domingo, 14 de junho de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/06/2020

ANO A


11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano A - Verde

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”! Mt 9,37

Mt 9,36-10,8

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Temos como tema central nessa liturgia do décimo primeiro domingo do tempo comum, o chamado e o envio dos discípulos para a missão, sob os comandos de Deus amoroso que nos guia com poder e força. é importante destacar que Jesus, quando chama, chama à todos, independentemente de quem seja a pessoa, a oportunidade é dada a todos, igualmente, porém a resposta que damos a Ele é que é diferente. Que levemos sempre a esperança curativa, que resgata o sentido da vida e a torna plenamente realizada como Deus a quer. É essa a missão dos discípulos e missionários de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Bem vindos, irmãos e irmãs, à celebração o Dia do Senhor. Somos a nação santa, o povo eleito e sacerdotal que, ao redor deste altar, eleva sua ação de graças ao Pai, por Jesus, na força do Espírito Santo. Como todos os domingos, o Senhor nos congrega para ouvir a sua voz e para nos dispor a obedecê-lo. Neste domingo, como Bom Pastor, Ele olha para nós e sente compaixão. Agradeçamos o consolo que o Senhor nos dá por meio dos pastores que Ele colocou à frente do seu rebanho.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Contemplamos o chamado e o envio dos discípulos para a missão, sob os comandos de Deus amoroso que nos guia com poder e força. Jesus chama à todos, igualmente. Que levemos sempre a esperança curativa, que resgata o sentido da vida e a torna plenamente realizada como Deus a quer. É essa a missão dos discípulos e missionários de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Bem vindos, irmãos e irmãs, à celebração do Dia do Senhor. Somos a nação santa, o povo eleito e sacerdotal que, ao redor deste altar, eleva sua ação de graças ao Pai, por Jesus, na força do Espírito Santo. Como todos os domingos, o Senhor nos congrega para ouvir a sua voz e para nos dispor a obedecê-lo. Neste domingo, como Bom Pastor, Ele olha para nós e sente compaixão. Agradeçamos o consolo que o Senhor nos dá por meio dos pastores que Ele colocou à frente do seu rebanho.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A Palavra é clara neste domingo: somos um “povo de sacerdotes”. No antigo Testamento, todas as tribos pertencem a Deus, mas só os sacerdotes dele se aproximam. Assim, em nossos dias, toda a humanidade é do Senhor Deus, mas só o povo eleito pode encontrá-lo na Liturgia e na Palavra, estar diante dele como representante de toda a humanidade e ser “sinal” da vontade divina para os povos. Ser consagrado ao Senhor não nos isola, nem privilegia, mas nos faz um sinal da humanidade diante do Senhor, e testemunho do Senhor diante das nações.

DEUS FORMA E CUIDA DO SEU POVO

Estamos no mês de junho, período propício para as comunidades recordarem sua pertença à Igreja de admiráveis santos, como Santo Antônio, celebrado ontem. Eles emergem na caminhada eclesial e testemunham a ação profunda do Espírito Santo, dom maior concedido por Deus ao seu povo, formado ao longo da história em vista da edificação do Reino. A liturgia deste 11º Domingo Comum vem convidar todo fiel a viver intensamente o dom desta pertença.
Os versículos do livro do Êxodo proclamados hoje, se inserem na celebração da aliança no deserto, etapa entre a saída dos israelitas do Egito e a entrada na terra prometida. Moisés ouve na celebração da aliança, “vós sereis para mim uma propriedade peculiar entre os povos” (Ex 19,5), como também “sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19,6). Ao povo da aliança o Deus oferece seu aconchego, para suscitar em outros povos o desejo do seu amor libertador, que dá sentido à existência.
As promessas contidas na aliança introduzem a comunidade orante deste domingo ao Evangelho, que logo no início expressa a preocupação de Jesus com a situação do povo da aliança, sintetizada na frase, “como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). A resposta de Deus aos males que geram cansaço e abatimento é a nova Aliança é a entrega de seu Filho na cruz. Diante deste gesto de amor, sucumbiram os males. A contemplação deste evento leva São Paulo, na segunda leitura a enfatizar a gratuidade do gesto que justificou e reconciliou o ser humano para integrar o seu novo povo.
O Evangelho também mostra que os gestos de amor e compaixão de Jesus, convertem e atraem seguidores. O Bom Pastor escolhe alguns dentre estes (Mt 10,2-3) para o exercício de uma liderança a serviço da vida e missão do povo da aliança (Mt 10,7-8). Assim sendo, esta liturgia também convida à tomada de consciência da importância deste ministério. Rezemos por muitos vocacionados na Arquidiocese.
Dom Luiz Carlos Dias
Bispo Auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

