sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/12/2018

ANO C


Lc 1,39-45

Comentário do Evangelho

Novos tempos

O anúncio do nascimento de João Batista foi feito a um homem inserido no sistema religioso do Templo, Zacarias. O anúncio do nascimento de Jesus foi feito a uma mulher pobre da periferia, Maria.
Maria, casada com José, carpinteiro da Galileia, vive com fidelidade o projeto vivificante de Deus. Ao saber que sua parenta, Isabel, casada com Zacarias, sacerdote do Templo de Jerusalém, estava com uma gravidez mais avançada que a sua, vai servi-la. Temos o encontro da periférica Galileia com a elitizada Judeia. Maria, oriunda da periferia, já vive a dimensão do serviço, característica dominante na prática de Jesus, que "não veio para ser servido, mas para servir" (Mc 10,45).
As duas mulheres, mães grávidas, cheias do Espírito Santo, ao se encontrarem se regozijam com o andamento dos fatos em cumprimento à vontade de Deus. Em seus ventres se concretiza o projeto salvífico de Deus. É do ventre feminino que brotam o Precursor e o Filho do Homem, Filho de Deus eterno, que vem comunicar sua vida a todos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.
Fonte: Paulinas em 21/12/2012

Vivendo a Palavra

«Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre!» Que nas nossas preces a Maria jamais nos esqueçamos da delicadeza desta cena: a jovem, com a futura maternidade anunciada pelo Anjo, parte para auxiliar a prima. Isabel, iluminada pelo Espírito, reconhece nela a Presença do Messias.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

«Você é bendita entre as mulheres e é bendito o fruto do seu ventre!» Que nas nossas preces a Maria jamais nos esqueçamos da delicadeza desta cena: a jovem, com a futura maternidade anunciada pelo Anjo parte para auxiliar a prima; e Isabel, iluminada pelo Espírito, reconhece nela a Presença do Messias prometido e tão esperado.

Reflexão

Vemos no evangelho de hoje o encontro de duas mulheres que estão grávidas sem que isso fosse possível. De um lado, Isabel, idosa e estéril, e de outro Maria, virgem. A idosa representando o Antigo Testamento, pois será a mãe do último profeta da Antiga Aliança. A virgem representando o Novo Testamento, pois será a mãe daquele que no seu sangue selará a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens. Vemos a complementariedade entre as duas Alianças e vemos também em Maria a essência da missão evangelizadora: levar Jesus a todas as pessoas para que possam reconhecê-lo e acolhê-lo.
Fonte: CNBB em 21/12/2012

Reflexão

Tendo concebido pelo Espírito Santo, Maria sente-se impelida a visitar Isabel, para lhe comunicar a grande experiência. Isabel, por sua vez, também anseia por cantar as maravilhas que o Senhor está realizando em sua vida. Apesar de ser idosa e estéril, ela está gestando um filho, que será chamado João. O Espírito Santo é o grande protagonista desses acontecimentos. De fato, Maria concebe pelo Espírito Santo. “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê pulou de alegria em seu ventre. Isabel ficou plena do Espírito Santo”. E João, conforme o anúncio do anjo: “estará cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1,15b). Isabel e Maria, duas mulheres grávidas pelo poder do Senhor, se unem na celebração da grandiosa obra salvadora de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

