sábado, 24 de fevereiro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 24/02/2024

ANO B


Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

Amar o inimigo é a atitude de quem se experimentou amado por Deus.

A exigência feita ao discípulo de superar a justiça dos escribas e fariseus, isto é, o modo de praticar a Lei, se explicita em seis antíteses (vv. 21-26; 27-30; 31-32; 33-37; 38-42; 43-48). Nosso texto de hoje é a sexta das antíteses. Trata-se de uma exigência primordial de toda a vida de fé e, em particular, da vida cristã: amar o semelhante, não importa quem seja nem o que ele fez. A exigência do amor ao próximo e ao inimigo é exigência da vida em Cristo. É a atitude de quem se experimentou amado por Deus, não obstante suas próprias faltas, e de quem tira para o seu relacionamento com os outros as consequências da misericórdia de Deus para com ele (ver: Mt 18,23-35). Essa é a atitude do misericordioso e do “fazedor de paz” (5,7.9), de quem sabe que o verdadeiro tesouro está em Deus e a sua recompensa nos bens futuros prometidos por Deus. O último versículo (v. 48) é a conclusão das seis antíteses. A perfeição consiste na superação do reducionismo legalista da Lei e na prática do amor fraterno que superam os laços afetivos. A perfeição de Deus consiste em que ele ama sem fazer acepção de pessoas. “Deus é amor” (1Jo 4,16).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me teu imitador, e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.
Fonte: Paulinas em 15/03/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Sede perfeitos


É atitude quaresmal amar o próximo e amar o inimigo, porque, para isso, é preciso ter passado por uma profunda conversão. Já não é fácil amar o próximo, e Jesus manda que amemos também os inimigos. Ouvimos várias vezes que para Deus nada é impossível; então, deve ser possível, com a graça de Deus, amar também o inimigo. Quem assim procede é perfeito como é perfeito o Pai celeste, que faz chover sobre justos e injustos.
Ouvimos muitas vezes que é preciso ser perfeito como o Pai celeste é perfeito. Como é possível atingir a perfeição do Pai? O Deus que faz chover sobre justos e injustos é o Deus para quem a misericórdia não é apenas uma palavra, mas é o coroamento da justiça. O Papa Bento, comentando a oração de Abraão, falava de uma nova ideia de justiça, “não a que se limita a castigar os culpados, como os homens fazem, mas uma justiça diferente, que busca o bem e o cria através do perdão que transforma o pecador, converte-o e o salva”. E ainda: “Não se pode tratar os inocentes como os culpados, isso seria injusto; é necessário, no entanto, tratar os culpados como os inocentes, realizando um ato de justiça superior”. O amor converte o inimigo em amigo!
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

A prova de que o nosso coração está em paz – a Paz de Cristo – é sermos capazes de orar pelos que nos querem mal. Este talvez seja o degrau mais sublime da santidade, da pureza d’alma e da verdadeira alegria. Para alcançá-lo, precisamos ser humildes e conscientes da Presença do Senhor em nós.
Fonte: Arquidiocese em 15/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

A Lei de Moisés é aprimorada por Jesus. O Mestre dá o passo seguinte, definitivo, e vive a santidade perfeita: amar o inimigo, orar pelos que nos perseguem. Tudo tão simples, como o Pai faz e ensina, mandando a chuva cair igualmente sobre justos e injustos. As nossas relações com o próximo devem manifestar o Espírito do Pai que mora em nós.
Fonte: Arquidiocese em 24/02/2018

VIVENDO A PALAVRA

A prova de que o nosso coração está em paz – a Paz de Cristo! – é sermos capazes de orar pelos diferentes, pelos que não pensam como nós e pelos que nos querem mal. Este talvez seja o degrau mais sublime da santidade, da pureza d’alma e da verdadeira alegria. Para alcançá-lo, precisamos ser humildes e estar conscientes da Presença do Senhor em nós.
Fonte: Arquidiocese em 07/03/2020

VIVENDO A PALAVRA

Com a Presença de Jesus de Nazaré os tempos chegam à sua Plenitude: a Lei Antiga, dada pelo Senhor a Moisés, se expande na Lei do Amor, que vem inundar de Vida Nova e Plena não mais uma tribo ou uma nação, mas a humanidade toda, até os confins da terra. E Jesus vai ensinando aos seus discípulos (portanto, a todos nós!) pormenores de como como deve ser vivido e realizado o Amor.
Fonte: Arquidiocese em 27/02/2021

