segunda-feira, 8 de agosto de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 08/08/2022

ANO C


Mt 17,22-27

Comentário do Evangelho

Vosso Mestre não paga imposto?

Tendo estado na região de Cesareia de Filipe, Jesus toma a decisão de ir para Jerusalém, ciente, contudo, da repressão e perseguição que lá poderá sofrer da parte dos chefes religiosos do Templo. No caminho, por três vezes, ele adverte seus discípulos sobre isto. Os discípulos, que esperavam de Jesus atos de um messias poderoso, não entendem e ficam tristes. Em Cafarnaum, Pedro, quando interrogado se seu mestre pagava o imposto do Templo, prontamente responde que sim. Em seguida, Jesus, em particular, reformula a questão. Os reis cobram impostos dos estranhos, porém o Templo, que deveria ser o espaço de Deus, está cobrando impostos de seus filhos. Contudo, Jesus evita, no momento, criar um conflito em torno desta questão do dinheiro. A moeda encontrada na boca do peixe simboliza a providência de Deus para com seus filhos.
José Raimundo Oliva
Fonte: Paulinas em 13/08/2012

Comentário do Evangelho

A gratuidade está no centro da relação com Deus.

Trata-se do segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Os discípulos ficaram profundamente tristes (Jo 14,1). O episódio do imposto devido ao Templo é próprio a Mateus. A prescrição do tributo do Templo, cobrado inclusive dos judeus da diáspora, se encontra em Ne 10,33-38. Todo judeu do sexo masculino pagava a soma anual de duas dracmas. O Templo possuía sua própria moeda, daí os cambistas de Mt 21,12. A questão posta aos discípulos sobre se Jesus pagava o imposto ao Templo é, na verdade, uma questão posta aos cristãos: os judeus convertidos ao cristianismo devem pagar esse imposto? A resposta de Jesus vai numa dupla direção: em primeiro lugar, para instruir os discípulos há uma orientação fundamental, a saber, a relação com Deus não é mediada nem subordinada a nenhuma taxa, pois se trata de uma relação paterna em que a gratuidade está no centro dessa mesma relação; em segundo lugar, há uma solução prática e realista, uma vez que existe a obrigação que se pague a taxa (cf. Mt 22,15-22). A moeda a ser encontrada na boca do peixe é uma forma de dizer que o imposto deve ser pago com o fruto do trabalho, nesse caso, a pesca.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.
Fonte: Paulinas em 11/08/2014

Vivendo a Palavra

Pela segunda vez Jesus anuncia aos discípulos sua morte e ressurreição. E deixa seu testemunho sutil: para não provocar escândalo, Ele se submete à lei e paga o imposto do Templo, mesmo considerando-se isento, por ser um Filho de Israel e não um estrangeiro. É fundamental para a comunidade que todos respeitem as normas humanas de convivência.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2012

Vivendo a Palavra

A própria morte anunciada, não confirmava a expectativa do Messias poderoso que todos esperavam. Mas Deus é criativo: surpreendeu com a morte de Jesus e continua surpreendendo nos sinais dos tempos que vivemos. Fiquemos acordados e atentos a esses sinais para discernir neles a Presença do Criador.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Pela segunda vez Jesus anuncia aos discípulos sua morte e ressurreição. E deixa seu testemunho sutil: para não provocar escândalo, Ele se submete à lei e paga o imposto do Templo, mesmo considerando-se isento, por ser um Filho de Israel e não um estrangeiro. É fundamental para a comunidade que todos respeitem as normas humanas de convivência.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2018

Reflexão

Uma coisa é termos direito sobre algo e outra coisa é a conveniência do uso desse direito. No nosso dia a dia, muitas vezes acontece que temos que renunciar a um direito em vista de um bem maior. O próprio Jesus nos mostra essa necessidade no evangelho de hoje, quando renuncia ao direito de não parar os impostos do templo para conseguir um bem maior que está no fato de evitar escândalos. Assim, também nós devemos deixar de lado determinados direitos, que podem até demonstrar mesquinhez,quando esses podem se tornar causa de escândalos ou conflitos e fazer com que percamos um bem maior como a paz e a tranqüilidade.
Fonte: CNBB em 13/08/2012 e 11/08/2014

