quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 29/02/2024

ANO B


Lc 16,19-31

Comentário do Evangelho

A parábola do rico e Lázaro

O rico compreende que é a obediência à Lei o meio de entrar no Reino de Deus, por isso ele pede que Lázaro seja enviado aos irmãos dele para alertá-los. Mas Abraão insiste que eles já têm os meios: Moisés e os Profetas, isto é, a Escritura. Se eles rejeitam esse meio, rejeitarão também Lázaro ressuscitado dos mortos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que nada neste mundo me impeça de ver o sofrimento de meu próximo e fazer-me solidário com ele.
Fonte: Paulinas em 28/02/2013

Comentário do Evangelho

A Lei e os profetas são dados para esta vida ...

O risco dos contemporâneos de Jesus, que continua sendo o nosso, é viver a vida como se Deus não existisse e o Senhor não nos tivesse dado o mandamento do amor ao próximo. A riqueza pode cegar e a indiferença diante do sofrimento do outro revela o abandono do mandamento de Deus, para além das aparências. Só da região dos mortos, onde a situação do ser humano é irreversível, é que aquele rico anônimo compreende que a obediência à Lei é o meio de entrar no Reino de Deus. Pela fala de Abraão, todos os discípulos e com eles o leitor do evangelho é alertado de que o meio para entrar no Reino de Deus está na meditação da Escritura, a quem se deve dar ouvidos. Se esse meio é rejeitado, não há nada que poderá demover quem quer que seja de sua má conduta. A todos nós Deus oferece os meios para viver a vida de Deus. Esses meios estão consignados na Palavra de Deus, que é uma luz para o nosso modo de proceder. A Lei e os profetas são dados para esta vida em vista do Reino de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que nada neste mundo me impeça de ver o sofrimento de meu próximo e fazer-me solidário com ele.
Fonte: Paulinas em 20/03/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O homem rico e o pobre Lázaro


Lázaro é um mistério que não se entende à primeira vista. A parábola nos ajuda a descobrir quem ele é e onde está. Jesus insiste em dizer que está sentado à nossa porta. Às vezes é incômodo, com suas feridas e cachorros, e perturba.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O Evangelho nos anima a transformar em vida tudo o que sabemos da Lei do Senhor. Somente uma existência – relacionamento com nós mesmos, com os outros, com a natureza e com o Senhor – coerente com os princípios da sobriedade, da fraternidade, do cuidado e do amor filial nos levarão ao Reino do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/02/2013

Vivendo a Palavra

Jesus mostra que é essencial ouvir e praticar a Palavra do Senhor. No texto ela está representada por Moisés e os Profetas, isto é, a Bíblia. O Pai nos fala pelo Filho, sua Palavra Viva. E se comunica também pelos sinais dos tempos, através dos irmãos, da Igreja, com sua tradição e magistério, e no silêncio íntimo dos nossos corações.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

Deus nos fala de muitas maneiras: através da natureza, dos fatos da vida, da Bíblia e da Igreja, com seu Magistério e a Tradição. Não esperemos sinais extraordinários ou recados de mortos que ressuscitem para iniciarmos nosso processo de conversão. Mantenhamos os corações atentos e receptivos ao que o Senhor está nos dizendo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/03/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus mostra que é essencial ouvir e praticar a Palavra de Deus. No texto ela está representada por Moisés e os Profetas, isto é, a Escritura Sagrada em seu Primeiro Testamento. Hoje, o Pai nos fala pelo Filho, o Verbo que se fez Carne. E se comunica também pelos sinais dos tempos, através dos nossos irmãos, pela Igreja (com sua tradição e magistério) e, carinhosamente, no silêncio íntimo dos nossos corações.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/03/2020

VIVENDO A PALAVRA

Somos nós, hoje, os irmãos-que-ainda-estão-na-terra daquele homem rico da parábola. Portanto, há tempo: estamos vivos e temos ‘Moisés e os Profetas’ nos ensinando, isto é, temos as Sagradas Escrituras e a Igreja, com a sua Tradição e o Magistério, acompanhando-nos na volta à Casa Paterna. Estejamos atentos e acolhamos em nossa casa os pobres Lázaros que peregrinam ao nosso lado.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2021

Reflexão

O tempo santo da quaresma é tempo de conversão. Quando falamos de conversão, precisamos pensar antes de tudo nas suas motivações, pois delas depende a sua perseverança. O Evangelho de hoje nos mostra um dos principais elementos que devemos levar em consideração no que diz respeito à motivação para a conversão que é a questão dos valores. Para o homem rico, os valores fundamentais eram a quantidade de bens materiais e os prazeres do mundo. De nada lhe adiantaram Moisés e os Profetas porque, como não havia comunhão de valores, estes se tornaram discursos vazios e a religião foi reduzida a ritualismos. Nesta quaresma, precisamos assumir como próprios de todos nós os valores do Evangelho para que de fato nos convertamos.
Fonte: CNBB em 28/02/2013 e 20/03/2014

Reflexão

Jesus denuncia situações concretas de gritante desigualdade. Não obstante a evolução das ciências e o sucesso das novas tecnologias, a sociedade continua exibindo horrível panorama de contraste entre ricos e pobres. Grande parte da população mundial ainda hoje morre de fome. Assim continuamos longe do projeto de Deus, manifestado em Jesus, de vida abundante para todos. O papa Francisco não cessa de alertar para o escândalo da desigualdade no mundo: “Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isso é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas:” (Alegria do Evangelho, n. 53).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 01/03/2018

Reflexão

Jesus denuncia situações concretas de gritante desigualdade. Não obstante a evolução das ciências e o sucesso das novas tecnologias, a sociedade continua exibindo horrível panorama de contraste entre ricos e pobres. Grande parte da população mundial ainda hoje morre de fome. Assim continuamos longe do projeto de Deus, manifestado em Jesus, de vida abundante para todos. O papa Francisco não cessa de alertar para o escândalo da desigualdade no mundo: “Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isso é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas” (Alegria do Evangelho, n. 53).
Oração
Ó Mestre Jesus, tu nos ensinas o valor e a necessidade de partilhar os bens pessoais. A riqueza muitas vezes gera em nós egoísmo e frieza em relação aos irmãos sofredores. Ora, o amor a Deus passa sem falta pelo amor aos irmãos. Amor concreto, eficaz. Dá-nos, Senhor, um coração generoso. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 12/03/2020