Reflexão

Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
Fonte: CNBB em 15/03/2014

Reflexão

Amar os inimigos não é atitude espontânea nem fácil. Trata-se de ensinamento inteiramente novo na época de Jesus, e ainda hoje ressoa incompreensível aos que não conhecem a Deus. No entanto, Jesus não hesita em exigir de nós um amor sem restrições. Fazer o bem a quem nos odeia, rezar por quem nos persegue, tudo isso está em sintonia com o jeito de Deus amar, pois o Pai celeste é bom e misericordioso com justos e injustos. Além disso, o próprio Jesus atinge o grau máximo do amor. Ele mesmo dissera: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Quanto aos inimigos, Jesus os surpreendeu com sincera expressão de amor nascida do seu coração e dos seus lábios na hora derradeira: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 24/02/2018

Reflexão

Amar os inimigos não é atitude espontânea nem fácil. Trata-se de ensinamento inteiramente novo na época de Jesus, e ainda hoje ressoa incompreensível aos que não conhecem a Deus. No entanto, Jesus não hesita em exigir de nós um amor sem restrições. Fazer o bem a quem nos odeia, rezar por quem nos persegue, tudo isso está em sintonia com o jeito de Deus amar, pois o Pai celeste é bom e misericordioso com justos e injustos. Além disso, o próprio Jesus atinge o grau máximo do amor. Ele mesmo dissera: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Quanto aos inimigos, Jesus os surpreendeu com sincera expressão de amor nascida do seu coração e dos seus lábios na hora derradeira: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34).
Oração
Divino Mestre, tu nos dás uma ordem no mínimo desconcertante, a de amar nossos inimigos. No entanto, o afirmas com base na perfeição do Pai celeste, que acode a bons e maus, a justos e injustos. Deus não faz acepção de pessoas. Dá-nos, Senhor, disposição para cumprir essa exigência divina. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 07/03/2020

Reflexão

O texto de hoje faz parte do Sermão da Montanha. Jesus nos pede algo muito difícil: amar até os inimigos e fazer o bem a quem nos prejudica. Com essas recomendações, o Mestre quer acabar com as barreiras que construímos para legitimar nossas opções religiosas, sociais, políticas e econômicas. A Palavra de Deus nunca pode ser usada para discriminar e odiar as pessoas. As propostas de Jesus são necessárias para sermos de fato “filhos e filhas do Pai celeste”. A sociedade moderna parece ter despertado o ódio entre as pessoas, coisa que nem o Antigo Testamento propunha. O Pai celeste procura ser bom para com todos e espera o mesmo de cada um que se considera filho seu. A conclusão do Evangelho de hoje – ser perfeito como o Pai – abre o caminho para um processo contínuo de conversão e de superação discriminatória.
ORAÇÃO
Divino Mestre, tu nos dás uma ordem no mínimo desconcertante: a de amar nossos inimigos. No entanto, o afirmas com base na perfeição do Pai celeste, que acode a bons e maus, a justos e injustos. Deus não faz acepção de pessoas. Dá-nos, Senhor, disposição para cumprir essa exigência divina. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 27/02/2021

Reflexão

O tempo da Quaresma é preparação imediata para a Páscoa do Senhor. Na Igreja primitiva, esse tempo era dedicado, de modo particular, à instrução dos catecúmenos, ou seja, daqueles e daquelas que receberiam o batismo na Vigília Pascal. Portanto, a liturgia da Palavra tem esse caráter preparatório ao batismo, pois, com o batismo, o velho homem era sepultado, dando, assim, lugar ao homem novo. E o homem novo, à semelhança do Ressuscitado, é chamado a estabelecer novas realizações. A novidade do Cristo e de seus ensinamentos se mostra nas atitudes novas desses homens e mulheres que eram reconhecidos como cristãos. Amar o inimigo, rezar por quem nos persegue, cumprimentar quem não é do nosso círculo eram desafios para quem conviveu com Jesus e para nós ainda hoje. E só em Deus somos capazes de dar essa resposta de fé.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 12/03/2022

Reflexão

Amar os inimigos não é atitude espontânea nem fácil. Trata- se de ensinamento inteiramente novo na época de Jesus e, ainda hoje, ressoa incompreensível aos que não conhecem a Deus. No entanto, Jesus não hesita em exigir de nós um amor sem restrições. Fazer o bem a quem nos odeia, rezar por quem nos persegue, tudo isso está em sintonia com o jeito de Deus amar, pois o Pai celeste é bom e misericordioso com justos e injustos. Além disso, o próprio Jesus atinge o grau máximo do amor. Ele mesmo dissera: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Quanto aos inimigos, Jesus os surpreendeu com sincera expressão de amor, nascida do seu coração e dos seus lábios, na hora derradeira: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34).
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem»

