terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Santo Francisco e Santa Jacinta - 20 de Fevereiro





No ano de 1908, nasceu Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel Marto. Eles pertenciam a uma grande família; e eram os mais novos de nove irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o Anjo da Paz) na "Loca do Cabeço" e, depois, na "Cova da Iria". A partir de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por 6 vezes a eles.
O mistério da Santíssima Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de Jesus e de Maria, a conversão, a penitência... Tudo isso e muito mais foi revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora respondeu-lhe: "Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve". Os bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras foram: "Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu".
Jacinta Marto, modelo de amor que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer uma cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II esteve em Fátima, e do 'Altar do Mundo' beatificou Francisco e Jacinta, os mais jovens beatos cristãos não-mártires.
Papa Francisco canonizou os dois pastorinhos no dia 13 de Maio, durante a sua visita a Portugal por ocasião das comemorações do Jubileu de 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Santo Francisco e Santa Jacinta, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2021

Francisco e Jacinta Marto: os santos pastorinhos

Crianças, conhecido como
“os pastorinhos”
[nascidos em 1908 e 1910]

Origens

Eles são os irmãos Marto: Francisco, nascido dia 11 de junho de 1908; e Jacinta, nascida em 5 de março de 1910. São naturais de Aljustrel, Fátima (Portugal), eles são os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus.

Simplicidade e trabalho

Francisco, com 8 anos; e Jacinta, com 6, já pastoreavam o rebanho de ovelhas da família, juntamente com Lúcia, sua prima.

Batismo súbito

As duas crianças eram de família simples, porém, muito piedosa e atuante na fé católica. Prova disso é que ambos foram batizados com menos de 2 semanas após o nascimento, o que mostrava o quanto a família valorizava a tradição cristã.

Francisco e Jacinta Marto e as Aparições da Santíssima Virgem Maria

Aparições

Em 1916, quando Francisco e Jacinta tinham 8 e 6 anos, respectivamente, viram três vezes um anjo. Em 1917, viram seis vezes a Santíssima Virgem, que os exortava a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados da humanidade. Tal atitude seria pela conversão dos pecadores e em busca da paz para o mundo.

Reação das crianças

Ambos responderam, imediatamente, com todas as suas forças às exortações da Virgem Maria. Inflamados cada vez mais pelo amor a Deus e às almas, tinham uma só aspiração: rezar e sofrer, de acordo com os pedidos do anjo e da Virgem Maria.

13 de maio

Na aparição de 13 de maio, após o convite de Nossa Senhora que pergunta: “Quereis oferecer-vos a Deus?”. Com sua prima Lúcia, responderam: “Sim, queremos”. A partir daí a vida deles muda por completo, numa entrega total a Deus e aos seus desígnios. Tomados por amor a Deus, viveram sofrimentos oferecidos até a morte pela salvação das almas.

O Modo de Ser

O perfil da Jacinta

Destaca-se no cuidado atento e carinhoso. Era expansiva. O seu amor sempre incansável pelos pecadores, cuja motivação era oferecer-se com sacrifícios para os converter, pelo santo padre e em reparação dos pecados cometidos contra do Imaculado Coração de Maria. Sua vida foi marcada pela compaixão pelos que sofrem.

O perfil do Francisco

Destaca-se na passividade, serenidade e por ser um consolador de Deus. Sempre buscou a contemplação e a adoração. Vivia momentos de silêncio para estar a sós com Deus, seja na natureza ou na Paróquia junto do sacrário para rezar a “Jesus escondido”, como ele dizia. A sua vida de oração é alimentada pela escuta atenta, no silêncio onde Deus fala.

Páscoa

Em 1918, Jacinta, juntamente com o seu irmão, adoece sendo vítima da gripe espanhola. Em janeiro de 1920 é levada para Lisboa, para ser tratada no Hospital D. Estefânia. Na noite do dia 20 de fevereiro, às 22h30, sozinha ela morre. É sepultada em 24 de fevereiro, no cemitério de Ourém.
Seu irmão confessou-se no dia 2 de abril e, no dia 3, recebe o viático, morrendo no dia 4 de abril. Os restos mortais dos irmãos são trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima.

Processo de Canonização

Beatificados por São João Paulo II

O Papa São João Paulo II deslocou-se à Fátima, no dia 13 de maio de 2000, para os beatificar. Apenas 17 anos depois, o Papa Francisco deslocou-se à Fátima, também em 13 de maio, no centenário das aparições, e canonizou as duas primeiras crianças não mártires.

Milagres

Apesar das diversas conversões vinculadas às aparições, somadas aos fatos extraordinários e místicos, os irmãos passaram pelo crivo da Igreja para serem canonizados. O milagre, que resultou no prêmio de ter o nome inscrito no livro dos santos, ocorreu no Brasil, no dia 3 de março de 2013. Lucas, de 5 anos, caiu de uma janela de mais de 6 metros de altura, bateu com a cabeça no chão e fez um traumatismo craniano muito grave, com perda de tecido cerebral.  Foi enviado para a UTI e, pela intercessão dos beatos Francisco e Jacinta Marto, ele foi curado.