Reflexão

O templo de Jerusalém era considerado a casa de Deus. Aos poucos, com a venda de animais para o sacrifício, foi se tornando local de comércio. Contra esse abuso, certa vez Jesus se manifestou com vigor, expulsando daí os vendilhões. Aqui vem a questão do imposto que todo israelita deveria pagar anualmente ao templo. Alguém levantou dúvida se Jesus pagava ou não o imposto. Sim, pagava, mas como Filho de Deus estava isento. E assim os outros filhos da mesma casa de Deus estariam isentos. Entretanto, para não dar mau exemplo, nem criar indisposição contra o regime sociorreligioso da época, Jesus pede a Pedro uma parcela do seu trabalho (o primeiro peixe e a quantia suficiente) para cumprir essa obrigação. Certos costumes só se podem corrigir com tempo e muita paciência!
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 13/08/2018

Reflexão

Após fazer o anúncio de sua morte e ressureição, Jesus se depara com o dilema do imposto anual do Templo. Trata-se de um símbolo da aliança entre o Estado e a religião da época. O episódio mostra que a comunidade atenta não se deixa alienar. As leis deveriam promover a liberdade do ser humano e o cuidado com a Casa Comum. Cabe aqui o que alerta Santo Óscar Romero: “Há um critério para saber se Deus está perto de nós ou se está longe: todo aquele que se preocupa com o faminto, com o maltrapilho, o pobre, o desaparecido, o torturado está perto de Deus”. O tributo que Jesus pede aos seus seguidores é o amor, a misericórdia e a compaixão.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Você fica muito triste diante dos sofrimentos? - Como consegue recobrar ânimo? - Há muita escravidão de seres humanos ainda hoje e de vários tipos. Você teria algum exemplo para citar? - Faça algum comentário de algum caso em que os impostos devidos não são pagos e também não são bem gerenciados por quem teria obrigação disso. - Jesus paga o imposto devido para evitar escândalo. Corremos o risco de escandalizar pessoas? Mencione alguma situação.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/08/2014

Comentário do Evangelho

A ISENÇÃO DO IMPOSTO

Jesus encontrou-se numa situação constrangedora para sua consciência de Filho de Deus, quando quiseram saber se ele pagava, ou não, o imposto devido ao templo de Jerusalém. Os galileus, marginalizados do contexto religioso judaico, recusavam-se a pagá-lo. Isso gerava sérios conflitos. A resposta de Pedro aos cobradores de impostos mostra que Jesus não estava disposto a criar confusão por algo sem relevância. Entretanto, Jesus tinha consciência de estar dispensado de recolher o imposto do templo, tido como o lugar escolhido por Deus para estabelecer sua habitação. Sua condição de Filho de Deus isentava-o deste imposto.
A submissão de Jesus à exigência da Lei tinha uma motivação pastoral. Ele não queria escandalizar os cobradores de impostos, ou seja, não queria criar neles resistência em relação ao Reino, nem fechá-los para uma eventual acolhida de sua mensagem. Uma atitude intransigente de Jesus, neste caso, poderia ter como efeito afastar dele pessoas que já não gozavam da estima do povo. Para elas Jesus se sentia enviado de modo especial.
Foi Pedro quem pagou o imposto por si e por Jesus. Este gesto singelo ligava, definitivamente, seu destino ao do Mestre. Apesar dos percalços por que passaria sua relação com o Mestre, a sorte de ambos estava irremediavelmente ligadas.
Oração
Senhor Jesus, que eu me sinta livre diante de certas exigências humanas, tendo sempre em vista atrair as pessoas para o Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que na vossa misericórdia, atraístes santa Clara ao amor da pobreza, concedei, por sua intercessão, que, seguindo o Cristo com um coração de pobre, vos contemplemos um dia em vosso reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 11/08/2014

Meditando o evangelho

NÃO SEJA JUIZ DO PRÓXIMO

O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Essa proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!
Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Ele tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer e não sua salvação. Em contrapartida, o juiz alheio prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. A forma minuciosa como a vida alheia é analisada de nada serve para que ele perceba a enormidade de suas faltas.
É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver tranqüilamente com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação querida para o outro.
O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que cada um usou no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode se enganar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu não queira ser juiz do meu próximo e, sim, use para com ele a mesma misericórdia que espero receber de ti.
Fonte: Dom Total em 13/08/2018