Rev. D. Joan COSTA i Bou
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor. Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal. Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas. O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros». A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana. Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor. Como escreveu São João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente».
O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo. A pessoa é convidada a um diálogo com Deus. Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade. O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude. Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos. Se não é assim, não se ama de verdade. Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Oh! Senhor meu, como sois bom!» (Santa Teresa de Jesus)

- «Amar os nossos inimigos, os que nos perseguem e nos fazem sofrer, é difícil; nem sequer é um “bom negocio” porque nos empobrece. Mas, este é o caminho indicado e percorrido por Jesus para a nossa salvação» (Francisco)

- «Cristo morreu por amor de nós, sendo nós ainda «inimigos». O Senhor pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos, que nos façamos o próximo do mais afastado, que amemos as crianças e os pobres como a Ele próprio» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.825)

Reflexão

A caridade. O amor aos inimigos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus contrapõe às disposições da "Torá" uma nova radicalidade da justiça ante Deus: não só não matar, senão sair ao encontro do irmão com quem está se enfrentado para procurar a reconciliação; não só igualdade em direito ("olho por olho, dente por dente"), mas deixar-se pegar sem devolver o golpe; amar não só ao próximo, mas também ao inimigo… É o "amor até o extremo" que Cristo consumará na Cruz orando por seus "inimigos".
Mas isso, é realista? Deus não nos impõe um sentimento que não possamos suscitar em nós mesmos. Deus nos amou primeiro e nos faz experimentar seu amor, e deste "antes" de Deus pode nascer também em nós o amor como resposta. Com Deus amo também à pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço.
—No encontro íntimo com Deus, aprendo a prestar atenção no outro não só com meus olhos e sentimentos, mas também desde a perspectiva de Jesus Cristo, a mesma do Pai celestial.

Recadinho

Você já presenciou alguém dizer que reza pelos que o perseguem? - Você consegue ser cordial com todos? - Procura se lembrar de que Deus é bom para com todos? - Você procura transmitir bondade em tudo? - Você age realmente com misericórdia?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 15/03/2014

Meditação

“Amai vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” O Senhor nos ama e espera que também sejamos bons. Seu amor não é algo inerte, mas provoca em nós o desejo de amar, pois somos amados. Esse amor, porém, não é simples afeto para com as pessoas, mesmo que o afeto seja uma coisa boa. O amor é muito mais! Movidos pela caridade, que vem de Deus, devemos amar, querer bem a todos. Devemos fazer todo esforço para sermos bons. Se estamos unidos a Cristo, nosso amor pode transformar e salvar a todos ao nosso redor.
Oração
PAI ETERNO, convertei para vós nossos corações, a fim de que, buscando sempre o único necessário e praticando as obras de caridade, nos dediquemos ao vosso culto. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

O Sermão da Montanha: Jesus nos pede para amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem


Hoje, o Mestre continua os seus ensinamentos sobre o estilo do amor que Deus espera de nós. Quem tem um coração bom ama todos, embora nem todos o amem. Deus exige-nos este amor porque Ele próprio é assim: «Faz brilhar o sol sobre maus e bons».
- Recorda as palavras de Cristo na Cruz: «Pai, perdoa-lhes». Consegues repetir essas palavras?

Meditando o evangelho

O PAI, MODELO DE PERFEIÇÃO

A ordem de Jesus pode, à primeira vista, parecer exorbitante e inexequível. Quem será tão pretensioso a ponto de querer igualar-se, em perfeição, ao Pai? Não foi essa a tentação de Adão e Eva, no paraíso, quando ousaram querer ser como deuses, conhecedores de toda a ciência do bem e do mal? Conhecemos o resultado de um tal ousadia.
Urge entender, de maneira conveniente, o preceito de Jesus, para não tachá-lo de injusto. A ordem o Mestre desponta na vida do discípulo como um ideal, embora sabendo que jamais será alcançado. Com isso sentir-se-á impulsionado a progredir, sem se dar por satisfeito com as metas já alcançadas. Existe sempre a possibilidade de ir além e descobrir novas formas de manifestar o amor ao semelhante, de fazer-se servidor dos mais necessitados, de buscar construir comunhão e reconciliação entre todos os seres humanos, sem acepção de pessoas.
Agindo assim, o discípulo torna-se sacramento da perfeição divina na história humana. Seu modo de proceder funcionará como um alerta para quem ainda não se deu conta de quem é o Pai e do que ele exige de nós.
O discípulo deve recusar-se, peremptoriamente, a modelar o seu agir pelos esquemas mundanos, calcados no egoísmo. É o Pai que, no esplendor de sua perfeição, aparece como modelo a ser imitado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que meu agir inspire-se na tua perfeição, de modo a rejeitar todos os esquemas egoístas que as paixões desordenadas querem me impor.
Fonte: Dom Total em 15/03/201407/03/2020 27/02/2021