Proximidade do Reino de Deus

O v. 35 é um sumário da atividade de Jesus. A vida de Jesus, o que ele ensina e faz, é proclamação e testemunho da proximidade do Reino de Deus. A compaixão (v. 36) leva Jesus ao encontro das pessoas e a se deixar encontrar por elas. É com este sentimento divino que os Doze são enviados e deverão realizar a missão que recebem do Senhor. Eles serão poucos, dadas as exigências da missão, por isso deverão pedir Àquele que tudo conhece (cf. Sl 139[138]) para que conceda a ajuda necessária e adequada (cf. v. 37).
O capítulo 10 é um dos muitos discursos de Jesus no evangelho segundo Mateus. É denominado “discurso missionário”. Para a missão Jesus concede aos Doze “poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e enfermidade” (10,1). O poder concedido é o poder de Jesus, o Espírito Santo, “força do Alto” (cf. At 1,8). Os destinatários prioritários, não exclusivos, são as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (v. 6; cf. 9,13; Lc 19,10). O objeto da proclamação é a proximidade do Reino dos Céus (cf. v. 7). Este anúncio deve ser acompanhado da ação que liberta as pessoas do mal que desfigura o ser humano e o faz experimentar-se distante de Deus (cf. v. 8a). O que é dado como dom por Deus aos apóstolos, o Espírito Santo, deve ser oferecido gratuitamente a tantos quantos eles encontrarem (cf. v. 8b).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.
Fonte: Paulinas em 07/12/2013

Vivendo a Palavra

Vale a pena repetir a nossa missão, ordenada pelo Cristo Jesus: “Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!” Nós, que queremos segui-lo, temos consciência dessa Missão? Tentamos cumpri-la?
Fonte: Arquidiocese BH em 07/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Prestemos atenção às qualidades dos escolhidos de Jesus, para desenvolvê-las em nós e, assim, sermos incluídos entre os Apóstolos do Reino. Não existia entre eles nenhum doutor, rico, ou poderoso aos olhos do mundo. Que também nós sejamos simples, humildes, sinceros e capazes de opções radicais na vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2017

VIVENDO A PALAVRA

Assim como Jesus chamou cada um de seus apóstolos pelo nome, também nós somos chamados por Deus por nosso próprio nome. Por isto, a nossa resposta tem que ser pessoal. Nossa fragilidade, revestida do Espírito, torna-se poderosa: cura e liberta. O Reino de Deus está próximo, mas sabemos que para anunciá-lo nós devemos evitar o caminho das tentações e as cidades do pecado.

Reflexão

Jesus é o bom pastor que vem ao encontro das ovelhas perdidas da casa de Israel, cumprindo assim as promessas feitas por Deus no Antigo Testamento. De fato, Deus disse pela boca do profeta Jeremias que daria ao seu povo pastores segundo o seu próprio coração e Jesus é o pastor segundo o coração de Deus. Ele disse também pela boca do profeta Ezequiel que ele mesmo apascentaria o seu rebanho, procurando a perdida, indo ao encontro da desgarrada, alimentando a faminta, curando a doente, procurando a perdida e estabelecendo o direito entre elas, e Jesus é o bom pastor, o próprio Deus que se encarna e vem ao encontro do seu rebanho para ser o seu pastor e enviar outros, os pastores da Nova Aliança, para que não haja mais ovelhas sem pastor.
Fonte: CNBB em 07/12/2013

