segunda-feira, 26 de setembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26/09/2022

ANO C


Lc 9,46-50

Comentário do Evangelho

A criança como modelo

Já no fim do ministério de Jesus, os discípulos ainda não compreendem plenamente a novidade de seu anúncio. Eles persistem na compreensão messiânica de que Jesus seria um novo Davi que restauraria o reino de Israel. Pensam que em Jerusalém, para onde se dirigem, Jesus poderia liderar um movimento de tomada do poder. Discutem entre si quem é o maior, isto é, quem ficará com os cargos mais importantes.
O que importa é o serviço com amor e não o poder. Tomando a criança como modelo, Jesus mostra a inversão de valores no Reino. A novidade do Reino deve ser acolhida como crianças que, na humildade e simplicidade, com admiração, acolhem os valores da vida. Este é o terreno fecundo para o ressurgir da vida que permanece para sempre.
A narrativa final onde João afirma terem proibido outros grupos de agir em nome de Jesus revela ainda a mentalidade segregacionista do seu grupo. É a mentalidade da autoridade que coíbe a liberdade do Espírito. Jesus remove esta mentalidade, acolhendo todo o bem que é feito em seu nome.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.
Fonte: Paulinas em 01/10/2012

Comentário do Evangelho

O maior é o menor no Reino de Deus.

O evangelho desta segunda-feira é o último episódio da primeira parte do evangelho segundo Lucas (4,14–9,50), dominado pelo tema da identidade de Jesus como profeta (ver: 7,16.39).
A discussão entre os discípulos de quem seria o maior é a sequência do segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição (cf. vv. 43b-45), e igualmente expressão da incompreensão dos discípulos (cf. v. 44). A condição do discípulo é ser servo como seu Senhor, que se fez servo de todos. O maior é o menor no Reino de Deus.
A “criança” é, aqui, símbolo do próprio Cristo, o “menor” de todos porque se fez servo de todos (cf. v. 48).
O nome de Jesus, isto é, sua pessoa, não é propriedade ou monopólio de quem quer que seja (cf. vv. 49-50). Os seus “atos de poder” e o seu ensinamento, que libertam o homem das cadeias do mal, não se circunscrevem nos limites de um único grupo. Ninguém pode fazer o bem se Deus não mover o coração. Dito de outra maneira, Deus está na origem do bem.
Por isso Jesus diz: “... quem não é contra vós, está a vosso favor” (v. 50). É pela autoridade de Cristo (= no nome de) que o mal é vencido.
Fonte: Paulinas em 30/09/2013

Comentário do Evangelho

Jesus é um homem poderoso em gestos e palavras

O evangelho desta segunda-feira é o último episódio da primeira parte do Evangelho segundo Lucas (4,14–9,50). Toda esta primeira parte é dominada pelo tema da identidade de Jesus como profeta: Jesus é um homem poderoso em gestos e palavras. A discussão entre os discípulos sobre quem seria o maior é a sequência do segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição. Tal discussão entre os discípulos, flagrada por Jesus, revela a incompreensão deles acerca do mistério de Jesus Cristo. O seguimento de Jesus deve ser caracterizado pelo serviço fraterno. Assim como o Senhor se fez servo de todos, do mesmo modo o discípulo é servo; para o serviço do Reino de Deus é que ele foi chamado. Na dinâmica própria da vida cristã, o maior é o menor no Reino de Deus. A “criança” é, aqui, símbolo do próprio Cristo, o “menor” de todos porque se fez servo de todos. O nome de Jesus, isto é, sua pessoa, não é propriedade ou monopólio de quem quer que seja. Os seus “atos de poder” e o seu ensinamento, que libertam o homem das amarras do mal, não se circunscrevem nos limites de um único grupo. Ninguém pode fazer o bem se Deus não mover o coração. Deus está na origem do verdadeiro bem. Por isso Jesus diz: “quem não é contra vós, está a vosso favor”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.
Fonte: Paulinas em 28/09/2015

Vivendo a Palavra

Jesus ensina aqui duas lições: humildade e acolhimento. Nós devemos nos tornar como crianças para continuarmos no Reino do seu Pai. Reino que de onde não podemos excluir ninguém, mesmo que não ande conosco, não seja do nosso grupo... Assim deve ser a Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/09/2013

Vivendo a Palavra

O apóstolo João ainda tinha muito caminho para percorrer no seguimento do Mestre. Ele pensava a comunidade dos fieis como um clube fechado, exclusivo dos que andassem com ele... Mas Jesus tem o coração aberto e receptivo, deixa a lição da inclusão de todas as pessoas de boa vontade em sua Igreja – que, hoje, somos nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2015