Oração
Convertei para vós, ó Pai, nossos corações, a fim de que, buscando sempre o único necessário e praticando as obras de caridade, nos dediquemos ao vosso culto. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 15/03/2014

Meditando o evangelho

O AMOR É EXIGENTE

Jesus reinterpretou, de maneira radical, o mandamento do amor. O Decálogo previa o amor ao próximo e o ódio ao inimigo. Próximo eram os membros da família e as pessoas mais chegadas. Os termos ódio e inimigo não tinham o sentido atual. Odiar era interessar-se pouco por alguém, não lhe dar atenção. Ódio não era sinônimo de raiva, mas apenas isenção de responsabilidade em relação ao outro. Inimigo, por sua vez, era quem estava fora do círculo das relações familiares. Como se vê, o Decálogo estabelecia, com precisão, os limites do amor.
A reinterpretação de Jesus modifica, totalmente, este quadro. O objeto do amor não são exclusivamente os membros da família e as pessoas mais chegadas. Antes, são os inimigos, os que maldizem, odeiam, caluniam os discípulos de Jesus. Este ideal aproxima de Deus o cristão. É próprio do Pai fazer o sol levantar-se para toda a humanidade, sem distinção, bem como fazer chover sobre justos e injustos.
O amor limitado ao círculo das pessoas que amamos não tem nada de novo. A novidade está em seguir a trilha aberta por Jesus.
Suas palavras podem, num primeiro momento, criar resistência. Porém, as exigências do amor não podem levar os cristãos ao esmorecimento.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância do amor e do perdão, como caminho de estabelecer relacionamento contigo mesmo.
Fonte: Dom Total em 24/02/2018 12/03/2022

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Orai por aqueles que vos perseguem
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

É atitude quaresmal amar o próximo e amar o inimigo, porque, para isso, é preciso ter passado por uma profunda conversão. Já não é fácil amar o próximo, e Jesus manda que amemos também os inimigos! Ouvimos várias vezes que para Deus nada é impossível, então deve ser possível, com a graça de Deus, amar também o inimigo. Quem assim procede é perfeito como é perfeito o Pai celeste, que faz chover sobre justos e injustos. Ouvimos muitas vezes que é preciso ser perfeito como o Pai celeste é perfeito. Como é possível atingir a perfeição do Pai? O Deus que faz chover sobre justos e injustos é o Deus para quem a misericórdia não é apenas uma palavra, mas é o coroamento da justiça. O Papa Bento, comentando a oração de Abraão, falava de uma nova ideia de justiça, “não a que se limita a castigar os culpados, como os homens fazem, mas uma justiça diferente, que busca o bem e o cria através do perdão que transforma o pecador, converte-o e o salva”. E ainda: “Não se pode tratar os inocentes como os culpados, isso seria injusto; é necessário, no entanto, tratar os culpados como os inocentes, realizando um ato de justiça superior”. O amor converte o inimigo em amigo!
Fonte: NPD Brasil em 24/02/2018

COMENRIOS DO EVANGELHO

1. Amor não é Amizade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Provavelmente todos nós achamos que é muito mais difícil amar os nossos inimigos porque confundimos amor com amizade, o que não é a mesma coisa, nem toda amizade acontece entre amigos, às vezes chamamos de amizade uma relação mais tranquila com as pessoas, são relações ocasionais, sem comprometimento algum de ambas as partes, se a relação for mais frequente poderá surgir uma grande amizade motivada pelo respeito e admiração que se nutre pelo outro. Mesmo assim não se trata de amor, logicamente costumamos dizer que amamos nossos amigos, mas nem todos com a mesma intensidade!
A amizade requer alguma exterioridade, algo em comum, gestos acenos, apertos de mão e em situações mais delicadas até um abraço... Ainda assim não é amor. O amor é algo presencial, nem sempre precisa ser manifestado porque existe concretamente no coração daquele que ama.
O amor existe, mesmo que não haja palavras ou manifestações afetivas e cordiais, o amor ás vezes é feito de silêncio, olhares, expressões, risos ou mesmo pranto. O amor é como o vapor de uma grande caldeira, se não houver uma válvula de escape, acabará explodindo. Por isso não existe amor fechado, em uma comunidade, em um casal, em uma família, pois ele é envolvente e abrangente.
Deus não tem por nós uma simples amizade, e nem foi por pura amizade que o Senhor deu a sua vida por todos nós, mas por amor, não um amor que é manifestado por Ele quando nós correspondemos e somos bons, não um amor que tem sua razão de ser por causa de nossas "virtudes" e boas ações, aliás, Deus não teria nenhum motivo para nos amar. Mas trata-=se de um amor que simplesmente nos ama. Deus é AMOR e fez de cada homem e cada mulher o objeto desse amor. Deus nos criou porque nos ama, e nos ama porque nos criou.
Só assim podemos compreender um pouco melhor o ensinamento de Jesus nesse evangelho, que desmonta a antiga forma de amor, que é manifestado sob condição e que exige uma correspondência "Amai os vossos inimigos! Fazei o bem aos que vos odeiam e perseguem!” Somente assim somos a imagem e semelhança de Deus, somente assim nos tornamos seus Filhos e Filhas.
Os cristãos que vivem em comunidade são assim chamados a superar qualquer lei e obrigatoriedade sobre a ação de amar. Mais do que isso, são vocacionados a viver um amor sem medidas, o mesmo amor que levou Jesus á cruz do calvário, é o amor da esperança, o amor que teima em acreditar no Ser humano, porque ele é imagem e semelhança daquele que é o AMOR verdadeiro.

2. Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! - Mt 5,43-48
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” Em relação a nós, a perfeição do Pai consiste em amar sem limites. Por isso ouvimos de Jesus: “Amai os vossos inimigos, orai por aqueles que vos perseguem”. Se não é tão fácil amar sempre os amigos, o que pensar dos inimigos? Se aqueles com os quais nos damos bem, por vezes nos aborrecem, o que dizer de quem abertamente nos persegue? “Restauração” é hoje uma palavra que pretende ocupar o lugar da retaliação e da vingança. “Olho por olho” nos mantém na situação de sempre. Faço o que o outro fez repetindo o que já é conhecido e envelheceu. Algo novo precisa surgir no relacionamento humano, e pode ser a restauração. Refazer o que se rompeu mantendo vivos os extremos. Encurtar distâncias é uma tarefa cristã. Lanças pontes que aproximam até mesmo por cima de muros que separam. Tudo no sacrifício de si mesmo. Há algo sacrificante no amor aos inimigos. Sacrificante porque se torna sacro. Assim fez o Cristo que não matou o inimigo, mas matou em si mesmo a inimizade, derrubando o muro de separação e aproximando os povos. Redesenhe inimigo. Deseje o melhor ao adversário, inclusive a conversão. A oração por eles aliviará o seu coração.
Fonte: NPD Brasil em 27/02/2021

HOMILIA

O AMOR PERFEITO

É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: Vocês ouviram o que foi dito: "Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos." Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Jesus hoje nos exorta longamente a que respondamos ao ódio com amor. Este texto, aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender que Mateus vê no amor aos adversários a característica específica dos discípulos de Cristo.
As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver.
A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e à sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que não são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles.
A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).
Jesus chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte transbordante de bondade, Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O profeta Oseias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oseias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).
A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras: «Senhor, não lhes atribuas este pecado.» (Atos 7,60)
Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.
Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos pode tirar a vida.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 15/03/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 15/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Que Deus nos ajude a amar o nosso próximo!

Não ame somente aqueles que o amam, não ame somente aquele que ama você, o amor é universal! O desafio do amor cristão é amar os inimigos e querer bem a quem não nos quer bem!

”Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mateus 5, 44)