Reflexão

O contraste entre os dois homens, o rico e Lázaro, é acentuado fortemente: vestuário e festas, de um lado; feridas e fome, de outro. O rico não tem nome, o pobre sim, Lázaro. No fi m, um acabou enterrado, enquanto o outro foi levado para junto de Abraão. O rico é focado em si do começo ao fim: preocupado com suas festas e trajes; implorando em favor de sua família (seus irmãos), em vez de preocupar-se com os lázaros que estão a esmolar nas portas das casas. Não basta ser filho de Abraão e invocar os mortos, é necessário ouvir Moisés e os profetas que convidam à partilha e à solidariedade para com os necessitados, a fi m de diminuir o abismo entre ricos e pobres. A parábola não tem o objetivo de consolar os pobres, mas é uma advertência para as pessoas que consideram normal a situação de milhares de pobres que morrem de fome.
Oração
Ó Mestre Jesus, tu nos ensinas o valor e a necessidade de partilhar os bens pessoais. A riqueza muitas vezes gera em nós egoísmo e frieza em relação aos irmãos sofredores. Ora, o amor a Deus passa sem falta pelo amor aos irmãos. Amor concreto, eficaz. Dá-nos, Senhor, um coração generoso. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 04/03/2021

Reflexão

A história apresentada no Evangelho de hoje pode nos possibilitar muitas leituras e interpretações. Contudo, é possível considerar que as consequências dos nossos atos serão assumidas por nós mesmos, e não por outras pessoas. Nem sempre nos é possível escolher como vivemos; pode haver diversas situações externas que dificultem a nossa vida; porém, entre os extremos, há o que chamamos de justo meio. E é nesse lugar que somos chamados a residir. Não nascemos para viver na miséria e na invisibilidade; também não somos chamados a viver no esbanjamento de uma vida vazia e superficial. Viver bem nesta vida é antecipar o Reino de Deus, ou seja, assumir o amor que promove a vida de todos como o marco da nossa existência. Todas as oportunidades nos são dadas para que cresçamos e amadureçamos como seres humanos, basta que estejamos atentos.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 17/03/2022

Reflexão

Jesus denuncia situações concretas de gritante desigualdade. Não obstante a evolução das ciências e o sucesso das novas tecnologias, a sociedade continua exibindo horrível panorama de contraste entre ricos e pobres. Grande parte da população mundial ainda hoje morre de fome. Assim, continuamos longe do projeto de Deus, manifestado em Jesus, de vida abundante para todos. O papa Francisco não cessa de alertar para o escândalo da desigualdade no mundo: “Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isso é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas” (EG, 53).
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão»

Rev. D. Xavier SOBREVÍA i Vidal
(Sant Just Desvern, Barcelona, Espanha

Hoje, o Evangelho é uma parábola que nos descobre as realidades do homem depois da sua morte. Jesus fala-nos do prêmio ou do castigo que obteremos de acordo com o nosso comportamento.
O contraste entre o rico e o pobre é muito forte. O luxo e a indiferença do rico; a situação patética de Lázaro, com os cães a lamber-lhe as feridas (cf. Lc 16,19-21). Tudo isso tem um grande realismo e permite que entremos na cena.
Podemos pensar: onde estaria eu se fosse um dos protagonistas desta parábola? A nossa sociedade recorda-nos, constantemente, como devemos viver bem, com conforto e bem-estar contentes e sem preocupações. Viver para nós próprios, sem nos preocupamos com os outros, ou preocupando-nos apenas o necessário para que a nossa consciência fique tranquila, mas não com um sentido de justiça, amor ou solidariedade.
Hoje se apresenta a necessidade de ouvir a Deus nesta vida, de nos convertermos nela e de aproveitarmos o tempo que Ele nos concede. Deus pede contas. Nesta vida jogamos a vida.
Jesus deixa clara a existência do inferno e descreve algumas das suas características: a pena que sofrem os sentidos —«Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas» (Lc 16,24)— e a sua eternidade —«há um grande abismo entre nós» (Lc 16,26).
São Gregório Magno diz-nos que «se dizem todas estas coisas para que ninguém possa desculpar-se por causa da sua ignorância». Há que despojar-se do homem velho e ser livre para poder amar o próximo. É necessário responder ao sofrimento dos pobres, dos doentes ou dos abandonados. Seria bom que recordássemos esta parábola com frequência para que nos tornemos mais responsáveis pela nossa vida. A todos chegará o momento da morte. E temos que estar sempre preparados, porque um dia seremos julgados.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Jesus adverte sobre o perigo dos bens da terra. No entanto, Jesus não condena absolutamente a posse de bens terrenos: pelo contrário, exorta-nos a lembrar o duplo mandamento do amor a Deus e do amor ao próximo» (São João Paulo II)

- «Há sempre o perigo de que, por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, os orgulhosos, os ricos e os poderosos acabem se condenando a cair no abismo eterno da solidão que é o inferno» (Francisco)

- «Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto sobre suas cabeças, sem pátria, devemos reconhecer Lázaro, o mendigo faminto da parábola. Nesta multidão você tem que ouvir Jesus que diz: 'Tudo o que você deixou de fazer com um destes, você também deixou de fazer comigo' (Mt 25,45)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.463)

Reflexão

Jesus, crucificado e ressuscitado, é o autêntico “Lázaro”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje consideramos o final da "Parábola do rico guloso e o pobre Lázaro". O homem rico diz a Abraão desde o Hades o que muitos homens, como agora, dizem o lhes gostaria de dizer a Deus: se queres que acreditemos em ti, então deves ser mais claro; manda-nos alguém desde o além que nos possa dizer que isso é realmente assim.
A petição de provas aparece durante todo o Evangelho. A resposta de Abraão, assim como a de Jesus, é clara: quem não crê na palavra da Escritura tampouco crerá a qualquer um que venha do além. As verdades supremas não podem submeter-se à evidência empírica. Pensemos na ressurreição de Lázaro de Betania: o milagre não conduz à fé, e sim ao endurecimento.
—Jesus —crucificado às portas da cidade, exposto à burla— é o verdadeiro Lázaro enviado pelo Padre: crer Nele e segui-lo é o convite desta parábola, que é mais que uma parábola.