Reflexão

Jesus é o bom pastor que vem ao encontro das ovelhas perdidas da casa de Israel, cumprindo assim as promessas feitas por Deus no Antigo Testamento. De fato, Deus disse pela boca do profeta Jeremias que daria ao seu povo pastores segundo o seu próprio coração e Jesus é o pastor segundo o coração de Deus. Ele disse também pela boca do profeta Ezequiel que ele mesmo apascentaria o seu rebanho, procurando a perdida, indo ao encontro da desgarrada, alimentando a faminta, curando a doente, procurando a perdida e estabelecendo o direito entre elas, e Jesus é o bom pastor, o próprio Deus que se encarna e vem ao encontro do seu rebanho para ser o seu pastor e enviar outros, os pastores da Nova Aliança, para que não haja mais ovelhas sem pastor.
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/12/2013

Reflexão

Vendo as multidões abandonadas e angustiadas, Jesus se enche de compaixão (sofre com elas), ressalta a necessidade de haver mais servidores e, por isso, chama alguns que o auxiliem na missão, os apóstolos. Estes devem acompanhar o Mestre e aprender com ele, para que, quando o Mestre já não estiver no meio deles, deem continuidade à obra libertadora. Iniciada por Jesus, ela não pode ser interrompida. Principalmente as Igrejas são responsáveis por anunciar o Reino dos Céus, que exige dignidade para todas as pessoas. As Igrejas devem ser a sentinela que alerta as autoridades competentes para libertar os cidadãos dos males que os afligem. O fiel seguidor de Jesus não pode ficar indiferente à dor do irmão e da irmã que encontra ao longo do dia. O cristão é convidado a se compadecer diante da miséria, que provoca tantos males. Os enviados por Jesus recebem a “autoridade” para fazer o bem, expulsando os espíritos que atormentam as pessoas.
Oração
Ó Jesus, sensível e zeloso Pastor, tiveste compaixão das multidões, porque estavam “angustiadas e abandonadas”. Por isso, para ajudar-te a superar a situação deplorável em que viviam, escolheste os doze apóstolos. Concede, agora, a cada um dos teus novos discípulos, o teu ardor missionário. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Jesus convida seus discípulos a serem trabalhadores da messe. Posso considerar que trabalho pela Messe de Jesus? - Ao nosso redor, há tantas ovelhas sem pastor, abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança! O que posso fazer por elas? - Podemos ser trabalhadores da messe de Cristo fazendo o que Ele fazia: Tudo por amor! A minha vida é assim? - Nosso testemunho, nossa vivência do amor, animará pessoas abatidas, cansadas e sem esperança! Mas dou realmente testemunho de vida cristã verdadeira? - Será que não faço parte do grupo dos acomodados da vida?!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 07/12/2013

Comentário do Evangelho

O MESSIAS COMPASSIVO

A característica da ação do Messias Jesus foi a compaixão. Por onde passava, seu olhar recaía sobre os doentes e sofredores, as vítimas da marginalização e dos preconceitos, e toda sorte de desprezados deste mundo. Tendo vindo para eles a fim de anunciar-lhes a libertação e a salvação, era natural que fossem os preferidos de sua ação.
Sua compaixão expressou-se no gesto concreto de convocar um grupo de discípulos e enviá-los para serem os continuadores de sua solidariedade com os excluídos. Daí ter-lhes dado "poder para expulsar os espíritos imundos, e curar toda doença e enfermidade". Em suma, ter-lhes dado poder para libertar os seres humanos de suas opressões a fim de restituir-lhes a dignidade, de modo a experimentarem a presença do Reino em suas vidas Ressuscitando os mortos, os apóstolos proclamavam a vitória da vida sobre a morte. Purificando os leprosos, mostravam como o Reino se articula como reconstrução da vida, de maneira plena. Expulsando os demônios, indicavam o senhorio de Deus sobre a vida humana, a qual não mais estaria à mercê do poder do mal. Portanto, um indicador seguro do Reino acontecendo no seio da humanidade deve ser buscado ali onde a vida volta a fluir abundante pela ação dos discípulos do Reino. São eles os mediadores e continuadores da compaixão do Messias Jesus.
Oração
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fizestes o bispo santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 07/12/2013

