quarta-feira, 1 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/08/2018

ANO B


Mt 13,44-46

Comentário do Evangelho

Parábolas do Reino

Mateus coleta ditos de Jesus e os reúne, em seu evangelho, em cinco blocos, formando cinco discursos. Estes são alternados com blocos de feitos de Jesus, milagres, relações com os discípulos ou com o povo e conflitos com o sistema da sinagoga e do Templo. No capítulo treze, encontramos o "discurso em parábolas", com sete parábolas. A seguir apresentará mais oito, dispersas, formando um total de quinze. Destas, oito são exclusivas de Mateus. E Mateus tem a originalidade de iniciar dez das parábolas com a frase: "O Reino dos Céus é como...". As duas curtas parábolas de hoje só são encontradas em Mateus. Em poucas palavras exprime bem a atração do Reino. Em ambas alguém descobre algo de muito valor e vende tudo para comprá-lo. Em ambos os casos o valor está oculto: o tesouro enterrado no campo e a pérola que o dono ignorante não percebe que é preciosa. A mensagem da parábola não está na compra ardilosa. A mensagem está nas partes: de um lado, alguém que tem nas mãos um tesouro, mas não toma conhecimento, e, de outro lado, alguém que descobre o tesouro e dá tudo para possuí-lo. O tesouro é o Reino dos Céus. Muitos estão adormecidos diante dele. Outros renunciam a tudo para participar dele, colocando sua vida a serviço do próximo mais necessitado, em comunhão com Jesus e o Pai.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa alguma deste mundo.
Fonte: Paulinas em 01/08/2012

Vivendo a Palavra

Jesus aponta para nós o caminho da prioridade absoluta. Quando descobrimos o Reino de Deus, tudo o mais se torna secundário. Sejamos além de sábios, corajosos: ‘vendamos’ os bens passageiros, que às vezes nos seduzem tanto, para buscar o Tesouro que a ferrugem não consome e a traça não rói, mas permanece para a vida eterna.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/08/2012

Reflexão

O Evangelho de hoje nos mostra a parábola na qual Jesus compara o Reino de Deus com um tesouro e com uma pérola. A comparação com o tesouro nos mostra o valor que o Reino de Deus deve ter nas nossas vidas, um valor que não pode ser superado por nenhum outro valor deste mundo. A pérola nos mostra a preciosidade inigualável que é o Reino de Deus para todas as pessoas. E tanto o valor como a preciosidade do Reino de Deus significam que todas as outras coisas perdem sua importância diante dele e só têm sentido enquanto contribuem para que o homem possa chegar até Deus.
Fonte: CNBB em 01/08/2012

Reflexão

Ao descobrir a riqueza do Reino dos Céus, a pessoa se alegra e rapidamente investe sua vida nessa nova “aventura”, guiada pelo Espírito Santo. As demais coisas, como os bens terrenos, caem para um plano inferior. Em que consiste, de fato, o Reino de Deus? São Paulo, na Carta aos Romanos, esclarece: “O Reino de Deus não é comida nem bebida, e sim justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17). A partir das parábolas de Jesus, pode-se dizer que tesouro e pérola preciosa são o Reino, a Palavra de Deus, o próprio Cristo, que precisamos descobrir dia após dia. Ele é o centro de nossas buscas, a razão de nossa existência. Entregar tudo alegremente por causa dele é ganho: “Considero tudo como perda diante do bem superior, que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Fl 3,8).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