Na proposta de sermos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo existe talvez uma das condições mais difíceis para se viver o amor a Deus, porque o amor a Deus, com o qual nós O amamos e damos o nosso coração para Ele, quer de nós também uma exigência: que amemos o nosso próximo.  E talvez queiramos entender que amar ao próximo é amar as pessoas de quem nós gostamos ou as pessoas que gostam de nós; fazer o bem a quem nos faz o bem, saudar a quem nos saúda, viver apenas com aquele grupo de amigos, rodeados com as pessoas que comungam dos nossos ideais. Mas isso não é nada de extraordinário, os que não conhecem a Deus, os que são pagãos fazem a mesma coisa e, algumas vezes, com uma intensidade maior.
O desafio do amor cristão é amar os inimigos e querer bem a quem não nos quer bem! Daí duas coisas importantes que o Senhor então nos ensina: não ame somente aqueles que o amam, não ame somente aquele que ama você, pois o amor é universal. Eu até costumo dizer: Nós não precisamos  gostar de todo o mundo, existem pessoas com as quais nós não nos damos bem e não comungamos da mesma forma de falar, de pensar e até vivem junto conosco, mas dá muito choque.
Não há problema nisso [em não gostarmos de todos], mas precisamos conviver com pessoas incompatíveis a nós e saber superar os rancores, os ressentimentos, a própria dificuldade de comportamento que temos com este ou com aquele. Não significa que nós gostemos de todos, mas o amor deve existir sim! Amar quer dizer querer bem, respeitar o outro; não é estar ali com aquela amizade o tempo inteiro com a pessoa. Não, mas é não querer o mal dela, mas fazer o bem quando for necessário a ela, e isso sim já é um amor cristão! Porque, algumas vezes, o nosso bem é reservado somente para as pessoas do nosso convívio e, convívio não quer dizer morar na mesma casa, convívio quer dizer que “con+viver”, que habita dentro do nosso coração. Aquelas pessoas a quem nós amamos muito é muito fácil amá-las, algumas vezes, não temos nem dificuldade para isso. No entanto, o amor cristão é um desafio!
Precisamos saudar a quem nos machucou, por vezes uma pessoa que até já conviveu conosco, que já compartilhou da nossa vida. Volto a dizer: Eu não preciso ser o grande amigo dela, mas eu posso querer muito bem a ela, evangelicamente falando. A melhor resposta que você pode dar a quem não o quer bem é a sua oração profunda e sincera. Ore por aqueles que não o querem bem, o seu coração será o primeiro beneficiado!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Amai, rezai e perdoai os vossos inimigos

Jesus nos ensina que a oração é o caminho para aprendermos a amar os nossos inimigos

“Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mt 5, 43-48)

A melhor resposta que podemos dar à saúde da nossa alma e ao nosso coração é o amor.
O amor é o remédio e o bálsamo os quais precisamos para sermos pessoas plenamente saudáveis, porque a saúde começa na alma, no espírito. Se cultivarmos o ódio, o rancor, o ressentimento e a raiva, podemos ter a certeza que vamos acumular dentro de nós, muitos males para a nossa saúde psíquica, psicológica, espiritual e para a nossa própria saúde física.
Por isso, o mestre Jesus, o médico Jesus, nos dá a receita do amor e Ele é muito direto: “Amai os vossos inimigos”, e podemos até dizer que não temos inimigos, mas há pessoas que nos consideram inimigos e há, também, pessoas que não nos querem bem; há aquelas que nos machucaram e nos fizeram mal, ou que ainda fazem mal a nós.
Nós temos uma resposta na fé para dar a elas. Essa resposta é o amor, mas humanamente, nós não conseguimos amar “só” com a nossa própria força, não conseguimos querer bem a quem nos fez o mal, ou querer bem a quem não nos quer bem. Então, na força da oração precisamos colocar como atitude de oração aquelas pessoas que nós não queremos bem, mas não é simplesmente fazer uma prece “abençoai aquele meu irmão e aquela pessoa que não me quer bem”. Não! É preciso entrar no combate da oração. Do contrário, o nosso amor se esvazia, torna-se pobre e enfraquecido, se não for bombardeado pelo poder e pela força da oração.
Pode o mundo inteiro virar-se contra nós e não nos querer bem, mas, quando nós amamos e oramos de verdade, nada de mal que fizerem contra nós, terá influência. Porque a oração somada com amor é a melhor resposta; ela transforma e torna-se um escudo. Ela não permite que o mal penetre em nós. A oração cicatriza e remove o mal do nosso coração.
A oração cura os nossos ressentimentos e a nossas mágoas. Não vale a pena ficar remoendo, ter o coração todo “triturado” por aqueles que nos fazem ou falam mal de nós. Nossa resposta é o amor concreto por via da oração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/02/2018

HOMILIA DIÁRIA

O amor vivido gera uma nova humanidade

“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’. Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!'.” (Mateus 5,43-44)

Quando se fala de amor, logo pensamos no amor às pessoas queridas, amadas. Fica até redundante: amor a quem é amado, e esse amor nós temos de cuidar. Mas, agora, precisamos cuidar do amor que não é amado; que está ferido, machucado; do amor que não está reconciliado e, muitas vezes, está esfacelado. Esse amor que, um dia, foi uma amizade; foi próximo e, depois, tornou-se distante. Precisamos cuidar do amor que se feriu e, aos poucos, está acabando.
O amor aos inimigos é, acima de tudo, a cura das profundezas da nossa alma e do nosso coração. Nós percebemos na nossa história, na nossa existência que nós nos decepcionamos com pessoas e elas também se decepcionam conosco. Pessoas que estavam ao nosso lado e, muitas vezes, já não falam conosco; que eram próximas a nós mas estão distantes; pessoas que queríamos bem, mas não queremos nem proximidade; pessoas que achávamos ser a melhor pessoa do mundo, agora, rotulamos como falsas.
Nem vou entrar nos pormenores das situações particulares que cada um viveu, pois, o que precisamos é amar porque só o amor cura; só o amor salva; só o amor transforma; só o amor vivido na sua intensidade é que, de fato, gera uma nova humanidade.

