sexta-feira, 16 de julho de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/07/2021

ANO B


Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

O lado de fora da casa.

O texto do evangelho de hoje não é desprezo de Jesus por sua família. Compreendê-lo assim seria um erro. A visita da família a Jesus é uma ocasião de ensinamento para ele: a sua família, isto é, os membros do povo que ele reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai, que está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus com alguns irmãos estão do lado de fora da casa (vv. 46-47). Essa observação, que poderia passar despercebida é, a nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, seu ensinamento, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido. Num texto próprio a Marcos, o evangelista dá a razão pela qual sua família vai procurá-lo para retê-lo: pensavam que ele estava fora de si (Mc 3,20-21). Para poder compreender a missão de Jesus é preciso entrar no círculo de Jesus e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que ele procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 16/07/2014

Vivendo a Palavra

«Aquele que faz a vontade do meu Pai, é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» Assim, o Filho quis nos ensinar que Maria já era sua Mãe muito antes de tê-lo gerado, pois ela fez a vontade do Pai que está no Céu. Façamos de Maria, mais do que objeto de culto e veneração, um exemplo para nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

Porque sempre viveu ‘cumprindo a vontade do Pai que está no céu’, Maria, na singeleza de sua casinha em Nazaré, já fazia parte da Família do Cristo e acolhia em si o Espírito de Deus. Por isto, foi escolhida para gestar em seu seio virginal o filho Jesus – Aquele em quem a Palavra Criadora de Deus se fez Carne Libertadora e armou sua tenda em meio às nossas moradas. Ave Maria!
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2020

vIVENDO A PALAVRa

O Evangelho ensina que fazer a vontade do Pai que está no Céu é a condição para nos tornarmos irmãos de Jesus. E temos em Maria o exemplo mais próximo de quem soube cumprir a vontade do Pai. Fixemo-nos na figura de Maria e façamos dela o modelo para nossa vivência de discípulos missionários de Jesus de Nazaré.

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
Fonte: CNBB em 16/07/2014

Reflexão

O Carmelo é uma elevação montanhosa na Palestina. No século XII, alguns eremitas retirados nessa montanha teriam fundado a ordem dos Carmelitas, dedicados à contemplação, sob a proteção de Nossa Senhora. Segundo as tradições carmelitas, em 16 de julho de 1251, o primeiro geral da Ordem, São Simão Stock, recebeu das mãos de Maria o escapulário (pequeno hábito) com a promessa de salvação: quem morresse revestido do escapulário seria salvo. Difundida com o apoio do povo em diversas nações, a festa de Nossa Senhora do Carmo (nome comum sinônimo de Carmelo) foi estendida, em 1726, a toda a Igreja pelo Papa Bento XIII. Se for compreendido com retidão, o escapulário não é outra coisa senão o sinal exterior do apego interior à Virgem e do compromisso de sermos fiéis à Palavra do Senhor.
Oração
Jesus, divino Mestre, com a visita de tua família, nos ensinas que doravante a proximidade contigo não se dá pelos vínculos de sangue, mas pela realização da vontade de Deus. Nossa Senhora do Carmo, tua Mãe Santíssima, nos aponta para ti, que em tudo fizeste a vontade do Pai celeste. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/07/2020

Reflexão

Carmo é sinônimo de Carmelo, um monte da Palestina em torno do qual o profeta Elias levou o povo de Israel a descobrir a verdadeira fé, eliminando os cultos aos deuses pagãos (cf. 1Rs 18,19-46). Ao longo do século 12, o monte Carmelo começou a ser povoado por alguns homens, que mais tarde se uniram para dar vida a uma comunidade religiosa contemplativa sob a especial proteção de Nossa Senhora. Eram os rudimentos da Ordem dos Carmelitas. Conta-se que o superior-geral da ordem, São Simão Stock, teria tido, no dia 16 de julho de 1251, uma visão da Mãe de Deus, a qual lhe entregou um escapulário (pedaço do hábito religioso) com a promessa de salvação eterna. Difundida em diversas nações, com o apoio do povo, a festa da Senhora do Carmo, em 1726, foi estendida a toda a Igreja por Bento XIII.
Oração
Jesus, divino Mestre, com a visita de tua família, nos ensinas que, doravante, a proximidade contigo não se dá pelos vínculos de sangue, mas pela realização da vontade de Deus. Nossa Senhora do Carmo, tua Mãe Santíssima, nos aponta para ti, que em tudo fizeste a vontade do Pai celeste. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Você se dedica como deve à família? - Mas você se dedica também aos não familiares que necessitam de sua presença e participação? - Coloca de fato as coisas de Deus acima de tudo sempre? - É da família de Jesus quem faz a vontade de Deus. Concorda? - No ambiente de sua comunidade há muita fraternidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/07/2014

