quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/02/2019

ANO C


Mt 16,13-19

Comentário do Evangelho

A fé de Pedro

O relato da “profissão de fé de Pedro” encontra-se nos três evangelhos sinóticos. Certamente, o episódio retrata um momento de crise, pois, não obstante o ensinamento e tudo o que Jesus faz, os seus contemporâneos não chegam a ultrapassar o umbral do que aparece e, por isso, não são capazes de reconhecer a manifestação salvífica de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré. O evangelho considerado no seu todo mostra que a dificuldade diz respeito não somente aos opositores de Jesus e à multidão, mas também aos seus próprios discípulos. É Jesus quem, em Cesareia de Filipe, lugar em que nasce o Rio Jordão, porta de entrada à “terra prometida”, faz a dupla pergunta aos seus discípulos. A resposta à primeira pergunta remete simplesmente ao passado. As pessoas não vêm em Jesus Cristo, o Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
Fonte: Paulinas em 22/02/2014

Vivendo a Palavra

Pedro, iluminado pelo Espírito Santo, vê em Jesus, aquele homem simples e companheiro do caminho, o Messias, Filho de Deus Vivo. Abramos o nosso coração a esse mesmo Espírito, para que Ele, em nós, aumente nossa fé, firme nossa esperança e nos faça capazes de amar a Deus e a suas criaturas.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

«Não foi um ser humano que lhe revelou isso, mas o meu Pai que está no céu.» Assim é a nossa fé. Ela não nasce de raciocínios lógicos nem é ensinada por professores acadêmicos. A Fé é um dom do Pai Misericordioso – uma sementinha – que devemos reconhecer com gratidão, acolher carinhosamente, cultivar com orações, vigílias constantes e partilhar generosamente com os companheiros de caminhada.

Reflexão

Os valores que Jesus pregou durante toda a sua vida e que chegaram até nós graças ao trabalho apostólico não podem ser somente objetos do nosso conhecimento, mas precisam ser encarnados na nossa vida e na nossa história. Esses valores precisam de uma mediação institucional para fazer parte da vida das pessoas. Jesus Cristo escolheu como mediação para essa encarnação a Igreja, conforme nos revela o Evangelho de hoje. Deste modo, fica claro para todos nós qual é o papel da Igreja e de todos os seus membros no processo de construção do Reino de Deus, como também a responsabilidade de todos no sentido de procurar fazer com que cada vez mais a Igreja seja fiel aos ensinamentos de Jesus.
Fonte: CNBB em 22/02/2014

Reflexão

Conhecida já em meados do século IV, esta festa nasceu do costume de se deixar uma cadeira (cátedra) vazia destinada a determinados mortos. Ora, por desconhecer o verdadeiro dia da morte de Pedro, a comunidade cristã de Roma o comemorava no dia 22 de fevereiro. Só mais tarde é que esta “cátedra” mortuária foi interpretada no sentido de cátedra episcopal, passando a se ver aí a tomada de posse da Igreja de Roma por parte do apóstolo Pedro. Na celebração eucarística, a oração do dia reforça o atual significado da festa: “Concedei, ó Deus todo-poderoso, que nada nos possa abalar, pois edificastes a vossa Igreja sobre aquela pedra que foi a profissão de fé do apóstolo Pedro”. Ótima ocasião para unir-nos ao papa e rezar por suas intenções.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Que importância tem Jesus em sua vida? - Como você encara o papel da hierarquia da Igreja? - Você se sente feliz por poder servir a nível de Igreja? Como serve? - Tem facilidades para buscar maior instrução religiosa? Que meios emprega? - Sente que no contexto de sua comunidade vive-se a união?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 22/02/2014

Meditando o evangelho

FÉ E MISSÃO

A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.
Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.
Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A discussão sobre a identidade de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Festa da Cátedra de São Pedro, da cadeira na qual ele se senta para transmitir o ensinamento que recebeu de Jesus. Pedro recebe do Pai a revelação de quem é Jesus e mostra o verdadeiro Jesus a quem quiser vê-lo. No tempo de Jesus, a discussão sobre sua identidade foi intensa. “Quem é este homem? Quem é Jesus de Nazaré? É ele o Cristo? O Cristo não será diferente deste Jesus? É preciso esperar por outro?” Nos dias de hoje, acontece a mesma coisa. “Aqui está o verdadeiro Jesus. Esta é a sua Igreja, as outras estão erradas. Aqui acontecem milagres.” Alguém tem que dizer com clareza quem é Jesus e onde ele está. A festa da Cátedra de Pedro celebra essa prerrogativa que Deus concedeu ao primeiro dos apóstolos: dizer ao mundo com segurança quem é Jesus. Ele sabe, não porque um ser humano lhe revelou, mas sim o Pai que está no céu. Por isso, feliz és tu, Simão, filho de Jonas. Assim está escrito no Evangelho de Mateus, que ainda entrega a Pedro as chaves do Reino dos Céus.