Vivendo a Palavra

Em Israel no tempo de Jesus, as crianças eram discriminadas. Não contavam. Ao acolher uma delas e revelar que quem o fizesse estaria recebendo não só a Ele, mas ao Pai do Céu, o Mestre quebra mais um paradigma, sempre em favor da inclusão de todos no Reino de Amor que anunciava.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/09/2016

VIVENDO A PALAVRA

O herdeiro do Reino dos Céus será como uma criança: terá a sua simplicidade, o brilho nos olhos, a confiança sem medidas no Pai Misericordioso e, mais do que tudo, estará aberto aos irmãos, isento de preconceitos e sem julgar os companheiros de caminhada por este mundo encantado que nos é emprestado apenas para cuidado, usufruto, deleite e partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2020

Reflexão

A lógica que nos é proposta por Jesus nos desafia a entender as relações de autoridade e de poder de uma forma totalmente diferente da proposta pelo mundo: autoridade significa conduzir as outras pessoas para uma vida melhor e poder significa serviço e humildade. Com isso, o Evangelho nos mostra que devemos nos afastar da opressão, da dominação e do autoritarismo do poder pelo poder. O Evangelho de hoje também nos mostra que o fato de sermos a Igreja de Jesus Cristo não nos dá o direito de nos apossarmos da sua pessoa e da sua ação, uma vez que ele chama diferentes pessoas através de modos diferentes para que, de diferentes modos, continue agindo no meio dos homens.
Fonte: CNBB em 01/10/2012, 30/09/201328/09/2015 e 26/09/2016

Reflexão

A conversão é processo lento e fatigoso. Várias vezes, Jesus explica aos discípulos qual é a característica do seu messianismo. Ele veio para dar a própria vida por todos. Está entre nós para servir ao Pai e ao povo; não para explorar e ser servido. Surdos às palavras e cegos às atitudes de Jesus, os apóstolos disputam o primeiro lugar. A presença da criança oferece a Jesus imagem forte de simplicidade, pureza, abertura à partilha e à fraternidade. Esses são os valores do Reino que Jesus está implantando e que seus discípulos precisam as- similar. Outro aspecto importante é a tolerância com os de fora do grupo. Não se deve rejeitá-los, mas estabelecer comunhão com eles. Os apóstolos não têm exclusividade sobre a prática do bem.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 01/10/2018

Reflexão

A conversão é processo lento e fatigoso. Várias vezes, Jesus explica aos discípulos qual é a característica do seu messianismo. Ele veio para dar a própria vida por todos. Está entre nós para servir ao Pai e ao povo; não para explorar e ser servido. Surdos às palavras e cegos às atitudes de Jesus, os apóstolos disputam o primeiro lugar. A presença da criança oferece a Jesus imagem forte de simplicidade, pureza, abertura à partilha e à fraternidade. Esses são os valores do Reino que Jesus está implantando e que seus discípulos precisam assimilar. Outro aspecto importante é a tolerância com os de fora do grupo. Não se deve rejeitá-los, mas estabelecer comunhão com eles. Os apóstolos não têm exclusividade sobre a prática do bem.
Oração
Ó Mestre, a grandeza do Reino de Deus não está em conquistar lugares de honra. Quem acolhe o pequenino em teu nome está acolhendo a ti e ao Pai celeste. Esclareces também que o teu Reino não é um grupo fechado, uma seita; está presente em toda parte onde se pratica o bem. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 28/09/2020

Reflexão

A conversão é processo lento e fatigoso. Várias vezes, Jesus explica aos discípulos qual é a característica do seu messianismo. Ele veio para dar a própria vida por todos. Está entre nós para servir ao Pai e ao povo; não para explorar e ser servido. Surdos às palavras e cegos às atitudes de Jesus, os apóstolos disputam o primeiro lugar. A presença da criança oferece a Jesus imagem forte de simplicidade, pureza, abertura à partilha e à fraternidade. Esses são os valores do Reino que Jesus está implantando e que seus discípulos precisam assimilar. Outro aspecto importante é a tolerância com os de fora do grupo. Não se deve rejeitá-los, mas estabelecer comunhão com eles. Os apóstolos não têm exclusividade sobre a prática do bem.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditação

Quer ser grande? Acolha o pequeno, o simples! - Falando em criança, temos consciência de que o futuro está nas mãos delas? - Hoje fala-se muito em acolher! Temos consciência de que acolher significa valorizar a pessoa do outro? - Ser grande significa valorizar o outro, ser solidário e amigo dos que a sociedade despreza, não é mesmo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 30/09/2013

