segunda-feira, 1 de maio de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/05/2017

ANO A


Mt 13,54-58
(Memória de São José Operário)

Comentário do Evangelho

Um sopro que dá alento à vida.

O evangelho de hoje pertence, com variações próprias a cada evangelista, à tríplice tradição (Mc 6,1-6; Lc 4,16-24). Depois de um longo discurso em parábolas, junto ao mar da Galileia (13,1-52), Jesus vai para Nazaré onde, na sinagoga, ensina os que lá estavam (v. 54). Se o evangelista se limita a dizer que Jesus ensina na sinagoga de Nazaré sem explicitar o conteúdo do ensinamento, ele põe ênfase na admiração que tal ensinamento causa nos que estavam presentes na sinagoga. A admiração é causada pela sabedoria e pela força do ensinamento de Jesus. A palavra “milagre”, que é da tradução latina, não aparece no texto grego, mas sim dynamis (poder, força). O ensinamento de Jesus, certamente um comentário livre sobre uma passagem da Escritura, faz sentido para os que estão presentes e, ao mesmo tempo, tem força de persuasão; tal ensinamento, nós o experimentamos ainda hoje, comunica ânimo, um sopro que dá alento à vida. Mas a reação do público é paradoxal, pois a resistência ofusca a sua inteligência (vv. 55-57a). Se não fosse a incredulidade, eles mesmos seriam capazes de responder à questão que se põem (v. 54b). Uma consideração puramente humana e o fechamento numa ideia equivocada do Messias lhes impedem de dar o salto da fé e se abrirem à novidade de Deus revelada em Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte: Paulinas em 01/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

A simplicidade de José é comprovada pela surpresa que seu filho causava. Como tanta sabedoria podia ter sido adquirida na convivência com um simples carpinteiro? É que sabedoria se aprende na vida, não na escola. Precisamos sentir a presença do Pai em nós e na nossa caminhada, não só tentar aprender coisas sobre Deus.

Recadinho

Acontecem muitos milagres em minha vida? - Sei agradecer a Deus tanto bem que recebo, apesar das cruzes e dores? - Meus projetos de vida coincidem com aqueles que Deus me apresenta? - Peço a Deus que aumente minha fé? - Reconheço que também através das pessoas simples e humildes Deus tem sempre muito a me dizer?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 01/05/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Os ensinamentos de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

José é carpinteiro e Jesus é seu filho, duplo título de honra que se une ao que lhe foi dado pelo evangelista: “José, o justo”. Deus se tornou homem de verdade. Tornou-se filho de um carpinteiro, sua mãe se chama Maria, seus irmãos e suas irmãs estão todos entre nós. Jesus é conhecido no seu meio e é conhecido como alguém do próprio meio. É um como nós. Na encarnação do Filho de Deus, José desempenha um papel relevante. O rosto de José é o rosto visível do Pai previdente. José é o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre sua família. São Mateus não chama José de pai, mas é com ele que o anjo se comunica.
São Lucas, por outro lado, destaca a paternidade divina de Jesus, mas trata José como o pai desta Família Sagrada. “Os pais levaram o menino ao Templo”; “o pai e a mãe estavam admirados”; “seus pais iam todos os anos a Jerusalém”; “o menino ficou em Jerusalém sem que seus pais o notassem”; “a mãe lhe disse: ‘Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos’”. Pio XII declarou São José padroeiro de todos os operários e reafirmou, “em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres”.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d2

HOMILIA DIÁRIA

O trabalho é a forma mais nobre de glorificarmos o Criador!