Comentário ao Evangelho

UM GESTO DE LIBERDADE

A comunidade primitiva via-se às voltas com o problema da relação com o judaísmo, e tudo quanto lhe dizia respeito. Havia os defensores da observância dos costumes e tradições judaicos; havia, também, quem postulava liberdade em relação às coisas do passado.
O episódio evangélico parece situar Jesus e Pedro no primeiro grupo. Contudo, a conduta do Mestre revela prudência, ou seja, evitar escandalizar quem não estivesse preparado para defrontar-se com um gesto de liberdade. Em última análise, seu pensamento segue numa direção bem diferente.
O pagamento do imposto ao templo era obrigatório para todo israelita, mesmo para os que habitavam fora da Palestina. Os cobradores do imposto, ao interrogar Pedro sobre o costume de Jesus a respeito desse imposto, suspeitavam que o Mestre se recusava a pagá-lo, numa forma de ruptura com os esquemas sócio-religiosos da época. O discípulo lhes respondeu: "Sim, paga!" E foi pedir a Jesus a soma suficiente para cumprir essa obrigação.
Este não põe dificuldade, mas reflete com Pedro a respeito do que estão fazendo. De fato, por ser Filho (de Deus), está isento desta obrigação geral. No entanto, está disposto a abrir mão desse seu direito, só para não ser motivo de escândalo. Foi suficientemente livre para fazer algo sem sentido. Contudo, nessa situação, era mais importante não indispor os cobradores de impostos em relação à fé.

HOMILIA

O FILHO DO HOMEM SERÁ MORTO

Os discípulos ficaram tristes quando Jesus lhes disse que iria ser entregue nas mãos dos homens. Eles ainda não tinham percebido que neste mundo, todos estão sujeitos às leis, às regras e exigências dos homens. Não podemos nos esquivar das obrigações, dos compromissos e até mesmo do sofrimento que o mundo nos impõe. Jesus deu o exemplo de entregar-se por amor a humanidade e deixar-se crucificar, mesmo sem ter nenhuma culpa. Ele, como homem, também nos ensinou que embora sejamos livres, filhos de Deus, nós temos encargos e obrigações sociais as quais temos de cumprir-las como pagar impostos e taxas.
A comunidade cristã não é a reprodução de uma sociedade que se baseia na riqueza e no poder. Nela, é maior ou mais importante aquele que se converte, deixando todas as pretensões sociais, para pertencer a um grupo que acolhe fraternalmente Jesus na pessoa dos pequenos, fracos e pobres.
O problema é pagar o imposto do Templo, e o imposto imperial. O imposto implica domínio sobre os bens da pessoa. Esses bens, em primeiro lugar, são de Deus. E os homens são filhos de Deus, antes de ser súditos de qualquer poder. Portanto, eles não têm obrigação de pagar impostos. A razão para pagá-lo é livre e secundária: evitar escândalo. O confronto e a ruptura entre Jesus e as instituições se dá nesse nível mais profundo e decisivo, que supera a própria instituição do Estado e do Templo.
O cristão verdadeiro segue o modelo de Jesus: para não escandalizar, paga as suas obrigações, o que lhe é cobrado para o bem estar social. A nossa fé também se manifesta por meio da abertura do nosso “bolso”. Deus proverá para nós tudo de quanto precisamos para cumprirmos com os nossos compromissos sociais. O seguimento a Jesus não nos isenta de também participarmos do crescimento e conservação da obra por Deus criada.
Você tem consciência de que mesmo sendo livre, filho de Deus, você tem obrigações para com os homens? – Você costuma pagar os seus compromissos sociais sem murmurar? – O que Jesus o ensinou neste Evangelho?
Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 11/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Comentada2 em 11/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Sou capaz de abrir mão dos meus direitos?

