sexta-feira, 11 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/08/2017

ANO A


Mt 17,14-20

Comentário do Evangelho

A verdadeira oração.

O tema fundamental do evangelho de hoje é a fé. O tema da fé já esteve presente nos dois episódios anteriores: confissão de fé de Pedro (16,13-20) e transfiguração de Jesus (17,1-13). Ao descer da montanha, com Pedro, Tiago e João, Jesus é abordado por um pai que suplica por seu filho acometido de epilepsia. Antes de recorrer a Jesus, aquele pai anônimo havia pedido aos discípulos que curassem o seu filho, mas eles não puderam fazê-lo. O pai apela, então, à compaixão de Jesus. Trata-se de uma verdadeira oração (vv. 14-15). Tudo o que Jesus faz não é para projetar-se ou com a intenção de ser reconhecido. O que ele faz é por compaixão, que é um sentimento divino que abre o coração para socorrer os outros em suas necessidades. Diante do pedido do pai, a reação de Jesus parece ser de cansaço e indignação por causa da incredulidade. A falta de fé é o grande mal da geração do tempo de Jesus. Nossa perícope é uma lição aos discípulos: a fé deles deve amadurecer e se fortificar. A fé de Pedro, como uma rocha, e a revelação da transfiguração devem conduzir os discípulos e mover suas vidas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.
Fonte: Paulinas em 09/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

É comum ouvirmos Jesus dizendo ao curado: ‘a tua fé te salvou’. Hoje Ele esclarece aos discípulos que também eles precisam ter fé para que o sinal aconteça. A timidez da fé era a razão da impossibilidade de cura daquela criança e também das dificuldades que nós enfrentamos para cumprir nossa missão de arautos da Boa Notícia do Reino de Deus.

Reflexão

A fé abre todas as portas para a pessoa humana e lhe possibilita a superação de todos os problemas e dificuldades, mas a fé não é mágica ou bruxaria que, através de rituais, possibilita a todas as pessoas que os utilizem a manipulação de Deus ou da natureza. A força da fé está na parceria com Deus e na adesão ao seu plano de amor. Quando nós fazemos isso, o sucesso das nossas atividades não está nas atividades em si, mas no próprio Deus que, conosco, realiza as suas obras. Logo, o poder da fé está na adesão e não no rito e a fé verdadeira é, antes de tudo, compromisso com Deus.
Fonte: CNBB em 09/08/2014

Recadinho

Mais uma vez Jesus foi duro com seus discípulos! Faltou a eles a fé! Não esperemos realizar milagres. Mas que muito podemos fazer no íntimo de nosso coração isso é verdade! Como e quando? - Se os discípulos escolhidos a dedo estavam ali junto de Jesus e mesmo assim eram fracos na fé, que diremos nós, de nós? - Nossa tarefa não seria dia após dia trabalhar para que nossa fé cresça? - Será que os meios de comunicações que temos hoje ajudam em alguma coisa para aumentar nossa fé? - O que dizer do contexto social que os tempos de hoje apresentam à juventude? Nossos jovens estão sendo preparados para quê?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/08/2014

