sábado, 13 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/04/2019

ANO C


João 11,45-56

Comentário do Evangelho

A morte de Jesus é premeditada

O trecho é a sequência do episódio de Lázaro que podemos caracterizar como uma catequese sobre a ressurreição, em cujo centro está a afirmação de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida” (11,25). É também a conclusão do episódio em que, diante do sinal realizado por Jesus, uns creem, outros condenam.
Nós já temos tido a ocasião de perceber na leitura do evangelho que a morte de Jesus é premeditada.
A solução de Caifás é, podemos dizer, política. A popularidade de Jesus poderia apresentar e suscitar um levante contra o império e a consequente represália a que todo o povo seria vítima.
A observação do narrador é carregada de ironia (vv. 51-52), pois quem, na verdade, congrega na unidade e não permite que as ovelhas se dispersem é o Bom Pastor (Jo 10,11-16).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
Fonte: Paulinas em 23/03/2013

Vivendo a Palavra

Os chefes do povo temiam pela preservação do poder, que julgavam ameaçado por aquele homem. Jesus anunciava, com sinais, a novidade da chegada do Reino do Céu, bem diferente da expectativa construída ao longo da história. Ainda hoje,precisamos aceitar a realidade sempre nova do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

A coragem para denunciar as injustiças, e os sinais realizados por Jesus começavam a causar desconforto e medo nos poderosos. Eles poderiam despertar a atenção dos romanos e levá-los a retirar o precário prestígio que lhes era oferecido. Mas os simples, gente do campo e do povo, perguntavam com esperança: «Será que Ele vem para a festa?»

Reflexão

Jesus, caminho, verdade e vida, é condenado à morte antes do seu próprio julgamento. Os sumos sacerdotes e os fariseus não conheceram Jesus, não souberam perceber o tempo em que foram visitados e não descobriram o sentido mais profundo da sua presença na história da humanidade. Quem conhece Jesus, o Deus da Vida, constrói a vida, mas quem não o conhece, mata! Evangelizar significa também apresentar Jesus como o Deus da Vida presente no meio de nós, a fim de que, ao reconhecer essa presença, as pessoas entendam que ser cristão significa ser compromissado com a vida e ser capaz de transformar essa sociedade de morte.
Fonte: CNBB em 23/03/2013

Reflexão

Diante da ressurreição de Lázaro, muitos acreditaram em Jesus. Entretanto, com más intenções, alguns deles foram logo dar a notícia às autoridades religiosas. Como acontecia para assuntos importantes, os dirigentes reuniram o Conselho para deliberar o que fariam com Jesus, que se tornara para eles forte ameaça de perderem a posição privilegiada diante dos dominadores romanos. Era urgente dar um sumiço no grande líder Jesus. Um membro do Conselho, o sumo sacerdote Caifás, concordou que um só deveria morrer por toda a nação. Desse modo, profetizou que Jesus morreria por todos e para reunir de todas as partes do mundo os filhos de Deus. Sem saber, ele indicava o alcance universal do sacrifício de Jesus, que vai morrer para restaurar a comunhão de todas as pessoas com ele e entre si.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