Postado por: homilia
agosto 13th, 2012

Jesus abre mão dos direitos de “Filho do Dono” – até mesmo do poder temporal e econômico. No Evangelho de hoje, estamos diante de dois problemas.
O primeiro problema consiste em pagar o imposto do Templo que se vai resumir na entrega de Jesus a Seu Pai. E, por isso, fala da morte pela qual será necessário passar para poder ter vida eterna com o Seu Pai: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele será ressuscitado”. Todavia, os discípulos não entendem logo de primeira. E por isso ficam tristes. A tristeza deles pode ser também a minha e a sua, quando nos tornamos inimigos da Cruz de Cristo ao fugirmos do sofrimento e da mortificação por amor ao Reino dos Céus.
O segundo problema é o imposto imperial. Partamos do princípio de que “imposto” implica num domínio sobre os bens da pessoa. Por isso, Jesus pergunta a Simão: “O que é que você acha? Quem paga impostos e taxas aos reis deste mundo? São os cidadãos do país ou são os estrangeiros?” A resposta de Pedro foi clara e nos fez ouvir tudo o que deveríamos ouvir sobre como os grandes tiranizam os estrangeiros, os pobres e excluídos da sociedade.
Eles [os tiranos] fazem uso dos bens que, em princípio vindos de Deus, deveriam ser bem geridos para o bem comum de todos os homens e mulheres. Pois esses bens são pertenças de Deus assim como os homens são filhos de Deus, antes de ser súditos de qualquer poder. E se eles tivessem em mente que os bens são dos “filhos do Dono” – no caso “Dono”, aqui, faz referência a Deus de quem tudo tem a sua origem e destino – não teriam exigido das pessoas o pagamento de impostos. E, portanto, eles não teriam a obrigação de pagar impostos.
O confronto e a ruptura entre Jesus e as instituições se dão no nível mais profundo e decisivo, que supera a própria instituição do Estado e do Templo. Senão vejamos: o pagamento do imposto ao Templo era obrigatório para todo israelita, mesmo para os que habitavam fora da Palestina. Os cobradores do imposto, ao interrogar Pedro sobre o costume de Jesus a respeito desse imposto, julgavam que Ele se recusava a pagá-lo, numa forma de ruptura com os esquemas sócio-religiosos da época. O discípulo lhes respondeu:“Sim, paga!” E foi pedir a Jesus a soma suficiente para cumprir essa obrigação.
Este não põe dificuldade, mas reflete com Pedro a respeito do que estão fazendo. De fato, por ser Filho do Dono de tudo, como disse anteriormente, está isento desta obrigação geral. No entanto, está disposto a abrir mão desse seu direito. A razão é simples: embora seja livre e secundário pagá-lo, Ele o faz para evitar escândalo. Assim, apesar de não fazer sentido, livremente paga. Contudo, nessa situação, era mais importante não indispor os cobradores de impostos em relação à fé.
A conduta do Mestre revela prudência, ou seja, evitar escandalizar quem não estivesse preparado para defrontar-se com um gesto de liberdade. Em última análise, Seu pensamento segue numa direção bem diferente: Jesus mostra, uma vez mais, qual é a verdadeira missão do Messias, ou seja, dar a própria vida e ressuscitar.
Quantas pessoas neste mundo não conseguem abrir mão de certos direitos que possuem, mesmo quando está em jogo a vida, o casamento, o relacionamento, o emprego só porque tal pessoa é “isso” ou “aquilo”? Preferem jogar tudo fora. Inclusive a vida do irmão, da irmã, da esposa, do esposo, do funcionário, colega… Enfim, para defender os seus privilégios.
Peçamos ao Espírito de liberdade que nos torne capazes de abrir mão de certos direitos, quando estiver em jogo os interesses do Reino dos Céus na vida das pessoas.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 13/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Os cristãos não podem fugir das leis e de suas obrigações

O cristão não pode se omitir de suas obrigações, o cristão não pode fugir de um momento como este de assumir a sua responsabilidade, de ir às urnas e votar, de cumprir com as suas obrigações e com seus deveres para com a sociedade, de pagar seus impostos e suas taxas.

Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mateus 17, 27).

Jesus fala dos Seus sofrimentos, daquilo que os homens vão realizar contra Ele, como O matarão, como O perseguirão; e o mais importante: o Seu triunfo final, a Sua vitória sobre a morte. Os cobradores de impostos do Templo questionaram Pedro: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” E Pedro, por medo, respondeu: “Sim, paga” (Mateus 17, 24). Por isso ele [Pedro] questiona Jesus se é justo ou não os pagar. É como se o Senhor dissesse ao apóstolo: os impostos, Pedro, são cobrados pelos estranhos, não pelos filhos. Mas para não escandalizar essa gente, vá ao mar, vá à divina providência, vá até a natureza, vá à vida, vá aonde você trabalhou toda a vida pescando e tire de lá o imposto a ser pago para o Templo.
Deixe-me dizer uma coisa a você: pode parecer difícil, para muitos de nós, cumprir certos deveres e certas obrigações que o Estado nos impõe com os impostos e os tributos que devemos pagar. E aqui não queremos fazer uma avaliação técnico-jurídica, e muito menos política ou econômica, se estes são justos ou não. É óbvio que há muitos impostos injustos, sobretudo quando sabemos que há desvios de verbas, as quais não são aplicadas onde deveriam ser aplicadas. Mas isso não isenta nenhum cristão, nenhum homem e nenhuma mulher, de cumprir os seus deveres para com o Estado. E é mais escandaloso, segundo Jesus, nós cristãos fugirmos de cumprir as nossas obrigações. Pague a quem você deve, não é justo pegar dinheiro emprestado e não pagar ou não dar satisfação a quem você deve.
Eu sei que os juros são horríveis e injustos, mas, uma vez, que nós fizemos este ou aquele financiamento, é nossa obrigação cumprirmos com os nossos deveres. Da mesma forma, os pedágios podem ser caros, mas nós precisamos pagá-los; preços de passagem, disso ou daquilo, muitas vezes, parecem pesados ao nosso bolso. Existem outras maneiras de reivindicarmos vida melhor, uma delas é o voto consciente, responsável, pensado – não em nós, nos nossos interesses  , mas sim no interesse maior da sociedade!
O cristão não pode se omitir de suas obrigações, o cristão não pode fugir de um momento como este de assumir a sua responsabilidade, de ir às urnas e votar, de cumprir com as suas obrigações e com seus deveres para com a sociedade, de pagar seus impostos e suas taxas. Nós podemos, sim, questionar se algo é correto ou se não é correto. O que não podemos é deixar de cumprir as leis e as nossas obrigações!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

