domingo, 26 de março de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/03/2017

ANO A


Jo 9,1-41
Opcional
Jo 9,1.6-9.13-17.34-38

Ambientação:

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Tempo da Quaresma já se vai adiantando, nossas práticas de fé vão amadurecendo na caminhada rumo à Páscoa. O tema luz/trevas é bastante acentuado no Evangelho de João. Neste mesmo sentido vai a cura do cego de nascença, ou seja, a contraposição entre cegueira e visão. João parte de um sentido experimental. Todos sabem o que são trevas (noite, escuridão) e o que é luz (dia, claridade), o que é ser cego e o que é enxergar. Porém, salta depressa para o sentido figurado: a luz é o Cristo em sua pessoa divina e humana; e, como tal, se torna salvação para o homem. A treva é o não-reconhecimento da pessoa salvadora de Jesus, e nisto consiste o maior de todos os pecados.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste quarto domingo de nossa caminhada quaresmal, viemos ao encontro do Senhor para que Ele nos ofereça sua luz e assim possamos ver com os olhos da fé. Pelo nosso Batismo, recebemos a luz de Cristo; por ela, queremos ser reconhecidos como filhos da luz. Que esta Eucaristia nos ajude a preparar bem a Páscoa que se aproxima e a manifestar a luz do Senhor a todos com quem nos encontrarmos.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Como a água, também a luz, com seu oposto, a escuridão - é um dos símbolos fundamentais da existência humana e da reflexão religiosa. No relato do Gênesis, Deus, pela criação da luz e sua separação das trevas, põe ordem e distinção no caos primitivo, e o torna um cosmos cognoscível e depois habitável. Na plenitude dos tempos, a Palavra de Deus veio habitar no meio de nós. Vida e luz de todo ser vivo, ela ilumina com nova luz aquele que crê na Palavra feita homem, na mensagem tornada pessoa viva, concreta e histórica, no Filho de Deus invisível que dá a conhecer o Pai. Esses são os grandes temas desenvolvidos por oão desde o prólogo do seu evangelho, e ilustrados através de uma série de "sinais", diante dos quais só há uma alternativa: responder sim ou não, sem atenuantes.

Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, da Caridade, do Jejum e da Oração, preparemo-nos para a Páscoa do Senhor!

Fonte: NPD Brasil

Comentário do Evangelho

A fé batismal é iluminação

Este texto do evangelho de João pode ser caracterizado como uma catequese sobre a fé, num contexto batismal. Temática, aliás, muito apropriada para o tempo da Quaresma, pois, além de ser um itinerário penitencial, esse tempo de preparação para a Páscoa do Senhor é um convite a aprofundarmos a nossa vocação cristã a partir do Batismo. O texto, grosso modo, é a afirmação de que a fé que recebemos é iluminação. É pela fé que chegamos a contemplar e professar a verdadeira identidade de Jesus de Nazaré.
É preciso, antes de tudo, ter presente essa afirmação que está no centro do trecho do livro de Samuel: o Senhor não vê a aparência, mas o que está no coração (cf. 1Sm 16,7). O Senhor não julga à maneira dos homens. Deus não se deixa levar pela aparência. No contexto da Quaresma, e para além dela, somos convidados a desejar ver para além das aparências, e considerar o coração, o que a pessoa efetivamente é. Aí não há engano. O que transforma o nosso olhar e faz com que seja semelhante ao olhar de Deus sobre cada pessoa é a fé, que é iluminação.
No centro do evangelho de hoje está a afirmação de Jesus: “Enquanto eu estou no mundo eu sou a Luz do mundo” (v. 5). O que interessa nesse relato do cego de nascença não é propriamente a sua cura, palavra, aliás, que não figura no texto, mas o seu itinerário de fé, itinerário ao fim do qual ele chega a professar que Jesus é o Senhor (v. 38). Quando foi expulso da sinagoga, imagem dos cristãos expulsos da sinagoga, era a fé em Jesus que o sustentava. O seu itinerário é um caminho de amadurecimento da fé, que o permitiu professar a fé ao modo de Tomé no final desse mesmo quarto evangelho (Jo 20,28). Tomé passa da dúvida e da tentação de querer chegar à fé por si mesmo a uma adesão incondicional à pessoa de Jesus Cristo. O Senhor professado pelo que antes era cego não é alguém distante, mas uma pessoa que fala com ele, que entra em diálogo com ele (cf. Jo 9,35-38), aquele que lhe abriu os olhos. A mesma luz que faz o cego ver, cega os que pensam ver. É Deus, e somente Ele, que faz com que a luz brilhe nas trevas. Que o Senhor nos conceda sempre a luz da fé e, por ela, mantenha acesa em nós a chama da esperança. Que Deus nos dê a todos a graça da coragem, da audácia, do testemunho que brota e é exigido da fé em Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre meus olhos para que eu reconheça Jesus como teu Messias Salvador. Livra-me da cegueira provocada por falsos raciocínios, mesmo com roupagem religiosa.
Fonte: Paulinas em 30/03/2014