Hoje, de modo muito especial, nós pedimos a Deus por todos os trabalhadores, homens e mulheres que lutam por uma vida mais justa e digna por  meio do seu trabalho!
”Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: ‘De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro?”’ (Matheus 13, 54-55).
Nós, hoje, celebramos a memória festiva de São José Operário. Nós queremos olhar para o pai adotivo de Jesus, porque o Evangelho mesmo nos diz que Ele é Filho de José, o carpinteiro, o homem trabalhador. Foi dele de quem Jesus também aprendeu a arte e o ofício de trabalhar com as próprias mãos; aprendeu uma nobre profissão, trabalhou na carpintaria de São José.
Nós, hoje, olhamos para São José como modelo de todo trabalhador; de todo homem e toda mulher que, com muita dignidade, luta e honradez, dão a vida para ter o pão de cada dia na sua casa, para sustentar seus filhos e para cuidar da criação, obra maravilhosa de Deus.
A primeira leitura da Missa de hoje, do Livro do Gênesis, nos aponta justamente isto: o relato mais amplo nos mostra, a cada dia, Deus criando todas as coisas. E que maravilha no sexto dia criar o homem e entregar ao comando dele o cuidado de todas as coisas. Quando o Senhor diz: ”para que o homem domine”, Ele está dizendo que o homem cuide da criação, não é para o homem estragar e fazer o que quiser com a criação da obra maravilhosa de Deus.
O nosso trabalho, com as nossas próprias mãos, é um meio de nós glorificarmos o Criador por todas as obras de Sua criação. Porque a Palavra nos relata que, por seis dias, Deus trabalhou para criar todas as coisas, é por isso que nós trabalhamos praticamente cinco ou seis dias na semana; e em um dia nós descansamos. E com o descanso nós também glorificamos a Deus, louvamos e exaltamos o amor d’Ele. E com o trabalho nós dignificamos a ação de Deus no meio de nós.
Não há nada mais digno do que a pessoa, do que homem e do que a mulher que põem a mão no arado, na terra, na caneta, no microfone, no volante, no giz, na régua, e põem a mão no outro ser humano.
Nada é mais lindo do que trabalhar! Trabalhar não significa  que devamos morrer de trabalhar o tempo inteiro, e ser sugados pelo trabalho. Pelo contrário, é para contribuir com o nosso trabalho, para construirmos um mundo melhor, mais justo, mais digno e mais fraterno para todos! Cada um pode dar a sua colaboração, e deve dá-la com seu trabalho.
Hoje, nós, de modo muito especial, pedimos a Deus por todos os trabalhadores, homens e mulheres, que, dia a dia, lutam por uma vida mais justa e digna por intermédio do seu trabalho!
Que Deus hoje seja exaltado por cada trabalho humano, por cada profissão; porque nenhuma profissão é mais importante do que a outra. Todas as profissões são dignas: do homem do campo ao homem da cidade; daquele que trabalha no mar ao que trabalha no céu; do que trabalha nas fábricas ao que trabalha em qualquer lugar da vida humana. O trabalho é a forma nobre de glorificarmos o Criador de todas as coisas!
Deus abençoe suas mãos e seu coração! Descansando no dia de hoje ou trabalhando, o que nós devemos é glorificar a Deus por termos condição de trabalhar e contribuirmos para um mundo bem melhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 01/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ao acolhermos José como patrono da Igreja, nós desejamos fazer dele o nosso modelo de simplicidade, responsabilidade, honradez e trabalho. Ajuda-nos, Pai amado, a seguir seus passos, sempre humildes e discretos, cuidando dos irmãos como ele cuidava de Jesus e Maria em Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

João 6,22-29

Comentário do Evangelho

É preciso procurar o Senhor pelo Senhor

A multidão, saciada de pão, procura ansiosamente Jesus. No entanto, Jesus revela sua verdadeira motivação, pois não é a ele propriamente que procuram, mas o que ele pode dar: “... estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados” (v. 26). É preciso procurar o Senhor pelo Senhor. A vida do ser humano não pode se reduzir ao material, ao que perece, mas deve ser sustentada pelo alimento não perecível, que introduz na vida eterna e que é dom do Filho. O Filho é, por assim dizer, autenticado pelo Pai (cf. v. 27). Daí que a “obra de Deus”, o desejo de Deus, é a fé em Jesus, que ele enviou por amor ao mundo.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, leva-me a buscar sempre o alimento imperecível – teu Filho Jesus – que me dá vida eterna e verdadeira e me abre para o amor e a solidariedade.
Fonte: Paulinas em 15/04/2013

Vivendo a Palavra

A presença ou ausência de Jesus deixava curiosa a multidão, que se fixava na materialidade dos sinais que Ele realizava. Mas o Mestre deseja que seus discípulos mergulhem mais fundo e descubram para onde apontam os sinais: para que creiam que Ele, Jesus de Nazaré, é o Cristo – o Enviado do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/04/2013

Reflexão

Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de todos nós uma postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que estão além da materialidade. As pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.