Meditando o evangelho

FÉ COMO UM GRÃO DE MOSTARDA

O fracasso dos discípulos em curar o rapaz vitimado pela epilepsia, na época identificada com possessão demoníaca, foi uma demonstração de falta de fé. Foi o que o próprio Jesus afirmou. Teria bastado uma fé do tamanho de um grão de mostarda para realizarem o milagre.
Pelo fato de duvidarem não deixaram de ser discípulos, nem foram excluídos do círculo dos apóstolos. Mesmo sendo apóstolos, não estavam isentos de cair na dúvida. Jesus, porém, suspeitava de que eles não tivessem um mínimo de fé. Suas palavras: "Se vocês tiverem fé como um grão de mostarda ..." deixam entrever uma carência total de fé que levou a missão a malograr.
Como explicar a falta de fé nos discípulos? Quiçá estivessem seguindo Jesus movidos por um ideal messiânico de caráter político, sem atinar que lhes caberia levar adiante a missão do Mestre, realizando obras idênticas às dele, com a mesma confiança no Pai. Eles não se deram conta da necessidade de uma fé semelhante à de Jesus, para se tornarem capazes de curar e expulsar os demônios. Quando foram enviados em missão, receberam "autoridade sobre os espíritos imundos para expulsá-los e curar toda doença e enfermidade". Não obstante, faltou-lhe fé para fazer isto.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé é essencialmente transformadora...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quantas vezes choramingamos diante de certas situações dentro da comunidade, que não conseguimos transformar, de quadros repetitivos, de pessoas que nunca mudam, de atitudes e testemunhos que vão contra o próprio evangelho. Às vezes até achamos que se tivéssemos algum poder dentro da instituição da igreja, resolveríamos a coisa do nosso jeito. É comum certas queixas “Ah se eu fosse o coordenador, ou o Padre dessa paróquia...”.
Não é o poder ditatorial que muda as pessoas e as situações, mas a Fé em Jesus Cristo, o agir em seu nome, o agir com Cristo, isso é, do mesmo modo, da mesma maneira que ele. Nesse sentido a Fé comprometida com a comunhão, é realmente poderosa e capaz de transformar qualquer situação adversa.
Não se sabe que tática ou estratégia os discípulos tentaram usar para curar o moço Lunático, mas o que se sabe é que a estratégia não funcionou e podemos supor que, possivelmente, eles tentaram a seu jeito, a seu modo, e em si mesmo não tinham, e nem nós temos, força suficiente para mudar as coisas e derrotar o Mal que oprime e escraviza as pessoas.
Mas essa experiência de uma Fé com tal poder de transformação deve iniciar-se em nós mesmos, mudando quem sabe, certos sentimentos estranhos ao Cristianismo, que insistem em se fazer presentes em nosso coração, pensamentos de grandeza, de dominação, ressentimentos e mágoas, espírito de grandeza que nos leva a concorrer com o outro. Primeiro é preciso consertar a casa, para depois experimentarmos esse potencial de uma Fé transformadora nas situações que nos rodeiam no dia a dia, ou nos acontecimentos da comunidade.
Mudar a situação não é TER FÉ QUE VAI DAR CERTO, mas é FAZER A COISA CERTA, sempre ao modo de Jesus, é a Fé que nos compromete e que nos envolve com todas as pessoas e situações de nossa v ida, sem esquivarmo-nos ou nos omitir. A Fé como um grão de mostarda, que Jesus nos apresenta na exortação final deste evangelho, é semente pequenina, com potencialidade de crescer de tal modo que possamos transportar montanhas e remover quaisquer obstáculos que impeçam o coração humano de viver a comunhão com Deus, na relação com os irmãos, expulsando para longe os demônios que insistem em permanecer no coração dos homens... Dividindo e separando, deturpando as relações fraternas.

2. Senhor, tem compaixão do meu filho!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A fé é um dom de Deus. É uma força sobrenatural que Deus coloca em nós. Ela depende da graça de Deus e da ajuda do Espírito Santo para mostrar que existe e para se manifestar. Mas, diz o Catecismo da Igreja Católica, “não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano”, que não se opõe à razão. Sendo, porém, “uma adesão pessoal do homem a Deus e ao mesmo tempo, e inseparavelmente, o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus”, o ato de fé supõe a liberdade da vontade. Andam juntas duas afirmações que parecem contraditórias: “Creio porque Deus me concedeu o dom da fé e creio porque quero crer”. Jesus insiste na necessidade da fé: “geração sem fé e perversa, a fraqueza da vossa fé, se tiverdes fé”, são expressões que lemos no texto de hoje. A fé dos apóstolos não era maior do que um grão de mostarda, por isso se sentiam impotentes. Com um mínimo de fé, diz a eles Jesus, “nada vos será impossível”.

