sexta-feira, 5 de agosto de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 05/08/2022

ANO C


Mt 16,24-28

Comentário do Evangelho

Deus é surpreendente.

Na perícope precedente (Mt 16,13-23), depois que Jesus anuncia sua paixão, morte e ressurreição, Pedro tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho: “Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’” (v. 22). Um Messias passar pela morte? Impensável! Mas Deus é surpreendente. É preciso confiança para poder compreender seu caminho. Não é que Pedro estivesse preocupado com o destino de Jesus. O anúncio da paixão é frustrante para Pedro; o Messias que está diante dele não é o que ele esperava ter encontrado. É que ele não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens. Há uma condição imposta pelo Senhor para ser seu discípulo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (v. 24). Renunciar a si mesmo não é negar a própria história, mas viver a sua existência nesse dinamismo de entrega a Deus e ao próximo. Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida. Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como algo grandioso; é renunciar a todo tipo de egoísmo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina.
Fonte: Paulinas em 09/08/2013

Comentário do Evangelho

Renunciar a si mesmo” é a opção por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio.

A incredulidade dos discípulos se manifesta na atitude de Pedro, que tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho. Era inconcebível para um judeu do tempo de Jesus pensar num Messias que tivesse que passar pelo sofrimento e pela morte. Certamente o anúncio da paixão e da morte de Jesus foi frustrante para Pedro, assim como para os discípulos, de modo geral (cf. Lc 24,16-21). O Messias que anuncia sua paixão e morte não é o Messias que Pedro esperava e pensava ter encontrado. O ensinamento de Jesus ainda não tinha penetrado o mais profundo do coração de Pedro para poder converter sua mentalidade. Por isso, Jesus o acusa de não pensar as coisas de Deus, mas de modo puramente humano, sem se deixar iluminar e mover pela vontade de Deus. Há uma condição indispensável para seguir Jesus: confiança nele. “Renunciar a si mesmo” não significa negar-se ou anular-se, nem tampouco negar a própria história, mas viver a existência humana impulsionado por esse dinamismo de entrega radical da vida a Deus e ao próximo. “Renunciar a si mesmo” é a opção por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como graça; enfim, é renunciar a todo tipo de egoísmo para ser “como o Mestre”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina.
Fonte: Paulinas em 08/08/2014

Vivendo a Palavra

O Mestre ensina que a condição para segui-lo é vencer o egoísmo. Salvaremos nossa vida priorizando o cuidado com os irmãos de caminhada, esquecendo-nos de nós mesmos e servindo sem discriminações a todos, generosamente e não esperando nenhum tipo de retribuição, nem mesmo a gratidão.
Fonte: Arquidiocese em 09/08/2013

Vivendo a Palavra

Qual é a minha cruz – aquela que Jesus pede que eu carregue? Ela está bem perto, não preciso procurá-la lá longe: sendo humano, sou solidário com todos os seres criados; como Cristão, devo saborear desde já, com alegria e gratidão, os sinais do Reino de Deus; como ser social, devo viver com honestidade meus deveres de estado.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Não há vida a ser salva para aquele que já possui a Vida – que significa o Espírito de Deus habitando nele. Tudo é dom do Pai Misericordioso e nos foi trazido pelo Cristo Jesus. O Reino de Deus não é uma realidade futura, Vida para depois da morte, mas já está presente em nós, embora ainda não em sua plenitude, enquanto caminhamos seguindo os passos de Jesus de Nazaré, na prática do Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2020

Reflexão

Seguir a Jesus Cristo significa renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz. A vida toda de Jesus foi viver esta palavra que está no Evangelho de hoje, Jesus sempre renunciou a si mesmo, ele nunca viveu em função de si próprio, nunca buscava a sua realização ou a satisfação de interesses humanos. Ele sempre procurou viver para os seus irmãos e para suas irmãs, estava sempre pronto para servir e não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou, de modo que a sua vida foi a constante busca da realização do Reino de Deus e o mistério da cruz foi a coroação de toda uma vida vivida não para si, mas para os outros e para Deus. Quem quer ser discípulo de Jesus deve viver segundo os seus ensinamentos e seguir este seu grande exemplo.
Fonte: CNBB em 09/08/2013 e 08/08/2014