Meditando o evangelho

A GRANDEZA DA MESSE

A contemplação das multidões cansadas e abatidas, semelhantes a ovelhas sem pastor, permitiu a Jesus constatar a vastidão do trabalho evangelizador a ser levado a cabo. Recorrendo a uma metáfora tirada do ambiente agrícola, ele constatou que "o campo semeado é imenso e está a ponto de ser ceifado. Mas faltam operários para fazer a colheita". Qual seria o sentido desta declaração?
No processo de evangelização, existe um trabalho prévio, independente da ação do evangelizador. É a ação divina no coração humano, predispondo-o para acolher a mensagem da salvação. Sem este trabalho prévio, fica inviabilizada qualquer tentativa de fazer o Reino frutificar na vida de quem escuta a Palavra.
A percepção de Jesus ia muito além da multidão que tinha diante de si. A imensidão da seara abarcava todos quantos ansiavam pela chegada do Reino de Deus e eram vítimas de falsos messias. A experiência de terem sido enganadas levava as pessoas ao desânimo, fazendo-as perder as esperanças, ou as fazia passar de messias em messias, sem encontrarem uma palavra que as satisfizesse.
Urgia que operários zelosos e fiéis se pusessem à disposição do Pai, como seus colaboradores, para levar a cabo a obra divina no coração da humanidade sedenta de salvação. Os apóstolos de Jesus somar-se-iam ao número dos servidores do Reino.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, toma-me como teu servidor e transforma-me em colaborador de tua obra em favor de humanidade sedenta de salvação.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Reunião de emergência...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A situação é de emergência... Jesus vê a multidão enfraquecida e abatida, sem rumo ou direção e, provavelmente, sem esperança. Parecem ovelhas sem pastor, sem saber que rumo tomar e à mercê dos lobos vorazes, sem um abrigo seguro e pastagens verdejantes. Jesus poderia, quem sabe, denunciar a situação aos governantes da época, acionar os responsáveis para cuidar do povo, melhor ainda, poderia convocar uma reunião com os líderes religiosos para alertá-los sobre a situação triste do povo, chamando-os assim às suas responsabilidades...
Mas no Reino de Deus, não há departamentos em separado para cada problema a ser resolvido. Não há superestruturas para atender as demandas sociais, nem telefones de emergência ou campanhas de conscientização. Todos têm que se virar. É proibido ficar esperando dos outros, das instituições responsáveis, das pastorais, das associações, como dizia aquele refrão de Geraldo Vandré "Quem sabe faz a hora e não espera acontecer".
Jesus tem em mãos um grupo de doze homens que não foram treinados para situações de emergência, que não são peritos em nada e nem atuam na promoção humana. Jesus primeiro identifica o problema... "a messe é grande e os operários são poucos". Depois lhes ensina uma oração muito eficiente: "Pedi ao Senhor da messe que envie operários...”, ou seja, "Olha, Senhor, se precisar a gente está aqui..." E em seguida convoca os doze para uma aula prática emergencial. Primeiro lhes transmite confiança. Conferir-lhes poder significa mostrar do que eles são capazes.  Jesus fez e eles também poderão promover uma ampla ação libertadora e curar as enfermidades.