Reflexão

A doutrina do purgatório na “Parábola do rico epulão e do pobre Lázaro”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus apresentou, para nossa advertência, a imagem de uma tal alma devastada pela arrogância e opulência, que criou, ela mesma, um fosso intransponível entre si e o pobre: o fosso do encerramento dentro dos prazeres materiais; o fosso do esquecimento do outro, da incapacidade de amar.
Nesta parábola, não fala do destino definitivo depois do Juízo universal, mas retoma a concepção do judaísmo antigo de uma condição intermédia entre morte e ressurreição, um estado em que falta ainda a última sentença. Lá as almas não se encontram simplesmente numa espécie de custódia provisória, mas já padecem um castigo, ou, ao contrário, gozam já de formas provisórias de bem-aventurança.
—Neste estado, sejam possíveis também purificações e curas, que tornam a alma madura para a comunhão com Deus. A Igreja primitiva assumiu tais ideias, a partir das quais, se desenvolveu aos poucos a doutrina do purgatório.

Recadinho

Há pessoas exageradas que colocam sua felicidade na riqueza, no ter cada vez mais! O que dizer disso? - Há pessoas que, mesmo tendo o suficiente para viver, estão sempre insatisfeitas, à procura da riqueza pela riqueza em si! O que levarão no final? - Há pessoas que nada possuem e nada fazem a não ser reclamar da vida! Como poderão se realizar em tal situação? - Há pessoas que têm tão poucos bens e nota-se que na situação em que vivem são felizes! Alegremo-nos com elas! - Tiremos uma conclusão prática para nossa vida diária.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 20/03/2014

Meditação

A parábola diz que o rico defunto foi condenado, enquanto o pobre, acolhido nos céus. O rico não foi condenado por ter sido rico, nem o pobre se salvou por ter sido pobre. Salvação ou condenação depende de como vivemos: de acordo ou não com a proposta de Deus, os objetivos que tivemos, e qual foi o centro de nosso amor. A opção que fizermos nesta vida será para sempre. Portanto, é preciso rever sempre qual é nosso querer.
Oração
Ó DEUS, que amais e restaurais a inocência, orientai para vós os corações dos vossos filhos e filhas, para que, no fervor do vosso Espírito que receberam, sejam firmes na fé e eficientes nas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: O Rico e o pobre Lázaro


Hoje escutamos uma parábola de Jesus. É uma boa advertência! Andamos distraídos com muitas coisas que nos impedem de olhar ao coração de nossos irmãos. Muita festa e pouca caridade! Somos todos irmãos, somos todos filhos de Deus e um bom cristão deve aprender a compartilhar.
—Não é rum ir à festa, mas evita que seus dias sejam uma “festa”. Esse caminho não leva a nenhum lugar: o que se planta nesta vida é o que se leva à outra Vida.

Meditando o evangelho

O EGOÍSMO PUNIDO

A visão estreita da pessoa egoísta não lhe permite ir muito além do limitado círculo de seus interesses. Vive fechada em seu pequeno mundo, cultivando seus projetos mesquinhos. O sofrimento e as necessidades dos outros são, para ela, coisa sem nenhuma importância. O "outro" não existe!
A desventura dos egoístas consiste em não perceber que estão construindo sua própria condenação. Recusar-se a viver em comunhão com o próximo revela uma recusa mais fundamental: a de viver em comunhão com Deus.
Idolatrando os bens deste mundo, acreditam ser supérflua a presença de Deus em suas vidas. Na raiz da incapacidade de fazer-se servidor, numa atitude de generosidade e desprendimento, está a perigosa pretensão de ocupar o lugar reservado unicamente a Deus. Sua auto-suficiência leva-os a prescindir do Criador, e a recusar-se a recorrer a ele. Em suma, fecham as portas para a sua salvação.
Engana-se quem conta com uma segunda possibilidade de alcançar a salvação. Quando o rico da parábola, naquele lugar de tormento dá-se conta de sua insensatez, pretende que Deus mande alguém para advertir seus cinco irmãos, a fim de que não tenham sorte semelhante. Seu pedido, porém, não é aceito.
A história humana está repleta de apelos ao amor e ao serviço. Basta um pouco de atenção e disponibilidade para escolhermos este caminho exigente. Caso contrário, só nos restará um castigo inadiável.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de inteligência, dá-me a graça de compreender que o caminho da salvação passa pelo amor desinteressado ao próximo.
Fonte: Dom Total em 01/03/201812/03/2020 04/03/2021

Meditando o evangelho

O RICO E O LÁZARO

A parábola evangélica é um alerta premente contra o perigo da riqueza e as consequências desastrosas para quem não sabe se servir dela como meio para obter a salvação eterna. A riqueza pode levar à condenação.
O rico simboliza aquela pessoa cuja vida limita-se à busca de prazeres: da comida, da bebida, do vestir-se bem, do locupletar-se com bens materiais. Por isso, não demonstra a mínima preocupação com Deus, nem muito menos com seus semelhantes, de modo especial, os pobres e marginalizados. Interessa-lhes, apenas, quem lhes pode proporcionar prazer, e seus companheiros de orgias. Nada, porém, que possa significar amor e ruptura dos esquemas egoístas.
A riqueza estreitava os horizontes do rico da parábola, impedindo-o de ver para além de seu pequeno mundo. O sofrimento do pobre Lázaro, à sua porta, era-lhe desconhecido. Sua fome contrastava como a opulência dos banquetes que o rico oferecia. Seu corpo coberto de feridas, dando-lhe um aspecto asqueroso, chocava-se com a bela aparência dos convivas do rico, bem vestidos e adornados.
O desfecho da parábola parece lógico: a insensibilidade do rico farreador valeu-lhe a condenação eterna de sofrimentos, pois deixara escapar a única chance de construir sua felicidade eterna, fazendo-se solidário com o sofrimento do próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, não permitas que nada neste mundo me impeça de ver o sofrimento de meu próximo e fazer-me solidário com ele.
Fonte: Dom Total em 20/03/2014 17/03/2022