Reflexão

No centro do discurso, a cruz. Com a morte de Jesus, a cruz se torna símbolo de fidelidade aos planos de Deus e de luta pela justiça. Com efeito, Jesus morreu na cruz, porque se colocou do lado da multidão pobre, doente, marginalizada e oprimida. Sofreu a humilhação da cruz, porque não fez aliança com os poderosos, nem aceitou suas falsidades e exploração. Morreu crucificado, porque não se acovardou diante das ameaças dos inimigos, nem mutilou a verdade de sua mensagem. Foi pregado na cruz, porque se manteve totalmente fiel à vontade do Pai, com quem vivia em constante comunhão e sintonia. A partir de Jesus, a cruz se torna sinal de vitória, triunfo da verdade e fidelidade a Deus e à pregação do evangelho. Todo cristão é convidado a tomar a própria cruz e seguir Jesus até o fim.
Oração
Ó Jesus, Caminho, Verdade e Vida, a teus discípulos, e a nós, deixas orientação segura: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Dá-nos, Senhor, não só a compreensão de tuas palavras, mas também a força para aplicá-las em nossa vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 07/08/2020

Reflexão

O seguimento de Jesus requer renúncias e escolhas. Diferente de muitas propostas de felicidade que podemos receber, a proposta de Jesus não é de vida fácil, mas implica desafios e dificuldades. Segui-lo é mudar de rota: deixar uma vida centrada em si mesmo e fixar os olhos nele, doando-se em vista do Reino de Deus. Nisso consiste o verdadeiro sentido da vida. Renuncia-se ao supérfluo e a inúmeras ofertas de felicidade para abraçar o profundo, que é o próprio Jesus. Ele não é uma ideia, tampouco um partido. Ele é uma Pessoa, plena de ternura e misericórdia. Nele, com ele e por ele, a vida se torna plena, desde agora, para se tornar mais plena ainda na eternidade.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Jesus nos repete a pergunta! O que adianta ganhar tudo neste mundo e se esquecer que tem algo mais além disso? - Como você carrega sua cruz? - Em que vida você aposta a sua? Nesta ou na outra? - Você não corre o risco de trocar a vida eterna por coisas perecíveis desta vida? - Você está juntando muitas obras boas para a vida eterna?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/08/2013 e 08/08/2014

Meditando o evangelho

RENUNCIAR A SI MESMO

O seguimento de Jesus exige do discípulo renunciar a si mesmo e ser capaz de defrontar-se com a cruz, resultante desta sua opção.
A renúncia de si mesmo predispõe o discípulo a acolher a proposta de Jesus, sem subordiná-la aos seus projetos pessoais, e sem privá-la daqueles elementos que não convém. O discípulo abraça a proposta de Jesus, assim como ela é, sem adaptações. Para isto, precisa superar seu comodismo e tudo quanto o impede de ser generoso.
Tomar a cruz significa assumir sua opção pelo Reino até as últimas conseqüências, mesmo as mais dolorosas. A cruz do discipulado não se identifica com um sofrimento ou com uma morte quaisquer. Muito menos essa cruz é buscada por si mesma, numa atitude velada de masoquismo. A cruz aparece na vida do discípulo quando, permanecendo fiel ao Reino, ele não pactua com as solicitações do mal, a ponto de atrair sobre si a ira de seus adversários. Ela resulta da fidelidade a Deus.
O discípulo reconhece estar em jogo, aqui, a sua própria salvação. O alerta de Jesus é inequívoco: quem pretende desviar-se da cruz, pensando, assim, poder salvar-se, coloca-se no caminho da condenação; quem, pelo contrário, enfrenta a cruz por causa de Jesus, encontrará a salvação. Por conseguinte, a sabedoria do discipulado passa pela cruz.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