Deverão procurar os que se perderam, aqueles que estão no fundo do poço, mas o mais importante é o anúncio de que o Reino já chegou e, se o reino está próximo, não mais poderá haver doenças, mortes ou qualquer tipo de alienação ou preconceito (Os leprosos eram considerados impuros). E por fim a mais importante de toda instrução, antes de partirem para esta missão de emergência, a fim de socorrer a multidão perdida: dar de graça, sem nada querer em troca. Aproveitar do sofrimento do outro, para comprar sua consciência, é o mais horroroso de todos os pecados diante de Deus, que pode ser praticado por um Discípulo Missionário. Tirar qualquer vantagem do irmão ou da irmã, que estou ajudando, é crime que merecerá sempre o repúdio do Céu!
Será que os miseráveis de hoje, os infelizes, tristes, deprimidos e desgraçados, os excluídos e marginalizados podem contar com a compaixão das nossas comunidades? A resposta tem que estar no coração de cada um de nós, que estamos hoje em lugar dos primeiros discípulos e que somos constantemente convocados pelo Senhor, que nos envia na direção da grande massa dos Sem Esperança...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Escolha e envio em missão dos doze apóstolos - Mt 9,36–10,8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. A semente lançada na terra não morreu. Desenvolveu-se, cresceu, produziu frutos. Chegou a hora da colheita. Quem vai fazer a colheita? Deus fez a sua parte, é hora de fazermos a nossa, e aparece pouca gente. São poucos os trabalhadores dispostos a entrar na plantação e ajudar na safra. Jesus nos orienta a recorrer ao Senhor da plantação. Que ele mande muitos ceifeiros bem-dispostos. Deus não deve fazer tudo sozinho: a semeadura, o cuidado com a planta e ainda providenciar operários para a colheita.
Jesus chamou os Doze. Chamou-os de apóstolos e os enviou em missão. Na lista dos Doze se diz que Judas Iscariotes foi traidor. Eram só doze, e um não deu certo. Foram enviados primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Depois da Ascensão de Jesus, partiriam pelo mundo afora Deviam provar a sua fé e enfrentar as dificuldades da missão. Partiram com a missão de tornar discípulos de Jesus todas as nações, o que significa tornar as pessoas seguidoras de Jesus dentro de um sistema de vida segundo o projeto de Deus para este mundo.
O alcance da missão é limitado, porque limitados somos todos nós. Eram apenas doze enviados a toda a humanidade. Eram sempre um pequeno rebanho. Um pequeno rebanho, mas significativo. Conversando com Moisés no alto da montanha, Deus lhe disse que Israel seria para Deus a porção escolhida entre todos os povos. Tudo é de Deus, a terra toda é de Deus. No entanto, no meio das nações, como fermento na massa, ele colocou um reino de sacerdotes, uma nação santa. Essa foi a vocação de Israel, que devia se realizar plenamente no Messias Salvador e se realizou na pessoa de Jesus de Nazaré. A partir de então começaram a fazer parte desse povo sacerdotal e dessa nação santa todos os que aceitaram Jesus e seu Evangelho. Tornaram-se filhos de Abraão, já não mais pelo sangue, mas pela fé. Em todos os povos brotam plantas e surgem frutos prontos para a colheita. São o povo sacerdotal, chamado a ser mediador entre Deus, a criação e todos os seres humanos.
Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós para que todos fôssemos capazes de dar a vida pela causa do Evangelho, que é alegre salvação de toda a humanidade. Todos somos ceifadores, todos somos trabalhadores da colheita, sem exceção, cada um a seu modo. Eu, você, todos. Não somente o padre ou os ministros ordenados. Mantendo-se firme na fé que recebemos, tome iniciativa, multiplique o número dos trabalhadores para que não sejam poucos! Não deixe o povo sem pastor, não deixe o povo sem um bom governo!
A preocupação de Jesus com a necessidade de trabalhadores começou quando viu o povo abandonado, desgovernado com as marcas do abandono, como ovelha sem pastor. Jesus teve pena daquelas pessoas.

