7 de Setembro de 2013
Ano C

Lc
6,1-5
Comentário
do Evangelho
O poder
de dar e proteger a vida.
Uma vez mais o descanso
sabático está no centro da controvérsia. Os fariseus, pelos dados que o Novo
Testamento nos oferece, se tornaram legalistas: trata-se, pura e simplesmente,
de cumprir um a um os preceitos da Lei. É bastante provável que o sentido da
Lei tenha ficado esquecido, como ficou esquecido o amor de Deus que permanece
velado atrás da letra da Lei. A pergunta de alguns dentre os fariseus é esta:
“Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” (v. 2).
Segundo Jesus, no dia de sábado é exigido fazer o
bem e salvar a vida (vv. 8-9). Jesus responde recorrendo a um episódio de Davi
(1Sm 21,1-10). O que justificou a atitude de Davi foi a fome e a necessidade de
manterem a vida em boas condições (cf. Lc 6,3-4). O exemplo de Davi ilustra a
argumentação de Jesus contra os fariseus e em favor dos discípulos. “O Filho do
Homem é Senhor também do sábado” (v. 5), isto é, o sábado, dia de se lembrar da
misericórdia de Deus, é tempo privilegiado da manifestação do seu poder, poder
de dar e proteger a vida, poder de libertar da escravidão do mal.
Carlos Alberto Contieri, sj
Vivendo a Palavra
É suave o jugo e leve o peso do fardo que Jesus entregava aos seus
discípulos. Assim também deve ser a vida proposta pela Igreja aos seus fieis:
ultrapassar a letra morta das prescrições, amando os irmãos que estão ao nosso
lado e cuidando da natureza que nos foi emprestada pelo Criador e Nosso Pai.
Reflexão
É muito fácil a gente ver o que as
pessoas estão fazendo e, a partir da aparência dos seus atos e de princípios
previamente estabelecidos, emitir os nossos juízos e opiniões. O Evangelho de
hoje mostra para nós os erros que podemos incorrer com este tipo de
comportamento. Podemos fazer com que Deus se torne o grande opressor da
humanidade, porque é um grande ditador e está à espera para punir a todos os
que lhe desobedecem e não um Pai amoroso e podemos também deixar de olhar a
realidade das pessoas e as suas motivações, que podem modificar profundamente a
nossa opinião a respeito delas.
REFLEXÕES DE HOJE
07 de SETEMBRO – SÁBADO
1 - Jesus era um pregador itinerante -Diac. José da Cruz
2 - Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado? Padre Queiroz
3 - Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado? -Claretianos
4 - O homem em primeiro lugar- Helena Serpa
5 - Por que fazeis o que não é permitido no sábado?- José Salviano
Liturgia comentada
Insurgiram-se contra mim... (Sl 54
[53])
Arrogantes, violentos, os inimigos da
Igreja procuram a ruína do povo de Deus, da mesma forma que o Rei Saul tentava
eliminar Davi, alvo de seu ódio e seu ciúme.
A introdução deste Salmo registra que o
poema-oração foi composto por Davi quando se refugiara entre os zifeus (cf. 1Sm
23), os quais informaram Saul de sua presença. Trata-se de uma dessas situações
em que tudo parece perdido e só nos resta a proteção divina. Assim se sentiu a
Igreja de Cristo em diferentes épocas e lugares, escolhida como alvo de
poderosos inimigos.
Como explicar esse ódio que escorre ao
longo dos séculos, desde a pregação dos primeiros apóstolos, quando judeus e
pagãos rangiam os dentes, apanhavam pedras ou arrastavam os cristãos até seus
tribunais? Afinal, a pregação da Igreja não era, em síntese, o anúncio de uma
Boa Notícia para todos? Ora, o anúncio é uma denúncia. A proposta do bem traz o
mal ao sol. A luz combate as trevas. Quem defende a vida ofende os mercadores
da morte. Daí a reação violenta contra o Evangelho de Cristo.
Exemplo desse “incômodo” causado pela
evangelização verificou-se ainda no Império Romano, quando se prestava um culto
de adoração ao imperador. O anúncio do Senhorio de Cristo reduzia César a um
homem comum, diante de quem o cristão jamais dobraria os joelhos. Sua religião
era considerada uma irreligião; sua piedade, uma impiedade.
Ao longo da história, muitos regimes
autocratas tentaram impor a ferro e fogo o seu poder sobre as populações. O
regime nazista de Hitler encontrou nos cristãos fiéis uma barreira para seus
projetos de dominação, que incluíam a eliminação de minorias raciais,
deficientes físicos e mentais, supressão da liberdade de pensamento e de
expressão, entre outras manifestações de loucura.
Ora, o Evangelho revela a dignidade do
homem, criado à imagem e semelhança de Deus. Esta doutrina era incompatível com
os dogmas do nazismo ateu. Daí as perseguições, o fechamento das editoras e
escolas católicas e o martírio de numerosos cristãos de diferentes
denominações. O governo de inspiração maçônica que assolou o México nos anos 30
seguiria a mesma cartilha, assassinando centenas de padres e religiosas.
