terça-feira, 14 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/08/2018

ANO B


Mt 18,15-20

Comentário do Evangelho

Correção fraterna

Mateus insere estas orientações sobre a correção fraterna na fala de Jesus sobre as normas de convívio nas comunidades. Estas orientações são apresentadas após a abordagem das questões da disputa pelo poder, do escândalo e das defecções. A correção fraterna, que brota do amor e do perdão, é fundamental para manter-se a unidade na comunidade. Conflitos, sensibilidades feridas e ofensas são comuns no convívio comunitário. Contudo, é importante superá-los com a mudança de comportamentos que provocam estes conflitos, sem defecções. O evangelista formaliza esta questão da correção, apresentando-a como uma regra. Contudo, o amor, que nos move ao perdão e à reconciliação, atua de maneira mais livre e espontânea. A alusão ao pagão ou ao publicano, no texto, tem um caráter discriminatório e excludente que destoa da prática de Jesus e da índole do publicano Levi (Mateus), sugerindo que a autoria deste evangelho possa ser atribuída a um escriba convertido (cf. Mt 13,52).
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.
Fonte: Paulinas em 15/08/2012

Comentário do Evangelho

Deus não desiste de nós, apesar de nós

No episódio ficou claro que a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço generoso, pelo acolhimento e pelo interesse pelo outro, a tal ponto de não medir esforços para recuperá-lo caso ele se distancie da comunidade.
A comunidade cristã é chamada a ser a comunidade dos reconciliados, em que o perdão deve ser oferecido e aceito. O próprio Cristo, cabeça da Igreja, nos reconciliou com o Pai.
A perícope de hoje é a consequência prática exigida pelo desejo expresso do Pai: “O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos” (v. 14). Nesse sentido, a atitude exigida de cada membro do povo que Cristo reúne é a iniciativa na reconciliação: “Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós!” (v. 15). É simplesmente, em primeiro lugar, ter presente que a Igreja é uma comunidade de irmãos (“Se teu irmão”). Tendo sido ofendido pelo pecado do irmão, a questão, aqui, é tomar a iniciativa de ajudá-lo no seu processo de conversão, de agir com misericórdia para com ele. É um empenho que exige não medir esforços para que ele se converta e viva.
Por que o Senhor vai atrás da ovelha que se perdeu até encontrá-la, os membros da Igreja devem proceder do mesmo modo, pois a Igreja é sinal de Cristo no mundo, e não se pode proceder de outra maneira, porque Deus não desiste de nós, apesar de nós. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro. O amor fraterno deverá sempre ser constituído e exigirá sempre o empenho de cada um e de todos os membros da comunidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 14/08/2013

Vivendo a Palavra

O Evangelho alerta sobre a responsabilidade que temos com relação aos nossos irmãos. Como discípulos missionários de Jesus, é nosso primeiro dever testemunhar, com a vida, que estamos procurando seguir a Lei do Amor. Mas devemos, também, ajudar o irmão a discernir a sua realidade – e o Mestre aponta o jeito fraterno de fazê-lo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2012

Vivendo a Palavra

Jesus viveu plenamente o testemunho de vida em fraternidade. Mas, além do exemplo, Ele falou aos discípulos, ensinando o jeito bom da correção fraterna e o poder da oração feita em comum com os irmãos. Esta é a nossa missão de Igreja de Jesus: construir e viver comunidade fraterna.
Fonte: Paulinas em 14/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho nos alerta sobre a responsabilidade que temos com relação aos nossos irmãos. Como discípulos missionários de Jesus, é nosso primeiro dever testemunhar, com a própria vida, que estamos procurando seguir a Lei do Amor. Mas devemos, também, ajudar o irmão a discernir a sua realidade – e o Mestre aponta o jeito fraterno de fazê-lo.

Reflexão

A vida em comunidade é essencial para que possamos sentir a presença de Jesus no meio de nós e usufruir dessa presença, porém ela não é fácil, principalmente por causa das dificuldades de relacionamento. A comunidade, para ser realmente cristã, deve ser pautada na misericórdia, no perdão e na acolhida dos que erram, buscando não a punição, mas sim o reerguimento e a superação dos que erram, possibilitando-lhes a conversão e a vida nova em Cristo. É por isso que Jesus nos mostra, no Evangelho de hoje, as exigências da correção fraterna juntamente com a sua promessa de presença no meio de nós.
Fonte: CNBB em 15/08/2012 e 14/08/2013