Liturgia comentada

Ide às ovelhas desgarradas!

Todo pastor sabe disso: as ovelhas costumam tresmalhar. Todo boiadeiro já passou por isso: um novilho desgarrar e se embrenhar no matagal, ou atolar-se no brejo. Mas nenhum pastor que se preze fica indiferente ao desastre. Como aquele do Evangelho – o que tinha cem ovelhas – e preferiu deixar as noventa e nove no ermo para sair em busca da que se perdeu.
Vivemos um tempo de ovelhas desgarradas. Sim, eu sei que o ser humano é errático: seu trilho neste mundo lembra de perto a rota das formigas, que parecem desconhecer a linha reta entre dois pontos. Homo viator, perpétuo peregrino, vagamos de lá para cá, em sufocantes engarrafamentos a cada feriado “enforcado”, sempre em busca de uma felicidade “que está sempre apenas onde a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos” (Vicente de Carvalho).
Mas isto não justifica nossa indiferença diante daqueles que saíram da estrada real e se perderam nas trilhas do erro e do mal. Somos todos responsáveis uns pelos outros. Os pais pelos filhos. Os mestres pelos alunos. Os médicos pelos pacientes. Os governantes pelo povo. Os pastores por suas ovelhas espirituais.
Quando Jesus andou pela Palestina, pôde contemplar o povo faminto de Deus, a multidão de párias pelas encruzilhadas, mendigos e leprosos, refugiados e sem-terra. E Jesus chorou sobre eles. Mas não se limitou a chorar: enviou ao povo os seus discípulos com um mandato bem específico: “Ide às ovelhas desgarradas!”
Esta missão inclui cuidados espirituais (anunciar o Reino que se fez próximo, expulsar demônios), mas também cuidados materiais (curar enfermos, reanimar mortos, limpar leprosos (cf. Mt 10, 8). Aquilo que recebemos como dom gratuito (fé, alegria, paz, saber, habilidades) deve ser levado àqueles que ainda jazem na descrença, mergulhados na tristeza e na ignorância.
E quando os desprezados deste mundo perceberem que alguém se interessa por eles, saberão que Deus não os esqueceu e enviou seus profetas para mostrar-lhes o Sol nascente. Naturalmente, um sistema baseado no lucro e na competição há de estranhar a “loucura” desses pastores, que abrem mão da própria terra, da própria cultura e – pasmem! – até mesmo de constituir uma família, porque seus filhos e irmãos são os pequeninos deste mundo!
E nós? Estamos cuidando das ovelhas que ele nos confiou?
Orai sem cessar: “Eis-me aqui, Senhor!” (Gn 22, 1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: N.S.Rainha em 07/12/2013

HOMILIA

JESUS TEM PENA DO POVO

Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas.
No tempo de Jesus, o Serviço de Assistência Médico-Hospitalar era péssimo. Somente a classe privilegiada podia ter uma assistência médica decente. O povo sofria nas mãos de uma sociedade que em nome de Deus marginalizava os leprosos, proibia que alguém fizesse o bem para os doentes e humilhava os enfermos que buscavam a cura na sinagoga.
Os líderes judaicos, ou seja, sacerdotes, fariseus, partidários de Herodes e chefes da sinagoga faziam o povo sofrer por falta de atendimento médico, saneamento básico e uma medicina preventiva.
Jesus tem muita pena desse povo sofrido e discriminado principalmente pelos líderes religiosos, e o acolhe com grande bondade, cura os enfermos os quais O seguem, por dias inteiros, até no deserto deixando a memória de que "Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo diabo" (At 10,38).
Jesus identifica-se com os pobres e com os enfermos tocando nos leprosos considerados impuros pelos fariseus que se diziam puros e santos. E você? O que tem feito pelos seus irmãos enfermos? Boa pergunta. Ou é a pergunta que pode decidir o futuro da sua alma. "Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar" ; "Nunca vimos uma coisa assim"; "Toda a multidão se alegrava com as maravilhas que Jesus fazia" (Lc 13,17).
Nos tempos atuais, também a medicina progrediu bastante, mas para o atendimento dos ricos, e da classe média alta, ou seja, para aqueles que podem pagar um Plano de Saúde. Porque a classe média baixa e os pobres que não podem pagar um Plano de Saúde, tem de ser atendidos no Pronto Socorro, ou tentar sobreviver pela automedicação, ou usando ervas medicinais que, por sinal, curam melhor que os remédios alopatas com seus efeitos colaterais.
Os médicos, preocupados com a automedicação, exigem a receita médica na compra do remédio. Mas isso acaba acarretando outro tipo de "efeito colateral", para não dizer que é uma faca de dois gumes. Porque se o pobre não tem assistência médica adequada, se não pode pagar uma consulta médica na qual obterá uma receita ou prescrição para comprar o remédio, o que ele vai fazer? Ele vai se automedicar! É claro!
Vivemos diante de uma medicina mercenária como nos tempos de Jesus. Quem pode, pode. Aqueles que não podem, como vão sobreviver?
Em nosso papel de cristãos atuantes, devemos sensibilizar todos os membros da comunidade cristã e estimular sua preocupação real e efetiva pelos doentes. Uma comunidade cristã que não conhece seus doentes, que não está a serviço deles, que não lhes dá lugar na comunidade, que não conscientiza os irmãos pobres sobre seus direitos, que não os ilumina no sentido de procurar cuidar da sua saúde e de seus filhos através de métodos de higiene, por exemplo, é uma comunidade que fez opção pelos poderosos, ao contrário de Jesus que fez sua opção pelos fracos e oprimidos.
Precisamos denunciar essas injustiças. Porque Jesus quer vida em abundância para todos. Ricos e pobres. E para se ter vida com saúde, a medicina precisa ser preventiva, e não curativa, com saneamento básico, e ensinamentos de normas de higiene para os menos esclarecidos. Porque se evitarmos a doença através da higiene, e de uma boa assistência-médica preventiva, não precisamos gastar com remédios e internações. Deixe os Planos de Saúde para aqueles que podem pagá-los.
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/12/2013