O cuidado com a casa do Senhor compete aos filhos

Não deixe de cumprir as suas obrigações com a casa do Senhor pagando o seu dízimo, dando a sua contribuição amorosa e generosa

“Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mateus 17,27).

Os discípulos de Jesus estavam sendo questionados se, por acaso, Jesus pagava o imposto do Templo. Jesus não respondeu nem que ‘sim’ e nem que ‘não’, Ele primeiro interrogou o sentido mais profundo das coisas. “De quem os reis cobram os impostos: dos filhos ou dos estranhos?”. Pedro respondeu: “Dos estranhos!”.
Os estranhos são aqueles que não são tidos como filhos. Não somos estranhos na casa de Deus, no mundo que Ele criou nós somos filhos. A verdade é que o mundo nos trata como estranhos, e vivemos neste mundo com a estranheza de não pertencermos a este mundo, por sermos de Deus.
Está aí algumas coisas que são importantes para a nossa reflexão de hoje. Quando pagamos os nossos impostos, não significa que nós concordamos com eles. Pois, muitos dos impostos e das taxas que pagamos são injustas, demasiadas, desonestas e, muitas vezes, não são usadas da maneira correta. Mas não concordando, não achando o caminho da justiça por meio delas, não podemos escandalizar, precisamos cumprir com as nossas obrigações.
A primeira das nossas obrigações é com Deus, com a casa de Deus e com as coisas d’Ele. O imposto que se cobrava de Jesus ou dos seus discípulos eram referentes ao imposto do Templo. Não pagamos impostos aos nossos templos, pagamos o dízimo, damos a nossa contribuição com as nossas ofertas. Faça isso de coração, não faça isso como um estranho, mas como um filho.
O filho tem obrigação com as coisas do Senhor, de cuidar da casa do Senhor. Não encontramos Jesus pregando o dízimo, não encontramos Jesus obrigando ninguém a pagar o dízimo e nem ligando a fé ao condicionamento de se pagar o dízimo, mas Ele nos apresenta como um exemplo, um desprendimento, como alguém que não escandaliza e quer cuidar daquilo que são as obrigações.
Não deixe de cumprir as suas obrigações com a casa do Senhor pagando o seu dízimo, dando a sua contribuição amorosa e generosa. Faça isso como filho!
Mas, se o mundo nos trata como estranhos, mesmo como estranhos paguemos os nossos impostos, nossas contribuições e não sejamos motivo de escândalo. Sejamos exemplo para o mundo em que vivemos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/08/2018

Oração Final
Pai Santo, tu nos colocaste no seio de uma comunidade. Concede-nos também, Pai amado, sermos nela testemunhas de teu Amor, reconhecendo cada ser humano como filho do Teu Amor e nosso irmão. Assim viveu e nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2012

Oração Final
Pai Santo, que de tantas maneiras te manifestas, discreto bastante para não invadir nossa liberdade, mas transparente para ser percebido pelos corações puros, ilumina-nos para que sintamos Tua Presença Criadora em nós e no nosso meio, e a anunciemos aos irmãos. Pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, tu nos colocaste no seio de uma comunidade. Concede-nos também, Pai querido, sermos nela testemunhas de tua Misericórdia, reconhecendo cada ser humano como filho do Teu Amor e, por isto, nosso irmão. Assim viveu e nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2018

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