Oração
Ó Deus, que mamais e restaurais a inocência, orientai para vós os corações dos vossos filhos e filhas, para que, renovados, pelo vosso Espírito, sejamos firmes na fé e eficientes nas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 20/03/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O homem rico e o pobre Lázaro
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Lázaro é um mistério, que não se entende à primeira vista. A parábola nos ajuda a descobrir quem ele é e onde está. Jesus insiste em dizer que está sentado à nossa porta. Às vezes é incômodo, com suas feridas e cachorros, e perturba.
Fonte: NPD Brasil em 01/03/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ser! Mais importante que Ter!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Não se pode ler esse evangelho sob a ótica de alguma ideologia humana, pois se corre o risco de interpretar que os ricos vão para o inferno e os pobres para o céu. O evangelista, ao refletir com as suas comunidades não estava nenhum pouco preocupado com a questão social, mas sim com algo que é muito mais importante: a abertura que damos à Deus, à sua palavra, à sua Salvação e à sua Graça Santificante.
O pobre Lázaro não têm muitos méritos para ir ao céu, aqui chamado de seio de Abraão, é um homem extremamente carente e que vive de esmolas, não fala que ele era bom, juto, amável, que frequentava comunidade. O Rico, que nem nome tem, curte a sua riqueza esbanjando seus bens, regalando-se com banquetes todos os dias. O evangelho nem menciona que o rico passava indiferente pelo esmoleiro chamado Lázaro. Talvez isso até ocorresse, já que Lázaro esmolava no portão da entrada do Palácio do Rico.
Parece que o pobre entrou nesse evangelho como “âncora”, para que o evangelista possa falar do pecado do rico, que, confiando unicamente em sua riqueza, apostou nela todas as suas fichas e nunca sentiu necessidade de se abrir á Deus e a tudo o que ele nos oferece. Só na outra vida é que “caiu a ficha”, pois descobre (tarde demais, diga-se de passagem) que há algo mais importante do que a riqueza: a Salvação que vem unicamente pela Graça, sua sede terrível mostra que ele não a tinha e imagina ingenuamente que poderá tê-la,e que um “pouquinho” já será suficiente. O tal que se banqueteava na fartura, agora se contenta com uma minúscula gotinha de água da Salvação. Tarde demais...
O fato de não ter-se aberto á Salvação ainda em vida, criou um abismo entre ele e Deus e consequentemente com as pessoas, isolando-se em um terrível egocentrismo, o mesmo mal que hoje em dia corrói a alma e o coração de muitos.
Quem se abre a Graça de Deus e a sua Salvação, irá se relacionar com ele porque o descobrirá nos mais carentes. Essa é a verdadeira religião, á que nos leva a Deus, passando antes pelo próximo. O resto é a Religião da Mentira que leva a pessoa ao mesmo lugar de tormento onde foi parar aquele Ricaço. Daí, qualquer arrependimento será inútil, porque como dizia minha saudosa mãe “A Inês já é morta”.

2. O homem rico e o pobre Lázaro - Lc 16,19-31
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O pobre estava sentado à porta do homem rico e a porta não se abriu. Agora o rico quer que a porta se abra para o pobre passar, mas não há mais porta. Tudo já foi dito por Moisés e os profetas, e está sendo dito por Jesus. Escute!
Fonte: NPD Brasil em 12/03/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Pai Abraão compadece-te de mim...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Parece que Lucas pegou pesado contra o tal do Homem rico nesse evangelho, a súplica do mesmo pedindo compaixão do Pai Abraão, é algo inconcebível. Quem já viu rico pedir compaixão? Só se for para pedir desconto... Jamais, pois o dinheiro compra tudo e o rico não tem necessidade de nada... Mas vamos para mais um exagero de Lucas, "Manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo, a fim de refrescar-me a língua, pois sou cruelmente atormentado nessas chamas".
O que? Um rico precisando do favor de um pobre, e que favor! Molhar o dedo e tocar em sua língua. Bom, rico pedindo por compaixão já é coisa esquisita, e ainda por cima, depender do favor de um pobre mendigo, que em vida ficava esmolando no portão de sua mansão... Acho que os ricos que leram essa reflexão de São Lucas, não deixaram de dar boas risadas. Mas por que Lucas inverte a ordem social estabelecida? Quer se vingar dos ricos miseráveis, lembrando que na outra vida tudo vai ser diferente, eles vão sofrer e os pobres irão gozar? Isso também está descartado, o Céu não é lugar para o pobre se vingar do rico, isso não tem cabimento. Este evangelho também não é revolucionário para mostrar a diferença social entre uma e outra classe.
Prestemos atenção em alguns detalhes importantes: o pobre tem um nome, e ao morrer foi carregado pelos anjos ao seio de Abraão. O rico nem tinha nome, e ao morrer foi enterrado como qualquer ser mortal, talvez em algum mausoléu, mas foi enterrado, isso é, tudo acabou ali para ele. Por que? Porque toda a sua expectativa de felicidade e realização humana estava em sua riqueza.
Quanto ao abismo existente entre o rico e o pobre, não foi Deus quem cavou mas ele foi construído ao longo da vida pela atitude egoísta do rico, que não permitiu que o pobre fizesse parte de sua vida. Provavelmente até lhe dava esmolas de vez em quando, ou alguma comida que sobrou do almoço, ou um pedaço de pão duro, um sapato velho, uma roupa usada. Mas essas "boas ações" não foram suficientes para garantir o passaporte para o céu, na comunhão com Deus.
De fato, o evangelho não fala que o Rico era má pessoa, e nem que o mendigo fosse um sujeito cristão e que tinha fé. Mas a questão é que, a riqueza o distanciou de Deus e das pessoas, a riqueza de fato dá ao homem a sensação ilusória de que tudo tem e que agora de nada mais precisa. Quando pensa deste modo, o Ser humano se fecha a Salvação trazida por Jesus, e a participação no seu Reino, que se destina principalmente aos mais pobres e necessitados.
Não é pecado ser rico e ter bens materiais, claro, desde que não seja riqueza iníqua, fruto de corrupção e roubalheira. O mal é recusar a salvação Divina e fechar-se as demais pessoas, principalmente os mais pobres, que sempre foram e serão os preferidos de Deus. Ser pobre ou rico não vai salvar e nem perder a ninguém, o que importa é Crer em Jesus Cristo, no seu reino de Justiça, Paz e igualdade, viver os valores do evangelho e buscar somente Nele a Salvação com uma conversão sincera.
Porque se cavarmos o abismo entre nós e o próximo, principalmente os mais pobres, nós estaremos cavando um abismo intransponível entre nós e Deus, e esta solidão devassadora e eterna chama-se Inferno... É para lá que foi o nosso Rico sem nome…

2. Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem! - Lc 16,19-31
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!”. Para chegar ao termo feliz da nossa caminhada, Deus nos deixou a sua Palavra oral e escrita. É preciso ouvi-la e praticá-la. Ela tem o poder de comunicar a sabedoria que conduz à salvação.
Fonte: NPD Brasil em 04/03/2021

HOMILIA

CONVITE À CONVERSÃO

Que lição Jesus nos ensina hoje neste texto de São Lucas? Com o exemplo do rico e do pobre Lázaro, Jesus nos revela mistérios da realidade mais presente na nossa vida: a nossa caminhada na terra em direção ao nosso fim último, que é o céu. O homem rico tinha tudo aqui na terra, vestia-se bem, comia maravilhosamente e celebrava isto todos os dias com festas esplêndidas. Assim ele se refestelava na sua própria felicidade. No entanto, mesmo sabendo da existência do pobre, o rico ignorava a sua situação, e deixava-o caído à sua porta esperando que alguma coisa lhe sobrasse quando a festa findasse. Se formos prestar atenção a este quadro, chegamos à conclusão que hoje isto também acontece na nossa vida guardando as devidas proporções e na medida da nossa realidade.
Porém, o que nós precisamos estar atentos é que assim como o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão, que é o Céu, o rico também morreu, mas, foi enterrado, como nos revela Jesus. Isto para nós faz uma diferença incrível, pois nos induzi a meditar sobre a visão que temos em relação ao morrer e ao depois do morrer. Se nós tivermos uma ideia da vida só para ser uma experiência terrena, agindo e reagindo conforme os critérios humanos, com as práticas ditadas pela mentalidade do mundo, com certeza nós iremos ser enterrados. No entanto, se concebermos a ideia de que a nossa vivência na terra é um passaporte e passagem que nos encaminham para o Céu, porto seguro, casa do Pai, retorno à vida, aí então, com a mesma certeza, nós esperamos ser levado pelos anjos ao seio de Abraão.
Contudo, isso não depende apenas do nosso saber, ter conhecimento, mas sim, do nosso viver, do nosso conviver e do nosso participar, porque aqui na terra nós já começamos a construir esta via, através dos nossos relacionamentos pessoas com TODOS. Não apenas com aqueles que são para nós os mais queridos, não somente para com os ricos, mas também com aqueles intoleráveis, “os pobres” que são carentes de pão, mas principalmente de vida e santidade. Jesus abriu para nós um cenário real, o qual nós não podemos mais ignorar: cenário da vida na terra e depois dela. Para onde vamos, só Deus sabe, mas nós podemos ter uma idéia, dependendo do que nós estivermos colocando em prática.
O rico não foi enterrado porque era abastado, nem tampouco o pobre subiu aos céus só porque era carente, mas pelas circunstâncias em que viveram e por causa das atitudes que tomaram. Aqui na terra nós recebemos as condições para nos apropriarmos dos terrenos do céu. Há, porém, uma condição imprescindível: a de partilharmos os nossos bens e dons dos nossos terrenos da terra com os outros moradores. Nós sabemos que a figura do pobre sempre será uma realidade entre nós, no entanto, a sua existência é uma chance que Deus dá ao rico para bem empregar os seus bens e assim poder obter ainda muito mais para ajudar a quem precisa. No entanto, ninguém é tão pobre que não possua nada para dar nem igualmente é tão rico que não necessite partilhar com alguém a sua riqueza.
Há, porém, outra coisa importante que nós precisamos ter em conta: o tempo é hoje e a hora é agora! Não podemos esperar para quando chegar lá no nosso destino, depois quer findar a festa, pois há um abismo enorme e nós não podemos retroceder. Nem tampouco nós podemos de lá fazer com que aqueles que nós temos interesse que escapem possam se redimir. No entanto, Abraão falou ao rico: Eles lá têm Moisés e os profetas, que os escutem! E isto vale também para nós HOJE, pois somos convocados a sermos também, profetas, com palavras, atos e sem omissão. Quando abrimos os olhos e os ouvidos para apreender os ensinamentos de Jesus, nós também assumimos o compromisso com a verdade e nos tornamos mensageiros do céu aqui na terra.
Quais os bens que você tem recebido na vida? Você os tem partilhado com os “pobres” que se encontram à sua porta? Como é a sua vida: você tem recebido mais bens ou mais feridas Qual é a ideia que você tem da vida após a vida aqui na terra? – Você tem aberto os olhos das pessoas da sua família para isso?
Meu irmão, minha irmã! Jesus nos recomenda a dar aos outros o melhor, a partilhar, a viver a fraternidade. Quanto a mim, começo meu gesto concreto, com minha atitude de conversão, rezando com toda Igreja, a Oração da CF 2010.
Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.
Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho.
Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.
Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.
Deus nos dê a graça da conversão profunda e sincera hoje e sempre! Amém!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 20/03/2014

REFLEXÕES DE HOJE

QUINTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 20/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não arrisque seu futuro!