Minha oração

“Oh Senhor, mesmo sendo crianças, os irmãos Marto aprenderam a santidade de modo exemplar. Eles souberam descobrir a tua grandeza em tão pouco tempo e se entregaram totalmente a ti. Ensina-nos também a viver essa entrega de corpo e alma para que, juntamente com eles, os anjos e a Virgem Maria, possamos cantar vossos louvores, por Cristo Senhor nosso. Amém.”

Santos Francisco e Jacinta Marto, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 20 de fevereiro:

Cinco beatos mártires em Tiro da Fenícia, no atual Líbano [† 303]
- São Serapião, mártir em Alexandria, no Egipto [†  248]
- São Tirânio, bispo de Tiro e mártir em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia [† 311]
- São Leão, bispo em Catânia, na Sicília, região da Itália [† 787]
- Santo Eleutério, bispo em Tournai, na Gália Bélgica, atualmente na Bélgica [† 530]
- Santo Euquério, bispo de Orleães no Brabante da Austrásia, também na atual Bélgica [† 738]
- Beata Júlia Rodzinska, virgem da Congregação das Irmãs de São Domingos e mártir em Stutthof na Polónia [† 1945]

Fontes:
Martirológio Romano
- Carta de D. António Marto por ocasião do pedido da canonização
- Pronunciamentos de António Marto, bispo de Leiria-Fátima em 13 de maio 2017
- Liturgia.pt
- www.papa2017.fatima.pt

Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

Colaboração: Nilza Maia – Comunidade Canção Nova – Fátima (Portugal)

Edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

Santa Jacinta de Jesus Marto

Santa Jacinta de Jesus Marto
1910-1920

Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de março de 1910. Foi batizada uma semana depois. Á ela junto com o irmão Francisco e a prima Lúcia, três simples crianças pastoras analfabetas, foi dada a graça de presenciar as aparições de Nossa Senhora, na sua pequenina aldeia.
Além das cinco aparições da Cova da Iria e uma dos Valinhos, Nossa Senhora apareceu à Jacinta mais quatro vezes em casa durante a doença, uma grave pneumonia que a acometeu juntamente com seu irmão Francisco.
Nessa primeira aparição, quando ambos já estavam acamados, assim descreve a pequenina: "Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim". De fato, logo depois Francisco morreu santamente.
Nessa ocasião, ao aproximar-se o momento da partida de Francisco, Jacinta recomenda-lhe: "Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores". Jacinta ficara tão impressionada com a visão do inferno durante uma das aparições da Virgem em Fátima, ocorrida em 13 de julho de 1917, que nenhuma mortificação e penitência era demais para salvar os pecadores.
A vida da pequena Jacinta foi caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Quase um ano depois da morte de Francisco, Jacinta faleceu, era 20 de fevereiro de 1920. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Ourém, sendo transladado em 1935 para o cemitério de Fátima. Em 1951 foi finalmente transferida para a Basílica do Santuário.
No dia 13 de maio de 2001, dia da festa de Nossa Senhora de Fátima, foi um dia muito especial não só para os portugueses, mas para a família católica inteira. O Papa João Paulo II, esteve na cidade portuguesa para beatificar Jacinta de Jesus Marto, marcando sua celebração para a data de sua morte. A cerimônia ocorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, com a presença da Irmã Lúcia de Jesus.
Os acontecimentos de Fátima e os pastorzinhos são porta-vozes do convite materno de Maria ao acolhimento, ao amor, à confiança, à pureza de vida e de coração e à entrega de si mesmo a Deus e aos outros, em atitude de solidariedade e de fé inquebrantável. A beatificação de Jacinta de Jesus Marto nos lembra a vocação última da Igreja e a comunhão dos santos.
Fonte: Paulinas em 2014

Hoje a Igreja celebra São Francisco e Santa Jacinta Marto, videntes da Virgem de Fátima