Meditando o Evangelho

PENSAMENTO INCONVENIENTE

Jesus e os discípulos caminhavam em direções opostas. Enquanto Jesus preanunciava seu destino de sofrimento e morte, os discípulos nutriam ideais de grandeza, preocupados em saber quem dentre eles seria o maior.
Descurando as exortações recebidas, anteviam um destino de glória e esplendor para si e para o Mestre. E procuravam organizar seu futuro a partir desta lógica mundana. Em outras palavras, eram incapazes de imaginar um projeto de vida fora de relações desiguais, próprias de uma sociedade de classes.
Jesus tentava fazê-los compreender ser possível viver de uma maneira nova, dentro e fora da comunidade. Dentro da comunidade, as relações interpessoais seriam regidas pelo princípio da igualdade e do serviço. Prestígio, poder e autoridade nenhuma importância teriam. Com os de fora da comunidade, o Reino exigia ser tolerante e respeitoso, superando toda tentação de sectarismo e de fanatismo.
Os velhos esquemas deveriam ser invertidos, ou melhor, substituídos pela novidade do Reino. Grandes seriam os menores da comunidade. Os desprezados, como as crianças, tornar-se-iam objeto de atenção. O Messias glorioso deveria ser encontrado nas pessoas marginalizadas, pois a grandeza do Reino é bem diferente daquela que os discípulos imaginavam.

Oração
Espírito de igualdade, tira de mim todo ideal de grandeza que consiste no domínio sobre meu semelhante, e torna-me servidor humilde dos mais pequeninos.
Fonte: Dom Total em 28/09/2015

Meditando o evangelho

A GRANDEZA DOS PEQUENINOS

Os discípulos de Jesus tardaram em perceber que o Reino pertence aos pobres, aos famintos, aos pequeninos, e que estes são os grandes do Reino, exatamente por serem desprovidos de poder e de manias de grandeza. Sua excelência se deve ao amor que o Senhor do Reino lhes devota, e não a méritos humanos.
O menino que Jesus colocou junto de si tornou-se o centro das considerações. Contemplando-o, seria possível compreender o que significa ser "o maior no Reino". Ele era absolutamente necessitado de ajuda. Faltava-lhe condições para impor-se ao mundo dos adultos. Carecia de ser acolhido e amado. Disto dependia a sua subsistência.
No contexto do Reino, maior é quem compreende que depende de Deus e assume a postura de um pequenino. Nesta condição, torna-se solidário com os pequenos e fracos deste mundo, fazendo-se deles amigo e servidor. O maior do Reino recusa-se a se colocar entre os primeiros da escala social ou hierárquica. Pelo contrário, encontra seu lugar entre os que foram relegados aos níveis inferiores, por serem vítimas da discriminação. Sendo avesso às glórias mundanas, obtidas à custa de fraude e desonestidade, busca conquistar a glória que provém do amor aos pequeninos. Glória duradoura por ter sua origem no Pai!
Por conseguinte, quem se torna pequenino, fazendo-se servidor dos mais necessitados, possui o espírito do verdadeiro discípulo que dispensa toda disputa a respeito de quem é o maior.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.
Fonte: Dom Total em 26/09/2016, 01/10/2018 e 28/09/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O MAIOR SE FAZ PEQUENINO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O Reino de Deus estabeleceu, para a comunidade dos discípulos, escalas de valores diferentes daquelas calcadas em critérios mundanos. Apresentou uma verdadeira contraposição, desvalorizando o que o mundo valoriza e apresentando como valor fundamental o que não parece importante aos olhos das pessoas. Neste contexto, Jesus fez frente a uma mentalidade mesquinha que grassava entre os discípulos, preocupados em saber qual deles seria o maior. Evidentemente, segundo os padrões humanos.
Para detectar quem, entre eles, estaria em condições de considerar-se o maior, Jesus propôs-lhes uma prova concreta: ser capaz de acolher uma criança em seu nome. Na cultura da época, este gesto supunha uma reviravolta na mentalidade em vigor. Acolher significava valorizar, dar atenção, colocar-se totalmente à disposição de alguém e mostrar-se gentil e atencioso. Mas tudo isto deveria ser feito às crianças, cuja desvalorização social era bem conhecida. Na perspectiva do mundo, acolher uma criança era pura perda de tempo. No horizonte do Reino, acolher uma criança em nome de Jesus transformava-se num gesto de grandeza. Acolhendo-a, acolhia-se o próprio Jesus.