Só o amor cura, só o amor salva, só o amor transforma

A nova humanidade é o homem novo, é a mulher nova. Como uma pessoa é uma pessoa nova se ela está cheia de feridas e alma dela está marcada por situações mal resolvidas?
Então, ame quem não é seu amigo. “Eu não tenho inimigos”… Ora, há pessoas que não nos querem bem, nós vamos ignorar isso? Faz-se até uma lista das pessoas que não nos querem bem, mas reconheçamos também aquelas que nós não queremos bem. Isso nós não podemos ignorar, pois, não fazemos mal ao outro, mas há dentro do nosso coração pessoas que estão “travadas”, esquecidas no porão da nossa alma. Façamos essa lista para orarmos por elas.
Há pessoas que não nos perseguem diretamente, mas perseguem a nossa alma, a nossa paz interior; perseguem as profundezas da nossa alma que nó isolamos, mas precisamos abrir para sermos livres. E, para tal, só há um jeito: amando e orando.
Ninguém precisa voltar a viverem juntinhos, abraçadinhos, dizer: “É o meu melhor amigo”. Não, não se trata disso! Trata-se de, dentro de nós, não permitirmos que ninguém mais faça o mal ao nosso interior e nós também não o façamos ao outro porque não o queremos bem (…). Tratemos com seriedade a conversão da alma e do coração; e a seriedade que podemos dar agora é amar; amar os inimigos com o amor que podemos dar. O primeiro passo é orarmos por eles com todo o nosso coração, para que as sendas do nosso coração possam-se abrir, então, livres do ressentimento, da mágoa e do rancor, a nossa alma será destravada.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos a dimensão do amor em nossas atitudes

“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mateus 5,44)

A máxima do Evangelho é o amor, e não existe nada mais sublime e importante, para sermos seguidores de Jesus, do que amar. Podemos seguir Jesus, pregar Jesus, falar de Jesus, anunciar Jesus e até brigar por causa de Jesus, mas se não vivermos a máxima do amor não estaremos com Nosso Senhor.
Se quisermos amar Jesus, nós devemos amar, inclusive, os nossos inimigos. Porque há aqueles que não são nossos amigos, e não só não são nossos amigos, mas se comportam como aqueles que estão contra nós: agem, difamam, falam mal, semeiam o mal a respeito de nós. Sem julgá-los nem os condenar, levemos a eles o amor de Deus que está em nós, o amor de Deus que impera em nós.
Muitas vezes, esse amor de Deus não é imperativo em nossa vida; o que, muitas vezes, impera em nós é o nosso egoísmo, o nosso orgulho ferido, as nossas vaidades, é a vontade de prevalecer, de ser dono da verdade e da razão. Não! Aquele que é verdadeiramente tomado pela graça divina, o seu coração é preenchido pelo amor de Deus.

Aqueles que se parecem com Deus vivem intensamente o amor d’Ele

Esses dias alguém me dizia: “Padre, eu não consigo perdoar”. Eu digo que há situações que também não consigo, pelo menos o perdão humano. O perdão em que mergulho é o perdão divino, aquele que primeiro eu recebi de Deus. Aquele perdão que me lavou, purificou-me e renovou-me é o mesmo perdão que dou até para quem não consigo humanamente perdoar. Por isso, a minha mentalidade cristã não pode ser a mentalidade mundana, na qual eu escolho quem consigo amar, e os outros simplesmente descarto.
O amor é para todos, inclusive para os inimigos. E se há aqueles que nos perseguem por palavras, atos e atitudes, o nosso amor por eles vai ser por via da oração. Oração que deseja o bem, oração para que todas as intenções sejam alcançadas e, sobretudo, que o amor de Deus esteja neles.
Como oramos por aqueles que nos perseguem e não nos querem ver bem? Se quisermos a santidade, precisaremos alcançar a perfeição evangélica. Para pessoas imperfeitas como nós – como dizemos, “só Deus é perfeito” –, Ele veio nos trazer a feição que precisamos ter: sermos parecidos com Ele, porque o pecado nos fez perder essa dimensão bela da criação. Sermos parecidos com Deus não é na dimensão física, como alguns querem imaginar. Sermos parecidos com Deus é sermos aquilo que Ele tem de mais divino que é o amor. Se Deus é amor, como precisamos ser amor em tudo aquilo que vivemos!
Quanto mais amamos, mais perdoamos; quanto mais vivemos a dimensão do amor, inclusive para quem não nos quer bem, mais somos parecidos com Deus. Muitas vezes, estamos muito feios, horrorosos, não por causa do físico, mas porque o coração acumula muita mágoa, muito, rancor, ressentimento, muito ódio e práticas que não são do amor. Aqueles que se parecem com Deus vivem intensamente o amor d’Ele que está em nós.
Deus abençoe você
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/02/2021

