domingo, 12 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/08/2018

ANO B


Mt 17,22-27

Comentário do Evangelho

Vosso Mestre não paga imposto?

Tendo estado na região de Cesareia de Filipe, Jesus toma a decisão de ir para Jerusalém, ciente, contudo, da repressão e perseguição que lá poderá sofrer da parte dos chefes religiosos do Templo. No caminho, por três vezes, ele adverte seus discípulos sobre isto. Os discípulos, que esperavam de Jesus atos de um messias poderoso, não entendem e ficam tristes. Em Cafarnaum, Pedro, quando interrogado se seu mestre pagava o imposto do Templo, prontamente responde que sim. Em seguida, Jesus, em particular, reformula a questão. Os reis cobram impostos dos estranhos, porém o Templo, que deveria ser o espaço de Deus, está cobrando impostos de seus filhos. Contudo, Jesus evita, no momento, criar um conflito em torno desta questão do dinheiro. A moeda encontrada na boca do peixe simboliza a providência de Deus para com seus filhos.
José Raimundo Oliva
Fonte: Paulinas em 13/08/2012

Vivendo a Palavra

Pela segunda vez Jesus anuncia aos discípulos sua morte e ressurreição. E deixa seu testemunho sutil: para não provocar escândalo, Ele se submete à lei e paga o imposto do Templo, mesmo considerando-se isento, por ser um Filho de Israel e não um estrangeiro. É fundamental para a comunidade que todos respeitem as normas humanas de convivência.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

Pela segunda vez Jesus anuncia aos discípulos sua morte e ressurreição. E deixa seu testemunho sutil: para não provocar escândalo, Ele se submete à lei e paga o imposto do Templo, mesmo considerando-se isento, por ser um Filho de Israel e não um estrangeiro. É fundamental para a comunidade que todos respeitem as normas humanas de convivência.

Reflexão

Uma coisa é termos direito sobre algo e outra coisa é a conveniência do uso desse direito. No nosso dia a dia, muitas vezes acontece que temos que renunciar a um direito em vista de um bem maior. O próprio Jesus nos mostra essa necessidade no evangelho de hoje, quando renuncia ao direito de não parar os impostos do templo para conseguir um bem maior que está no fato de evitar escândalos. Assim, também nós devemos deixar de lado determinados direitos, que podem até demonstrar mesquinhez,quando esses podem se tornar causa de escândalos ou conflitos e fazer com que percamos um bem maior como a paz e a tranqüilidade.
Fonte: CNBB em 13/08/2012

Reflexão

O templo de Jerusalém era considerado a casa de Deus. Aos poucos, com a venda de animais para o sacrifício, foi se tornando local de comércio. Contra esse abuso, certa vez Jesus se manifestou com vigor, expulsando daí os vendilhões. Aqui vem a questão do imposto que todo israelita deveria pagar anualmente ao templo. Alguém levantou dúvida se Jesus pagava ou não o imposto. Sim, pagava, mas como Filho de Deus estava isento. E assim os outros filhos da mesma casa de Deus estariam isentos. Entretanto, para não dar mau exemplo, nem criar indisposição contra o regime sociorreligioso da época, Jesus pede a Pedro uma parcela do seu trabalho (o primeiro peixe e a quantia suficiente) para cumprir essa obrigação. Certos costumes só se podem corrigir com tempo e muita paciência!
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

NÃO SEJA JUIZ DO PRÓXIMO

O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Essa proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!
Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Ele tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer e não sua salvação. Em contrapartida, o juiz alheio prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. A forma minuciosa como a vida alheia é analisada de nada serve para que ele perceba a enormidade de suas faltas.
É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver tranqüilamente com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação querida para o outro.
O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que cada um usou no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode se enganar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu não queira ser juiz do meu próximo e, sim, use para com ele a mesma misericórdia que espero receber de ti.

HOMILIA DIÁRIA

Sou capaz de abrir mão dos meus direitos?