Postado por: homilia
fevereiro 28th, 2013

Este trecho do Evangelho de hoje – segundo Lucas – faz parte de uma sequência de parábolas mencionadas por Jesus: a do filho pródigo, a do administrador infiel e, automaticamente, a parábola do rico e Lázaro.
Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém, esta alegoria contradiz dois princípios:
1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.
2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado a partir do contexto geral da Bíblia.
Na verdade, Jesus – nesta parábola – não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se darão as recompensas. Ademais, interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16,27; 25,31-40; I Cor 15,51-55; Is 4,16-17; Ap 22,12), dentre outros textos.
Obviamente, nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva (como criam) e isso através da verdadeira consideração à imutável Lei de Deus aos profetas (Lc 16,27-31).
A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.
Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel, Jesus adverte: “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” (Lc 16,11).
Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.
Portanto, fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas Sagradas Escrituras. Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos o absurdo de ter que admitir ser o “seio de Abraão” o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros.
As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém, os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14,12-15.20-21; Sl 6,5; 115,17; Ecl 9,3-6 e Is 38,18).
Na verdade, esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que n’Ele depositava sua confiança. Os judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício do seu desagrado para com os ímpios.
O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus havia afastado os fariseus e os judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna. Infelizmente, eles esqueceram do segundo objetivo que se encerra na Lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,39).
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 28/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

A partilha do pão é o caminho que nos conduz à eternidade

Pode ser que a sua riqueza seja somente um pão que você tenha, mesmo assim, reparta-o com quem necessite! Nada justifica a nossa indiferença diante da miséria e da pobreza que está ao nosso lado.

”Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor.” (Jeremias 17,5)

Umas das parábolas mais belas e, ao mesmo tempo mais duras dos Evangelhos de Jesus Cristo, é a parábola que nós escutamos, hoje, do rico e do pobre Lázaro. Ela mostra o contraste existente na humanidade, desde quando o pecado entrou no mundo, a humanidade é dividida em pobres e ricos, o contraste dos extremos.
Enquanto o rico representa o extremo da riqueza, aqueles que muito possuem, o extremo da opulência, da avareza humana; Lázaro representa o extremo da pobreza, da miséria, da indigência daquele que nada tem, que nada possui e vive a mendigar, esperando as migalhas que caem da mesa dos ricos e, a única coisa que recebe é o consolo dos cachorros que vêm lamber suas feridas.
No final, morre o rico e morre o pobre. O pobre tem lugar de honra no coração de Deus; já o mesmo não ocorre com rico que não foi temente a Deus, que confiou apenas em sua riqueza, confiou nos seus bens, confiou na opulência de tudo o que tinha e nunca se lembrou de repartir, de cuidar e de dar algo de si aos menos favorecidos, preocupado apenas em crescer na sua riqueza e nunca em repartir o que tinha. Sem reconhecer o abismo que separa o homem para sempre de Deus.
E a tristeza do relato é que o rico não pôde receber nenhum consolo, nem mesmo um alívio para refrescar um pouco o calor ardente daquilo que é o sofrimento de se separar de Deus. Enquanto Lázaro experimenta a bem-aventurança, a felicidade suprema do Reino eterno de Deus e, a resposta de Jesus (ou a resposta de Abraão) é a resposta de Deus para essa realidade.
O pobre recebeu a miséria e os tormentos desta vida, ao passo que o rico recebeu os consolos, mas não soube transformar o seu consolo, não soube transformar os seus bens para aliviar a pobreza do outro.
Primeiro, meus irmãos, não há problema em ser rico, não há problema em trabalhar honestamente e ficar rico, milionário, ganhar bens e, assim por diante. Isso é mais do que justo contanto que isso seja feito de forma justa, honrada, fruto do suor e do trabalho. Agora, nada justifica quem possui qualquer bem deste mundo não cuidar dos pobres, dos sofridos e dos marginalizados; nada justifica termos isso ou aquilo e não sabermos repartir com quem não tem.
Nada justifica a nossa indiferença diante da miséria, da pobreza que está ao nosso lado, nada justifica nós no nosso carrinho, no nosso ar-condicionado, ou na nossa vida cômoda, olharmos para frente e não vermos no trânsito em que nós andamos alguém pedindo esmola, alguém pedindo ajuda, alguém vendendo alguma coisa e nós simplesmente dizermos: ”Este problema não é meu!”. Nada justifica, em nossas casas e em nossas famílias crianças desperdiçarem comida, nós jogarmos comida fora, desperdiçarmos roupas, sapatos, bens enquanto muitos vivem na pobreza e na indigência!
A responsabilidade de cuidar dos pobres é do rico que tem o seu coração em Deus e não importa o tamanho da sua riqueza. Pode ser que a sua riqueza seja somente um pão que você tenha, mesmo assim reparta-o com quem necessite!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

O homem não pode afastar-se de Deus

O homem precisa confiar e entregar o seu coração ao Senhor

“Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor.” (Jr 17, 5-10)