HOMILIA DIÁRIA

Experimente o amor de Deus em profundidade

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” (Mateus 5,43-45.48)

Apoiamo-nos nessa última afirmação: a perfeição, a santidade, a vida realmente configurada à vida de Cristo. Essa é a nossa meta, esse é o nosso objetivo! Por isso que todas as exigências evangélicas, todas as exigências daquilo que é a mensagem do Evangelho só terão força dentro de nós e só terão uma resposta positiva, se nos virmos assim a partir dessa meta: a santidade, o nosso coração semelhante ao coração do Cristo.
Agora, fico imaginando: coitado dos discípulos que escutaram essas palavras tão chocantes e tão fortes! Estamos pegando o eco de dois mil anos dessas afirmações de Jesus, dessas exigências feitas por Jesus: “Vocês ouviram: ‘Amem o próximo e odeie o seu inimigo’. Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem’”.
Dá para entender o pedido de não pagar o mal com o mal, isso é até mais fácil para nós. Mas, agora, pagar com amor quem é nosso inimigo, é muito exigente, é muito difícil! Isso porque precisamos nos libertar daquela lógica, daquele vício da ação-reação. Temos a liberdade, muitas vezes, de colocar para fora aquilo que são os nossos sentimentos, as reações do nosso temperamento, da nossa personalidade, mas, muitas vezes, nos esquecemos quem está diante de nós.

Dirija a sua oração pedindo que o amor do Pai Céu preencha o seu coração, para que assim você seja capaz de perdoar aqueles que fazem mal a você

É mais espontâneo para nós reagirmos diante de uma provocação, diante de uma situação difícil que requer de nós uma interioridade maior, mesmo que essa reação se passe só no nosso interior. O nosso rosto pode ser impassível, o nosso rosto pode estar transmitindo paz e calma, mas talvez o nosso interior esteja um “vulcão”, porque estamos habituados assim: ação-reação. Não fazemos síntese daquilo que nós sentimos, não passamos pelo crivo da misericórdia de Deus e da bondade de Deus, aquilo que nós sentimos pelas pessoas e pelos nossos irmãos.
A grande virada é não ser afetado pelo mal quando nós já experimentamos um bem extraordinário, quando experimentamos o amor de Deus em profundidade, esse amor incondicional, gratuito, esse amor de Deus que nos constrange. Temos nisso uma grande chave de virada para que, quando nos depararmos com as misérias e com as fraquezas dos nossos irmãos, consigamos reagir de uma maneira mais evangélica.
Por isso a oração, hoje, para nós talvez não seja “que eu ame os meus inimigos”, mas que eu experimente o amor do Pai do Céu que me cura. Talvez, hoje, você não consiga fazer, diante de Deus, essa oração: “Que eu ame tal pessoa…”, mas você dirija a sua oração pedindo que o amor do Pai Céu encha o seu coração, preencha o seu coração para que assim, depois, você seja capaz até mesmo de perdoar, de amar e de rezar por aqueles que fazem mal a você.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Heleno Ferreira

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a trazer para nossa vida os ensinamentos de Jesus. Que eles não sejam para nós apenas ideias bonitas, mas normas de relação com os companheiros do caminho, com a natureza e contigo, Pai amado. Nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos filhos alegres e agradecidos por teu inefável Amor. Que nós lembremos sempre dos companheiros que puseste ao nosso lado no caminho: eles são também teus filhos e, portanto, nossos irmãos. Por isto, o sentimento que nos une deve ser a fraternidade. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/02/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a trazer para nossa vida os ensinamentos de Jesus. Que eles não sejam para nós apenas ideias bonitas, mas normas eficazes de relação com os companheiros do Caminho, com a natureza e especialmente contigo, amado Pai. Nós Te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/03/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, inspira a nossa conversão e fortalece a nossa perseverança. Livra-nos da tentação de nos darmos por satisfeitos por seguir preceitos e normas. Nós sabemos que a tua Lei do Amor nos convida a muito mais do que isto. Dá-nos sabedoria e coragem para andar pelos caminhos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário