sábado, 5 de setembro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/09/2020

ANO A


Lc 6,1-5

Comentário do Evangelho

O poder de dar e proteger a vida.

Uma vez mais o descanso sabático está no centro da controvérsia. Os fariseus, pelos dados que o Novo Testamento nos oferece, se tornaram legalistas: trata-se, pura e simplesmente, de cumprir um a um os preceitos da Lei. É bastante provável que o sentido da Lei tenha ficado esquecido, como ficou esquecido o amor de Deus que permanece velado atrás da letra da Lei. A pergunta de alguns dentre os fariseus é esta: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” (v. 2). Segundo Jesus, no dia de sábado é exigido fazer o bem e salvar a vida (vv. 8-9). Jesus responde recorrendo a um episódio de Davi (1Sm 21,1-10). O que justificou a atitude de Davi foi a fome e a necessidade de manterem a vida em boas condições (cf. Lc 6,3-4). O exemplo de Davi ilustra a argumentação de Jesus contra os fariseus e em favor dos discípulos. “O Filho do Homem é Senhor também do sábado” (v. 5), isto é, o sábado, dia de se lembrar da misericórdia de Deus, é tempo privilegiado da manifestação do seu poder, poder de dar e proteger a vida, poder de libertar da escravidão do mal.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 07/09/2013

Comentário do Evangelho

O sábado ponto de controvérsia.

O descanso sabático está no centro da controvérsia de Jesus com os fariseus. O que predominam, segundo os evangelhos, na visão dos fariseus sobre o sábado, são as interdições. Fica esquecida a finalidade primeira do sábado: recordando o dom da vida e de toda criação e os sofrimentos da escravidão do Egito, da qual o povo foi libertado por Deus, deviam imitar a misericórdia de Deus (Lc 13,15-16). Diante do rigorismo legalista, a concepção do sábado como dom de Deus (Ex 16,29), para fazer a memória do dom da vida e da liberdade, praticamente desaparece. Para os fariseus, arrancar espigas para comê-las, no dia de sábado, era transgredir o descanso sabático. No entanto, a Torá permite a colheita de espigas contanto que não se utilize a foice (Dt 23,36). À objeção dos fariseus, Jesus responde recorrendo ao exemplo de Davi (1Sm 21,1-10). A fome e a necessidade de manterem a vida em boas condições justificaram a atitude do monarca. O exemplo de Davi é um exemplo de peso que justifica e ilustra a defesa que Jesus faz da atitude dos seus discípulos. No novo tempo da presença do Senhor que assumiu a nossa humanidade, o sábado é tempo privilegiado de manifestação do seu poder salvador.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.
Fonte: Paulinas em 06/09/2014

Vivendo a Palavra

É suave o jugo e leve o peso do fardo que Jesus entregava aos seus discípulos. Assim também deve ser a vida proposta pela Igreja aos seus fieis: ultrapassar a letra morta das prescrições, amando os irmãos que estão ao nosso lado e cuidando da natureza que nos foi emprestada pelo Criador e Nosso Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os fariseus apanham Jesus em outra ‘transgressão’ à Lei – Ele permitia que seus seguidores violassem o preceito sabático, arrancando e saboreando espigas de trigo! Seus corações de pedra não haviam sido substituídos por corações de carne, que sejam capazes de compreender que nosso Pai deseja misericórdia e não sacrifícios.

Reflexão

É muito fácil a gente ver o que as pessoas estão fazendo e, a partir da aparência dos seus atos e de princípios previamente estabelecidos, emitir os nossos juízos e opiniões. O Evangelho de hoje mostra para nós os erros que podemos incorrer com este tipo de comportamento. Podemos fazer com que Deus se torne o grande opressor da humanidade, porque é um grande ditador e está à espera para punir a todos os que lhe desobedecem e não um Pai amoroso e podemos também deixar de olhar a realidade das pessoas e as suas motivações, que podem modificar profundamente a nossa opinião a respeito delas.
Fonte: CNBB em 07/09/201306/09/2014 e 03/09/2016