Nós, seres humanos, precisamos de relacionamentos humanos, eles são importantíssimos para a nossa vida. São dos relacionamentos humanos que nascem os “enamorados” e, é deles que surgem o amor e nesse brotam as nossas famílias, o casamento, a união do homem e da mulher.
Dos relacionamentos é que surgem belas e importantes amizades. Ninguém pode ser sozinho nesta vida e todos nós precisamos nos relacionar; é preciso apenas ter prudência e saber separar as coisas e colocar cada uma em seu devido lugar.
Todo exagero, toda amizade demasiada, todo amor que não tem medida, tornam-se um “sufoco” para a nossa vida. E isso nos prejudica, porque, aquilo que nos sufoca pode nos matar; pode matar os nossos relacionamentos e algo que era para ser belo, se destrói, pois, na verdade, não tenho uma ”poda”, uma direção.
A primeira coisa é que não podemos amar a ninguém, mais do que amamos a Deus. Ele é o grande amor da nossa vida, nosso grande amigo, nosso suporte, nosso apoio, nossa direção, é n’Ele que deve estar o nosso coração e a confiança de toda a nossa vida.
Coloque no Senhor a sua confiança, e a segurança de que é Ele que vai direcionar o seu coração, inclusive nos relacionamentos que nós devemos ter, por exemplo, no relacionamento familiar, no amor do marido para com a esposa e vice-versa, nas amizades que nós construímos; e não deixe que ninguém ocupe o lugar de Deus no seu coração.
Enquanto Deus for o maior amor, o primeiro amor e Aquele que direciona o seu coração, então, os outros amores da vida serão conduzidos, iluminados e direcionados pelo amor de Deus, dessa forma, não iremos nos decepcionar tanto, cair tanto e passar por tormentos que muitas vezes passamos.
A segunda coisa importante é que nenhum relacionamento pode nos afastar de Deus e não podemos permitir que ninguém nos afaste d’Ele. As vezes criamos relacionamentos onde aquela pessoa é tudo para nós, ou seja, só escuto, falo e fico o tempo inteiro com ela; e isso me prende, me aperta e o pior, muitas vezes nos afastam de Deus.
A maldição está aí: confiar em outra pessoa e deixar que esse relacionamento nos afaste do amor a Deus; Daquele que, de verdade, cuida de mim.
Boas amizades? Sim. Mas, jamais amizades demasiadas e, sobretudo, aquelas que não nos conduz para mais perto do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/03/2018

HOMILIA DIÁRIA

Cuidemos dos pobres e necessitados da nossa sociedade

“E, além disso, há grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.” (Lucas 16,26)

O Evangelho de hoje nos mostra o grande drama vivido entre o rico (que se vestia com roupas finas, elegantes e passava os seus dias aqui, na Terra, fazendo festas esplêndidas) e o pobre Lázaro (que vivia nas portas das casas e queria as sobras que caiam das mesas para matar a sua fome).
Havia um grande abismo que separava o pobre e o rico com a sua opulência. O pobre cheirando à miséria humana, ao descaso e ao descarte feito com a criatura humana; e o rico “respirando” os gastos excessivos e tudo aquilo que representa uma vida repleta de avarezas, bens e prazeres materiais.
O retrato do rico da época é o retrato de muitas riquezas do mundo em que vivemos e das extremas pobrezas que experimentamos ao nosso lado. Vamos em qualquer grande cidade, metrópole e logo vemos as grandes casas, vidas luxuosas e, a poucas distâncias, estão os bolsões de misérias, pessoas que estão jogadas nas ruas, passando fome, necessidades e muitas pessoas sendo descartadas.
Não podemos negar a realidade dos profundos abismos sociais que há no mundo em que vivemos, isso doí no coração de Deus e deve doer no coração de cada um de nós. Jamais nos conformemos com as desigualdades e jamais as entendamos como vontade de Deus.

É agora que temos de trabalhar para cuidar dos mais pobres e necessitados

Quando morre o rico e também o pobre, o rico vai para o abismo, para o sofrimento eterno; e o pobre vai para o consolo divino, vai para o seio de Abraão, vai feliz para a eternidade junto de Deus.
Vemos o rico clamando e pedindo socorro; e a resposta de Abraão é que há um profundo abismo que separa a realidade eterna daquele rico do destino eterno do pobre que está junto de Deus. Porque, na outra vida, não há como inverter as situações; a hora de inverter as situações ou tornar a situação mais justa é aqui e agora, no mundo em que estamos.
É agora que temos de trabalhar para superar as desigualdades; é agora que temos de trabalhar para cuidar dos mais pobres, dos mais sofridos e necessitados. É agora que precisamos abrir os nossos olhos e não nos conformamos em dizer: “Eu fui abençoado por Deus. É Deus quem me deu prosperidade. É Deus quem me deu tudo o que tenho”.
Que bom que você se empenhou e trabalhou; mas que bom que o senso da compaixão, da justiça e do amor evangélico está em nós! Então, a maior riqueza que podemos possuir é o senso de compaixão para com os mais necessitados e sofridos.
Jamais se conforme, jamais diga que é vontade de Deus; e jamais ignore os Lázaros do nosso tempo. São muitos, eles estão nas portas de nossas casas, à frente de nossas ruas, em nossas favelas e comunidades. Não ignoremos os pobres para não sermos ignorados por Deus na eternidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

O Reino dos Céus, em primeiro lugar, é dos pobres

“Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado.” (Lucas 16,22)

A beleza da parábola de Lázaro e do homem rico é uma oportunidade para entendermos os abismos que o pecado cria no mundo e na sociedade em que estamos. As pessoas religiosas, muitas vezes, querem fazer vista grossa às situações injustas da humanidade; e alguns até querem dizer que esse problema não é nosso, que temos só que rezar para o mundo ser melhor; e ignoram, criam ainda mais abismos quando deixam de lado os pobres, os “Lázaros de outrora”, dos tempos em que vivemos.
Jesus não fez vista grossa aos pobres de Sua época, pelo contrário, os acolheu, os amou, os elevou. E, quando Ele nos conta a beleza de uma parábola como essa, é para retratar o mundo insano, injusto e desumano em que vivemos, onde uma parcela de ricos e poderosos vive numa verdadeira avareza com os seus bens, se vangloriando do que tem e ignorando os pobres que vivem às portas de nossas ruas, cidades, nas esquinas por onde andamos.
O pecado moral inclui também o pecado social, que é ignorar a pobreza e a miséria do mundo. O pecado não são só maus pensamentos, maus sentimentos ou uma prática errada que fizemos. Pecado é também a indiferença.

