terça-feira, 13 de março de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/03/2018

ANO B


Jo 5,17-30

Comentário do Evangelho

O agir misericordioso do Pai

O nosso texto é a sequência do episódio anterior; é a ampliação da resposta de Jesus à objeção dos judeus. Jesus fundamenta seu agir misericordioso, em dia de sábado, no trabalho incessante e ininterrupto do Pai. O Pai trabalha sempre em favor de toda a humanidade. A missão de Jesus é expressão de sua profunda união com o Pai. A Comunhão com o Pai faz com que o Filho faça a obra de quem o enviou. A afirmação do v. 17 encontra apoio em Dt 5,12-15, em que não se diz que Deus descansa, mas que o homem deve repousar para poder fazer memória de como Deus libertou o seu povo da “casa da servidão”. Essa memória exige tornar presente, sobretudo no dia de sábado, a mesma ação de Deus que libertou o seu povo da escravidão. O texto nos oferece, ainda, o motivo da condenação à morte de Jesus: violação do sábado e blasfêmia, fazer-se igual a Deus. A “posse” da vida eterna se dá por uma dupla atitude: escuta da palavra de Jesus e fé no Pai que o enviou. Daí que a vida eterna não é algo prometido para além da morte, mas uma realidade a ser vivida enquanto se é peregrino neste mundo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender que tua união com o Pai prepara o caminho para que também eu viva em comunhão com ele.
Fonte: Paulinas em 02/04/2014

Vivendo a Palavra

Jesus revela o segredo de sua relação profunda com o Pai. E garante: “quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou, possui a vida eterna.” Estejamos atentos à Palavra Encarnada do Pai, Jesus de Nazaré, que é o caminho único e seguro para o Reino do Céu – cujos sinais já se manifestam em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

A obra da Trindade Santíssima não terminou: «Meu Pai continua trabalhando até agora e eu também trabalho.» Deus está presente na Criação, na nossa libertação e na santificação de todos os seus filhos e filhas. Aprendamos a sentir essa presença inefável de Deus em nós e na nossa vida. E sejamos sempre agradecidos.

Reflexão

Jesus começa aos poucos a manifestar a sua origem e a sua natureza divina. Ele de fato é o Filho de Deus, que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra, que é a salvação de todas as pessoas, salvação que significa ressurreição e vida eterna, libertação do jugo do pecado e da morte. Mas esta obra é somente para quem crê que Jesus é o Filho de Deus, é para quem crê que ele veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e vê na sua ação a ação divina em favor dos homens, de modo que a fé é essencial para a nossa salvação, para a nossa ressurreição e para que vivamos eternamente.
Fonte: CNBB em 02/04/2014

Recadinho

Quando recebemos o dom da Vida? - Há maneiras diversas de atentar contra a vida? - Temos tendência para julgar nosso próximo? - Como encaramos a realidade da morte? É difícil pensar nela? - Tem em mente alguém de seu relacionamento que teve vida santa e não está mais entre nós?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/04/2014

Reflexão

Os judeus queriam matar Jesus, “não somente porque violava o sábado, mas também porque dizia que Deus era seu Pai, fazendo-se assim igual a Deus”. Com efeito, o Pai e o Filho são iguais: na ação (“O Filho… faz apenas o que vê o Pai fazendo”); no ter vida (“Assim como o Pai tem a vida em si próprio… concedeu ao Filho ter a vida em si próprio”); no dar a vida (“Assim como o Pai… dá a vida, o Filho também dá a vida”); em ser honrados (“Para que todos honrem o Filho da mesma forma que honram o Pai”). As obras do Pai são: a criação, a libertação e a conservação do povo ao longo da história. Quais são as obras do Filho? Muitos sinais, milagres e “obras maiores do que estas”. Entre elas, a grande obra de ressuscitar os mortos e de julgar a todos no fim dos tempos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

PROCURAVAM MATÁ-LO

O ódio crescente contra Jesus e a decisão de matá-lo tinha uma razão bem clara: sua pretensão de fazer-se igual a Deus. Isto se deduzia da liberdade com que trabalhava em dia de sábado. Segundo a teologia da época, só Deus trabalha em dia de sábado para garantir a subsistência da criação e da vida sobre a face da Terra. Os sinais realizados por Jesus, em dia de sábado, tinham características semelhantes, pois estavam estreitamente relacionados com a recuperação da vida.
Nos seus ensinamentos, Jesus jamais chamou-se de "Deus". De fato, sempre falou do Pai, a cuja vontade estava submetido, do qual viera e para o qual voltaria, que o enviou com a missão de restaurar a existência humana corrompida pelo pecado. Sua palavra era perpassada pela consciência de ser Filho. Nunca pretendeu usurpar o lugar do Pai; antes, soube colocar-se no seu devido lugar até o último momento, quando exclamou: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!".
Jesus, porém, tinha consciência de ser o caminho de encontro com o Pai. Quem acolhesse suas palavras, estaria acolhendo as palavras do Pai. Crer nele comportava crer no Pai. Honrá-lo corresponderia a honrar o Pai. Pelo contrário, rejeitá-lo significava rejeitar o Pai.
A teologia rígida dos adversários de Jesus não podia suportar tamanha ousadia. A decisão de matá-lo foi o expediente extremo para eliminar uma pessoa incômoda.
Oração
Pai, tu me deste teu Filho Jesus como caminho para encontrar-me contigo. Reforça minha fé, de modo que, conhecendo mais a Jesus, possa também conhecer-te mais.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que recompensais os méritos dos justos e perdoais aos pecadores que fazem penitência, sede misericordioso para conosco: fazei que a confissão de nossas culpas alcance o vosso perdão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 02/04/2014