O PERFIL DE MARIA

As palavras inspiradas de Isabel, ao se encontrar com sua prima Maria traçam o perfil de quem tinha sido destinada a ser a mãe do Salvador.
Maria é a mulher bendita por excelência. Repousando sobre ela as bênçãos divinas, sua vida estava indissociavelmente ligada a Deus. Sem deixar de ser humilde serva, sua humanidade revestia-se de um brilho especial. Tornava-se um modelo não apenas de mulher, mas de ser humano.
Maria trazia em seu ventre um fruto santo. A prole era um dos indicadores seguros da bênção divina. A humilde Virgem de Nazaré recebera, porém, uma bênção suplementar: a de ser a mãe do Messias. Tudo isto por estar disposta a ser totalmente fiel a Deus.
Maria é mulher de fé. Aqui reside a sua verdadeira grandeza, pois a maternidade decorre desta sua virtude. E sua fé se desdobra em forma de confiança e entrega disponível nas mãos de Deus. Porque crê, assume o projeto divino, embora desconhecendo como irá realizar-se. Joga-se, inteiramente, nas mãos de Deus, certa de não ficar decepcionada.
Maria é a mãe do Senhor de todos os povos. A exclamação de Isabel: “Como posso merecer que a mãe de meu Senhor venha me visitar?” revela as reais dimensões da maternidade de Maria. O Senhor de Isabel é o Senhor do povo de Israel e Senhor de todos quantos haveriam de crer. Este Senhor de toda a humanidade estava ali, no ventre de Maria.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. BEM AVENTURADA ÉS TU QUE CRESTES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este evangelho nos apresenta duas figuras de mulher que devem ser uma prefiguração das nossas comunidades. Em Maria vemos a pressa de se doar, de sair de si mesma e de caminhar ao encontro daqueles quer têm necessidades. O que impulsiona Maria é o espírito santo em sua plenitude, é esse espírito santo que impulsiona nossas comunidades a servirem os irmãos e irmãs. Entretanto há algo ainda mais profundo e que nos encanta, as comunidades cristãs, fecundadas pelo Espírito Santo, tornam-se também geradoras de Jesus.
Em Maria não celebramos simplesmente algo do passado, mas enquanto igreja celebramos a encarnação no presente, as pias Batismais mais antigas têm a forma ovalada semelhante a um útero, no ventre da igreja mãe nascem os Filhos e as Filhas de Deus, e já que somos templos do Espírito Santo, em nós é gerado também o Verbo Divino, não em seu sentido biológico como foi em Maria, mas nos sentido espiritual.Em Isabel o Espírito Santo ajuda a perceber em Maria, o mistério de Deus acontecendo, mas em uma visão de conjunto de um lado vemos como o agir de Deus é diferente do homem, o Messias que estava por nascer e que iria mudar a sorte de toda humanidade, buscou acolhimento não nos poderosos, nas lideranças religiosas, nos suntuosos palácios ou no templo sagrado, mas sim na casa dos humildes e pequenos como Isabel e Maria.
Ambas inauguram um tempo novo em que para fazer grandes mudanças e construir um mundo melhor a partir do reino de Deus, já não será mais preciso esperar a decisão dos grandes, dos que mandam, as mudanças verdadeiras que ocorreram na humanidade sempre foram aquelas que nasceram das aspirações, dos sonhos e da luta do povo.
O Messianismo de Jesus está dentro desse contexto, Maria se sentiu pequena diante do mistério de Deus que estava para envolvê-la, mas o Senhor a engrandeceu e a capacitou para a missão que estava lhe reservada. Da mesma forma nossas comunidades, grandes ou pequenas, nas grandes metrópoles ou nas periferias e zonas rurais, devem sempre ter presente que estão envolvidas no mistério de Deus que as chama e as capacita para serem portadoras do Cristo para o mundo, do mesmo modo como fez com Maria, ressalvando=-se que Maria foi preservada de todo pecado, enquanto que nossas comunidades, embora contenha em seu ventre a semente de um Deus Santo e Perfeito, está sujeita ao pecado.
Um dia Jesus teve uma conversa com Nicodemos e afirmou que é preciso que o homem nasça de novo, quem aceita ser membro da comunidade Cristã, está sendo gerado para um novo nascimento, cuja vida embrionária já recebeu pelo Batismo, esse útero não é muito bonito, mas como o ventre materno oferece toda segurança de que precisamos, para desenvolver em nós essa semente de eternidade da Vida Nova que há de acontecer um dia.
Nesse sentido precisamos sair e ter pressa para levar ao mundo este anúncio, romper com a religião do formalismo religioso, deixar de ser a Igreja fechada em si mesma para doar-se aos irmãos e irmãs que ainda não ouviram o anúncio. Como Maria, certamente iremos ficar admirados quando percebermos o modo como Deus age, sempre diferente da nossa lógica, ás vezes até de um jeito que não entendemos. Maria sentiu toda essa alegria incontida em sua alma ao sentir-se totalmente de Deus, aponto de dizer “O Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o seu nome, a minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”.
Não é o ritualismo religioso que agrada a Deus, mas sim a nossa disposição para uma entrega total, fazendo assim a vontade de Deus, é o próprio Cristo que nos dirá na carta de Paulo aos hebreus; Eis que venho para fazer a vossa vontade. Quando o amor chega a esse ponto, o sacrifício ritualista torna-se secundário diante do verdadeiro e autêntico sacrifício agradável a Deus: dar a vida pelos irmãos e irmãs.