HOMILIA

O SENHOR É O MESSIAS

A profissão de fé de Pedro com o elogio de Jesus é própria de Mateus. Pedro professa a fé cristológica-messiânica, herdada da tradição davídica do rei poderoso. No evangelho de Marcos, Jesus descarta este messianismo. Mateus a valoriza diante da sua comunidade de discípulos oriundos do judaísmo. Na narrativa de Mateus encontramos duas de suas características dominantes. Ele acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Ele pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus. Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Pedro é apresentado como o fundamento da Igreja e detentor das chaves do Reino dos Céus.
A fé professada por Pedro se dá em um momento crucial da vida de Jesus, e O anima a seguir rumo à Paixão. Pedro recebe uma bem-aventurança: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”. Tem o dom de ser pedra de alicerce sobre a qual Jesus constrói a Igreja e lhe dá o poder de ligar e desligar (Mt 16,17-19).
Como cristãos e cristã, nos fundamos na fé de Pedro e nas dos outros Apóstolos que não temeram nada e nem alguém. Mesmo passando na boca do leão, foram salvos e preservados. Deram a vida por Jesus. Eles falavam de boca cheia e tinham o que dizer sobre Deus. Eu e você, o que temos feito no que toca a nossa fé em Deus?
Senhor Jesus, cria no meu coração o mesmo amor por ti e por tua Igreja, que puseste no coração de Pedro e de Paulo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 22/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Celebremos a cátedra de São Pedro e rezemos pelo Papa Francisco

Nós olhamos para o “Pedro” nos dias de hoje, que se chama Papa Francisco, representante para nós da pessoa de Jesus Cristo e sucessor do apóstolo Pedro, aquele a quem cabe governar a Igreja na unidade e na caridade.

”Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mateus 16,18).

A Igreja celebra no dia de hoje a festa da cátedra de São Pedro apóstolo. Essa festa nos ajuda a entender a figura do apóstolo Pedro no colégio dos apóstolos. Os apóstolos receberam do Senhor a missão de levar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo a todos os cantos da Terra. Em nome do Senhor os apóstolos são os verdadeiros, reais e únicos transmissores da fé; a fé que nos foi trazida por Nosso Senhor Jesus Cristo. Entre os apóstolos figura, em primeiro lugar, o apóstolo Pedro, ele não foi o primeiro a ser chamado por Jesus, pois foi André, seu irmão, quem o conduziu para o Senhor.
Mas desde o momento em que Jesus viu Simão [nome de Pedro antes de conhecer Jesus], o filho de Jonas, o Senhor lhe disse: ”Tu és Pedro”, que quer dizer “Cefas“, que quer dizer “pedra”. O Messias já o olhou com um olhar muito especial, o olhou com um olhar de bondade e misericórdia e confiou a Pedro o primado, ou seja, a primazia, o primeiro entre os apóstolos.
Todas as vezes em que pegamos as citações das Sagradas Escrituras, o nome do apóstolo Pedro vem primeiro. Quando lemos os Atos dos Apóstolos a primeira parte nos mostra a ação do apóstolo Pedro no comando da Igreja nascente de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Evangelho de hoje nos mostra aquilo que Jesus confia a Pedro: as chaves da Igreja, o comando da Igreja, na qual se deposita a fé, não a fé nele [Pedro], mas a fé em Jesus Cristo, da qual o apóstolo Pedro é o depositário.
Quando nós celebramos o primado de Pedro, a escolha de Pedro, como o primeiro entre os apóstolos, por isso nós também celebramos todos aqueles que sucederam o apóstolo Pedro na responsabilidade de conduzir e guiar a Igreja do Senhor. Foram duzentos e sessenta e seis homens [Papas] que, até o momento, tiveram esta árdua, nobre e difícil missão: conduzir a Igreja do Senhor, presidir a única Igreja de Cristo na unidade e na caridade.
Nós olhamos para o “Pedro” nos dias de hoje, que se chama Papa Francisco: bendito o que vem em nome do Senhor, o nosso amado Papa Francisco, representante para nós da pessoa de Jesus Cristo e sucessor do apóstolo Pedro, aquele a quem cabe governar a Igreja na unidade e na caridade. Amemos o nosso Papa, rezemos pelo nosso Papa! Não existe instituição nenhuma na face da Terra que tem a unidade e a universalidade da nossa Igreja, porque não se trata de uma instituição humana, mas divina!
Que Pedro entre nós, hoje, receba nossas orações, o nosso amor e todo o nosso carinho! Salve o Papa Francisco, salve São Pedro a quem o Senhor constituiu o primeiro dos apóstolos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 22/02/2014

Oração Final
Pai Santo, envia teu Espírito sobre nós, tua Igreja peregrina neste mundo. Ilumina nossos caminhos, dá discernimento e coragem aos teus filhos, especialmente os que colocaste como Pastores junto ao teu Povo, para que testemunhem fidelidade ao Reino. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, fortalece a nossa fé e nos dá sabedoria e coragem para proclamar ao mundo, como Pedro o fez cheio de inspiração, que Jesus de Nazaré é o Cristo, teu Filho que se tornou nosso Irmão, passou pelo mundo fazendo o bem, foi condenado pelos homens, morreu pregado numa cruz e hoje, ressuscitado, reina contigo, na unidade do Espírito Santo.

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