Reflexão

Na Antiga Aliança, o sábado era reservado ao culto religioso e ao descanso; ninguém estava autorizado a trabalhar. Nem mesmo os animais (cf. Ex 20,8-11; Dt 5,12-15). Jesus não falta com o respeito ao sábado. É que ele põe o ser humano acima das prescrições sabáticas. Assim, ele liberta da doença algumas pessoas, em dia de sábado. Neste episódio, os fariseus confundem colheita da produção agrícola com o simples catar algumas espigas para matar a fome (necessidade urgente e inadiável). Jesus corrige a mentalidade dos fariseus dizendo que eles desconhecem as Escrituras, que eles tanto prezam e citam: “Vocês nunca leram o que fez Davi quando estava com fome?”. Jesus é maior do que Davi, que eles muito admiram e valorizam: “O Filho do Homem é Senhor do sábado”.
Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, os fariseus fazem tempestade num copo d’água: acusam teus discípulos como se tivessem cometido grave escândalo. Apenas debulhavam espigas para matar a fome, em dia de sábado. Citando as Escrituras, argumentas que as leis foram criadas para favorecer a vida humana. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Em que consiste seu repouso dominical? - Coloca realmente Deus no centro de tudo? - Será que nossa sociedade se preocupa com o tempo de descanso e tempo também para se dedicar a Deus? - Você considera realmente um dia santo e domingo como oportunidade de dedicar mais tempo a Deus, à Igreja? - É possível repousar e testemunhar sua fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 06/09/2014

Comentário do Evangelho

O SENHOR DO SÁBADO

Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor.
Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via nele motivos para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação.
Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas.
Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei e dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: sua condição de Filho de Deus.
Oração
Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 06/09/2014

Meditando o evangelho

UMA LEI COMPLICADA

A Lei do repouso sabático tornava-se cada vez mais complicada na medida em que  havia o perigo de não ser respeitada. A partir do cativeiro babilônico, quando os judeus correram o risco de perder a sua identidade de povo eleito, os mestres procuraram acrescentar à Lei do sábado prescrições cada vez mais rígidas e minuciosas. Essas regras foram posteriormente recolhidas e organizadas em forma de tratado, ao qual se deu o nome de Shabbat. Foi o mais longo e o mais importante de todos os tratados da literatura rabínica. Para ser fiel ao mandamento, era preciso assimilar tudo quanto aí era prescrito.
No episódio referido pelo Evangelho, os fariseus queriam enredar Jesus num casuísmo legal. O fato de os discípulos, em dia de sábado, terem apanhado espigas de trigo para comer, não lhes podia ser imputado como roubo. Segundo eles, os discípulos tinham infringido a norma que proibia a preparação de alimentos em dia de sábado. Esta preparação supunha a colheita e a debulha do trigo. Daí serem estas ações também proibidas.
A atitude de Jesus pôs abaixo este rigorismo perfeccionista, procurando abrir a mentalidade dos discípulos para o bom senso e a verdadeira fidelidade a Deus. O bom senso aconselhava-os a não passar fome, quando tinham comida à disposição. Sendo assim, a Lei da sobrevivência mostrava-se ser mais fundamental que a Lei do repouso sabático. Esta só seria válida quando não entrasse em conflito com aquela. O mesmo seria necessário dizer de todos os demais mandamentos.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Lei e a Necessidade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Alimentar-se quanto se está com fome é uma das necessidades básicas e essenciais de qualquer ser humano e por isso, “passar fome” é uma expressão que nem deveria fazer parte do nosso vocabulário pois é um pecado contra a vida. A falta de alimentação traz a desnutrição e consequentemente á morte, se a pessoa não se alimentar.
Jesus era um pregador itinerante e seus discípulos o acompanhavam, ás vezes aparecia as almas generosas que lhe ofereciam um lanche ou uma refeição mais caprichada, mas naquele dia de sábado, em que o Judeu guardava o preceito sabático, não tiveram essa acolhida pois as pessoas preparavam as refeições na véspera e não podiam prever que no sábado aparecia os doze e mais o Mestre para uma refeição extra. Não se sabe de que distância eles vinham caminhando, mas o texto mostra que a “fome” bateu e a turma nem quis saber de quem era aquela roça de milho, foram apanhando as espigas, ali mesmo debulhando-as e “mandando para dentro”, certamente Jesus também comeu algumas pois tinha fome como qualquer outro.
Foi quando de repente apareceram os chatos dos Fariseus para acabar com a alegria do grupo, e já vieram de dedo em riste, para fazer a acusação. E como sempre sobrou para o Mestre, a acusação de que seus discípulos não guardavam o sábado pois estavam acintosamente trabalhando (colhendo espigas de milho) pois o problema não era eles estarem se alimentando, mas sim de estarem trabalhando, o que era rigorosamente proibido em dia de sábado.
Jesus então usa de uma estratégia inteligente, Davi era um nome de peso para eles, uma pessoa de referência, fiel, zeloso das coisas do Deus da Aliança, enfim, alguém intocável. Jesus os lembra que Davi e seus companheiros tiveram fome em um combate, e ao entrarem no templo, comeram os pães da proposição (seria em nossos dias a Hóstia do Padre, que é intocável) a comparação é apenas no sentido, pois uma Hóstia não mata a fome física de ninguém. Mas no caso de Davi eram pães, e de bom tamanho, que ele comeu e deu a turma toda.
E diante da mudez dos tais Fariseus, que não sabiam o que responder, Jesus deu o golpe de misericórdia: “O Filho do Homem é Senhor também no Sábado”, ou seja, a Vida acima de qualquer norma ou lei, mesmo que seja religiosa. É bom pensarmos se em nossas comunidades, nas pastorais e movimentos, a gente muitas vezes não coloca normas e norminhas, mil regrinhas, acima do bem e da Vida das pessoas. Qualquer Lei que não tenha no centro a defesa e a preservação da Vida, não é Cristã!