Sejamos anjos na vida dos pobres e sofredores, dos Lázaros dos nossos tempos

O grande pecado desse homem rico, que o Evangelho nos apresenta hoje, não é somente a sua avareza, não é somente aquilo que ele está deslumbrando com o que tem, mas é principalmente a indiferença para com Lázaro. O rico não dá atenção para Lázaro; e quem cuida dele são os cachorros que vão lamber as suas feridas.
Muitas vezes, os cachorros cuidam muito mais dos pobres do que os homens, do que os humanos cuidam dos outros. Os humanos cuidam dos cachorros – e continuemos a cuidar dos nossos animais – o que não podemos é deixar o ser humano estar abaixo dos nossos cachorrinhos, dos nossos animais. Não podemos admitir é que um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus seja ignorado, maltratado e desprezado.
O Reino dos Céus – que achamos que vamos conquistar com as nossas virtudes humanas porque somos pessoas boazinhas, porque rezamos bastante, porque praticamos os nossos atos de piedade -, será para quem não se esqueceu das obras de misericórdia na sua vida. Por isso, o Reino dos Céus, em primeiro lugar, é dos pobres. Quando o pobre do Lázaro desprezado, maltratado e esquecido morre, são os anjos que vêm buscá-lo. Quando o rico morreu, foi enterrado.
Os anjos são amigos dos pobres. Sejamos anjos na vida dos pobres e sofredores, dos Lázaros dos nossos tempos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/03/2021

HOMILIA DIÁRIA

Reconheça a presença de Jesus na vida do próximo

“Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim!’.” (Lucas 16,19-24)

É uma Palavra muito forte, é um tema também proposto por esse tempo quaresmal: compreender que a nossa vida, um dia, terá um fim. Um dia cada um de nós também vai prestar conta da própria existência diante de Deus. Por isso, precisamos viver bem o tempo de hoje, por isso, precisamos acolher Jesus Cristo escondido no pobre, no faminto, no sedento, naquele que está injustiçado, no preso, no doente. É bom já aprender desde agora a reconhecer a presença de Jesus nessas realidades!
A Palavra diz que um dos personagens é rico, não fala o nome dele, e isso não está aqui à toa, porque rico é o “nome” dessa pessoa. Quando algo neste mundo toma o lugar da minha identidade, ela passa a ser aquilo que eu tenho porque essa pessoa se identificou com as suas riquezas, não tinha mais o nome, ela perdeu a sua identidade porque imaginava que ela era o que tinha. E, ao contrário, o pobre não tem nada, mas ele preserva o seu ser, ele se chama Lázaro. Apesar de ter vivido na miséria, essa miséria material, ele não perdeu a sua dignidade de filho de Deus. Chama-se Lázaro e é destinatário da misericórdia do Senhor.

Precisamos aprender desde agora a reconhecer a presença de Jesus na vida dos nossos irmãos

Certamente, levaremos para a eternidade aquilo que somos, e não aquilo que temos. Ainda não vi nenhum caixão com bens materiais, com dinheiro, com carro, com casa. Levamos para eternidade aquilo que nós somos, como nós escolhemos viver hoje seguindo os valores do Evangelho, seguindo aquilo que o Senhor nos orienta.
Por que desse tormento? Na verdade, o tormento é a solidão de não ter ninguém nem a si mesmo. O tormento daquele rico é estar sozinho, consigo mesmo. Ele também não era capaz de suportar porque ele pensava, unicamente e exclusivamente, nas riquezas, não se pensava no outro. Essa é uma experiência certamente de inferno, a solidão é uma experiência infernal! Então, esse tormento marca isso, por isso, precisamos aprender desde agora — repito: reconhecer a presença de Jesus na vida dos nossos irmãos.
O Evangelho diz que o pobre foi levado pelos anjos. Existe uma continuidade da sua existência terrena na eternidade porque ele vai colher o que plantou. O Evangelho diz: “O rico foi enterrado”; o coração dele estava aqui, nesta Terra, o coração dele não estava na eternidade, isso diz muito para nós.
Vivemos no tempo presente, com as realidades do tempo presente, mas o coração precisa estar em Deus, nas coisas do Alto, voltado para as coisas do Alto, nos desprender das coisas da Terra para nos apegar às coisas de Deus.
Que a graça do Senhor nos ajude, neste tempo quaresmal, a nos libertar de todos os nossos apegos e a viver exclusivamente de Deus!
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, que nos deste Moisés, os Profetas e, na plenitude do tempo, o teu Filho Unigênito para anunciar o teu Reino, dá-nos discernimento e coragem para construirmos tua Igreja neste mundo, como testemunha da tua Presença inefável e esperança do teu abraço final. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/02/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sensibilidade e coragem para ouvir e acolher a tua Palavra amorosa que nos envolve de carinho. Faze-nos sábios para entender que a tua discrição – pois Tu não te impões ostensivamente – quer apenas deixar-nos a liberdade de ouvir-Te ou negar-Te. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, inunda-nos com o teu Espírito para que saibamos escutar a Palavra de Vida que nos envias através da natureza; dos companheiros de caminhada; da Escritura Sagrada; aquela que sussurras no silêncio dos corações e, mais do que tudo, a que se encarnou em Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/03/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sensibilidade para ouvir e coragem para acolher e viver a tua Palavra amorosa que nos envolve com ternura. Faze-nos sábios para entender que a tua discrição (Tu não te impões ostensivamente, mas Te escondes nos dons que nos ofereces) deseja apenas deixar-nos a liberdade de aceitar-Te ou negar-Te. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/03/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que és a nossa Luz, dá-nos um coração generoso. Faze-nos desapegados dos bens passageiros do mundo. Ensina-nos a partilhar tudo o que temos e o que somos com nossos companheiros peregrinos desta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada e partilhada. Faze-nos agradecidos, pois sabemos que tudo é dom de tua Graça. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2021

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