Meditando o evangelho

A FÉ EM JESUS

Não foi fácil para Jesus levar o povo a estabelecer com ele um relacionamento correto. Muitas vezes, seus gestos poderosos despertavam sentimentos inoportunos, com os quais não ele estava de acordo. Jamais o Mestre se deixava aliciar!
A multiplicação dos pães prestou-se para mal-entendidos. Depois de ter sido alimentada, a multidão foi, novamente, ao encalço de Jesus. Não por reconhecer sua qualidade de enviado do Pai, mas por ter comido e se saciado, interessada na repetição do milagre.
No entanto, não interessava a Jesus ser procurado na qualidade de milagreiro. Ele esperava ser reconhecido como Filho do Homem, portador de um alimento especial para a humanidade, penhor de vida divina. O seu era um pão diferente: ele próprio.
A apropriação deste pão dar-se-ia por meio da fé, ou seja, da adesão a Jesus. Ao aderir a ele, o discípulo afasta de si tudo quanto gera morte, e assimila o dinamismo vital que o animava, cuja fonte era o próprio Pai.
Jesus estava interessado em saciar, em primeiro lugar, não a fome física, mas uma outra muito mais fundamental. Saciado com o pão do céu, o discípulo estaria apto para promover a partilha do pão material que sacia a fome do povo.
A fé em Jesus não se expressa num intimismo estéril. Pelo contrário, ela deve ser expressa através de gestos, à semelhança daqueles realizados por Jesus. Também o discípulo é chamado a multiplicar os pães.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de adesão, transforma minha fé numa assimilação sincera da vida do Ressuscitado, que me leve a transmitir esta mesma vida a quem está faminto de Deus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Buscar as coisas do céu.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A multiplicação dos pães teve uma grande repercussão. A popularidade crescia com a fama de Jesus e os seus discípulos. Um Deus que supre as necessidades do ser humano, inclusive a fome, é único e verdadeiro. Por essa razão, aonde vai Jesus e seus discípulos a multidão de famintos e necessitados vai atrás. É o que ocorre nesse evangelho refletido junto as comunidades Joaninas, oitenta a noventa anos após a morte-ressurreição de Jesus.
Que olhar de Esperança temos para com Jesus? A perspectiva de uma Vida Nova que vem pela Salvação que Ele realiza, ou nossa esperança Nele se limita as necessidades desta Vidinha Terrena que um dia vai terminar?
O Evangelista convida suas comunidades a mudar o enfoque, e a reflexão é para todos nós, que muitas vezes somos Cristãos atrelados as coisas da Terra e temos pouca ou nenhuma expectativa para com as coisas do Céu. O próprio Jesus procura orientar seus seguidores e o povão que o procurava nessa circunstância. As pessoas não querem ir direto ao assunto, e em vez de indagarem se ele vai fazer ali um daqueles milagres espetaculares, como a multiplicação do pão, preferem perguntar quando foi que ele chegou ali.
Jesus não faz rodeios e vai direto ao assunto “Vocês me procuram, não porque viram os milagres, mas porque comeram o pão e ficaram saciados”.
Ver os milagres, no evangelho de João, significa ver o “Sinal” e aderir a Jesus, o que ele tem a oferecer é infinitamente superior a qualquer milagre. Em outras palavras Jesus está dizendo que aquelas pessoas não sabem quem é ele e o que tem a oferecer, pois ficaram parados no milagre da multiplicação dos pães, e acham que isso é suficiente para acreditarem Nele e o seguirem. Não compreendem que o discipulado significa comprometimento com o seu evangelho e com a edificação do Reino Novo que ele inaugurou em meio a humanidade.
Isso é bem típico do Cristianismo sem compromisso, religiãozinha que os espertalhões da pós Modernidade inventaram, para atender as necessidades do Homem que vê na Divindade um Posto de Autoatendimento, à serviço do homem, um Cristo do Consumismo, vendido em vitrines de luxo na grande Mídia onde o Céu é aqui mesmo, como sinônimo de riqueza, prosperidade, Felicidade terrena.
E acontece o mesmo que nesse evangelho, um Cristo assim atrai multidões...
Fonte: NPD Brasil em 15/04/2013

2. O Jesus das nossas conveniências...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A notícia da  multiplicação dos pães logo espalhou por toda a região, a multidão dos que não tinham pão material, ouvindo falar desse milagre, foram em busca de Jesus e seus discípulos mas não o encontraram. Veio a notícia de que eles estavam do outro lado do mar da Galiléia e logo organizaram uma Lotação e fizeram a travessia. Solução miraculosa para problemas de ordem econômica sempre fez grande sucesso, e até hoje ainda lotam templos, de pessoas que vão em busca de carreira brilhante, sucesso financeiro, prosperidade, e é claro que há os intermediários entre Jesus e a sua distinta clientela....Estes parecem ter exclusividade e além do mais, pregam um cristianismo bem a gosto do freguês, basta um pequeno "investimento mensal" e o sucesso é garantido, eles só não prometem devolver a grana, se a coisa der errado...
Jesus sabe  por que aquele povo o procura, não acha ruim, pois ele veio para que todos tenham vida plenamente e isso supõe também as necessidades materiais, entretanto, quer levá-los ao entendimento de que ele têm algo muito melhor a lhes oferecer além do pão material, é a Vida Eterna, alimentada pelo Pão da Vida que é Ele mesmo, isso requer a Fé, para que a partir dela se faça as obras de Deus.
Portanto, ter Fé em Jesus Cristo requer comprometimento, o texto não quer dizer que apenas basta ter Fé Nele, mas sim que a Força da Fé é tão grande que vai desencadear naquele que crê, esse compromisso de construir e edificar o Reino de Deus inaugurado por Jesus.
Por outro lado o evangelho mostra a plenitude do Ser humano, que não é duas coisas separadas: corpo e alma, e que não pode ser visto assim, Jesus promete a Vida Plena a quem Nele crê, esta vida plena supõe também a materialidade, mas não significa que tudo cairá do céu, mas que será consequência de uma vida de comunhão e partilha, para que haja igualdade nas relações, e isso supõe o esforço humano, inclusive a bênção do trabalho, e uma organização social política, voltada para o Bem Comum.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d2

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a perceber que a tua Presença amorosa em nós se manifesta nas coisas simples do cotidiano. Que jamais busquemos sinais extraordinários, mas que vejamos na vida e na fé que nos proporcionas os sinais de teu Amor de Pai que também é Mãe. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/04/2013

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