Comentário do Evangelho

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consanguinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/07/2014

Meditando o evangelho

A FAMÍLIA DE JESUS

O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sanguineos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Elogio á Maria, Mãe de Jesus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há duas citações do Novo Testamento que leva o leitor a tirar conclusões precipitadas sobre a relação de Jesus com sua Mãe. Uma aquela onde uma mulher enalteceu Maria, quando exclamou para Jesus –“Bendito os Ventres que te amamentaram” e a outra é precisamente neste evangelho do “Dia de Nossa Senhora do Carmo”.
O texto dá a entender que Jesus está em uma casa ou comunidade, quando alguém o informa que “Sua Mãe e seus irmãos estão lá fora e querem lhe falar”. Não há um contato visual entre Jesus e aqueles que estão lá fora, entendam-se, fora da casa, na porta.
Se fosse em um local aberto, não seria necessário que alguém viesse lhe informar, pois Jesus mesmo veria a mãe e os seus primos, chamados de irmãos, e se encarregaria de os acolher.
É necessário que alguém lhe informe, seria uma espécie de âncora, para que Jesus pudesse fazer este ensinamento de extrema importância para a nossa Vida Cristã. Não questionemos se o fato é histórico, se ele ocorreu ou não. Nossa atenção deve estar sempre voltada para o ensinamento que se origina a partir do “fato”, os sinóticos estão recheados com esse estilo de literatura, onde a intencionalidade do autor está bem definida. Neste caso, como já falamos, é o ensinamento e não o fato em si, que deve chamar a nossa atenção.
Pois se o fato em si, vamos criticar a atitude de Jesus, que não acolheu seus familiares, entre eles sua mãe, e ainda por cima os ignorou, pois parece não ter dado a mínima para a informação recebida, de que a mãe e os irmãos estavam lá fora e desejavam lhe falar. Por outro lado, há uma certa historicidade na narrativa, pois com o desenrolar da missão de Jesus, os parentes mais próximos julgaram que ele estive fora do seu juízo perfeito e tentavam falar com ele para trazê-lo á normalidade e leva-lo para casa.
Na verdade o evangelho ressalta a figura de Maria, Mãe de Jesus, aquela que por excelência “Fez a Vontade do Pai que está nos céus”. Os vínculos de uma intimidade com Jesus não têm como referência os laços de parentesco, Maria gestou Jesus primeiro na Mente e no coração, antes de tê-lo em seu ventre.
Diferente de certas Instituições Humanas, onde parentes daquele que está no poder, tem certos privilégios e honrarias, além de ser isento das obrigações, no Reino Novo que Jesus inaugurou, a submissão a Vontade do Pai é imprescindível para ter com ele uma relação mais íntima. Hoje há muitos cristãos que estão “DENTRO” de uma instituição Religiosa, entretanto, sua Vida e testemunho quando está “FORA” nem sempre está em conformidade com aquilo que se Professa na Fé.

2. Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? - Mt 12,46-50
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No dia de hoje, em 1251, São Simão Stock, superior-geral da Ordem dos Carmelitas, recebeu das mãos de Nossa Senhora o escapulário. Escapulário é um avental que cai dos ombros, cobrindo as costas e a frente de quem o usa. É uma proteção para a roupa na hora do trabalho. Os frades puseram-se a usá-lo em cima do hábito religioso. Com o passar do tempo tornou-se objeto de devoção, adquirindo um feitio menor, sempre em duas peças caindo dos ombros. É um sinal da proteção de Maria, a Mãe de Jesus. A promessa de Maria se estende a esta vida e à outra. Irá para o céu quem fizer aqui na terra a vontade do Pai, e é este o desejo de quem usa o escapulário. Como não é fácil fazer sempre a vontade do Pai, porque somos rebeldes e inclinados ao mal, contamos com a ajuda e a proteção de Nossa Senhora. O escapulário não é um objeto mágico que nos livra do peso da cruz de cada dia e nos dá o céu sem nosso esforço. Nosso esforço consiste na prática das obras de misericórdia, e Maria, a mulher de coração sensível, fica sempre ao nosso lado, ajudando-nos a não desistir de praticar o bem com amor, apesar dos obstáculos com que a vida nos surpreende. Vendo a nossa fé ativa na caridade, Maria colocará sua coroa no prato das boas obras, na balança de São Miguel no dia do julgamento.
Fonte: NPD Brasil em 16/07/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Por que achavam que Jesus era Louco...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, nos diz o texto, foram à sua procura pois queriam levá-lo de volta à casa. Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o saber.
Jesus era uma ameaça constante a estrutura do templo, pois quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de todas as suas enfermidades, e a pessoa não precisava oferecer sacrifício algum pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades psicossomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas tinham que ser feitas, nem que fosse rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelas orientações dos poderosos desse mundo, não pertencem à Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos Homens com Deus, quem ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo mas viver segundo a vontade do mundo...ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como cristão...
É bom também deixar claro que, “A Mãe de Jesus” aqui citada, pode ser ou não Maria de Nazaré, pois Mãe era um termo aplicado a uma Matriarca de várias famílias, que seria a Bisavó ou Tataravó.  Então há aqui duas vertentes, primeiro, Maria de Nazaré não era uma super Mulher que sabia tudo sobre o Filho, então que ninguém se escandalize, se historicamente fosse ela de fato, ali junto com os parentes de Jesus, pois, que mãe não se preocuparia se viessem lhe dizer que as atividades do seu filho o estão pondo em perigo?
Segundo, é pouco provável que se tratasse de Maria a Mãe de Jesus, e nesse caso, Maria está do lado de dentro, isso é, ela faz parte da comunidade nova, fundada por Jesus, e que tem uma relação diferente com Deus, aliás, ela é a primeira cristã, a primeira discípula, pela Fidelidade á Vontade Divina...