A grandeza, neste caso, consistia em amar a quem não era amado, valorizar quem não era valorizado, mostrar-se solidário com quem era vítima da marginalização.
Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me engane, buscando grandezas humanas, quando a verdadeira grandeza consiste em amar-te na pessoa dos pequeninos.
Fonte: NPD Brasil em  01/10/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Poder é coisa boa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A palavra "poder" ganhou uma conotação do mal, por causa da opressão e da exploração, de alguns que ocupam o Poder, e a famigerada "busca do poder" virou sinônimo de coisa ruim, proveniente do maligno, algo que corrompe. Entretanto, basta ligarmos a palavra ao seu sentido correto que é a Possibilidade, poder, portanto, vem de possibilidade de fazer coisas e agir.
Na comunidade há pessoas que tem pouca possibilidade de fazer algo, outras, ao contrário, pela responsabilidade que tem, podem e devem fazer muito mais, pois tanto um quanto outro são carismas que Deus concedeu. Entre um irmão que se ocupa humildemente da limpeza do templo, e outro que tem a função de coordenar a comunidade, este último pode mais, não no sentido de mandar, de ser o maioral e o mais importante, mas no sentido de fazer, implementando as ações das quais a comunidade têm necessidade.
O Pároco tem Poder em uma paróquia, que poder é esse? As possibilidades decorrentes do ministério específico que exerce, nesse sentido, ele pode muito mais que todos, e por isso mesmo deve fazer mais do que todos. O Senhor Bispo Diocesano pode muito mais, e deve fazer, mais do que todos, o seu trabalho de supervisor. A questão não é o que fazemos, mas como fazemos...
Não podemos nos esquecer que o próprio Senhor, delegou a Pedro a Chefia da Igreja, nunca no sentido de ficar dando ordens, e ser o todo poderoso chefão, mas no sentido de fazer muito mais que os outros. Mas os discípulos não haviam, compreendido isso, e os cristãos dos nossos tempos também não... Pensavam em qual deles era o mais importante, o maioral, aquele que tinha de ser obedecido, e que dominaria sobre os demais... Jesus não desmonta a hierarquia, ao contrário, lhe dá um significado novo.
Poder torna-se sinônimo de serviço e nessa ótica, o todo Poderoso é aquele que serve. O próprio Jesus usa o seu Poder para tornar-se um Servo, eis aí algo que o homem nunca conseguirá compreender, um Deus Todo Poderoso que se faz servo.
Mas servir a quem? Na sociedade, servir a alguém poderoso dá status e prestígio, mas servir aos miseráveis, marginalizados, sem voz e sem poder algum, um morador de rua, um dependente químico, que recebe carinho e atenção, como ele poderá retribuir? Por isso Jesus faz a dinâmica do acolhimento e serviço,colocando no meio deles uma criança, mostrando então que esses pequenos, totalmente dependentes, devem ser o centro das atenções dos servos e servas de Deus. Quanto mais insignificante for a pessoa a quem se serve, mais autêntico será o amor manifestado, porque é sempre feito em nome de Jesus de Nazaré, o Deus que inverteu o quadro e se fez um Deus Servidor dos Homens, por isso agora vem até eles naqueles que têm necessidades.
Por isso quando alguém de fora do grupo anuncia o evangelho, realiza curas e prodígios, em sintonia com Jesus, o que lhe dá autenticidade é a ação em si, e não a fachada religiosa a qual pertence. Não dá para monopolizar o amor e por isso Jesus censura os discípulos que o haviam proibido de fazê-lo em nome de Jesus, se o que se faz em nome de Jesus, é um ato de amor, seja no anúncio da Palavra libertadora, ou em um gesto de solidariedade com quem sofre e passa alguma necessidade, essa ação torna-se autêntica e ninguém poderá impedi-la de ser feita...

2. Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior - Lc 9,46-50
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os discípulos tinham receio de pedir a Jesus explicações sobre o anúncio de sua paixão, porque a preocupação deles era outra. Não estavam atrás de sofrimento, nem de cruz, nem de renúncia, e muito menos do último lugar. Chegaram a discutir entre eles para saber quem era o maior. Com muita paciência, Jesus, pondo-se ao lado de uma criança, explica a grandeza da criança, que é menor. Assim, será grande entre os discípulos aquele que for o menor. Os apóstolos se mostram perfeitamente humanos, querendo saber quem deles era o maior. Faz parte do nosso instinto natural de vaidade querer aparecer, estar à frente dos outros, estar por cima de todos. Nada estranho, mas é isso que alimenta o pecado do mundo. Os discípulos de Jesus de todos os tempos devem ir em direção contrária. Seus valores são outros. Acreditam na possibilidade de um mundo novo e melhor, guiado pelo Espírito Santo de amor e solidariedade. A comunidade dos cristãos não se isola como dona da verdade nem exclui os demais como concorrentes ameaçadores, como fez o apóstolo João, que proibiu alguém de expulsar demônios em nome de Jesus por não pertencer ao grupo dos discípulos.
Fonte: NPD Brasil em 28/09/2020

Liturgia comentada

Este é que é o maior... (Lc 9, 46-50)
O mundo exalta o sucesso e humilha os perdedores. O mundo celebra os vencedores e prega medalhas de ouro no seu peito. O mundo aplaude os sabidos e paga caro por seus conselhos e... palpites. A grande maioria da população do planeta forma a legião dos esquecidos, a anônima multidão. Exatamente aquela turba que Jesus contemplava condoído, vendo-a como ovelhas sem pastor...
No Evangelho de hoje, até os seguidores mais próximos de Jesus surgem comparando sua importância, sem esconder seus sonhos de grandeza. Coisas da humanidade adâmica, pois não? Natural que venham a se espantar quando, no Cenáculo, Jesus vestir uma toalha e lavar os pés dos apóstolos!
Desta vez, Jesus tenta abrir os olhos de sua troupe para o beco sem saída em que estão entrando. Para isso, traz uma criança para o centro do grupo e aponta para ela. Naqueles tempos, a criança era uma espécie de “homúnculo”, um “projeto de homem”, algo que não se contava nos recenseamentos. Em suma, valia quase nada.
E Jesus causa surpresa ao fazer da criança a medida de valor: o que vale menos é quem vale mais! Aliás, vivendo como crianças, nosso fardo se torna mais leve. É notável a reflexão feita por S. Josemaría Escrivá: “Quando um menino tropeça e cai, ninguém estranha, e seu pai se apressa em levantá-lo. Quando quem tropeça é adulto, nossa primeira reação é de riso. Às vezes, passado o primeiro momento, o ridículo dá lugar à piedade. Mas os adultos têm de se levantar sozinhos...” E o santo conclui: “Não queiras ser grande, mas menino, para que, quando tropeçares, te erga a mão de teu Pai-Deus.”
Esperta foi a Pequena Teresa: “Sou apenas uma criança, impotente e fraca, mas é minha própria fraqueza que me dá a audácia para me oferecer como Vítima ao teu amor, ó Jesus! (...) Não posso, Jesus, aprofundar o meu pedido, recearia ver-me acabrunhada sob o peso dos meus desejos audaciosos... Minha desculpa é ser uma criança, e as crianças não medem o alcance das suas palavras. (...) A criancinha lançará flores, perfumará o trono real; com sua voz argentina, cantará o cântico do Amor...” (Man. B, 256, 257.)
Deus é simples e discreto. É bom desconfiar de projetos grandiosos em nome de Deus...
Orai sem cessar: “Mantenho em calma e sossego a minha alma, tal como uma criança no seio materno...” (Sl 131,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 30/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 30/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

O missionário do Reino não pode desprezar ninguém

Postado por: homilia
outubro 1st, 2012

O Evangelho de hoje trata de um assunto que nunca sai de moda: a vaidade, a soberba, o orgulho, a avareza, ou seja, dos sete pecados capitais que se resume no desejo de ser grande. O desejo de se sentir importante é um dos mais primitivos desejos do ser humano. Aliás, o ditado popular diz que o coração do homem é insaciável de ambições: “Quanto mais tem mais quer”.
Diferentemente da nossa maneira de pensar e olhar, Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha através da pessoa. Quando olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando, pensando e sentindo. Isso nós só conseguimos saber quando nos anulamos e nos colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os psicólogos que já existiu. Ele sondava o coração, e era capaz de ser aquela pessoa.
Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se perguntavam quem, dentre os Doze, seria o maior. Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo procuravam uma posição de destaque. Observe que Jesus não coloca todos no mesmo patamar. Jesus admite que haja a possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino dos Céus. Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.
Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição mais inacessível você se torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for maior a sua posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!
Quando as pessoas tiverem medo e resistência em falar com você, significa que algo está errado. O primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar para o segundo passo: descobrir o porquê. A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas só o farão se encontrarem abertura no seu coração. E isto pode ser na de um sorriso, uma brincadeira ou até em você saber o nome da pessoa e chamá-la pelo nome. E esse já é o terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.
O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! A criança que Jesus tomou em seus braços nesta passagem, representa não só as crianças, mas todos os que são excluídos neste mundo.
Jesus nos revela hoje a novidade do projeto de Deus: é um mundo de justiça, de vida plena para todos, abolindo os privilégios daqueles que concentram poder a partir da acumulação de riquezas ou do prestígio religioso. Percebe-se, nos Evangelhos, que os discípulos vindos do Judaísmo sempre tiveram dificuldades em compreendê-lo. Estavam tomados pela ideologia messiânica nacionalista. Como Jesus falou para eles sobre a fragilidade de sua condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte, aludindo ao fim que pressentia acontecer em Jerusalém e os discípulos não entenderam e logo em seguida, passam a discutir quem seria o maior, pensando que Jesus estaria na iminência de conquistar o poder, assim também Ele quer falar para nós.
Jesus nos apresenta como exemplo e, sobretudo, condição para sermos os maiores no Seu Reino o olhar puro e simples de uma criança. A criança como símbolo e modelo de humildade e exclusão do Reino dos Céus. Somos chamados a viver dedicados ao serviço, sem pretensões ao poder e a privilégios.
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, aos mais necessitados. Pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo. E que nesta busca eu seja simples, puro e humilde como as crianças.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 01/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças

Como nós devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças! Elas são nossa maior riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos em nossas casas.

“Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou” (Lc 9,48).

No encerramento do mês da Bíblia, lembramo-nos daquele que é o patrono das Sagradas Escrituras, São Jerônimo, pois foi ele quem fez a tradução vulgata delas, a tradução do original para o latim, e foi dessa tradução que saiu as demais traduções da Palavra de Deus.
Mais importante que a tradução é a paixão de São Jerônimo pela Palavra do Senhor; dedicava dias e noites meditando a fundo em cima da Palavra de salvação do Nosso Deus.
Queremos, hoje, voltar-nos com um olhar maior, abrir os nossos ouvidos, o nosso coração para que a Palavra de Deus penetre em nosso ser, para que ela seja o grande alimento para a nossa vida. Aprendamos com São Jerônimo a amarmos a Palavra de Deus como o nosso alimento de cada dia.
Aquilo que diz hoje o Evangelho – “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim” – faz-nos lembrar que, na tradição judaica, a criança não tinha importância, ela não era nem contada, era vista com desprezo e, por isso, quando os discípulos estão discutindo quem é o maior, é óbvio que, neste grupo, as crianças não eram nem levadas em consideração. É por essa razão que Jesus, ao invés de responder quem é o maior, ele mesmo diz: “Se alguém está recebendo uma criança em Meu nome, é a mim mesmo que está recebendo”.
Como nós devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças! Elas são nossa maior riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos em nossas casas. Nós devemos lutar pelos direitos que pertencem a elas e não podemos permitir que elas sejam corrompidas por este mundo, que percam a dignidade, o respeito, a estima.
Não se trata somente das nossas crianças que estão em nossas casas, mas daquelas que estão na rua, maltratadas, esquecidas, abandonadas. Em cada uma dessas crianças está a impressão do amor do Pai. Todas as vezes que nós dermos atenção a uma criança abandonada, a um menino de rua, a uma criança que está sendo desprezada, desvalorizada, que está sofrendo – acredite – estaremos acolhendo o próprio Jesus.
Precisamos abrir o nosso coração para cuidarmos dos nossos pequeninos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos sempre dependentes de Deus Pai

Precisamos nos tornar como uma criança, nos refugiar, nos esconder, nos colocar nos braços de nosso Pai e depender d’Ele em tudo aquilo que fazemos!

Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim” (Lucas 9, 48).

A criança representa a plenitude do Reino dos Céus. Humanamente, em muitas culturas, a criança não tem valor, nem significado é, muitas vezes, desprezada, excluída e não se leva em conta aquilo que ela diz, pensa e sente.
Mas, na verdade, é na criança que está o Reino de Deus em sua plenitude. A criança é para nós o símbolo maior de que o Reino de Deus está vivo e presente no meio de nós. A criança, com sua pureza, bondade, retidão, com tudo aquilo que uma criança pode ensinar ao nosso coração. Quanto menor, quanto menos idade tiver uma criança, mais perto do céu se encontra, está mais pura, menos contagiada por este mundo cercado de maldades e malícias.
A criança, quanto mais criança for, nos ensina a ‘minoridade’. E o que é a ‘minoridade’? É a dependência de alguém maior. A criança quanto menor é, mais dependente é de seus pais, se coloca no colo de seus pais . Quanto mais ela cresce, mais vai fugindo do colo dos pais. Por isso, precisamos nos tornar como uma criança, nos refugiar, nos esconder, nos colocar nos braços de nosso Pai e depender d’Ele em tudo aquilo que fazemos!
Pode parecer que Deus não queira que cresçamos, pelo contrário, Ele quer que cresçamos, que tenhamos maturidade, responsabilidade, que assumamos os nossos compromissos. Mas, que não percamos a sensibilidade de uma criança dependente de seus pais. Que nos tornemos dependentes de Deus, que tenhamos a pureza que uma criança tem, porque assim o Reino de Deus se abrirá para nós!
Se na sua casa tem criança, se por onde você anda vê crianças, as abençoe, acolha estes pequeninos, não as despreze nunca. Pelo contrário, esteja de coração aberto para acolher essa expressão magnífica do Reino de Deus!
Eu chamo a sua atenção para tantas crianças abandonadas, que estão nos orfanatos, que estão refugiadas. A nossa ajuda fraterna, o nosso acolhimento amigo e se você pode, financeiramente, fazer algo por essas crianças, não deixe de fazer. É grave, é uma situação emergente em qualquer país, em qualquer cidade, em qualquer estado, em qualquer lugar do mundo deixarem nossas crianças perecerem por falta de cuidado.
Se queremos crescer no Reino dos Céus, cuidemos dos pequenos, pois são os maiores no coração de Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Ser grande no coração de Deus é ser humilde

Ser grande no coração de Deus é ser humilde, é colocar-se em último lugar, é não ser o mais importante nem o mais valorizado

Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior” (Lucas 9,46).