Postado por: homilia
agosto 13th, 2012

Jesus abre mão dos direitos de “Filho do Dono” – até mesmo do poder temporal e econômico. No Evangelho de hoje, estamos diante de dois problemas.
O primeiro problema consiste em pagar o imposto do Templo que se vai resumir na entrega de Jesus a Seu Pai. E, por isso, fala da morte pela qual será necessário passar para poder ter vida eterna com o Seu Pai: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele será ressuscitado”. Todavia, os discípulos não entendem logo de primeira. E por isso ficam tristes. A tristeza deles pode ser também a minha e a sua, quando nos tornamos inimigos da Cruz de Cristo ao fugirmos do sofrimento e da mortificação por amor ao Reino dos Céus.
O segundo problema é o imposto imperial. Partamos do princípio de que “imposto” implica num domínio sobre os bens da pessoa. Por isso, Jesus pergunta a Simão: “O que é que você acha? Quem paga impostos e taxas aos reis deste mundo? São os cidadãos do país ou são os estrangeiros?” A resposta de Pedro foi clara e nos fez ouvir tudo o que deveríamos ouvir sobre como os grandes tiranizam os estrangeiros, os pobres e excluídos da sociedade.
Eles [os tiranos] fazem uso dos bens que, em princípio vindos de Deus, deveriam ser bem geridos para o bem comum de todos os homens e mulheres. Pois esses bens são pertenças de Deus assim como os homens são filhos de Deus, antes de ser súditos de qualquer poder. E se eles tivessem em mente que os bens são dos “filhos do Dono” – no caso “Dono”, aqui, faz referência a Deus de quem tudo tem a sua origem e destino – não teriam exigido das pessoas o pagamento de impostos. E, portanto, eles não teriam a obrigação de pagar impostos.
O confronto e a ruptura entre Jesus e as instituições se dão no nível mais profundo e decisivo, que supera a própria instituição do Estado e do Templo. Senão vejamos: o pagamento do imposto ao Templo era obrigatório para todo israelita, mesmo para os que habitavam fora da Palestina. Os cobradores do imposto, ao interrogar Pedro sobre o costume de Jesus a respeito desse imposto, julgavam que Ele se recusava a pagá-lo, numa forma de ruptura com os esquemas sócio-religiosos da época. O discípulo lhes respondeu:“Sim, paga!” E foi pedir a Jesus a soma suficiente para cumprir essa obrigação.
Este não põe dificuldade, mas reflete com Pedro a respeito do que estão fazendo. De fato, por ser Filho do Dono de tudo, como disse anteriormente, está isento desta obrigação geral. No entanto, está disposto a abrir mão desse seu direito. A razão é simples: embora seja livre e secundário pagá-lo, Ele o faz para evitar escândalo. Assim, apesar de não fazer sentido, livremente paga. Contudo, nessa situação, era mais importante não indispor os cobradores de impostos em relação à fé.
A conduta do Mestre revela prudência, ou seja, evitar escandalizar quem não estivesse preparado para defrontar-se com um gesto de liberdade. Em última análise, Seu pensamento segue numa direção bem diferente: Jesus mostra, uma vez mais, qual é a verdadeira missão do Messias, ou seja, dar a própria vida e ressuscitar.
Quantas pessoas neste mundo não conseguem abrir mão de certos direitos que possuem, mesmo quando está em jogo a vida, o casamento, o relacionamento, o emprego só porque tal pessoa é “isso” ou “aquilo”? Preferem jogar tudo fora. Inclusive a vida do irmão, da irmã, da esposa, do esposo, do funcionário, colega… Enfim, para defender os seus privilégios.
Peçamos ao Espírito de liberdade que nos torne capazes de abrir mão de certos direitos, quando estiver em jogo os interesses do Reino dos Céus na vida das pessoas.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 13/08/2012

Oração Final
Pai Santo, tu nos colocaste no seio de uma comunidade. Concede-nos também, Pai amado, sermos nela testemunhas de teu Amor, reconhecendo cada ser humano como filho do Teu Amor e nosso irmão. Assim viveu e nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, tu nos colocaste no seio de uma comunidade. Concede-nos também, Pai querido, sermos nela testemunhas de tua Misericórdia, reconhecendo cada ser humano como filho do Teu Amor e, por isto, nosso irmão. Assim viveu e nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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