segunda-feira, 1 de outubro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/10/2018

ANO B


Mt 18,1-5.10

Comentário do Evangelho

O maior no Reino dos Céus

Os discípulos de Jesus que estavam sob a influência da doutrina do judaísmo não conseguiam se libertar da ideologia tradicional do messias glorioso, e viam Jesus como tal. Mais de uma vez os evangelistas narram a aspiração deles por serem os maiores ou assumirem posições de poder. Tal postura é comum nas sociedades competitivas e individualistas, onde se busca a ascensão para junto dos poderosos. Jesus tenta de várias maneiras demovê-los de tal compreensão.
Agora toma uma criança e a coloca como modelo ao qual os discípulos devem se converter. Ser criança nas mãos de Deus, abandonar-se aos seus cuidados, sem preocupações e livre para o compromisso e a luta da construção do Reino dos Céus, aqui na terra. É o Reino sem rei, onde reina o amor, onde se vive o jogo do serviço, a roda da partilha, o abraço da Paz.
A proclamação final está associada à crença judaica nos anjos do céu, que servem a Deus. Este texto, característico da redação de Mateus, indica a proteção de Deus para com os discípulos que se fazem pequenos e humildes.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
Fonte: Paulinas em 02/10/2012

Vivendo a Palavra

“Em Deus nós vivemos, nos movemos e existimos.” O Amor inunda a nossa vida. E o Pai nos fala através de anjos-mensageiros: a Natureza, a humanidade, os acontecimentos, os sinais dos tempos, a Igreja e seu Magistério, mas, sobretudo, em Jesus de Nazaré, nosso Irmão.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

O Amor inunda a nossa vida e o querido Pai nos fala constantemente através de seus anjos-mensageiros: a natureza, a humanidade, os acontecimentos da História, os sinais dos tempos, a nossa amada Igreja (com sua Tradição e o Magistério) e, sobretudo, o Cristo, o Filho Unigênito feito carne em Jesus de Nazaré, nosso Irmão Maior.

Reflexão

Este trecho do Evangelho que nos é proposto pela Igreja na comemoração da memória dos santos Anjos da Guarda é um paralelo ao trecho que meditamos ontem, porém nos apresenta um acréscimo muito importante, que não podemos desconsiderar: a assistência que Deus concede a todos os que são pequenos e a necessidade que existe de valorizarmos aqueles que são os desvalidos do mundo, pois os seus anjos no céu vêem sem cessar a face de Deus. Devemos receber em nome de Jesus todas as crianças, assim como todos os demais desvalidos e excluídos da sociedade para recebermos o próprio Cristo, presente neles.
Fonte: CNBB em 02/10/2012

Reflexão

No início, o culto dos Anjos da Guarda está unido ao de São Miguel. A partir do século XVI, figura como festa própria em muitas igrejas. Os anjos são mencionados mais de trezentas vezes na Bíblia. Os evangelhos falam frequentemente dos anjos. Significativa é a passagem em que Jesus se põe em defesa dos pequeninos: “Os anjos deles contemplam continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus”. A respeito dos Anjos da Guarda, assim se expressa o Catecismo da Igreja Católica (n. 336): “Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida”. O famoso pregador Bossuet dizia: “Sejam felizes por ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

AMAR OS PEQUENINOS

O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida. O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de apreço e estimulo, torna-me especialmente atento em relação a quem dá os primeiros passos na fé, buscando, penosamente, trilhar os caminhos da fidelidade ao Reino.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Servir com alegria aos menos importantes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A gente está habituada a servir, ser gentil e acolhedor com gente importante. No trabalho profissional buscamos agradar ao chefe e demais superiores, quando mais importante o cargo e a função de quem nos pede algo, mais que vamos nos esforçar para atendê-lo. Talvez não só por questão de obediência, mas muito mais porque, sendo importante, aquela pessoa pode nos ajudar a subir dentro da empresa, nomeando-nos quem sabe para algum cargo. Quando esse modo de agir é uma obcessão, determinando nossas relações com essas pessoas, acaba se tornando puxa-saquice sem tamanho, mas no fundo é isso mesmo, gostamos de servir a quem pode nos retribuir com algo vantajoso.
Podem reparar que trazemos esse modo de agir para a comunidade, o pessoal da liturgia trata o Padre de um jeito, o Diácono de outro, e o coitado do Ministro da Palavra é o último que fala e o primeiro que apanha. Por que isso? Por que se observam as pessoas através de uma visão hierarquizada. Conforme se tem um cargo maior, mais “servidores” vão aparecer.
Não sou contra, dar uma atenção maior ao sacerdote, ao arcebispo, quando está em uma comunidade, são nossos pastores que nos orientam, nos apontam caminhos. Não há nada de errado nisso. Mas as pessoas são iguais e o espírito cristão tem que nos levar a agir dentro dessa igualdade.
No evangelho de hoje Jesus vai além e coloca como referência as criancinhas e os meninos, que naquele tempo eram insignificantes na sociedade, além das mulheres. Criança nem entrava nas estatísticas e eram totalmente dependentes dos adultos, começando pelos pais e parentes. Não tinham nenhuma autonomia e só lhes restava obedecer e fazer o que os adultos mandavam, diferente de hoje quando há até leis específicas que garante o direito das pessoas, crianças, adolescentes, jovens e idosos.
Os discípulos fizeram uma pergunta “Quem é o maior no Reino dos Céus?” porque seguiam essa lógica da submissão a quem é o maior. Jesus, entretanto desmonta esse esquema de domínio sobre as pessoas e afirma que no Reino, os pequenos, pobres, insignificantes, é que devem ser servidos. Esse ensinamento, tanto nos tempo dos discípulos e das primeiras comunidades, como em nossos dias, parece absurdo porque na lógica humana somente as pessoas importantes são valorizadas. Mas Jesus não está fazendo um belo discurso demagógico como o de alguns políticos, pois na conclusão do evangelho, com a parábola da ovelha desgarrada, ele nos mostra que o Pai do Céu age assim com todos nós, buscando a ovelha perdida e a valorizando mais que as outras.
Fonte: NPD Brasil em 02/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Quem é o maior no Reino dos Céus?