Oração
Espírito de fidelidade ao Reino, torna-me capaz de viver a sabedoria da cruz, sem deixar-me seduzir pelos apelos egoístas do meu coração.
Fonte: Dom Total em 07/08/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Perder para ganhar...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este evangelho é sequência de Mateus 16,13 – 23, refletido ontem, onde o Apóstolo Pedro deu aquela resposta linda e maravilhosa e que mereceu de Jesus um belo elogio, Pedro é um homem iluminado por Deus e por isso deu aquela resposta tão verdadeira e reveladora que culminou com a sua nomeação para ser o Chefe dos Apóstolos e da sua Igreja, ponto de ligação entre o Céu e a Terra.
Estaria tudo lindo e maravilhoso para os discípulos se a história parasse por aí, porém, Jesus retoma as lições para a prova final dos seus discípulos. A pedagogia de Jesus é perfeita, parece que o Grupo, representado por Pedro, entendeu uma parte da lição, sobre a sua identidade Messiânica, e agora é preciso avançar com as lições, subir para outro nível aproveitando o momento.
Eles já sabem quem é Jesus, ele é o Cristo, o Filho de Deus vivo... Portanto, o Messias esperado. Haviam sido aprovados na primeira avaliação. Agora Jesus começa a lição mais difícil: revelar a eles como é que ele iria realizar a sua obra de Salvação. Eu imagino a cara dos discípulos durante essa “aula” com o maior de todos os Mestres...
O Discipulado implica em renúncia a si mesmo, e aceitação da cruz. Mais do que isso, o discipulado implica em um “Perder”. Eis aí três palavras proibidas nos dias de hoje: Renúncia a si mesmo, aceitar a cruz, e perder... Diante da expectativa de um Messias arrasador, vitorioso e implacável com os seus inimigos, essa lição nova foi um balde de água fria em cima dos discípulos. O mesmo acontece para quem sonha com num Cristianismo sem sacrifícios e renúncias, sem calvário e sem cruz, parece que o homem dos nossos tempos tornou-se especialista em arrancar Jesus da cruz, só se quer a glória e o poder Divino, mas calvário e cruz, todo mundo quer BEM... Longe.
É bom compreendermos que Jesus não está incentivando uma religião alienadora, vivida de maneira angelical, e que despreza as coisas desse mundo. Nem é um incentivo para que o homem busque o sofrimento, pois Deus não é masoquista. O sofrimento é consequência do Amor. Quem ama verdadeiramente as pessoas, sofre com elas e por elas. Por acaso não sofre uma Mãe que vê o seu Filho envolvido nas drogas ou na delinquência?  Esposa traída, mas que ama o seu marido e quer ficar ao seu lado? O Filho que tem um Pai alcoólatra... Em todos esses casos, quem ama de verdade não arreda pé, não abandona o barco, não deixa a pessoa entregue a própria sorte, mas luta, sofre, chora com o outro.
Assim Jesus age para nos dar a Salvação. Não foi a tortura dos açoites, dos cravos e da coroa de espinhos, que nos salvou, mas o Amor que naquele momento ele demonstrou. Nós cristãos católicos não adoramos a cruz enquanto instrumento de tortura, isso seria masoquismo, mas a cruz onde o Nosso Senhor nos amou. Não desistiu mesmo quando percebeu que acabaria sozinho, traído e negado pelos amigos, pela comunidade, que deveria ser a primeira a reconhecê-lo e apoiá-lo, pela família que o achava um Louco. Mas o seu Amor pela humanidade e a Fidelidade ao Pai, o levou a superar tudo isso.
O Nosso discipulado traz essas marcas da paixão do Senhor em nossa vida, são marcas que comprovam que a Fé é autêntica. A Cruz sempre será a nossa marca registrada, sinal de um Amor grandioso, belo, gratuito e incondicional. Esse é o caminho de Jesus por onde todos também caminhamos, ou deveríamos caminhar...

2. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? - Mt 16,24-28
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus tomou a sua cruz e foi à frente de todos nós até chegar ao Calvário, onde a mesma cruz foi plantada sobre o universo. Desde então “a cruz está fixa enquanto o mundo gira”. Este lema dos monges Cartuxos representa a estabilidade da Ordem em meio às mudanças do mundo. Firmemente apoiada na cruz de Cristo, esta Ordem religiosa, fundada por São Bruno em 1084, nunca foi “reformada porque nunca foi deformada”, carregando a cruz por 936 anos, atrás de Jesus Cristo. A Transfiguração do Senhor no Tabor alivia a visão da cruz, mas não a anula. Ela está presente em nossa vida, no que ela significa de peso e dor, nos crucifixos que colocamos em toda parte, no sinal da cruz que traçamos sobre nós mesmos. Não fugimos da realidade da cruz. Podemos até dizer com São Luís de Montfort: “Que cruz, quando não há cruz”, mas ela não é fácil nem leve. Um pouco de paciência e ela se tornará ponte, daqui para lá, da terra para o céu. Os monges Cartuxos têm esse nome porque sua primeira comunidade se estabeleceu num lugar na França chamado “Cartuxa” em nossa língua. No Brasil, a Ordem tem um mosteiro em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Fonte: NPD Brasil em 07/08/2020

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentda2 em 08/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não fuja da sua cruz, abrace-a

É quando a cruz pesa que o Senhor está conosco, está nos dando forças para carregá-la. Não fuja da sua cruz, abrace-a.