HOMILIA

Messe é grande, vocação dos apóstolos

A passagem relata uma experiência interior do Senhor Jesus, que ao contemplar a multidão que sai em sua busca, sente compaixão deles “porque estavam cansados e abandonados, como ovelhas que não têm pastor.”
A primeira reação do Senhor ao ver a multidão “como ovelhas sem pastor” é a de convidar os seus discípulos para rogar “ao dono da colheita que mande trabalhadores à messe”, dado que “a colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos”.
Ante a abundância da colheita há que se pedir ao “dono”, ou seja, a Deus que envie mais operários para ajudar na messe. A oração de petição é fundamental. Também Moisés, séculos atrás, havia elevado a Deus esta oração: «Que o Senhor… ponha um homem à frente desta comunidade, um que saia e entre diante deles e que os faça sair e entrar, para que não fique a comunidade do Senhor como rebanho sem pastor.» (Nm 27, 15-17)
Logo depois de convidar a todos os seus discípulos à oração, chamou “os doze”, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar toda enfermidade e doença, e os enviou a proclamar que “o Reino dos Céus está próximo”. O Senhor não só convida à oração, que é o primeiro e essencial, mas sim responde com a ação. O ministério confiado aos doze” brota da compaixão de Cristo e é, ao mesmo tempo, resposta a essa oração.
Deu-lhes poder. De que poder se trata? É o poder que possui o Senhor Jesus, poder divino, poder sobre toda enfermidade, sobre o pecado, sobre a morte, sobre o maligno e o mal. O Senhor lhes comunica seu mesmo poder divino para que com grandes milagres pudessem sustentar a verdade de seu anúncio.
Uma vez revestidos de Seu poder, “os doze” foram enviados pelo Senhor com uma missão específica: proclamar aos filhos de Israel que o Reino dos Céus está próximo. É o mesmo anúncio que João, o Batista, e também Jesus faziam até então (ver Mt 3,1-2; 4,17). É um chamado à conversão, a preparar os corações para acolher ao Messias divino, seu Evangelho e o dom da Reconciliação dado por Ele. “Os doze” –cujos nomes o Evangelista considera necessário designar– são os primeiros “operários” –mas não os únicos– chamados a prolongar a missão do Senhor Jesus naqueles lugares não alcançados ainda por sua pregação (ver Jo 20,21).
O Senhor, naquela primeira missão, envia os doze” exclusivamente às ovelhas desencaminhadas de Israel, porque a Israel tinha prometido Deus um Messias, porque a Israel tinha prometido a boa nova da salvação por meio dos antigos profetas. Em Jesus Cristo, Deus cumpre aquela antiga promessa feita a Israel. O envio, restringido em um princípio somente “às ovelhas perdidas de Israel”, será estendido pelo Senhor a todos os homens de todas as culturas e épocas antes de ascender glorioso aos Céus: «Ide e façam discípulos a todos os povos» (Mt 28,19).
«De graça o receberam, dêem de graça», diz o Senhor. E o que recebemos de graça? Cristo! E o que temos que dar de graça? Cristo! Quem se encontrou com Ele, quem –como diz São Paulo– foi “alcançado” por Ele (Fl 3,12), experimenta o que não pode ficar somente para si mesmo, que não pode conter seu anúncio! Com efeito, o autêntico encontro com o Senhor Jesus, enche de sentido e gozo a própria existência e leva a desejar comunicar também aos outros a imensa alegria que se experimenta em si mesmo.
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/06/2017

