terça-feira, 15 de maio de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/05/2018

ANO B


Jo 17,1-11a

Comentário do Evangelho

Oração de Jesus dirigida ao Pai.

Parte do discurso de despedida de Jesus, o capítulo 17 é comumente conhecido como a oração sacerdotal de Jesus. Próprio do sacerdote é oferecer a Deus, pelo povo, sacrifícios e súplicas. O sacrifício oferecido por Jesus é o da sua própria vida e as súplicas, ofereceu-as em favor dos seus discípulos para permanecerem fiéis e não esmorecerem diante da perseguição do mundo. Trata-se da parte final do discurso de despedida, que é uma longa oração de Jesus dirigida ao Pai. Essa oração tem como ponto fundamental a comunhão entre o Pai e o Filho: a obra que o Filho realiza tem como finalidade manifestar a Glória de Deus, isto é, revelar o mistério de Deus: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). Realizando a obra de amor, o Filho glorifica o Pai e é glorificado por Ele, isto é, é revelado pelo Pai que o ressuscitou dos mortos. Pela ressurreição chega-se a conhecer o que ele era antes da criação do mundo (cf. Jo 1,1). Por essa comunhão, o Pai deu ao Filho o poder de conceder a vida eterna. A vida eterna dada pelo Filho é comunhão com o Pai e com aquele que Ele enviou, Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.
Fonte: Paulinas em 03/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

Despedidas – de Paulo e de Jesus – são o pano de fundo das leituras do dia. Em seu último discurso aos apóstolos, o Mestre os consagra (e nos consagra!) ao Pai, sendo por isto conhecida como a ‘Oração Sacerdotal de Jesus’. É importante que nós nos situemos entre os discípulos a que Ele se refere e que vivamos sempre encantados e agradecidos por isto!

Reflexão

Antes de partir para junto do Pai, Jesus reza por todos nós e o Evangelho de São João registra essa oração que ficou conhecida como Oração Sacerdotal de Jesus. Jesus inicia esta oração rezando por si mesmo, uma vez que ele sabe que a paixão está chegando e que deve estar preparado para sofrer. Em seguida, Jesus diz ao Pai que cumpriu a missão que lhe foi confiada,de modo que o Nome de Deus foi manifestado aos homens sendo que sua mensagem foi acolhida e muitos reconheceram-no como o enviado do Pai para, em seguida, rezar por todos os que creram em suas palavras.
Fonte: CNBB em 03/06/2014

Recadinho

Você está sempre preparado para quando chegar a sua hora? - Você se considera feliz? Você está merecendo uma vida eterna feliz? - Sua frequência aos sacramentos é constante? - Você procura ver a Deus nas coisas da vida? Cite um exemplo. - Jesus reza ao Pai de maneira simples. Você também faz isso? Você, de vez em quando, tem aqueles “papos” com Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/06/2014

Reflexão

Jesus se despede deste mundo, rezando ao Pai. Retoma e sintetiza seu itinerário de salvação, a saber: 1. Sua origem e vinda ao mundo: ”Eu saí de junto de ti”. 2. O Pai glorifica o Filho, isto é, manifesta-lhe amor constante e o ressuscita dos mortos. 3. Jesus recebe o poder de dar a vida eterna a todos os que o Pai lhe deu. 4. A vida eterna consiste em conhecer o Pai e o Filho. Começa a partir de nossa adesão a Jesus e se prolonga para além desta vida. 5. Jesus retoma a glória divina, a mesma que tinha “antes que o mundo existisse”. 6. Jesus manifesta aos discípulos quem é seu Pai e ensina-lhes as palavras do Pai. 7. Jesus pede em favor dos seus discípulos, porque eles continuam no mundo. 8. Jesus volta para o Pai: “Eu vou para junto de ti”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

A ORAÇÃO DE JESUS

A oração de Jesus expressa sua consciência de ter cumprido a sua missão. Estando próximo da morte, ele faz uma espécie de prestação de contas ao Pai, da tarefa que lhe fora confiada. Não buscou os caminhos mais fáceis, não selecionou o que lhe interessava, nem contentou-se em cumprir sua missão pela metade. Por isso, está seguro de ter realizado, com absoluta fidelidade, o querer do Pai.
A tarefa principal de Jesus consistiu em tornar conhecido o Pai, manifestando o seu nome e o seu projeto de salvação para a humanidade. Nisto consistiu a glorificação do Pai na Terra: em a humanidade pecadora conhecer, por meio de Jesus, sua misericórdia e seu amor complacente. Por sua vez, os seres humanos puderam, novamente, achegar-se ao Pai, por terem sido liberados da escravidão do pecado. Em suma, a glória do Pai manifestou-se na ação de Jesus.
A ação de Jesus estava também direcionada para quem lhe fora confiado pelo Pai, e a quem devia conduzir à fé. O Filho de Deus foi fiel em transmitir-lhes as palavras recebidas do Pai; protegeu-os contra as ciladas do mundo; e os acolheu como presente do Pai: "Eles eram teus, e a mim os destes".
Em sua oração, Jesus pede, insistentemente, pelos discípulos. Ele bem sabe quanta força necessitarão para combater o mundo, e vencê-lo. A vitória deles será uma espécie de glorificação do Pai. Mas só vencerão esta peleja, se estiverem unidos ao Filho Jesus.
Oração
Espírito de oração coloca em meus lábios palavras de louvor ao Pai, pela força que ele me dá, para a missão que glorifica o seu nome.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de são Carlos e seus companheiros, produza sempre abundante colheita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/06/2014

Meditando o evangelho

OS QUE ME DESTES!

