa!
Conforme vamos crescendo e os poros vão se abrindo, mais sujeiras vão entrando em nós. Assim, o trabalho e a aplicação para ficar limpo tem que ser maior, até os banhos têm que aumentar para que a limpeza aconteça em nós. Há uma limpeza mais profunda e necessária, não descartando a limpeza corporal. Nós, que somos limpos, tomamos até dez banhos por dia, mas a alma está recheada de sujeiras, maldades e coisas impuras. Se fôssemos abrir a nossa cabeça, o que tem de coisa velha, estragada, mundana, pornográfica aqui dentro de nós!
Esse leproso que se aproxima de Jesus diz: “Tu tens o poder de me purificar”. Jesus respondeu aquilo que, de fato, Ele deseja para nós. O mais difícil não é aquele leproso que estava com a carne suja, fedorenta por causa de toda a situação que era a lepra naquela época. Existe uma lepra maior na humanidade, que a cura só vem do Céu. Aquilo que está dentro da nossa alma, do nosso coração, da nossa mente, da nossa vontade precisa ser purificado por Deus.
A purificação só acontece quando a queremos, quando a permitimos, quando a buscamos e nos deixamos ser purificados por Deus.
Quando somos crianças, nossa mãe tem de nos levar para dar banho, mas, depois que nos tornamos adultos, nem nos amarrando podemos fazer a higiene de que precisamos.
Deus não pode forçar nenhum de nós, mas precisamos expressar para Ele e para o coração d’Ele o quanto queremos e necessitamos ficar limpos, tirar de dentro de nós essas coisas velhas, essas tranqueiras que fazem de nós essa pessoa impura. A boca fala do que o coração está cheio. Está saindo muita coisa velha de nós, porque há muita coisa velha no nosso interior.
Permitamos que Deus nos purifique com Seu amor e Sua bondade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/06/2018

HOMILIA DIÁRIA

Aproxime-se de Jesus com humildade

“Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante d’Ele, dizendo: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar’.” (Mateus 8,2)

Que beleza quando olho para esse leproso se aproximando de Deus! Preciso dizer que, um leproso era marginalizado e colocado de lado por causa da sua lepra. Ele fedia, aquela carne era estragada, e as pessoas tinham a concepção de que ela era contagiosa, então, o leproso tinha de permanecer distante.
Na vida, as pessoas nos distanciam delas e do mundo ou nos distanciamos das pessoas do mundo, e assim por diante. A marginalização é um drama da sociedade em todos os tempos, pessoas são marginalizados (socialmente falando ou por diversas circunstâncias), mas nós também nos marginalizamos.
Quando o amado Papa Francisco diz que devemos ir às periferias existenciais da humanidade é porque muitas pessoas estão vivendo distantes daquilo que é o essencial no campo espiritual; e nós, muitas vezes, com nossas feridas e lepras, estamos também distantes de Deus e uns dos outros, ou estamos distanciando as pessoas, colocando-as longe de nós porque estamos centrados somente em nós.
O que precisamos? Precisamos da humildade desse leproso. Primeiro, a humildade de nos aproximarmos, de irmos, mesmo apesar das nossas lepras e pecados.
Quero chamar a atenção de um ponto que não podemos desconsiderar. À medida que cresce os pecados em nós, à medida que os pecados vão tomando conta de nós, é uma verdadeira lepra, a outra tem cura, mas essa não; só o perdão e a misericórdia de Deus são os que podem nos livrar dela.

Se você está distante, por favor, aproxime-se de Jesus com humildade e faça como esse leproso: ajoelhe-se

Os nossos pecados nos afastam ou nos aproximam de Deus. Alguns de nós, muitas vezes, decidimos viver no pecado e vamos nos distanciando, levando a vida daquele jeito e vamos indo para o que a gente quer, para onde o pecado vai nos puxando e nos encaminhando.
Se você está distante, por favor, aproxime-se de Jesus com humildade e faça como esse leproso: ajoelhe-se. Quantos de nós não se ajoelham mais nem para rezar em casa e nas igrejas… Quantos de nós não dobram mais os joelhos no chão, mas não é dobrar por dobrar, para se fazer de coitadinho, é dobrar por se humilhar, é dobrar para se prostrar, para suplicar, para reverenciar a Deus e dobrar as nossas vaidades, nosso orgulho e nossa soberba. É preciso dobrar-se ao chão com os joelhos prostrados!
Quando faço isso, preciso pedir: “Senhor, se queres, pode me purificar”. “Purifica-me, Senhor”. “Purifica os meus maus pensamentos, maus sentimentos e más intenções”. “Purifica as minhas mágoas, meus rancores e pavores”. “Purifica-me, Senhor, dos meus medos, rancores, de tantas coisas que causam dessabores na minha vida interior porque deixei isso crescer em mim”.
Jesus quer que nos coloquemos na Sua presença, que nos aproximemos d’Ele, que dobremos os nossos joelhos e busquemos a renovação e a purificação de todo o nosso ser.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 26/06/2020

Oração Final
Pai Santo, aceita a fragilidade da nossa fé, mas aceita também, nós pedimos, a nossa grande vontade de crer. Envia o teu Espírito para que, com a sua presença consoladora, nós nos tornemos testemunhas do teu Amor pelos homens e mulheres que criaste com tanto amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/06/2012

Oração Final
Pai Santo, nós queremos crer. Crer em Ti, crer no teu Amor paternal; crer no mundo que criaste para nós; crer nos homens e mulheres que nos deste como companheiros de viagem pela vida. Por tudo faze-nos agradecidos e cheios de carinho para com todas as tuas criaturas. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aceita a fragilidade da nossa fé, mas aceita sobretudo, nós pedimos, a nossa grande vontade de acreditar. Envia o teu Espírito para que, com a sua presença consoladora, nós nos tornemos testemunhas do teu terno cuidado com os homens e mulheres que criaste com tanto amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/06/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, dá-nos uma Fé como a daquele leproso, que confiou que seria curado pelo Poder Divino do teu Filho. Infunde em nós o teu Espírito para que saibamos discernir nosso desejo mais profundo, aquele que nos conduz ao teu Reinado de Amor. Ensina-nos a orar! Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2020

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