MUITOS ACREDITARAM EM JESUS

O testemunho de Jesus e a adesão que ele suscitava colocavam em risco a estrutura religiosa de sua época. O contexto religioso de rígido tradicionalismo, de hierarquias e privilégios, de conflitos de facções, de jogos de interesses tornava-se vulnerável diante da postura do Mestre. Não que Jesus fosse respaldado pelo prestígio de uma escola rabínica ou de famílias ou grupos importantes. O perigo consistia no fato de muitas pessoas darem crédito às suas palavras e aderirem ao grupo, sempre crescente, que se formava ao redor dele.
As autoridades religiosas demonstravam ter uma preocupação política. O movimento de Jesus poderia ser entendido pelos romanos como uma provocação. E as conseqüências disto seriam trágicas para a nação,. Se não fosse contido a tempo, haveria o perigo de "todos" crerem nele, e os romanos virem e destruírem o templo e a nação.
A solução apresentada por Caifás parecia ser bastante prudente: "É melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer!". Acolhida esta sugestão, decretou-se a morte de Jesus. Com esta finalidade, iniciou-se uma verdadeira caçada para prendê-lo.
Todavia, o motivo verdadeiro da condenação à morte foi de caráter religioso. Isto ficará patente no fato de Pilatos, autoridade romana, não se mostrar interessado em condenar Jesus. A verdade é que a liderança religiosa já não podia mais suportar o comportamento do Mestre por ser religiosamente perigoso.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quem tem poder de dar a Vida, é condenado á morte.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eu me lembrei das nossas comunidades por um instante, ao deparar com esses evangelhos, Jesus havia ressuscitado Lázaro, o último sinal no evangelho de João, um grupo de Judeus que ali estava encontraram a Verdade e passaram a crer Nele, mas o outro grupo foi correndo para "botar lenha na fogueira", envenenando os Fariseus, como se dissessem "Olha, se ninguém fizer algo esse homem vai ser Rei, pois demonstrou uma vez mais o seu poder até sobre a morte".
Em nossas comunidades, quando Deus suscita os carismas nos irmãos e irmãs, que a ele se entregam, também acontece a mesma coisa. Para alguns, esse carisma tão belo e tão útil á comunidade, é fruto da graça e ao verem o carisma do outro ficam admirados e se enchem de salutar alegria,  louvando e bendizendo ao Bom Deus, outros há porém, que vão levar a notícia do sucesso daquele irmão, a pessoas que não gostam dele, só para semear ainda mais o ódio e a discórdia entre elas.
Os Fariseus levaram o assunto ao Conselho da Comunidade, que naquele tempo chamava-se Sinédrio, e o coordenador do Conselho, que era o Caifás , teve uma idéia para fazer calar a Jesus e acabar com a sua fama.
Certamente alardeou primeiro as "ameaças" que pesavam sobre a Comunidade Judaica, que estava bem afinada com o poder romano, se Jesus continuasse com aquela fama toda. Um Líder novo que não tinha compromisso nem com os Judeus e nem com os romanos, era muito perigoso aquela altura do campeonato. Então o melhor mesmo era matá-lo, para defender a segurança da nação de Israel.
O que Caifás defendia de unhas e dentes na realidade era o poder religioso e os privilégios e regalias que a sua classe dominante e opressora detinha. E assim, Aquele que era o Senhor da Vida e provara isso ressuscitando a Lázaro, acabara de ser condenado á morte, pelos da sua própria comunidade.
Fico pensando se hoje também, muitas vezes em nossas comunidades cristãs, cometemos esse pecado quando permitimos que se sufoquem novas lideranças, por medo de se perder o cargo ou o ministério que se ocupa. Certamente que sim... E a nova liderança, que poderia trazer ainda mais vida, acaba condenado á morte, desvalorizado e até ridicularizado naquilo que faz...
O Carisma que Jesus oferece aos seus é a própria vida. Nosso carisma é autêntico quando, de alguma forma, o outro cresce e se sente revitalizado com o que fazemos, com o que damos. A fonte dessa Vida que Jesus oferece é o amor, capaz de trazer de volta á Vida quem já morreu. Na comunidade temos também nossos "mortos" esperando pela força do nosso amor solidário, para voltarem a ter Fé e Esperança.

2. Decidiram matar Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A morte de Jesus está decretada. Sem ter conhecimento perfeito do que estava dizendo, o sumo sacerdote Caifás profetiza que é melhor “um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira”. O alcance da afirmação é grande. Jesus vai morrer em consequência da atividade política de judeus e romanos; morrerá, porém, para reunir os filhos de Deus dispersos. A “Páscoa dos judeus estava próxima”. Por seis vezes o evangelista mencionou as festas judaicas. Esta Páscoa, a da morte e ressurreição de Jesus, será mencionada sete vezes.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 23rd, 2013

A mensagem central de hoje – e de todo o Evangelho de São João – é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito para que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a Sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, quando questionavam a pessoa de Cristo. Até que, finalmente, os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram o Conselho. Desde aquele momento, resolveram tirar-lhe a vida.
Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-Lo por Ele fazer o bem, por curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os sumos sacerdotes foi Jesus dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso era uma blasfêmia, mas, na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então, aquele Conselho foi um pré-julgamento de Jesus, no qual o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele “cara forte que arrasa” quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito ainda que não desejado do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do Templo e de todos os que se consideravam donos da verdade.
Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E lembrar, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”
Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da nova e eterna aliança que deseja renovar nossos corações e devolver-nos a alegria de viver.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 23/03/2013

Oração Final
Pai Santo, concede-nos abertura de coração e da mente para compreendermos e acolhermos os sinais do teu Reinado de Amor já presentes na nossa história, escondidos na rotina do cotidiano e só percebidos se olhados com a simplicidade de criança. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH 23/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós damos graças por teu Filho que, assumindo a nossa humanidade, tornou-se presente na grande festa da Vida que nos ofereces. Ele anunciou a alegria de já estar em nós o teu Reino de Amor e nos deu a certeza de alcançá-lo em plenitude no abraço paternal que um dia receberemos todos de tua Misericórdia. Nós Te pedimos, amado Pai, pelo mesmo Cristo, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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