HOMILIA

A CURA DE UM MENINO

Estamos diante de um texto que nos revela o quanto é importante ter fé. Em Mateus encontramos muitas passagens em que Jesus insistentemente fala da necessidade de ter fé para operar curas e milagres.
“Quando eles chegaram perto da multidão, um homem aproximou-se dele e lhe disse, caindo de joelhos: Senhor, tem piedade de meu filho: ele é lunático e sofre muito; cai muitas vezes no fogo ou na água. Embora eu o tenha trazido a teus discípulos, ele não o puderam curar.
O próprio Jesus nos garante que se tivermos fé mesmo que seja bem pequenininha como uma semente de mostarda, poderemos fazer proezas, coisas que nos parecem impossíveis. Durante a nossa vida e no nosso dia a dia estamos sempre tendo oportunidade para exercitamos a fé que nós recebemos no nosso Batismo. Muitas pessoas que buscam a Jesus se aproximam de nós porque somos instrumentos do Seu amor e da Sua salvação.
A fé com que nós acolhemos o povo que é carente, doente, sofredor e que, por isso, precisa de Jesus é o termômetro para que tenhamos ou não sucesso no nosso ministério. Vale muito mais a fé com que nós oramos pelas pessoas do que mesmo aquilo que as pessoas esperam de nós. Somos apenas portadores da graça de Deus e precisamos acreditar que Ele age por meio de nós. Não podemos duvidar por que aí então o Senhor dirá também a cerca de nós: “Ó gente sem fé e perversa!”
Os discípulos de Jesus só poderão ajudar os homens a discernir a realidade(ouvir) e dizer a palavra transformadora (falar) se estiverem plenamente convictos de que Deus quer realizar uma sociedade justa. A oração exprime a união íntima com Deus e com o seu plano, porque Deus pode desalienar o homem, vencendo o mal.
Você acredita no poder de Jesus quando você ora por alguém? – A oração que você faz por alguém é em Nome de Jesus ou baseada na sua fraqueza humana? – Você tem tido coragem de orar pedindo cura e libertação para aqueles que se aproximam de você? – Por quem você precisa orar neste momento atual?
Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 09/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Quem tem fé não se entrega ao desespero e à incredulidade

Quem tem fé não se entrega ao desespero, porque este mal arrasa os alicerces da nossa alma. O grande milagre da fé é nos ajudar a vencer a incredulidade!
“Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível” (Mateus 17, 20).
Jesus está triste e escandalizado com a falta de fé dos discípulos, porque eles trazem diante d’Ele um menino epiléptico e ninguém faz nada por esse garoto. Ninguém havia dado o tratamento, a confiança e a esperança de que os pais dessa criança precisavam. Muito pelo contrário, eles ficam sem alento e sem saber o que fazer, e o próprio Jesus os repreende: “Ó gente sem fé e perversa!” (Mateus 17,17), porque, na verdade, a falta de fé é uma perversidade. É nós conhecermos quem é Deus, sabermos quem é o nosso Deus e perdermos o referencial, a confiança e a certeza de que Ele pode por nós.
O grande milagre que a fé opera em nossos corações é nos ajudar a vencer, em primeiro lugar, a nossa incredulidade. Sim, essa é a grande obra da fé, porque não é questão de crer ou não crer em Deus, é questão de confiar no Senhor, saber do que Ele é capaz, saber que Ele está ao nosso lado aconteça o que acontecer! Por mais trágicas, difíceis e complicadas que sejam as situações da vida, nós não podemos perder a direção. Precisamos dizer como o apóstolo Paulo: “Eu sei em quem coloquei a minha fé, em quem eu depositei a minha confiança!” (II Tm 1, 12).
Quem tem fé não se entrega ao desespero, porque este mal arrasa os alicerces da nossa alma e do nosso coração, enfraquece-nos e nos deixa enfermos. O desespero nos tira as motivações e a esperança. Quem vive desesperado fica sem rumo, vive agitado, agita os outros e tira as nossas melhores perspectivas da vida.
Tenha fé e alimente a sua fé! Volto a dizer: Ter fé é ter confiança, é saber que Deus cuida de nós por maiores que sejam as tribulações, os sofrimentos, a dor, a enfermidade e a situação financeira calamitosa! Por maior que seja o conflito, por maiores que sejam as decepções, quando não perdemos o rumo e não perdemos Deus no coração, tudo o mais nós conseguimos, porque Deus tudo faz de novo. A fé reinventa, a fé recria, a fé faz novas todas as coisas.
Quem vive da fé não conhece o desespero e tem a convicção de que existe um Deus que cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós cremos, mas é tímida a nossa fé. Assim, considera, Pai amoroso, em nosso favor, a grande vontade que temos de ter fé. E inunda-nos com o teu Espírito para que anunciemos ao mundo o grande dom que nos ofereces, o Cristo Jesus, teu Filho, que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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