Meditando o evangelho

JESUS, UNIDO COM O PAI

A liberdade e a familiaridade com que Jesus se referia a Deus, incomodava seus inimigos. Era-lhes insuportável ouvir Jesus chamá-lo de Pai e afirmar sua unidade profunda com o ele, e perceber em sua ação indicações de que, realmente, ele possuía algo próprio de Deus. Caso contrário, seu agir seria inexplicável. Os inimigos decidiram, então, eliminar o Mestre por não suportarem sua presença.
Jesus não minimizou o problema. Sem titubear, proclamou sua radical dependência do Pai, de quem procedia e sob cuja orientação agia. O Pai outorgou-lhe o direito de comunicar vida e confiou-lhe todo o julgamento. Portanto, todas as pessoas, inclusive os adversários de Jesus, estavam na dependência de seu julgamento. Ele haveria de julgar concedendo vida a quem praticou o bem e castigando a quem praticou o mal.
Os que se opunham ao Mestre, que ficassem atentos. Indispor-se contra ele, significava indispor-se contra o próprio Deus. Opção terrivelmente perigosa!
O alerta de Jesus não surtiu efeito. Antes, só fez aumentar a ira de seus opositores e torná-los cada vez mais determinados a levar a cabo o seu intento. A cegueira tirou-lhes a capacidade de discernir. Por isso, quanto mais Jesus tentava alertá-los para a insanidade de seu projeto, tanto mais insistiam em colocá-lo em prática. O tempo daria razão a Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender que tua união com o Pai prepara o caminho para que também eu viva em comunhão com ele.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Tal Pai tal Filho...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Longe de esconder sua filiação Divina diante dos Judeus, que sempre o ameaçavam quando esse assunto vinha à baila em suas discussões, Jesus afirma categoricamente ser o Filho de Deus e revela que todas as suas ações estão em perfeita sintonia com a vontade do Pai, os dois agem juntos.
Com Jesus falando as claras com eles, ficaria muito fácil perceber que o Pai a quem Ele se refere é o Deus da Aliança, que transmitiu suas Santas Leis a Moisés. Bastaria que quisessem saber mais, e deixassem que seus corações se inquietassem com as palavras de Jesus e rapidamente descobririam a Verdade.
Entretanto os Judeus, que estão distantes da Verdade e o coração fechado para a Boa Nova, se enfurecem ainda mais e querem matá-lo de qualquer jeito, pois violou a Lei do Sábado e ainda por cima chama a Deus de Pai e se faz igual a Ele. Um absurdo... Um sacrilégio... Uma blasfêmia que justificava a sua condenação.
Ao falar de si, da sua imagem e semelhança com o Pai, do seu agir em conjunto com Ele, da relação extremamente amorosa que há entre os dois, Jesus está falando da relação Deus - Humanidade, Jesus está mostrando com extrema clareza quem é o homem e qual é o seu destino junto de Deus. Jesus está se apresentando como aquele que irá Salvar, redimir e resgatar a imagem e semelhança de Deus, que o homem havia perdido com o pecado e diante desse fato inédito para a humanidade toda, as Leis de Moisés não representavam mais nenhuma novidade.
E essa rejeição por esta Divindade que se Humaniza e reflete quem Ele é nas ações humanas, continua hoje, talvez por outras razões, mas com muito mais intensidade.
O homem da pós-modernidade anda em busca de algo grandioso, mas a sua cegueira espiritual não deixa ver que essa grandiosidade está na própria natureza humana, porque Deus regravou sua imagem em cada um de nós, quando Jesus se encarnou. Nosso Deus não está lá em cima em algum lugar do espaço cósmico, escondido de todos para nos fazer uma surpresa no final da História, Ele está oculto nas entranhas do Ser humano, morando em sua alma e em seu coração, Feliz do Homem que o encontra bem dentro de si, tão perto e tão longe ao mesmo tempo, porque o Homem ainda não se descobriu e não se reconhece como Filho amado de Deus...

2. Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os judeus compreendiam que Jesus dizia ser igual a Deus, mas não entendiam nem podiam aceitar esta afirmação. Do início ao fim, o Evangelho de São João mostra ao leitor que o Verbo Encarnado é Deus.