HOMÍLIA DIÁRIA

Combatamos os espíritos malignos que nos atormentam com

Reaja nesta graça que Deus nos deu: o batismo. Na vivência da Sua graça, para todos os dias, combatamos contra estes espíritos malignos!

E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade” (Mt 10,1).

O poder que Jesus conferiu aos Seus apóstolos e discípulos é o poder que Ele deseja que também tenhamos na nossa vida. Primeiro: o poder expulsar os espíritos malignos, pois há muitos espíritos do mal atormentando a nossa vida.
Não é assombração, não é fantasma, não! São esses espíritos que estragam a nossa vida, colocando-nos uns contra os outros. Quanto espírito de mentira, de fofoca, de calúnia, de divisão e de maledicência! Quanto espírito terrível! Esses espíritos vêm invadir os nossos pensamentos, os nossos sentimentos e nós, muitas vezes, nos deixamos levar por eles.
Não, meu irmão! Reaja movido pelo poder de Jesus, reaja nesta graça que Deus nos deu: o batismo. Na vivência da Sua graça, para todos os dias, combatamos contra estes espíritos malignos, porque o que eles trazem para nossa vida é, justamente, o mal para nossa família, o mal para os relacionamentos, com o espírito de inimizade e de destruição.
Quanto espírito agindo no meio de nós para semear fofoca e discórdia! Nós conhecemos a graça do Senhor. Não podemos ser movidos por esses espíritos. O que nós devemos, na verdade, é na graça de Deus renunciar e expulsar esses espíritos! Digo mais: se o Senhor nos deu poder para expulsar estes espíritos malignos, Ele nos deu também poder para curar as doenças e as enfermidades. Porque muitas das doenças e enfermidades que temos provêm desses espíritos malignos. E nos deixam mal, tiram a nossa autoestima, nos colocam “para baixo” realmente – no sentido mais depressivo da palavra. Perdemos o gosto pela vida, porque as nossas energias se desgastam nesses entraves, nessas disputas, nessas discórdias, em todas essas coisas negativas.
Ao passo que, quando começamos a nos rebelar e a nos opor a esses espíritos malignos, nossa própria saúde é preservada. Nada contra os remédios, porque eles são medicina e são muito necessários para a vida, mas nós tomaríamos menos remédios e seríamos independentes de muitas coisas que tomamos se nos propuséssemos a verdadeiramente a combater os espíritos malignos, que tiram a paz da nossa mente, do nosso coração e também do nosso físico.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/12/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja misericordiosa e compassiva. Que sintamos como nossa a dor dos nossos irmãos, especialmente dos mais pobres e discriminados pela sociedade consumista em que vivemos. Que sejamos para eles, fontes de esperança. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia-nos o teu Espírito para que vivamos desde agora a realidade do Reino de Amor que já mora em nós, mas deve ser conquistado e partilhado com os irmãos. Dá-nos, Pai amado, entusiasmo e alegria para cumprirmos nossa missão de mensageiros Teus neste mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, nós te damos graças pela Igreja em que nascemos. Por todos os homens e mulheres que desde a origem – o tempo dos Apóstolos – ouviram, acreditaram e seguiram a Jesus de Nazaré como Verdade, Caminho e Vida. E Te pedimos, amado Pai, sabedoria e força para exercer nossa missão de operários em tua Messe. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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