E Jesus disse aos apóstolos: Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la” (Mt 16,24-25).

Nós já ouvimos isso tantas vezes do coração de Jesus, mas cada vez que escutamos isso, precisa ser novo para nós, porque, muitas vezes, desanimamos com a nossa cruz e dizemos: “Senhor, a cruz é muito pesada e eu não vou dar conta”.
Até creio que, se for sozinho, você não dará conta. Creio que sozinho, muitas vezes, a cruz de cada um se torna pesada e insuportável, por isso temos vontade de abandoná-la, renunciá-la, correr dela, desprezá-la, mas é ela que nos salva.
Mas que cruz é essa? Ela não representa simplesmente as coisas ruins; ao contrário, a cruz é sinal de salvação, não de maldição; é sinal de bênção e significa abraçar as condições de vida que temos com todo amor do nosso coração.
Muitas vezes, para a mãe, para a família, para o marido, para os filhos ela se torna um peso – são as dificuldades de criar os filhos, a dificuldade de vê-los doentes, de ver um filho que nasceu com essa ou com aquela deficiência. Muitas vezes, são dolorosas as condições de vida que passamos, as dificuldades que enfrentamos, as aflições que nos visitam em cada situação. Quando vemos a cruz pesar, pensamos que Deus se esqueceu de nós, mas é quando a cruz pesa que o Senhor está conosco, está nos dando forças para carregá-la. Não fuja da sua cruz, abrace-a.
Quero orar com você, pedir que o Senhor lhe dê forças: “Dai forças a cada um de nós, meu Pai. Senhor nosso Deus, olhai para nossas fraquezas, olhai para as dificuldades que nós temos de suportar nas situações da vida. Sim, meu Pai, tenha misericórdia de nós, misericórdia de todas as vezes que ficamos impacientes, que perdemos as estribeiras, das vezes que perdemos até a nossa fé, porque não conseguimos ser firmes diante das situações contrárias que acontecem em nossa vida. Ajude-nos, Senhor, a não desanimar, a carregar, com mais firmeza e determinação, a nossa cruz de cada dia. Nós queremos segui-Lo, queremos renunciar o nosso ego, a nossa vontade própria para nos tornarmos, cada dia mais, Seus discípulos”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

Os sacrifícios nos ajudam a crescer no seguimento de Jesus

Sacrifício não é castigo! É pedagogia, é escola, é aprendizado e o melhor meio para nos disciplinarmos a crescer nas virtudes, na sabedoria e no seguimento de Jesus Cristo.

Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga” (Mateus 16, 24).

Jesus hoje olha para o coração de todos nós que gostamos d’Ele, que nos apaixonamos por Ele e nos tornamos seguidores d’Ele. Algumas vezes, nós desanimamos, queremos voltar atrás e não seguir a nossa caminhada. Jesus quer hoje apontar, para mim e para você, quais são as condições para nos tornarmos verdadeiros discípulos d’Ele, seguidores fiéis do Mestre. Quem quer segui-Lo precisa renunciar a si mesmo.
Nós somos cheios de vontade própria, nós queremos que as coisas sejam sempre do nosso jeito, nós queremos até mesmo que Deus esteja a nosso serviço, que Ele faça as coisas do jeito que queremos. Contudo, quem quer seguir Jesus não pode seguir a própria vontade, tem que ser capaz de sacrificar a sua vontade, abrir mão dos seus gostos e de suas preferências e saber ceder quando se faz necessário. Por isso muita gente fica parada ainda no primeiro ponto do seguimento, não consegue avançar na fé e na intimidade com Jesus.
O fato de sermos muito apegados a nós mesmos nos impede de avançarmos em nossa fé e de sermos livres para seguir Jesus. Nós não gostamos de ser contrariados, não gostamos quando a nossa vontade não é realizada e pensamos – “Nós rezamos, Senhor. Realize isso por mim”, mas nos esquecemos de que a grande chave da oração é: “Faça a Tua vontade, Senhor, e não a minha!”
Quem quer ser discípulo de Jesus deve colocar nas mãos d’Ele a sua vontade própria. Depois deve pegar sua cruz e seguir o Mestre. Pegar a cruz significa ter disposição para aceitar os sacrifícios da vida; tudo nesta vida, que tem valor, exige sacrifícios. Vivemos num mundo de cultura hedonista, que valoriza somente o prazer e o ter e só o que é prazeroso tem valor. Nós não podemos abrir mão do sacrifício, quando entramos numa igreja, quando olhamos para a nossa casa, lá está o Cristo Crucificado, Aquele que se sacrificou por todos nós.
O filho que não sabe valorizar o sacrifício de seus pais, o marido que não sabe valorizar o sacrifício da esposa e vice-versa; nós que não sabemos valorizar os grandes sacrifícios para que conquistemos bens maiores. Entendamos uma coisa de uma vez por todas: Sacrifício não é castigo! Sacrifício é pedagogia, é escola, é aprendizado e o melhor meio de castigarmos o nosso ego, de disciplinarmos a nossa vontade e de crescermos nas virtudes, na sabedoria e no seguimento de Jesus Cristo.
Se na sua vida há muitos sacrifícios, saiba que você está na escola de Jesus, mas não faça os sacrifícios da vida sozinho não! O Senhor está com você, Ele lhe dá forças, alivia seus sacrifícios e dá sentido a tudo aquilo que você faz.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos os valores do Reino na nossa vida