Jesus estabeleceu uma clara distinção entre o mundo e aqueles que lhe foram dados pelo Pai. Referiu-se apenas a estes, quando se dirigiu ao Pai, dizendo: "Eu rogo por eles; não é pelo mundo que eu rogo, mas por aqueles que me deste, porque são teus".
Esta distinção deve ser bem entendida, para não tacharmos Deus de injusto, pensando que já destinou uns para a salvação, e outros para a condenação. Ou que tivesse escolhido um grupo de privilegiados para entregá-los a Jesus, e relegado os demais ao desprezo.
Jesus fora enviado para toda a humanidade, sem exclusão de ninguém. Entretanto, assim como a opção pelo pecado depende da liberdade humana, o mesmo se dá com a acolhida da graça. Alguns abriram o coração para a oferta divina, outros, porém, a recusaram, preferindo permanecer nas trevas do pecado. Ninguém está destinado a ser "mundo", mas faz esta escolha por livre vontade. O Pai entrega a Jesus somente aqueles que acolhem livremente a salvação. Quanto ao mundo, sua atitude de fechamento inviabiliza toda e qualquer ação de Jesus em seu favor.
O mundo frustra a obra de Deus realizada por Jesus. Quem se torna discípulo, tem a missão de resgatar para o Reino da luz quem vagueia no mundo as trevas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Vida Eterna já nos foi dada...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Se pudéssemos fazer um gráfico comparativo entre os evangelhos sinóticos e o de João, iríamos perceber que nos sinóticos, na medida em que vai chegando a paixão e morte de Jesus, a linha do gráfico vai decaindo, tudo começou tão bem, atingiu o auge mas agora o Messianismo de Jesus parece que está acabando em nada, e a linha vai chegar no zero.
No evangelho Joanino tudo é diferente, e na medida em que se aproxima a paixão e a morte do Senhor, a linha do gráfico vai subindo de forma ascendente atingindo o ponto mais alto, o cume do messianismo: Jesus é Deus verdadeiramente! Por isso a palavra "Glorificação" é importante e só nesse evangelho aparece meia dúzia de vezes...Mas essa glorificação deve ser bem entendida, senão fica parecendo, na nossa linguagem humana, uma rasgação de elogio e jogação de confete entre o Pai e o Filho, quando na verdade o que está em jogo é a vida e o destino de toda humanidade.
A glorificação de Jesus significa a total restauração do Ser humano, Jesus não só resgata o homem para o paraíso, ele o coloca em um trono e o homem, doravante, fará parte da Divindade Trinitária, o homem deixa o caos desordenado do pecado e passa á luz da Graça de Deus, ou seja, em Jesus, o Homem Novo, Deus renova toda a humanidade e a sua glória se irradia em cada ser humano.
Por isso que a glorificação de Jesus tem continuidade nos seus discípulos, pois assim como Jesus e o Pai formavam uma unidade perfeita, agora em Jesus, o homem começa a participar dessa unidade. A obra de Jesus foi terminada, o elo entre Deus e o Homem foi refeito, e a Vida de comunhão com Deus tornou-se uma realidade. Eliminada essa distância que havia entre Deus e o homem, na Teologia Joanina a Vida Eterna já foi dada a cada ser humano.
Precisamente esta Vida Eterna presente em nós na Graça Santificante e Operante, é que dá um novo significado á nossa existência naquilo que somos e fazemos, no que falamos e pensamos, em tudo isso resplandece á Luz Divina e assim, Jesus e o Pai são glorificados.
A oração de Jesus, chamada nesse capítulo 17, de Oração Sacerdotal, é a oração que pede, mas ao mesmo tempo em que se propõe a fazer, aquilo que pediu ao Pai. Jesus pede que nenhum dos que o Pai deu a ele, se percam, mas para que a oração seja atendida, Jesus irá dar o precioso dom da sua Vida, deixando-se imolar, pagando assim um alto preço para nossa renovação e total restauração.
A oração de Jesus é no sentido de que esse novo homem agora seja forte e não caia mais nas seduções do "mundo" do mal como ocorrera com nossos primeiros pais. Jesus, o homem novo, pressionado pelas forças do mal, quando estava no mundo, as derrotou com a morte na cruz, agora a pressão do mal será sobre os discípulos, que têm em Jesus essa mesma força, capaz de superar todo o mal e assim sacramentar a vitória de Jesus tornando-a definitiva.