É inevitável não haver discussões em qualquer ambiente social. Elas acontecem no casamento, no relacionamento de irmãos, nos grupos de igreja, nas relações de trabalho e assim por diante.
O problema não é a discussão, mas o que a provoca, a forma como essa discussão é feita. Muitas vezes, as nossas discussões são movidas pela discussão, pelo orgulho e pela vaidade. E quando esses sentimentos estão presentes no coração humano, toda discussão perde a pureza e a razão de ser.
Se vamos conversar com alguém, precisamos ir desarmados, porque, quando discutimos, só colocamos o que pensamos e não somos capazes de ouvir o que o outro tem a nos dizer. Discussão não é para sobressair-se, para ser o mais importante dessa ou daquela situação.
Os discípulos discutiam entre si quem deles era o maior. Maior é aquele que tem pretensão, que quer ser mais que os outros. Você pode ser o melhor naquilo que faz, você realmente pode ir mais longe naquilo que busca, mas nunca para ser mais que os outros, para pisar nos outros ou para elevar-se mais para ser grande no coração de Deus.
O Senhor está pegando uma criança e colocando-a no meio de nós para dizer: é grande no coração de Deus quem se assemelha a uma criança. E por que uma criança? Veja bem, justamente na cultura da época de Jesus, na cultura judaica, uma criança não era nada, não se levava em conta, não se levava em consideração.
Se quisermos ser alguém não precisamos buscar as considerações humanas, os aplausos nem os reconhecimentos dos homens. Isso tudo é muito fugaz e repleto de maldades.
Ser grande no coração de Deus é ser humilde, é colocar-se no último lugar, é não ser o mais importante nem o mais valorizado. Se quisermos que a graça de Deus permaneça no meio de nós, não façamos dos nossos ambientes locais de discussões para ver quem sabe mais, quem pode mais ou quem tem a razão.
Sabe, meus irmãos, poderíamos salvar tantas situações da vida se deixássemos o outro ter razão! Sim, para que a soberba e o orgulho caíam por terra. Não vale a pena aquelas discussões e situações em que estamos humilhando uns aos outros por disputas, superioridade e, muitas vezes, para humilhar a pessoa do outro. Não é isso que Jesus quer nem espera de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

O Reino dos Céus pertence aos pequenos

Precisamos ser pequenos, porque o Reino dos Céus não é dos grandes, dos poderosos ou dos que muito sabem

“Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”. (Lucas 9,48).

Os discípulos de Jesus estavam discutindo pelo caminho quem era o maior entre eles. A pretensão do coração humano levado pelo orgulho, pela soberba, pelos sentimentos de grandeza é prevalecer-se sobre os outros.
As pessoas estão disputando cargos, importâncias, e essas disputas vêm nas conversas, nas falas, nas trocas de acusações que há nas redes sociais e em todos os lados. É gente querendo saber mais, querendo ter toda a razão, todo o conhecimento e achando que sabem mais que todo mundo.
O que diz Jesus diante de tantas disputas e discussões sobre quem é maior, quem sabe mais e pode mais? Primeiro, Jesus se cala, Ele não entra em discussões, acusações, brigas, onde um se coloca acima do outro, porque a razão estará no coração que sabe escutar. Quando as pessoas brigam e discutem, tornam-se incapazes de escutar o outro.
Segundo, no silêncio, Jesus se refugia nas crianças, porque ninguém dá atenção para elas. A criança é um ser que vamos imaginar que nunca sabe nada, mas, na simplicidade e na minoridade delas, está a verdadeira sabedoria. Por isso, Jesus acolheu e abraçou a criança, para nos dizer que precisamos ser crianças, no sentido de que não precisamos ser os maiores, sabermos mais, sermos os mais importantes nem os mais considerados.
A humildade é o remédio que salva a humanidade, é o remédio que salva a nossa própria humanidade, decaída e corrompida pelos desejos mais egoístas. Uma criança, quanto mais criança for, mais pura e simples ela será.
Precisamos redescobrir o sentido da pureza, da simplicidade e da humildade. Não podemos ceder à guerra dos egos no mundo em que nós vivemos. Desgastamo-nos, brigamos uns com os outros, criamos disparidades, tendemos a criar divisões e confusões no meio de nós. Olhemos para uma criança, pois precisamos aprender com ela. Precisamos ser pequenos, porque o Reino dos Céus não é dos grandes, dos poderosos, dos que muito sabem, dos que se acham mais inteligentes e capazes. O Reino dos Céus é dos pequenos, é de quem tem a alma com a humildade de coração recheada com a mansidão do Evangelho.
Que Deus nos torne como as crianças, para podermos entrar no Seu Reino.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/10/2018

HOMILIA DIÁRIA

Ganhemos o Reino de Deus pela grandeza da humildade

“Houve entre os discípulos uma discussão para saber qual deles seria o maior” (Lucas 9,46).