2. O Filho do Homem é Senhor também do sábado - Lc 6,1-5
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Era sábado. O evangelista relata o que aconteceu para ensinar aos cristãos provenientes do judaísmo como se comportar em relação ao sábado. Passando por um trigal, os discípulos arrancavam espigas e comiam. Ora, sábado é o dia de Deus e deve ser observado segundo o que Deus quer. Parece, porém, que os homens, com suas leis, seus princípios, suas tradições e suas interpretações, acabaram desvirtuando o que Deus queria. Para Deus, o ser humano vem sempre em primeiro lugar e tudo existe para o bem daqueles que ele criou e pelos quais seu Filho Jesus entregou a própria vida. Sagrado para Deus é o ser humano. O sábado é dia sagrado porque nele o ser humano glorifica a Deus. A melhor maneira de glorificar a Deus é a prática do amor fraterno. As observâncias do dia sagrado não podem impedir que, quem tem fome, coma. O sábado foi feito em primeiro lugar para o descanso do ser humano. Esse descanso, porém, não pode se tornar um tormento de observâncias. A intensão de proteger a Lei é boa, mas pode acabar sufocando as pessoas e impedindo que elas façam o bem no dia de Deus, por ser o dia de Deus. Ainda aos gálatas, Paulo diz: “Vocês observam cuidadosamente dias, meses, estações, anos! Receio ter-me cansado em vão por vocês”.

HOMILIA DIÁRIA

Oremos pelo nosso Brasil

Oremos pelo nosso Brasil, oremos pelos nossos governantes, para que o Senhor nos dê um país mais justo e solidário.

A carta de São Paulo aos Colossenses, no capítulo primeiro, versículo 23 diz: “Mas é necessário que permaneçais inabalável e firmes na fé, sem vos afastardes da esperança que vos dá o Evangelho”.
Hoje, somos convidados pela Palavra de Deus a permanecermos inabaláveis, firmes, confiantes, sem perder a esperança nem a direção. É necessário que permaneçamos no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos foi anunciado.
Nós recebemos essa Palavra como salvação para a nossa vida, como resgate para a nossa condição de pecadores e fracos que somos sem a presença de Deus.
Não podemos negar que, muitas vezes, o barco da nossa vida balança e a tentação que nós temos é de pensar que vamos naufragar. O desânimo bate à nossa porta, o cansaço vem nos visitar. Nós estamos clamando por socorro, por ajuda, estamos clamando pela misericórdia e pela assistência de Deus em nossa vida.
A Palavra de Deus é para que nós não desanimemos se, de alguma forma, o desânimo nos visitar, o cansaço bater à nossa porta e tivermos vontade de jogar tudo para cima. O Senhor, hoje, quer firmar a nossa fé, Ele quer que permaneçamos confiantes, de uma forma inabalável, n’Ele e na Sua palavra.
Que nós nos levantemos de todo o espírito de desânimo e cansaço que esteja nos atormentando; que voltemos para o Senhor a nossa confiança. Olhamos para aquele que venceu a morte, o Senhor da nossa vida.
Queria também, no dia de hoje, convidar você a orar pela nossa pátria, pelo nosso Brasil. Nós brasileiros somos, muitas vezes, tentados a desanimar diante de tantas circunstâncias e momentos difíceis pelos quais passamos como crise econômica, crise política, crise de valores… Mas não podemos desistir da nossa pátria, não podemos deixar de construí-la, ainda que nossa pátria definitiva seja o céu.
O país que nós moramos se chama “pátria amada Brasil”.
No dia da Independência, que Deus dê a soberania ao nosso país, que Ele dê liberdade àqueles que ainda não a experimentaram.
Oremos pela nossa pátria, oremos pelos nossos governantes, para que o Senhor nos dê um país mais justo e solidário.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

O amor de Deus está acima de qualquer lei

A verdadeira religião não é a da lei, porque a religião que salva, liberta, restaura, cura e renova é o amor

“E Jesus acrescentou: ‘O Filho do Homem é senhor também do sábado’” (Lucas 6, 5).