2. Feliz aquela que acreditou...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Duas mulheres se encontram, num encontro verdadeiro, que produz logo alegria. Maria é a primeira a fazer a saudação. O que terá dito? A paz esteja contigo ou simplesmente “a paz”, “shalom”, “as salam alaikum”. E imediatamente o menino pulou de alegria no ventre de sua mãe. Duas mulheres portadoras de uma relação que elas mesmas desconhecem. Maria traz aquele que vem depois, mas passa adiante, porque existia antes daquele que Isabel traz em seu ventre. Os dois meninos já se encontram. Encontram-se na solidariedade de Maria e na acolhida de Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres, feliz és tu que acreditaste”. Isabel está cheia do Espírito Santo, que coloca em sua boca palavras reveladoras. As montanhas de Judá saltam de alegria. Sobem ao céu cantos de júbilo. Magnificat e Benedictus proclamam a glória de Deus e sua infinita misericórdia. Maria veio depressa para prestar serviço. Trouxe consigo a salvação. Na acolhida de Isabel, a alegria se expandiu. Nossa Igreja traz no seio o segredo de um mistério que levamos cada dia a todo aquele que encontramos. Paz, paz para ti, nós desejamos. E a paz é o segredo que conosco levamos.

HOMILIA DIÁRIA

Onde mora o Natal santo e feliz?

Postado por: homilia
dezembro 21st, 2012

O trecho do Evangelho, que hoje nos propomos a meditar, começa por nos convidar a um movimento tipicamente cristão: “partir para!” Assim começa a perícope: «Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia» (Lc 1, 39).
Por que podemos reclamar esta dinâmica caritativa ao Cristianismo? Basta recordarmos as palavras do discípulo amado à comunidade cristã: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10).
A Virgem Santíssima foi a criatura que melhor entendeu a dinâmica da caridade, por isso, também na proximidade da Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos contemplar esta mulher cheia do Espírito Santo que em seu ser diz muito ao ser da Igreja, a ponto do Papa Bento XVI afirmar em uma de suas enriquecedoras entrevistas: «Em Maria concretiza-se o que é a Igreja. E o significado teológico de Maria representa-se na Igreja. Formam as duas como um sistema de vasos comunicantes: Maria é a Igreja em pessoa; e a Igreja é, na sua totalidade, aquilo que Maria na sua pessoa, antecipou» (JOSEPH RATZINGER, Deus e o Mundo, 300).
Voltando ao texto bíblico, encontramos este “espelho” da Igreja movida pela caridade-serviço, saudando Isabel e sendo instrumento eficaz para que a promessa de Deus a João Batista se cumprisse, aquela que o seu pai ouviu do Anjo Gabriel meses antes do encontro das santas mães: «…e, desde o ventre da mãe, ficará cheio do Espírito Santo» (Lc 1, 15). Assim, continua a ser a presença intercessora de Nossa Senhora, Esposa do Divino Espírito Santo, um canal de graças para que a vontade de Deus se realize na vida da Igreja e do Mundo.
Mas de onde vem esta docilidade de Nossa Senhora das Graças? Sem dúvida de sua experiência de Deus, a qual transbordava por onde passava, a ponto do mesmo Espírito confirmá-la pelos lábios de Santa Isabel: «Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido» (Lc 1, 45).
Por isso tudo, dentro do Ano da Fé – e neste tempo do Advento – recorramos ao testemunho e à intercessão de Nossa Senhora da Luz, pois ela sempre comunica a Luz do mundo, como Bendita que acreditou, esperou e amou sempre (cf. Lc 1, 42).
Sobre a urgência desta qualidade, o Papa Bento XVI tem procurado comunicar a todos: «Na descoberta diária do seu amor, ganha força o vigor e o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar. De fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolher o convite do Senhor a aderir à sua Palavra, a fim de se tornarem seus discípulos» (BENTO XVI, Porta Fidei, n. 10).
Por fim, com a Virgem Santíssima e todos os demais testemunhos apresentados pela Sagrada Liturgia, abramos os nossos corações para o Dom e a Missão que brota do Mistério da Encarnação, feito frágil e Divino Menino. Aí mora o santo e feliz Natal! Você e cada um de nós merece, pois Ele mereceu para nós.
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 21/12/2012

Oração Final
Pai Santo, inunda-nos com a ternura de Maria e Isabel para contemplarmos o delicado Mistério do Natal de Teu Filho Unigênito. Faze-nos capazes de nos apaixonar pela causa do teu Reino de Amor, te pedimos pelo Cristo Jesus, que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, inunda-nos com a ternura de Maria e Isabel para contemplarmos o delicado Mistério do Natal de teu Filho Unigênito. Faze-nos capazes de nos apaixonar pela causa do Reino de Amor, nós Te pedimos pelo Cristo Jesus, que se fez humano e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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