“De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida?” (Mateus 16,26)

A lei da vida nos critérios da modernidade é ganhar. As pessoas vivem para ganhar e ninguém quer saber de perder, aliás, perda significa frustração e derrota. É diante de tantas perdas que as pessoas estão ficando cada vez mais frustradas e iludidas, porque estão se movendo pelo motor da gana que move a sociedade em que estamos.
As coisas se tornam aceleradas, disputadas e competitivas, porque o que vale é ganhar, o importante é vencer, lucrar e sempre ter mais.
Quando paramos para meditar, o Mestre Jesus nos coloca na contramão do mundo, mas na mão e na direção do Céu e da verdade. Do que adianta ganhar, lucrar, juntar e ter tudo, mas perder a própria vida? Quando digo “perder a vida”, não é só perder a vida para a eternidade, porque essa é mais dura ainda, mas é perder a própria vida não a vivendo, não dando sentido para ela, para a sua existência.
É preciso reconhecer que o sentido da vida de alguém que quer só ganhar é muito pobre de significado, é muito vazia. Quando a vida da pessoa é baseada nos valores financeiros, nos lucros e ganhos, que vazia é essa vida!

Para viver é necessário perder para ganhar valores e verdadeiros sentidos para a nossa existência

O dinheiro pode querer comprar tudo, mas ele não compra a vida, sobretudo, a vida eterna e a vida em Deus. Eu sei que alguns querem comprar Deus e as coisas d’Ele, mas o Céu não se compra, não se paga com valores financeiros.
O sentido do seguimento de Jesus para ganhar a vida é a renúncia, o abandono, é o negar a si próprio. Quando digo “negar a si próprio” não é não ter identidade, mas é ter uma identidade transformada, é não ter uma identidade egoísta, orgulhosa, soberba, onde volto para mim, onde sou o centro do mundo, das coisas e da atenção. É isso que perde a nossa vida, que tira a qualidade da nossa vida, é isso que tira a nossa vida da comunhão com o Deus, ator e Senhor da vida.
Deus quer que tenhamos vida plena e abundante, por isso o lema da sua vida não seja ganhar e viver. Muitas vezes, para viver é necessário perder, para ganhar valores, verdadeiros sentidos para a existência, para sabermos valorizar o outro que está ao nosso lado.
Desde pequenos, acostume seus filhos a saberem perder para que não cresçam egoístas, orgulhosos, soberbos e, muitas vezes, sem valores. O valor da vida é compartilhar, ceder e amar. O valor da vida é desaparecer para que o outro apareça; é tirar do que temos para saber repartir com quem, muitas vezes, não tem.
É preciso viver os valores do Reino na vida de cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/08/2020

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a amar. Queremos viver fazendo o bem a todos, ocupados com o serviço aos irmãos e esquecidos de nossos problemas pessoais. Tira dos corações o interesse por lucros e vantagens, e coloca neles a vontade de ajudar. Dá-nos força para seguirmos o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/08/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos por teu Espírito o discernimento para assumir nossos deveres cristãos de cidadãos e de seres humanos. Que a nossa passagem pelo mundo seja marcada pelo testemunho de que somos amados por Ti e nos amamos uns aos outros. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai, que és pleno de misericórdia, ajuda-me a assumir com alegria o seguimento de Cristo, levando a minha cruz com gratidão, sempre atento às dificuldades dos companheiros e pronto para ajuda-los na sua caminhada. Dá-me um coração solidário, humilde e agradecido. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2020

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