Meditação

Diante de meu próximo que erra, sigo os ensinamentos de Jesus ou vou logo “pondo a boca no mundo”, falando de tudo a todos? - Julgo o erro em si ou a pessoa que erra? - Em meus julgamentos, procuro colocar acima de tudo a caridade? - Será que tenho direito de “atirar a primeira pedra” em alguém? - Meu telhado às vezes não se parece com um “telhado de vidro?” - Julgo a partir de um agir imparcial ou levado por simpatias e antipatias?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 14/08/2013

Reflexão

Para o bem da vida comunitária, Jesus propõe orientações claras. Se algum irmão pecar, não se deve espalhar o seu erro, nem excluí-lo da convivência. Primeiro, é conversar com ele discretamente. Caso persista no pecado, envolver mais irmãos. Finalmente, não havendo reconciliação, entregar o caso à comunidade. Esse processo de compreensão e perdão fraterno salienta a importância da vida comunitária harmoniosa. No esforço de criar ambiente de fraternidade, ela se identifica com a comunidade cristã. Então, tudo o que resolverem em comum, será conforme a vontade do Pai celeste; “será ligado no céu”. E aos pedidos expressos de modo coletivo, o Senhor atenderá mais prontamente. Muito amor, oração e discernimento são requisitos antes de querer afastar da comunidade um irmão que errou.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

CORREÇÃO FRATERNA

Ninguém está isento do pecado. Mas, se alguém erra, não pode ser punido impiedosamente e ser excluído da comunidade, sem a devida ponderação.
Havia, nas primeiras comunidades cristãs, uma tendência a resolver, com uma certa dose de leviandade, os casos de desvio da fé. Os pequeninos eram as primeiras vítimas desta intransigência.
Deve-se percorrer um longo caminho, antes de se tomar a decisão de afastar da comunidade alguém que errou. O primeiro passo consiste em ser advertido, a sós, por quem se sente ofendido. Isto pode ser suficiente para que a pessoa refaça sua conduta. Pode, entretanto, acontecer de a pessoa não se deixar tocar, e persistir no erro. O passo seguinte consistirá em convocar as testemunhas previstas pela Lei mosaica e, diante delas, admoestar quem pecou, tentando demovê-lo de sua má conduta. Talvez, ele se deixe convencer e se converta. Também esta iniciativa pode resultar inútil. Só então a comunidade toda, neste caso, deve ser convocada para discernir, com muita responsabilidade, se a melhor decisão consiste em afastar o pecador de seu meio.
Jesus, porém, cuida para que a reunião da comunidade não se transforme numa espécie de tribunal. Antes, que busque descobrir o desígnio do Pai a este respeito. A certeza da presença do Filho de Deus visa garantir a justiça num assunto tão fundamental.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me de tratar a quem erra, com impiedade e dureza; antes, que eu procure, por todos os meios, fazê-lo voltar para ti.

Liturgia comentada

Terás ganho o teu irmão...
Ganhar e perder. Nossa sociedade capitalista entende muito bem de lucros e perdas. Mas cuidamos, em geral, de lucros e perdas materiais. Temos aquele livro de três colunas: deve/ haver/ saldo. Neste Evangelho, porém, está em questão a salvação das almas. Ou sua perdição eterna. No Juízo Final, virá o balanço inexorável...
Certa mentalidade individualista – aliás, bem ao gosto de nosso tempo! – poderia levar o fiel a se preocupar em salvar a própria alma: cada um pra si e... Deus pra todos. Não cometer pecados mortais, cumprir os 10 mandamentos de Deus e os 5 da Igreja. Só para desencargo de consciência, uma esmolinha aqui e uma prenda para o leilão da paróquia. Ufa! Estou salvo!
Graças a Deus, não é assim. Ninguém se salva sozinho! Tanto que nossa omissão diante daqueles que correm o risco de se perder é um pecado grave. Viver uma vidinha tecida de comodismos e preferências, lazeres e conveniências, quando Deus se esgoela a clamar por operários para colher a messe que está madura (cf. Jo 4, 35b), certamente causará a nossa perdição! Seremos severamente cobrados por nossa indiferença diante do próximo caído na estrada de Jericó.
No Evangelho de hoje, o ensinamento de Jesus aponta para nosso compromisso em advertir o irmão que se desvia para, assim, lhe dar uma oportunidade de correção e conversão. Aponta para a responsabilidade dos educadores em corrigir o educando que erra, puni-lo adequadamente e reanimá-lo a voltar ao caminho do bem. Aponta para a irrecusável solidariedade que envolve a sociedade humana, independentemente de raça e cor, classe e nacionalidade. Estamos todos no mesmo barco!
Exemplos não nos faltam. A freira que é professora de ricos e deixa seu conforto para cuidar dos miseráveis de Calcutá. O jovem da nobreza espanhola que abre mão de seu brasão para levar o Evangelho à Índia, ao Japão e à China. O Papa já alquebrado que atravessa o planeta para falar de Jesus. O pastor negro que arrisca sua vida para defender os direitos de seus irmãos. A professora branca que ensina balé clássico na favela para ajudar os pequenos favelados a descobrirem a beleza...
Madre Teresa, Francisco Xavier, João Paulo II, Martin Luther King e tantos outros mostram que isto é possível. A vida existe para ser dada, perdida, sacrificada. É assim que o outro será salvo.
Orai sem cessar: “Anunciarei vosso Nome aos meus irmãos!” (Sl 22 [21], 23)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalinca.com.br
Fonte: NS Rainha em 14/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

