quinta-feira, 10 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/08/2017

ANO A


Mt 16,24-28

Comentário do Evangelho

Deus é surpreendente.

Na perícope precedente (Mt 16,13-23), depois que Jesus anuncia sua paixão, morte e ressurreição, Pedro tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho: “Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’” (v. 22). Um Messias passar pela morte? Impensável! Mas Deus é surpreendente. É preciso confiança para poder compreender seu caminho. Não é que Pedro estivesse preocupado com o destino de Jesus. O anúncio da paixão é frustrante para Pedro; o Messias que está diante dele não é o que ele esperava ter encontrado. É que ele não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens.
Há uma condição imposta pelo Senhor para ser seu discípulo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (v. 24). Renunciar a si mesmo não é negar a própria história, mas viver a sua existência nesse dinamismo de entrega a Deus e ao próximo. Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida. Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como algo grandioso; é renunciar a todo tipo de egoísmo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina.
Fonte: Paulinas em 09/08/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre ensina que a condição para segui-lo é vencer o egoísmo. Salvaremos nossa vida priorizando o cuidado com os irmãos de caminhada, esquecendo-nos de nós mesmos e servindo sem discriminações a todos, generosamente e não esperando nenhum tipo de retribuição, nem mesmo a gratidão.
Fonte: Arquidiocese em 09/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

Seguir Jesus, carregar a nossa própria cruz, é viver como Ele viveu: acolhendo os irmãos. Ele se ocupava de tal maneira com o próximo que se esquecia de suas próprias necessidades. E o seu Pai Celeste cuidava dele com o mesmo carinho com que cuida dos lírios do campo ou das aves do céu.

Reflexão

Seguir a Jesus Cristo significa renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz. A vida toda de Jesus foi viver esta palavra que está no Evangelho de hoje, Jesus sempre renunciou a si mesmo, ele nunca viveu em função de si próprio, nunca buscava a sua realização ou a satisfação de interesses humanos. Ele sempre procurou viver para os seus irmãos e para suas irmãs, estava sempre pronto para servir e não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou, de modo que a sua vida foi a constante busca da realização do Reino de Deus e o mistério da cruz foi a coroação de toda uma vida vivida não para si, mas para os outros e para Deus. Quem quer ser discípulo de Jesus deve viver segundo os seus ensinamentos e seguir este seu grande exemplo.
Fonte: CNBB em 05/08/2016

Meditação

Jesus nos repete a pergunta! O que adianta ganhar tudo neste mundo e se esquecer que há algo mais além disso? - Como você carrega sua cruz? - Em que vida você aposta a sua? Nesta ou na outra? - Você não corre o risco de trocar a vida eterna por coisas perecíveis desta vida? - Você está ajuntando muitas obras boas para a vida eterna?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário 09/08/2013

Meditando o evangelho

AS OBRAS RECOMPENSADAS

As condições estabelecidas por Jesus para que alguém esteja apto para segui-lo estão em sintonia com as bem-aventuranças.
A primeira condição consiste em "renunciar-se a si mesmo", e está em consonância com a bem-aventurança da pobreza. Esta renúncia supõe abrir mão de todas as ambições pessoais e mundanas, de todo anseio de acumular e de buscar segurança nos bens deste mundo. Quem segue Jesus, deve dispor-se a segui-lo no despojamento não só dos bens materiais, mas também de seus apegos e preconceitos, de modo a fazer-se totalmente livre para o serviço do Reino. Este serviço ficará comprometido, se o coração do discípulo não for suficientemente livre.
A segunda condição é "carregar a própria cruz", e combina com a última bem-aventurança, a da perseguição. O serviço do Reino atrairá contra si perseguição e adversidade. Por isso, o discípulo deve estar preparado até mesmo para um eventual martírio. Assim, à virtude da pobreza acrescenta-se a da coragem, fruto da liberdade do discípulo no que diz respeito à sua própria vida.
Provido de ambas as virtudes, o discípulo estará preparado para fazer o que o Pai quer, e receber a recompensa devida. Da pobreza e da coragem resultarão a partilha, a solidariedade, a luta pela igualdade e pela justiça. O Pai saberá como recompensá-las!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina.

HOMÍLIA DIÁRIA

Não fuja da sua cruz, abrace-a

É quando a cruz pesa que o Senhor está conosco, está nos dando forças para carregá-la. Não fuja da sua cruz, abrace-a.
E Jesus disse aos apóstolos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la” (Mt 16,24-25).
Nós já ouvimos isso tantas vezes do coração de Jesus, mas cada vez que escutamos isso, precisa ser novo para nós, porque, muitas vezes, desanimamos com a nossa cruz e dizemos: “Senhor, a cruz é muito pesada e eu não vou dar conta”.
Até creio que, se for sozinho, você não dará conta. Creio que sozinho, muitas vezes, a cruz de cada um se torna pesada e insuportável, por isso temos vontade de abandoná-la, renunciá-la, correr dela, desprezá-la, mas é ela que nos salva.
Mas que cruz é essa? Ela não representa simplesmente as coisas ruins; ao contrário, a cruz é sinal de salvação, não de maldição; é sinal de bênção e significa abraçar as condições de vida que temos com todo amor do nosso coração.
Muitas vezes, para a mãe, para a família, para o marido, para os filhos ela se torna um peso – são as dificuldades de criar os filhos, a dificuldade de vê-los doentes, de ver um filho que nasceu com essa ou com aquela deficiência. Muitas vezes, são dolorosas as condições de vida que passamos, as dificuldades que enfrentamos, as aflições que nos visitam em cada situação. Quando vemos a cruz pesar, pensamos que Deus se esqueceu de nós, mas é quando a cruz pesa que o Senhor está conosco, está nos dando forças para carregá-la. Não fuja da sua cruz, abrace-a.
Quero orar com você, pedir que o Senhor lhe dê forças: “Dai forças a cada um de nós, meu Pai. Senhor nosso Deus, olhai para nossas fraquezas, olhai para as dificuldades que nós temos de suportar nas situações da vida. Sim, meu Pai, tenha misericórdia de nós, misericórdia de todas as vezes que ficamos impacientes, que perdemos as estribeiras, das vezes que perdemos até a nossa fé, porque não conseguimos ser firmes diante das situações contrárias que acontecem em nossa vida. Ajude-nos, Senhor, a não desanimar, a carregar, com mais firmeza e determinação, a nossa cruz de cada dia. Nós queremos segui-Lo, queremos renunciar o nosso ego, a nossa vontade própria para nos tornarmos, cada dia mais, Seus discípulos”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, afasta de nós a angústia e a ansiedade. Que nos joguemos de corpo inteiro na maravilhosa aventura da vida, integrando-nos nas relações com os nossos companheiros de jornada e sendo para eles sinais vivos de teu Amor Misericordioso. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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