O ABSOLUTO DO REINO

O centro de convergência da parábola do tesouro escondido e da pérola preciosa encontra-se na decisão do agricultor e do comerciante, de desfazer-se de todos os seus bens para adquirir o bem encontrado, por ser sobremaneira precioso. O bom senso mostrou-lhes a conveniência de investir tudo na aquisição do bem maior. A perda redundaria em ganho, a loucura revelar-se-ia sabedoria.
Assim comporta-se o discípulo em relação ao Reino. Sua descoberta leva-o a redimensionar toda a sua vida, dando um sentido novo a cada um de seus aspectos, subordinando-os ao absoluto do Reino. O discípulo predispõe-se a qualquer sacrifício. Nada lhe parece demasiadamente pesado, quando se trata de colocar o Reino e seus valores no centro de sua existência.
O discípulo vê-se confrontado com a responsabilidade de fazer uma opção que revolucionará toda a sua vida. Nem sempre estará seguro do passo que deverá dar. Daí a possibilidade de se deixar levar pelo medo e pela incerteza. A convicção do discípulo, ao tomar esta decisão, dependerá do modo como foi tocado pelo Reino. Quanto mais profunda for a experiência tanto mais seguro estará o discípulo. Uma experiência superficial dificilmente levará a uma opção radical. Aí se revela quem, de fato, fez-se discípulo do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de radicalidade, reforça minha opção pelo Reino e seus valores, para que eu o coloque sempre mais como o centro de minha vida.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “O tesouro escondido”(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Muda-se o contexto, mudam-se os ouvintes, provavelmente Jesus acabou de chegar do campo e entrou na cidade, lá na zona rural o Reino era semente e fermento, agora na cidade ele é um tesouro e uma pérola preciosa. A diferença entre as duas parábolas é que agora, descobrindo este reino dentro de si, é preciso tomar a decisão: que importância tem o Reino na minha vida? Jesus e seu evangelho é apenas mais uma Filosofia de Vida entre tantas, ou é o único? O Reino de Deus não é uma mercadoria exposta na vitrine, em meio a outras.
Ao descobrir o tesouro escondido em um sítio, o homem da primeira parábola o escondeu de novo. Ninguém sabia que ele já tinha descoberto o tesouro, era alguém em meio a multidão, porém sentia-se especial pois o tesouro descoberto tornara-se a coisa mais importante da sua vida, mas para que fosse seu, teria de abrir mão de tudo o mais que possuía e foi o que fez...
Mas qual a diferença entre as duas parábolas que parecem tão iguais? Na primeira, o homem encontrou o tesouro por acaso, e na segunda o negociante estava à procura de uma preciosidade. Isso significa dizer que de algum modo, Deus revela o seu reino a todos os homens, nenhum ser humano passará por esta vida sem que a Graça de Deus o toque e o alcance. É uma ocasião única que ele deve aproveitar bem, descobrindo que vale a pena relativizar tudo nesta vida, aceitando como absoluto apenas Deus e os desígnios do seu Reino, que Jesus um dia plantou no meio de nós.
Ocorre que muitas vezes, jogamos toda a nossa existência fora, por causa de “quinquilharias” que nada valem, ou de certas pérolas reluzentes, mas que são falsas e não tem valor algum e que passamos vida inteira correndo atrás.

2. DECISÃO RADICAL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A relação do discípulo com o Reino deve ser de exclusividade. Em sua vida, nada pode apresentar-se como concorrente desse Reino, pois este tem a primazia em tudo, deve ser o ponto de referência para tudo, o eixo de sua existência. E tudo isto se explica como adesão e serviço total ao Reino.
Jesus comparou a radicalidade desta opção com o gesto de um homem que, ao descobrir um tesouro escondido num campo, cheio de alegria vendeu quanto possuía e adquiriu aquele campo. Essa descoberta levou-o a redimensionar o valor de suas propriedades. A posse do tesouro justificava desfazer-se de tudo o mais.
Outro ponto de comparação foi a atitude de um comerciante de pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, decidiu desfazer-se de todos os seus bens, só para adquiri-la. A posse da pérola levou-o a dar uma reviravolta em sua vida: todas as demais pérolas que possuía, bem como outras eventuais propriedades, pouco valor tinham para ele. A posse da pérola preciosa era suficiente para fazê-lo feliz.
O mesmo se passa com o Reino. Ele constitui a alegria do discípulo, embora tivera de renunciar ao que antes lhe parecia precioso. Por causa do Reino, o discípulo é capaz de tomar decisões radicais.
Oração
Senhor Jesus, que eu me desfaça, com coragem e alegria, de tudo quanto me impede de colocar o Reino como centro de minha vida.
Fonte: NPD Brasil em 01/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Vale a pena tudo superar para possuir a Cristo

Postado por: homilia
agosto 1st, 2012

O Senhor não diz quem foi o homem que encontrou o tesouro escondido no campo, tampouco como ele o encontrou – se arando, cavando ou plantando. Também não se sabe qual foi o tesouro encontrado.
Era uma coisa comum, tanto na época do Antigo Testamento quanto do Novo, esconder riquezas debaixo da terra por causa das guerras e revoluções tão frequentes. Era mais seguro guardá-las no campo do que deixá-las em casa, pois poderiam ser roubadas por ladrões ou levadas pelos invasores como despojo.
Na maioria das vezes, porém, o proprietário do tesouro morria sem revelar a ninguém onde o havia escondido. Deus fala de algo conhecido por seus ouvintes. Ele não está usando uma figura irreal e fantasiosa ao falar do tesouro escondido.
O homem que encontrou o tesouro, no campo, não estava à sua caça. Ele o encontrou ao acaso. Qual foi a sua reação ao encontrá-lo? Escondeu-o de volta e, tomado por grande alegria, retornou para sua casa, vendeu todos os seus bens e comprou aquele campo, no qual o tesouro estava escondido.
O Senhor Jesus também conta a história de um negociante de jóias que estava à procura das melhores pérolas, pois, no primeiro século da era cristã, elas tinham um grande valor, assim como tem o diamante em nossos dias. Elas serviam como símbolo de status e posição entre os ricos, e apenas estes as possuíam.
O homem da parábola é um negociante que está em busca das melhores pérolas. Jesus não diz para onde ele foi, somente afirma que ele encontrou, em sua busca, a pérola de grande valor que tanto procurava. Ele não sossegou enquanto não a obteve. Jesus nos conta que aquele negociante, tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía e a comprou.
Comparando ambas as parábolas, observamos um ponto de semelhança entre elas: a atitude dos dois homens depois de terem encontrado seus tesouros. Ambos reconheceram o imenso valor do que haviam encontrado e, com alegria, não hesitaram em vender tudo que tinham para obtê-lo.
Certamente, os parentes e conhecidos desaprovaram a atitude deles, pois não sabiam o que eles estavam fazendo. Mas esses homens não pensaram duas vezes; com o coração resoluto e alegre – sem nenhum sentimento de perda – desfizeram-se de tudo quanto possuíam para obter o tesouro e a pérola que cada um encontrou.
Este é o ponto central da parábola, por meio da qual Jesus quer nos ensinar uma verdade acerca do Seu Reino. Nada nem ninguém se pode ser comparado ao valiosíssimo tesouro que é Jesus Cristo nosso Senhor.
Cante de alegria, venda tudo o que possui e diga: “Encontrei Jesus, Ele é o meu libertador! É meu Senhor, meu amigo e amor. Ninguém O tirará de mim! Jamais O deixarei. Ele vai comigo no meu coração. Ele é o caminho que me conduz ao Pai, a verdade certa, é a vida que me faz viver. É luz que ilumina o meu caminho, a força na minha fraqueza, a alegria na tristeza”.
Vale a pena tudo superarmos para possuir Cristo, porque, com Ele, tudo teremos e tudo venceremos.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 01/08/2012

Oração Final
Pai Santo, que o nosso coração, iluminado pelo teu Espírito, possa discernir o Bem Maior – aquele que a nossa inteligência, ávida pelos saberes do mundo, não foi capaz de encontrar: o Teu Reino de Amor. E que tenhamos força, Pai amado, para seguir nos caminhos da vida o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/08/2012

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