É importante estarmos sempre em comunhão com nossos irmãos

Postado por: homilia
agosto 15th, 2012

Nesta passagem, Mateus nos relata um episódio em que Jesus estava ensinando Seus discípulos sobre a questão do perdão, além outros assuntos relacionados ao Reino de Deus como a autoridade da Igreja na disciplina e a importância da comunhão na oração.
Jesus e Seus discípulos se encontravam na cidade de Cafarnaum, uma cidade marítima situada na Galileia. O Senhor estava ainda no semestre da retirada, no ano da Paixão, quando se despedia da região da Galileia após voltar da terceira jornada de Cesareia de Filipe. Neste local, aconteceram três eventos, entre os quais a instituição da Igreja de Cristo como resposta à confissão de Pedro sobre a identidade de Cristo (cf. Mateus 16,13-20).
O Mestre ensina, logo no versículo 15, que é necessário humildade para estar sempre numa perfeita comunhão. Perdoar sempre? Tudo bem. Mas o que fazer quando a pessoa que ofendeu não reconhece seu erro e não pede perdão? Jesus ensina que deve existir disciplina na Igreja. Neste caso, devemos ir ao encontro do nosso irmão pessoalmente – e sem ninguém mais saber – para fazê-lo ver a sua falta.
Para tomar a iniciativa em resolver um assunto que não nos deixa ter a comunhão com o nosso irmão é necessário humildade. Se proceder desta forma e o irmão reconhecer seu pecado e se arrepender, a restauração da comunhão se concretiza de imediato. Todavia, se ele não aceitar a sua correção, você deve levar duas pessoas para testemunhar, como nos ensina a Sagrada Escritura.
Se, ainda assim, o irmão não quiser ouvir as testemunhas, deve-se comunicar à comunidade para tratar do assunto em coletividade. Se o irmão continuar a não se arrepender, deve-se considerá-lo como um gentio.
De fato, a Igreja tem a autoridade de ligar ou desligar alguém no Reino de Deus. Se a pessoa pecar contra algum irmão, mas não se arrepender, ele deve se desligar da Igreja na terra e, sendo feito assim, ele será desligado no céu também. Porém, se ele pecou, mas se arrependeu, continua na comunhão da Igreja na terra, a qual deve perdoar e, assim, também no céu será perdoado.
A partir do versículo 19, Jesus dá um grande motivo para perdoar sempre e continuar em comunhão: “Se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles” (Mateus 18,19-20).
Devemos abandonar o orgulho que nos faz esperar que o irmão se arrependa e procurar avisá-lo com amor e paciência, para que ele sinta vontade de estar em comunhão conosco. Lembrando a promessa que Senhor Jesus fez, quando diz que as nossas orações serão atendidas pelo Pai que está no céu, não devemos deixar que aborrecimentos e desentendimentos nos impeçam de estar com os nossos irmãos em plena comunhão.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 15/08/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a ser cuidadosos com nossos companheiros de estrada. Não permitas que nos coloquemos na posição de juízes ou algozes, mas que sempre nos mova a vontade pura de ajudar; que sejamos humildes e discretos, como viveu e ensinou o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2012

Oração Final
Pai Santo, faze de tua Igreja uma comunidade de irmãos. Livra-nos da tentação de julgar nossos companheiros de caminhada, vivendo de tal maneira que sejamos testemunhas do teu Amor, anunciado e prometido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a tratar com cuidado nossos companheiros de estrada. Não permitas que nos coloquemos na posição de juízes ou professores, mas que sempre nos mova a vontade pura de ajudar; que sejamos humildes, respeitosos e discretos, como viveu e ensinou o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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