Hoje, a Igreja continua sendo o alvo
daqueles que se insurgem contra sua mensagem. A Igreja defende a família, vê o
matrimônio como uma aliança sagrada entre homem e mulher, defende os fetos e
embriões como pessoas com direitos, recusa que o homem seja tratado como
matéria-prima ou mão-de-obra escrava. Por isso mesmo, continuará perseguida...
Orai sem cessar: “Por amor de Sião, eu
não me calarei!” (Is 62,1)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Oremos pelo nosso Brasil
Oremos pelo nosso Brasil, oremos pelos nossos governantes, para
que o Senhor nos dê um país mais justo e solidário.
A
carta de São Paulo aos Colossenses, no capítulo primeiro, versículo 23 diz: “Mas
é necessário que permaneçais inabalável e firmes na fé, sem vos afastardes da
esperança que vos dá o Evangelho”.
Hoje,
somos convidados pela Palavra de Deus a permanecermos inabaláveis, firmes,
confiantes, sem perder a esperança nem a direção. É necessário que permaneçamos
no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos foi anunciado.
Nós
recebemos essa Palavra como salvação para a nossa vida, como resgate para a
nossa condição de pecadores e fracos que somos sem a presença de Deus.
Não
podemos negar que, muitas vezes, o barco da nossa vida balança e a tentação que
nós temos é de pensar que vamos naufragar. O desânimo bate à nossa porta, o
cansaço vem nos visitar. Nós estamos clamando por socorro, por ajuda, estamos
clamando pela misericórdia e pela assistência de Deus em nossa vida.
A
Palavra de Deus é para que nós não desanimemos se, de alguma forma, o desânimo
nos visitar, o cansaço bater à nossa porta e tivermos vontade de jogar tudo
para cima. O Senhor, hoje, quer firmar a nossa fé, Ele quer que permaneçamos
confiantes, de uma forma inabalável, n’Ele e na Sua palavra.
Que
nós nos levantemos de todo o espírito de desânimo e cansaço que esteja nos
atormentando; que voltemos para o Senhor a nossa confiança. Olhamos para aquele
que venceu a morte, o Senhor da nossa vida.
Queria
também, no dia de hoje, convidar você a orar pela nossa pátria, pelo nosso
Brasil. Nós brasileiros somos, muitas vezes, tentados a desanimar diante de
tantas circunstâncias e momentos difíceis pelos quais passamos como crise
econômica, crise política, crise de valores… Mas não podemos desistir da nossa
pátria, não podemos deixar de construí-la, ainda que nossa pátria definitiva
seja o céu.
O
país que nós moramos se chama “pátria amada Brasil”.
No
dia da Independência, que Deus dê a soberania ao nosso país, que Ele dê
liberdade àqueles que ainda não a experimentaram.
Oremos
pela nossa pátria, oremos pelos nossos governantes, para que o Senhor nos dê um
país mais justo e solidário.
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
-
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus
Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio
deles", ficai conosco,aqui reunidos (pela grande rede da internet), para
melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as
Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1- LEITURA (VERDADE)
O
que diz o texto do dia?
Leio atentamente, n Bíblia, o texto: Lc 6,1-5, e
observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Ao censurar os discípulos por colherem, debulharem os grãos de trigo, ou seja,
por trabalharem em dia de sábado, os fariseus, na verdade, queriam questionar
Jesus. E ele lhes responde, da mesma forma citando a Palavra. Lembra o que
fizeram Davi e seus companheiros na "casa de Deus", quando estavam
com fome e comeram dos pães de oferta. Lembra-lhes ainda que o Filho do Homem é
Senhor do sábado. Não só a interpretação dos fariseus fica em segundo plano,
mas a própria lei, pois Ele é o Senhor. O sábado, na Igreja, passa a ser o
"dia do Senhor".
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O
que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Este texto me recorda ainda um outro em que Jesus diz: "Meu alimento é
fazer a vontade daquele que me enviou" (Jo 4,34). Poderia eu dizer a mesma
coisa? Ou seja: Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? O meu
Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Os bispos, em Aparecida,
apresentaram Jesus Cristo como modelo e dizem, até, que temos que aprender
dele: "Os cristãos precisam recomeçar a partir de Cristo, a partir da
contemplação de quem nos revelou em seu mistério a plenitude do cumprimento da
vocação humana e de seu sentido. Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para
aprende d’Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E
necessitamos, ao mesmo tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao
coração da cultura de nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida
humana que nem a ciência, nem a política, nem a economia nem os meios de
comunicação poderão proporcionar. Em Cristo Palavra, Sabedoria de Deus (cf. 1
Cor 1,30), a cultura pode voltar a encontrar seu centro e sua profundidade, a
partir de onde é possível olhar a realidade no conjunto de todos seus fatores,
discernindo-os à luz do Evangelho e dando a cada um seu lugar e sua dimensão
adequada." (DAp 41).
3- ORAÇÃO (VIDA)
O
que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único
caminho para o Pai. Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E
MISSÃO)
Qual
meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de
Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que
não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Escolho uma frase ou palavra para
memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha
vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).
BÊNÇÃO
-
Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a sabedoria
e o coragem de ir além da letra da Lei, mergulhando no seu Espírito e, assim,
vivermos, já nesta terra, os sinais do Amor que um dia saborearemos em
plenitude no teu Reino. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez
nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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