2. Que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Preparamo-nos para a vinda do Espírito Santo em Pentecostes, rezando com Jesus. Com ele, pedimos ao Pai a unidade de todos os que nele acreditam e se sentem seus discípulos e amigos. “Que eles sejam um como nós somos um”, rezou Jesus ao Pai. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são Um, numa unidade perfeita, e perfeitas são as suas relações. Importa que seus discípulos vivam essa mesma unidade para aproximarem os corações e derrubarem o muro de separação que afasta os povos. Importa que saibam matar a inimizade na própria carne.

HOMILIA

Pai, chegou a hora

Hoje, o Evangelho de São João —que há dias estamos lendo— começa falando-nos da “hora”: «Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique» (Jo 17,1). O momento culminante, a glorificação de todas as coisas, a doação máxima de Cristo que se entrega por todos... “A hora” é ainda uma realidade escondida aos homens; se revelará à medida que a trama da vida de Jesus nos abre a perspectiva da cruz.
Chegou a hora? A hora de que? Pois chegou a hora em que os homens conheçam o nome de Deus, ou seja, sua ação, a maneira de dirigir-se à Humanidade, a maneira de falarmos no Filho, em Cristo que ama.
Os homens e as mulheres de hoje, conhecendo Deus através de Jesus («porque eu lhes dei as palavras que tu me deste»: Jo 17,8), chegamos a ser testemunhas da vida, da vida divina que se desenvolve em nós pelo sacramento batismal. Nele vivemos nos movemos e somos; Nele encontramos palavras que alimentam e que nos fazem crescer; Nele descobrimos o que Deus quer de nós: a plenitude, a realização humana, uma existência que não vive de vanglória pessoal, mas sim de uma atitude existencial que se apóia em Deus mesmo e em sua glória. Como nos lembra São Irineu, «a glória de Deus é que o homem viva». Louvemos a Deus e sua glória para que a pessoa humana chegue a sua plenitude!
Estamos marcados pelo Evangelho de Jesus Cristo; trabalhamos para a glória de Deus, tarefa que se traduz em um maior serviço à vida dos homens e mulheres de hoje. Isto quer dizer: trabalhar pela verdadeira comunicação humana, a felicidade verdadeira da pessoa, fomentar o gozo dos tristes, exercer a compaixão com os débeis... definitivamente: abertos à Vida (em maiúscula).
Pelo Espírito, Deus trabalha no interior de cada ser humano e habita no mais profundo da pessoa e não deixa de estimular a todos a viver dos valores do Evangelho. A Boa Nova é expressão da felicidade libertadora que Ele quer dar-nos.
Fonte Comentário: Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é a ponte que nos conduz ao coração do Pai

Jesus é nosso eterno intercessor, Ele é a ponte que nos conduz ao coração do Pai.
“Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”(João 16, 9).
Hoje Jesus conclui a Sua oração de despedida, a sua última oração antes de ser glorificado. Quando falamos da glorificação de Jesus, falamos da Sua entrega amorosa para morrer por todos nós. O Evangelho de João nos dá a graça de poder sentir o coração de Jesus em Seus últimos momentos antes de ser preso, na chamada “oração sacerdotal”. É uma oração muito amorosa, uma oração cheia de confiança do amor de Deus, é uma oração repleta de doçura e de amor, inspirada naquela relação mais profunda e íntima que Jesus tem com Seu Pai.
Nessa última parte, nesse pedaço final dessa oração, Jesus ora por Seus apóstolos, por aqueles que são mais íntimos d’Ele, aqueles que caminharam com Ele. Jesus pede por eles e por todos aqueles que, ao longo da história, vão segui-Lo. Como Ele mesmo disse: “Não Pai, não estou orando pelo mundo não! Agora é especificamente por eles que estou pedindo!”.
Eu gostaria de dizer que é por mim e por você que nos tornamos discípulos do Senhor que Ele faz essa súplica maravilhosa ao coração de Deus. Jesus é nosso eterno intercessor, Ele é a ponte que nos conduz ao coração do Pai e, assim, como Ele orou, assim como Ele intercedeu, assim como Ele pediu, a nossa oração incessante precisa ser como a oração d’Ele! Primeiro, nós precisamos ir ao coração do Pai, nós precisamos cultivar essa relação amorosa e pessoal com o Pai e dirigirmos a Ele tudo aquilo que são os anseios da nossa alma e do nosso coração, derramar o nosso coração na presença desse Pai amoroso.
Quem ora, não ora só por si, não pede só por si, quem ora, clama, roga, intercede pelos outros. Nós, hoje, nos unimos a Jesus para orarmos pela nossa casa, para orarmos pela nossa família, para orarmos pelos nossos. Quantas pessoas precisam dessa proteção de Deus, desse consolo, dessa força de Deus. Como o mundo precisa de pessoas de joelhos no silêncio da adoração, clamando, pedindo e suplicando, como Jesus está fazendo a nós na Sua prece final!
Que a oração de Jesus, que chegou ao coração do Pai, faça com que também as nossas orações feitas com fé e com confiança cheguem ao coração de Deus e sejamos intercessores uns dos outros!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 03/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a penetrar profundamente no espírito da Oração Sacerdotal de Jesus. Dá-nos força, Pai amado, para descobrir que somos cidadãos do teu Reino e a nossa identidade é o Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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