Postado por: homilia
outubro 2nd, 2012

Pelo texto entendemos que Jesus teria estado entre a multidão e que haveria muita agitação para se aproximar d’Ele. Talvez para O tocar a fim de obter cura. E, então, os discípulos observando o movimento das pessoas, algumas crianças acompanhando os pais, algumas sentadas, outras inquietas, e todos esperando o momento em que Jesus começasse a falar. Temendo que ficassem para trás, aproximam-se do Mestre para arrumarem um esquema. Jesus percebeu que alguns discípulos já vinham, há algum tempo, conversando entre si sobre como deveria ser o Reino dos Céus.
Jesus já havia contado várias parábolas sobre o Reino dos Céus, e já havia incutido neles uma enorme vontade de entrar neste lugar maravilhoso, onde eles poderiam ficar face a face com Deus. Agora, o lado humano desses discípulos queria saber qual deles teria maior lugar de destaque no Reino, qual deles seria o maior de todos. E antes de fazer a pergunta a Jesus, eles mesmos devem ter discutido bastante sobre isso, e talvez chegassem até a brigar, antes de chegarem ao ponto de perguntar ao Mestre.
Devemos observar que a pergunta que eles fazem a Jesus é: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” O evangelista Mateus não chega nem a dizer qual deles fez a pergunta e, além disso, tem o cuidado de melhorar a pergunta, pois em outras passagens da Bíblia, a pergunta é até mais direta: “Quem de nós sentará ao teu lado no Reino?” O que se pode deduzir disso é que Jesus falava tanto e tão bem do Reino dos Céus, que os discípulos fariam qualquer coisa para entrar nele, e com o maior destaque possível!
A imagem de Reino que eles tinham é a de um reino da terra, então era nessa linguagem que Jesus poderia explicar. Com toda a hierarquia de um reino terreno.
Quando o discípulo fez essa pergunta, Jesus deve ter levado em consideração tudo isso, deve ter percebido os olhares ao Seu redor, e visto que todos esperavam ansiosos por uma resposta que exaltasse o mais forte ou o mais inteligente, ou o mais religioso, ou alguma virtude que eles pudessem discutir sobre quem seria o mais virtuoso ou qualificado entre eles. O raciocínio rápido e inteligente de Jesus tinha que encontrar uma saída que fizesse com que eles parassem de brigar para ver quem era o maior entre eles. E foi uma “saída de mestre” a que Ele encontrou. Chamou uma criança e disse exatamente o oposto do que seus discípulos estavam preparados para ouvir: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”.
Com isso, Jesus acabou com a discussão dos discípulos para saber quem seria o maior entre eles, pois agora eles deveriam buscar serem pequeninos como uma criança. E Jesus ainda arrematou: “E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe”.
Jesus sabia que seus discípulos O tinham como Filho de Deus e, portanto, como presença garantida no Reino. Então agora eles teriam que buscar as qualidades de uma criança e tratar as crianças como se fossem o próprio Jesus. Mas poderíamos interpretar “criança” com outra conotação: as pessoas simples e humildes, de pouca formação religiosa e acadêmica, os excluídos e marginalizados da sociedade.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 02/10/2012

Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento para perceber a tua presença inefável nos teus sinais. Que saibamos ouvir com alegria gratidão os teus Anjos que nos guiam, guardam e nos protegem em toda a caminhada para o teu Reino de Amor. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento para perceber a tua presença inefável nos teus sinais. Que saibamos ouvir, atentos, com alegria e gratidão, os teus Anjos que nos guiam, guardam e nos protegem em toda caminhada que, desde agora (mas ainda não em plenitude), já percorre as veredas do teu Reino de Amor. Pelo Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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