Amados irmãos e irmãs, os antigos da lei primitiva, da lei judaica, observavam muito ao pé da letra o que a lei prescreve, sobretudo, no que diz respeito ao sábado, um dia sagrado. Para eles, no dia que o Senhor descansou, também devemos descansar, não devemos fazer nada e ter toda atenção para não transgredir esse dia. Acaba, então, que a lei, por si só, torna-se uma obsessão, porque a pessoa só olha para a letra e não observa o espírito dela; a pessoa, infelizmente, tem uma mentalidade fechada e reduzida na compreensão da verdade.
A questão não é simplesmente observar o sábado, mas é observar o sábado no Espírito do Senhor. E se alguém precisasse de uma ajuda? Se alguém estivesse passando por dificuldades? “Não se pode fazer nada por essa pessoa, porque hoje é sábado e esse dia não se pode ser transgredido por nada neste mundo”.
Segundo a lei judaica, o sábado tem de ser guardado; para nós, devemos guardar o domingo, dia do Senhor. Mas qualquer lei divina precisa ser vivida no espírito e não na letra, porque a letra por si, mata. O importante, na Sagrada Escritura, não é a palavra pela palavra, mas o que o Espírito criativo e inovador nos traz. Isso não significa que cada um observa a Palavra do jeito que quer, do seu “jeitinho”; na verdade, é observar aquilo que Deus está trazendo para a vivência dessa graça. Por isso, para viver qualquer lei, mandamento e ensinamento da Palavra de Deus, tem de estar imbuído, dentro de nós, a vivência do mandamento do amor. Sem amor não conseguimos colocar em prática a Palavra de Deus.
Primeiro, porque o amor de Deus é muito sincero, não é simplesmente questão de respeitá-lo ou não, de temer ou não a Ele, é muito mais do que isso. É questão de amar a Deus com o amor verdadeiro e autêntico, um amor que nos leva a respeitar, a temer e colocá-Lo como o ser mais sublime da nossa vida.
Quando amamos a Deus, aprendemos a amar o nosso próximo e vamos saber ter sabedoria e inteligência para discernir uma coisa da outra. Quando amamos a Deus não desrespeitamos nem ignoramos o nosso próximo.
Podemos ser muito bons em nossas orações, nas nossas práticas e piedades, podemos passar o dia todo rezando, mas quando é o próximo, somos duros, ignorantes, grossos. Podemos pensar: “Não importa, porque eu sou um homem religioso!”. A verdadeira religião não é a da lei, porque a religião que salva, liberta, restaura, cura e renova é o amor! Aprendemos que a lei é para nos ensinar a amar a Deus e ao próximo.
Quando Jesus nos diz que Ele é o Senhor também do sábado, quer dizer que Ele está acima de qualquer lei, do sábado, da purificação. E esse mesmo Senhor que nos mostra que está acima da lei, leva-nos a crer que a grande lei é amarmos uns aos outros. Desse modo, se quisermos viver a religião de Deus com muita profundidade, amemos muito, mas sem nos esquecermos que O amar nos obriga, abre-nos a cuidarmos, amarmos e darmos o melhor de nós ao nosso próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/09/2016

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a sabedoria e o coragem de ir além da letra da Lei, mergulhando no seu Espírito e, assim, vivermos, já nesta terra, os sinais do Amor que um dia saborearemos em plenitude no teu Reino. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/09/2013

oRAÇÃO FINAl
Pai misericordioso, dá-nos Sabedoria para procurar o essencial, jamais colocando o acidental em posição de primazia. Que em nossa vida, sigamos a Jesus de Nazaré na convivência fraterna, sempre atentos e dispostos para cuidar do próximo. Ensina-nos, amado Pai, a discernir, para seguir o Espírito Vivo da Lei, não limitados a cumprir apenas a sua letra morta. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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