terça-feira, 17 de abril de 2018

Bispo de Roraima defende direitos dos imigrantes venezuelanos

Dados da Polícia Federal estimam que cerca de 52 mil imigrantes venezuelanos já tenham entrado no Brasil. Só a cidade de Boa Vista (RR), com população de 320 mil habitantes, recebeu 40 mil imigrantes, representando mais de 10% da população.
A atuação da Igreja no Brasil sobre a situação dos imigrantes venezuelanos que buscam refúgio no país foi pauta do ‘Meeting Point’ desta terça-feira (17) durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


bispo de Roraima (RR), Dom Mário Antônio falou sobre essa realidade da população venezuelana imigrante no norte do Brasil, em especial na cidade de fronteira Pacaraima. Dom Mário defendeu que a imigrar é um direito e que governantes, instituições e sociedade em geral precisam auxiliar essas pessoas em suas necessidades fundamentais.
“A vinda dos imigrantes é um direito. O imigrante é um novo habitante da nossa cidade. É aquele que vem buscar uma vida melhor. Tendo em vista a realidade política, social e econômica da Venezuela muitos deles chegam necessitados de alimento, de trabalho, de saúde, necessidades fundamentais do ser humano”, afirmou.
Os imigrantes estão presentes em várias cidades do Brasil. No estado de Roraima concentram-se principalmente em Pacaraima, Rorainópolis, Boa Vista, entre outras cidades. O bispo falou da necessidade da construção de novos abrigos, visto que muitos destes imigrantes encontram-se nas ruas e praças das cidades.
“Dom Mario falou também que o estado tem recebido ajuda de várias instituições. A Diocese de Roraima em união com outras igrejas, outras instituições eclesiais nacionais e internacionais tem trabalho em rede para amenizar o sofrimento dos imigrantes que chegam ao nosso estado, proporcionando comida, atendimento de saúde, documentação e abrigo”, afirmou Dom Mario.
Segundo o prelado, a força tarefa presente no estado comandada pelo Exército tem como missão fazer a interiorização dos imigrantes para outras regiões do Brasil. “Nós esperamos que essa interiorização aconteça com respeito aos direitos do imigrante e a sua dignidade como pessoa proporcionando saúde, segurança, além de trabalho e alimento. Esperamos que a sociedade de Roraima, nossas comunidades, nosso povo, os mais de 40 grupos solidários perseverem nessa atitude de acolhimento”, ressaltou.
Ao lado do trabalho da diocese e de tantas instituições, Dom Mario pediu para que os governantes também olhem por essa realidade. “Precisamos de ações coordenadas de nossos municípios, Estado e Governo Federal que possam gerar conforto as necessidades dos imigrantes e ao mesmo tempo promover o bem comum da população local”.



Acompanhe toda cobertura da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelo A12.com/cnbb.

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