2. Eis minha mãe e meus irmãos - Mt 12,46-50
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Mãe, pai, filhos, irmãos são naturalmente associados. Formam uma família. Os laços de sangue os aproximam. É meu tio, primo, cunhado, minha nora, sogra. Os nomes se multiplicam multiplicando os laços de união entre todos. Associar-se pode também ser feito por disposição da vontade. Não há laços de sangue, mas as pessoas se aproximam e se unem para um trabalho em comum, formando uma equipe de duração transitória, ou se juntam motivados por um mesmo ideal, num partido político, numa organização não governamental, numa associação religiosa. Há muitas comunidades de vida de tipo religioso. Na história da nossa pátria houve momentos e lugares de forte presença de associações religiosas leigas. As Ordens Terceiras, por exemplo, marcaram a vida das Minas Gerais onde não era permitida a presença das Ordens Primeiras. Padres e Professos das Ordens podiam criticar a exploração do ouro. Uma das Ordens Terceiras ainda existente é a do Carmo. Os devotos de nossa Senhora usam o escapulário, que ela deu a São Simão Stock com promessas de bênçãos e proteção. Não é bom estar só e não é bom viver disperso. Seguir uma espiritualidade em união com irmãos e irmãs que se apoiam e expressam a fé numa caridade ativa é sempre de grande utilidade humana e cristã.

HOMILIA

A VERDADEIRA FAMÍLIA DE JESUS

Fazer a vontade de Deus é o requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados da Sua família. Portanto, não é difícil para nos imaginarmos membros da família de Jesus. Ele mesmo o diz e aponta para nós, como fez quando distinguiu os Seus discípulos: eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não têm qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Jesus não perdia tempo, por isso, ele aproveitava todos os momentos para dirigir ao povo, mensagens de vida e conversão. A Mãe de Jesus, em tudo fez a vontade do Pai, desde a encarnação até a morte e ressurreição de Jesus. Soube confiar no plano de Deus e, por isso, é chamada de co-Redentora, pois contribuiu para que tudo se realizasse.
Maria fez a vontade de Deus! José foi um homem ajustado ao Plano de Deus, e você?- Você se considera da família de Jesus? - Jesus aponta para você também quando pronuncia estas palavras? - Você é um (a) discípulo (a) fiel? Se fores diga graças à Deus. E senão é tempo para você se converter e mudar de vida. Veja que os discípulos deixaram suas famílias, abandonaram-se à vontade do Pai e uniram-se à nova família, em torno de Jesus. Agora é a sua vez meu irmão, minha irmã!
Pai reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos um só corpo e uma só alma quem Cristo Jesus teu filho muito amado e que por amor morreu e ressuscitou. Amém!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 16/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Que Nossa Senhora do Carmo faça de nós verdadeiros seguidores de Jesus

Que Nossa Senhora nos ajude a não sermos meros ouvintes da  Palavra de Deus. E que ela nos mostre o caminho e a direção e faça de nós verdadeiros seguidores do seu Filho Jesus.

Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12, 49-50)

A Igreja hoje nos dá a graça de celebrarmos a festa de Nossa Senhora do Carmo; de lembrarmos que a Virgem Maria se manifestou a São Simão Stock, que recebeu o escapulário com a promessa da sua proteção constante em todas as situações da vida.
Hoje a Palavra de Deus nos ajuda a compreender o papel que a Mãe de Jesus ocupa em nosso coração. Nós amamos e veneramos Maria por um privilégio e uma graça sem igual que ela recebeu de Deus: ela foi escolhida para ser a Mãe do Senhor. Mas esse privilégio e essa graça que ela recebeu do Céu teriam se tornado inócuos, vazios e até perderiam o sentido se Maria não tivesse se tornado também discípula de Jesus, seguidora do Senhor. E uma vez que ela se tornou discípula e seguidora do Senhor, ela colocou em prática em sua vida a vontade do Pai. Aquela que é Mãe se faz serva; aquela que é Senhora se faz discípula.
Maria nos ensina que, no Reino de Deus, não é quem é grande, não é quem tem títulos, não é quem se acha isso ou aquilo que se torna discípulo segundo a vontade do Pai, mas sim aquele que está disposto a aprender e ter o seu coração moldado segundo a vontade de Jesus. Maria é aquela que ensinou Jesus a andar, a falar, foi aquela que carregou consigo Jesus, mas foi também aquela que aprendeu com o seu Filho o sentido do Reino de Deus.
Nós, hoje, queremos olhar para a Virgem Mãe e Senhora do Carmo e pedir que ela também nos ensine a entrarmos na escola de Jesus, para aprendermos com Ele o sentido e a direção da vida. Que a Virgem Maria nos ajude a não sermos meros ouvintes da Palavra de Deus. Que ela nos mostre o caminho e a direção e faça de nós verdadeiros seguidores do seu Filho Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Realizemos em nós a vontade do Pai

“Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,49-50)

Hoje, celebramos com muito amor e devoção no coração, o dia de Nossa Senhora do Carmo. Essa festa tem uma importância singular para a Igreja porque nos remete ao Monte Carmelo, onde Nossa Senhora apareceu no século XIII a São Simão Stock.
Foi a São Simão que Nossa Senhora confiou o escapulário que, muitos de nós, devotamente, usamos. Outros usam por superstição. É importante lembrar que a superstição é um engano e uma ilusão, enquanto que a devoção molda o coração para que ele seja de Deus.
É importante dizer que foi no alto da montanha que Elias se encontrou com Deus. Foi no alto dessa montanha que São Simão Stock se encontrou com Deus e Nossa Senhora o visitou.
O importante para todos nós é subirmos a esse monte que é Cristo Jesus, para nos encontrarmos com Ele. Essa é a vontade do Pai. Não basta, justamente, ser parente de Jesus, ser a mãe d’Ele, se não realizamos em nós a vontade do Pai que está nos Céus. Jesus veio até nós para nos ensinar o caminho da vontade do Pai: a santidade.
Hoje, celebramos justamente a santidade da Bem-aventurada, a sempre Virgem Maria. Nossa Senhora do Carmo não quer simplesmente que usemos escapulários, objetos de devoções, medalhas, crucifixos, o terço, mas esses objetos devem nos conduzir ao sentimento de amor, devoção e piedade filial a Deus Nosso Pai.

Jesus veio até nós para nos ensinar o caminho da vontade do Pai: a santidade

Todos esses sacramentais de salvação devem ser para nós caminho e instrumento de conversão e mudança de vida, porque as aparências podem enganar, e não podemos usar as coisas por engano e ilusão nem nos tornarmos canais da ilusão e do engano para ninguém.
Que, hoje, todos nós nos tornemos um escapulário vivo da graça de Deus, permitindo que a Palavra de Deus entrando em nós, nos converta para Cristo Jesus e para a vontade do Pai.
Que elevemos a Deus os nossos pensamentos, que rebaixemos o nosso ser pelo caminho e via da humildade, para que a santidade de Deus transpareça em nossos atos e ações. Assim, também seremos como Maria, da família de Jesus, porque realizamos em nós a vontade do Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/07/2020

Oração Final
Pai Santo, Tu que nos deste Maria de Nazaré como modelo para a caminhada, ajuda-nos a segui-la pelos mares da vida – este é o melhor jeito, estamos seguros, de seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, permite-nos hoje recordar Maria com carinho filial, invocando-a como Nossa Senhora do Carmo, a Virgem mãe de Jesus de Nazaré. No Filho de Maria, o teu Verbo Unigênito se fez Carne e habitou entre nós. Pedimos mais, amado Pai, dá-nos os dons do discernimento e da fortaleza d’alma para segui-la como modelo dos discípulos do Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão no ventre de Maria e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2020

oRAÇÃO FINAl
Pai nosso, estendemos a Ti as nossas mãos suplicantes. Inspira-nos, como membros de tua Igreja, para que sejamos seguidores das virtudes de Maria. Faze-nos humildes, alegres, compassivos e generosos cuidadores, cheios de amor para os nossos companheiros do caminho, especialmente os pobres e excluídos pela sociedade. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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