REDAÇÃO CENTRAL, 20 fev. 21 / 05:00 am (ACI).- “Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão ao inferno porque não há quem se sacrifique e peça por elas”, foi o que pediu Nossa Senhora de Fátima a Francisco, Jacinta e Lúcia. E, neste dia 20 de fevereiro, a Igreja recorda a memória de dois desses pastorinhos, os Santos Francisco e Jacinta Marto.
Francisco Marto nasceu em 1908 e Jacinta, dois anos depois. Desde pequenos aprenderam a tomar cuidado com as más companhias e, por isso, preferiam estar com sua prima Lúcia, que costumava lhes falar sobre Jesus. Os três cuidavam das ovelhas, brincavam e rezavam juntos.
De 13 de maio a 13 de outubro de 1917, a Virgem lhes apareceu em várias ocasiões na Cova de Iria (Portugal). Durante estes ocorridos, suportaram com valentia as calúnias, injúrias, más interpretações, perseguições e a prisão. Eles diziam: “Se nos matarem, não importa; vamos ao céu”.
Logo depois das aparições, Jacinta e Francisco seguiram sua vida normal. Lúcia foi para a escola, tal como pediu a Virgem, e era acompanhada por Jacinta e Francisco. No caminho, passavam pela Igreja e saudavam Jesus Eucarístico.
Francisco, sabendo que não viveria muito tempo, dizia a Lúcia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”. Ao sair do colégio, as meninas o encontravam o mais perto possível do Tabernáculo e em recolhimento.
O pequeno Francisco era o mais contemplativo e queria consolar Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Em uma ocasião, Lúcia lhe perguntou: “Francisco, o que prefere, consolar o Senhor ou converter os pecadores?”. Ele respondeu: “Eu prefiro consolar o Senhor”.
“Não viu que triste estava Nossa Senhora quando nos disse que os homens não devem ofender mais o Senhor, que já está tão ofendido? Eu gostaria de consolar o Senhor e, depois, converter os pecadores para que eles não ofendam mais ao Senhor”. E continuou: “Logo estarei no céu. E quando chegar, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora”.
Jacinta participava diariamente da Santa Missa e tinha grande desejo de receber a Comunhão em reparação dos pobres pecadores. Atraía-lhe muito estar com Jesus Sacramentado. “Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo”, repetia.
Certo dia, pouco depois da quarta aparição, Jacinta encontrou uma corda e concordaram em reparti-la em três e colocá-la na cintura, sobre a carne, como sacrifício. Isto os fazia sofrer muito, contaria Lúcia depois. A Virgem lhes disse que Jesus estava muito contente com seus sacrifícios, mas que não queria que dormissem com a corda. Assim o fizeram.
Concedeu a Jacinta a visão de ver os sofrimentos do Sumo Pontífice. “Eu o vi em uma casa muito grande, ajoelhado, com o rosto entre as mãos, e chorava. Fora, havia muita gente; alguns atiravam pedras, outros diziam imprecações e palavrões”, contou ela.
Por isso e outros feitos, as crianças tinham presente o Santo Padre e ofereciam três Ave Maria por ele depois de cada Rosário. Do mesmo modo, as famílias iam a eles para que intercedessem por seus problemas.
Em uma ocasião, uma mãe rogou a Jacinta que pedisse por seu filho que se foi como o filho pródigo. Dias depois, o jovem retornou para casa, pediu perdão e contou a sua família que depois de ter gastado tudo o que tinha, roubado e estado no cárcere, fugiu para bosques desconhecidos.
Quando se achou completamente perdido, ajoelhou-se chorando e rezou. Nisso, viu Jacinta que o pegou pela mão e o conduziu até um caminho. Assim, pôde retornar para casa. Logo interrogaram Jacinta se tinha se encontrado com o moço e ela disse que não, mas que tinha rogado muito à Virgem por ele.
Em 23 de dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram de uma terrível epidemia de broncopneumonia. Francisco foi piorando aos poucos durante os meses posteriores. Pediu para receber a Primeira Comunhão e, para isso, confessou-se e guardou jejum. Recebeu-a com grande lucidez e piedade. Depois, pediu perdão a todos.
“Eu vou ao Paraíso; mas de lá pedirei muito a Jesus e à Virgem para que os leve também logo”, disse para Lúcia e Jacinta. No dia seguinte, em 4 de abril de 1919, partiu para a casa do Pai com um sorriso angelical.
Jacinta sofreu muito pela morte de seu irmão. Mais tarde, sua enfermidade se complicou. Foi levada ao hospital da Vila Nova, mas retornou para casa com uma chaga no peito. Logo confiaria a sua prima: “Sofro muito; mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para desagravar o Coração Imaculado de Maria”.
Antes de ser levada ao hospital de Lisboa, disse para Lúcia: “Já falta pouco para ir ao céu… Diga a todos que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria. Que as peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que ao seu lado se venere o Imaculado Coração de Maria, que peçam a paz ao Imaculado Coração, que Deus a confiou a Ela”.
Operaram Jacinta, tiraram-lhe duas costelas do lado esquerdo e ficou uma grande chaga como de uma mão. As dores eram espantosas, mas ela invocava a Virgem e oferecia suas dores pela conversão dos pecadores.
Em 20 de fevereiro de 1920, pediu os últimos sacramentos, confessou-se e rogou que a levassem o viático porque logo morreria. Pouco depois, partiu para a Casa do Pai com dez anos de idade.
Os corpos do Francisco e Jacinta foram transladados ao Santuário de Fátima. Quando abriram o sepulcro de Francisco, viram que o Rosário que colocaram sobre seu peito estava envolvido entre os dedos de suas mãos. Enquanto o corpo de Jacinta, 15 anos depois de sua morte, estava incorrupto.
“Contemplar como Francisco e amar como Jacinta” foi o lema com o qual esses dois videntes da Virgem de Fátima foram beatificados por São João Paulo II em 13 de maio de 2000.
O Papa Francisco os canonizou em 13 de maio de 2017, em Fátima, no marco das celebrações pelo centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima.

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