HOMILIA

A AUTORIDADE DO FILHO DE DEUS

Aquele que era "antes de todas as coisas" (Cl 1.17), entra no mundo com genealogia humana. Penetra na história dos homens em uma seqüência de gerações que vai até o primeiro homem. Assim tornou-se como um de nós. Foi gerado no seio de uma mulher simples por uma semente que veio dos céus. A única semente que produziu a vida: "a vida estava nele e a vida era a luz dos homens" (Jo 1.4). Veio para os seus, mas os seus se questionam e fazem mil e uma interrogações sobre a sua ação entre eles. É o que acontece, neste texto de hoje. Por Jesus, ter curado um homem no sábado e mandado carregar seu leito, é interrogado e julgado.
E que a doutrina da Lei e do Templo qualificava de pecadores a todos os que estivessem doentes e o que é pior não admitia que alguém pudesse ser filho de Deus. É por isso que em nome da Lei negavam a origem divina de Jesus. Mas Ele insistia em afirmar que é Filho de Deus. Ele na verdade é filho do Pai carinhoso e misericordioso e autor da vida. Jesus continua a obra criadora do Pai. Esta continuidade consiste na libertação dos oprimidos e na restauração da vida a todos os necessitados. Jesus diz que nada faz sem que não tenha ordem para o fazer. De onde vem a ordem? De Deus.
O Filho só faz aquilo que viu seu Pai fazendo. E para aqueles que tiverem fé, verão coisas maiores. Porque com a sua morte e ressurreição os há-de capacitar a ponto de terem poder sobre víboras e serpentes, se beberem ou comerem algum veneno não lhes fará mal alguns. Pois assim como Jesus está numa contínua relação amorosa com Deus se Pai, que faz as obras nele, assim também o fará quem n’Ele e com Ele estabelecer o mesmo vínculo. E mais com Ele e n’Ele tudo podemos pois ele nos fortalece em tudo.
Graças à Sua Paixão Morte e Ressurreição nós somos mais do que vencedores. É o que São Paulo diz para nós.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 02/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus veio para nos dar a Sua vida e nos resgatar do mal!

Enquanto o inimigo deste mundo estiver destruindo a obra de Deus, Jesus a estará resgatando, salvando, libertando e restaurando. Cristo não para, Ele está agindo no meio de nós, Ele está entre nós!

”Meu Pai trabalha sempre, portanto, também eu trabalho.” (João 5,17)

Nós, hoje, queremos refletir sobre a Palavra de Deus em João 5, 17, que fala de Jesus no cumprimento de Sua missão. É o próprio Jesus quem nos diz que Ele é o reflexo da ação do Pai. Você sabe que Deus Pai criou todas as coisas, fez todas as coisas, mas a obra da criação não terminou; por isso, Jesus afirma: ”Assim como meu Pai trabalha, eu também estou trabalhando e não vou parar a minha obra!”.
Como os judeus ficaram incomodados com a ação de Jesus; melhor dizendo: contra a missão de Jesus, porque Ele realizava curas, prodígios e milagres, porque Ele cuidava das pessoas no dia de sábado.
Deixe-me dizer a você: curar alguém e cuidar de alguém é continuar a obra da criação de Deus. O machucado, o doente, o sofrido e o maltratado são a criação de Deus Pai, e Jesus veio resgatar essa criação. O Senhor não quer que aquilo, que o Pai criou, simplesmente se perca pela falta de cuidado e por tudo aquilo que o pecado e as opressões da vida fazem com a criação de Deus.
Jesus vem restaurá-la e não tem dia nem hora para cuidar da obra do Senhor. Seja numa sexta, seja num sábado, seja no domingo ou em outro dia, Jesus trabalha para fazer o Reino de Deus acontecer. E quanto isso causa fúria no inimigo de Deus! Quanto isso causa fúria naquele que veio para roubar, destruir, matar e assassinar, naquele que se opõe ao Reino de Deus desde o seu princípio. O que ele [inimigo de Deus] estraga, Jesus restaura; o que ele pisa e derruba, Jesus levanta. Ele massacra e oprime; Jesus alivia e conforta! Ele veio para tirar a vida, Jesus veio para nos dar a Sua vida e nos resgatar.
Enquanto o inimigo deste mundo estiver destruindo a obra de Deus, Jesus a estará resgatando, salvando, libertando e restaurando. Ele não para, Ele está agindo no meio de nós, Ele está entre nós.
Já dizem os padres da Igreja que a obra da criação de Deus é feita com duas mãos: o Pai que usa a ”mão de Jesus” e a ”mão que é o Espírito”. Jesus é a continuação dessa ação do Pai, no meio de nós, por meio de Seu Espírito.
Deixe-se ser cuidado por Deus, deixe-se ser restaurado por Ele, deixe que Jesus, o Homem Perfeito, cuide de você nesse tempo de resgate. Jesus está resgatando nossas almas, deixemo-nos ser cuidados por Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/04/2014

Oração Final
Pai Santo, que nos emprestaste esta terra cheia de encantamento para nela vivermos os sinais do teu Reino de Amor, dá-nos por Teu Espírito coragem, gratidão e alegria para proclamarmos entre os irmãos de caminhada o Nome do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Sento.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, limpa nossos olhos e abre o nosso entendimento para percebermos o teu permanente carinho com cada um de teus filhos. Livra-nos, Pai amado, da tentação de entender a tua ação como fato histórico, ocorrido no passado. Faze de nossa oração tempos de encontros vivos com teu Amor Paternal. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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