Veja que discussão não é novidade, até entre os discípulos de Jesus havia discussões acaloradas e, muitas vezes, chegavam a ser discussões agressivas e, por vezes, por coisas tão insignificantes, mas quem está no olho do furacão, no olho da discussão quer achar sempre que tem razão, o que tem que prevalecer sempre é a sua opinião.
Na verdade, a discussão deles é a mesma nossa de cada dia. Se a discussão deles era sempre para saber quem é o maior, a nossa é para saber quem tem razão, quem manda mais, quem pode mais, quem sabe mais, quem é que prevalece. Então, estamos vendo as discussões entre marido e mulher, a discussão entre pais e filhos, entre amigos e inimigos, as discussões ideológicas, políticas, as discussões nas redes sociais, as discussões religiosas, que são frutos da soberba humana para prevalecer a razão e quem sabe mais.
E muitas das discussões são engraçadas, porque as pessoas pegam autoridades para se sentirem autoridades, dizem: “O Papa tal disse…” “O Papa Pio XII escreveu…” “O padre tal disse isso…” “O bispo disse aquilo…” “O cientista tal…”. Ou seja, quanto mais pessoas você cita, você acha que tem mais autoridade, que sabe mais, que é conhecedor e dono da razão.

Não perca o Reino de Deus por tamanha arrogância, mas ganhe-o pela grandeza da humildade

Vendo toda aquela discussão, a sabedoria do Mestre Jesus, que não discute e não perde tempo com esses entraves humanos, Ele simplesmente pegou uma criança, a levantou e disse: “Quem recebe essa criança em meu nome, é a mim que está recebendo”. Para receber o Reino dos Céus precisa não só receber a criança, mas receber quer dizer: assumir ter um coração de criança.
Aqui, chamo a atenção, primeiro, para cuidar das crianças com todo respeito e amor, mas, sobretudo, captar delas a pureza. Porque, se nós discutimos e brigamos, é porque não somos mais tão puros, mas, muitas vezes, queremos fazer prevalecer as nossas soberbas e vaidades. É preciso, primeiro, acolher a criança e o coração dela, porque aquele que entre vós for o menor, esse que é o maior para Deus.
Veja, o critério de Deus não é o critério do mundo. O critério do mundo é quem sabe mais, estudou mais, conheceu mais, quem tem mais. Já o Reino de Deus não, é quem é menor, mais humilde, mais simples, até o ignorante para Deus tem muito mais valor, tem muito mais prestígio (se o que nós gostamos é prestígio).
Não é a arrogância e nem o achar saber que nos fazem prevalecer no coração de Deus, mas aquela humildade destoante que nos faz abaixar a cabeça para ouvir de verdade o Mestre Jesus e não perdermos tempo em discussões tolas, ignorantes e arrogantes.
Não perca o Reino de Deus por tamanha arrogância, mas ganhe-o pela grandeza da humildade. As crianças têm muito a nos ensinar!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/09/2020

Oração Final
Pai Santo, que as portas da tua Igreja estejam abertas e sejam acolhedoras para todos, como o coração misericordioso de teu Filho Unigênito. Faze-nos, Pai amado, uma comunidade fraterna, capaz de receber os irmãos sem julgamentos, apenas pelo amor do Cristo Jesus, nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2012

Oração Final
Pai Santo, que a glória deste mundo não nos seduza. Faze-nos, Pai amado, simples e puros como as crianças, receptivos e acolhedores para todos os irmãos que colocas perto de nós na caminhada por este Planeta encantado que nos emprestas para que dele cuidemos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/09/2013

Oração Final
Pai Santo, que o Espírito nos dê grandeza d’alma para acolher na comunidade os irmãos que quiserem caminhar conosco, sem julgamentos e, muito menos, discriminações. Que aprendamos a viver com as lições que ouvimos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que as portas da tua Igreja estejam abertas e sejam acolhedoras para todos, como o coração misericordioso de teu Filho Unigênito. Faze-nos, amado Pai, uma comunidade fraterna, capaz de receber os irmãos sem julgamentos, apenas pelo amor do Cristo Jesus, nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, ajuda-nos a vencer as nossas paixões, o comodismo e a covardia. Assim seremos capazes de vender tudo o que pensamos possuir, para adquirir o tesouro que sabemos já estar dentro de nós (embora ainda por ser conquistado) – o teu Reino de Amor. Esse tesouro, que nem as traças e nem a ferrugem são capazes de corromper, foi-nos revelado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2020

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