Vivendo a Palavra

O fato essencial é inquestionável e não pode ser negado: o cego de nascença ficou curado. A discussão se perde, então, no detalhe: era dia de sábado... João descreve longa e minuciosamente a cena para nos lembrar que ela não é estranha à nossa cultura. Somos mestres em discutir detalhes, esquecendo-nos do essencial da Vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

O fato essencial não pode ser negado: o cego de nascença ficou curado. A discussão se perde, então, no detalhe: era dia de sábado… João descreve longa e minuciosamente a cena para nos lembrar que ela não é estranha à nossa cultura. Somos mestres em nos perder em detalhes, esquecendo-nos do essencial da Vida.

Recadinho

Você procura notar a presença e manifestação de Deus em tudo? - Nosso dia de repouso é o domingo. Como você vive este dia? - Aproveite a oportunidade para renovar sua fé em Jesus Cristo. - Você pode dizer que faz sua parte para aliviar os sofrimentos do próximo? - Temos muitos sacramentais que a Igreja nos oferece. Cite um que lhe é muito caro.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 30/03/2014

Meditando o evangelho

CEGUEIRA E VISÃO

As duas posturas diante dos sinais realizados por Jesus podem ser definidas como cegueira e visão. São a dos fariseus e a do cego de nascença. O incidente em torno da cura do cego revelou a cegueira dos fariseus e o alto grau de visão daquele que tinha sido curado. Tudo se define em torno da capacidade de confessar Jesus como o Messias, diante do testemunho de suas obras.
Os fariseus, aferrados aos seus esquemas mentais, recusavam-se a admitir que realmente foi Jesus quem restituíra a visão ao cego de nascença. Eles raciocinavam assim: as Escrituras afirmam que o Messias, quando vier, haverá de curar os cegos. Como o milagre tinha sido operado em dia de sábado e o Messias, no pensar deles, seria fidelíssimo às leis religiosas do povo; e já suspeitando de Jesus, concluíram que ele não se encaixava na categoria de Messias. Embora não encontrassem explicação plausível para a cura do cego, não mudavam suas idéias a respeito de Jesus. Eles pensavam que Jesus não podia ser de Deus, pois era um pecador.
O cego de nascença, porém, adquiriu tanto a visão física quanto a visão da fé. Tendo sido procurado por Jesus, e dando-se conta de tratar-se do Messias, prostrou-se diante dele, fazendo sua confissão de fé: "Eu creio, Senhor!"
Só quem, de fato, "vê", pode fazer a experiência de fé; não quem se deixa enganar por falsos esquemas teológicos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, abre meus olhos para que eu reconheça Jesus como teu Messias Salvador. Livra-me da cegueira provocada por falsos raciocínios, mesmo com roupagem religiosa.

A ALEGRIA E A LUZ

“Laetare, Jerusalem...”. Com estas palavras do profeta Isaías, a Igreja convida-nos, neste dia, à alegria, em meio ao itinerário penitencial da Quaresma. A alegria e a luz são o tema dominante da liturgia de hoje. O Evangelho narra o caso de “um homem cego de nascença” (Jo 9, 1). Vendo-o, Jesus fez lodo com a saliva, espalhou o lodo sobre os seus olhos e disse-lhe: “vai lavar- -te na piscina de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, lavou-se e voltou vendo” (Jo 9, 6-7).
O cego de nascença representa o homem assinalado pelo pecado, que deseja conhecer a verdade sobre si mesmo e sobre o próprio destino, mas é impedido disso por um mal congênito. Só Jesus pode curá-lo: Ele é “a luz do mundo” (Jo 9, 5).
Confiando- se a Ele, todo o ser humano espiritualmente cego de nascença tem a possibilidade de novamente “chegar à luz”, isto é, de nascer para a vida sobrenatural. [...]
São João Paulo II(Angelus - 10 de Março de 2002)

Qual é a atitude do verdadeiro cristão?

Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A LUZ QUE É CRISTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eis um evangelho longo e denso, riquíssimo em significado, no mesmo estilo da Mulher Samaritana, que não se tratou apenas de um acontecimento rotineiro á beira de um poço, o desse domingo vai nessa linha, inserido no rito de admissão dos catecúmenos, antigamente, os catecúmenos que iam ser admitidos como novos cristãos, passavam ao longo da quaresma por toda uma catequese e uma prova do seu testemunho de vida dentro e fora da comunidade, poderíamos dizer que o catecismo não ficava só na teoria, mas era exigida uma prática, uma postura de quem era realmente cristão e essa experiência de um encontro com Jesus era radicalmente transformadora: a Mulher Samaritana tornou-se outra, o cego curado por Jesus também se torna outra pessoa e a mudança de vida foi tão séria, que na comunidade não o reconheceram.
A narrativa apresenta a linguagem preferida do evangelista João: o antagonismo entre Luz e Trevas. Trevas, que lembra sempre o caos, conforme relato do Gênesis, “No princípio as trevas cobriam a face do abismo...”, mas o Deus Criador transforma o Caos em Cosmos estabelecendo uma ordem harmoniosa na natureza, por isso as trevas tem essa conotação com as forças do mal a ponto do Diabo ser chamado de “Príncipe das Trevas”em um dos sinóticos. Em Jesus Cristo Deus oferece aos homens a Luz Verdadeira, que sempre brilhou desde o princípio e que jamais será tragada pelas trevas, Deus nunca ofereceu as trevas, mas esta é uma possibilidade na vida do homem, que tem o livre arbítrio. Deus coloca somente a Luz, os que a rejeitarem é porque fizeram á sua opção pelas trevas.
Note-se que a iniciativa da cura é de Jesus, ele viu um homem cego de nascença, os descendentes de Adão nasceram em pecado, mas agora, o Verbo Encarnado, a Luz do Mundo, vai remodelar o homem, configurando-o á imagem e semelhança do Pai, o mesmo barro de argila, do qual foi feito o primeiro homem, será agora utilizado para recriar toda humanidade, o rosto de Jesus, é a primeira imagem que esse cego irá contemplar, em Jesus ele se encontra e encontra o próprio Deus, em Jesus a Luz do mundo, o homem não precisará mais esconder-se dos olhos de Deus. É a Humanidade recriada, vivendo uma nova aurora radiante, é o caos da existência humana, que em Jesus se torna Cosmos.
O cego que recupera a vista é também a experiência cristã de Judeus convertidos ao cristianismo, e que têm, a partir do conhecimento de Jesus, uma nova postura diante da vida e das pessoas, muda-se o parâmetro, agora não é mais o cumprimento da lei que traz a salvação, mas Crer em Jesus de Nazaré, tornar-se seu seguidor. Mas não há espaço para esse totalmente Novo, no meio das Velhas Tradições, as trevas insistem em ser maior que a luz e tentam dominá-la, não há lugar na comunidade judaica, para quem pensar diferente do que diz a Lei e os Profetas, já não há mais lugar, os estreitos horizontes de uma religião fechada em si mesmo, tornam-se estreitos demais para quem conheceu Jesus, vinho novo da graça de Deus requer barril novo, inverte-se o quadro, quem pensava enxergar torna-se cego, e quem era cego começa a Ver. Pertencemos todos a uma sociedade onde somos levados a enxergar com os olhos da ciência, da pura razão, A Fé é antes de tudo um conhecimento de outras realidades que estão inseridas na vida do homem precisamente a partir do mistério da encarnação, Deus se revela e se manifesta na História Humana, em acontecimentos reais de todos os dias da nossa vida, a Vida de Fé está intimamente ligada ao existir de cada homem.
Mas o homem arrogante e prepotente olha com desconfiança para a Fé, que constrói algo de novo ainda nesta vida, a partir de uma esperança escatológica.
A Palavra Fé soa como algo embolorado e ultrapassado, quase incompatível com a Vida da Pós Modernidade. Sem essa experiência, o homem caminhara a esmo, e jamais encontrará um rumo e um sentido para sua vida, andará sempre às apalpadelas, tateando aqui e ali, tentando encontrar algo que faça sentido e o que o leve a realizar-se como pessoa humana. É a cegueira espiritual, mil vezes pior e mais terrível que a deficiência visual, Jesus é a Luz, Nele sabemos quem somos e para onde estamos caminhando.
Em nossos tempos, marcados por tantos pontos escuros, e luzes tênues, que não conseguem iluminar o caminho de ninguém, as nossas comunidades precisam resgatar cada Batizado como um Iluminado, como eram chamados os neo batizados nos primeiros séculos do cristianismo. É preciso que o nosso testemunho seja idêntico ao do cego curado, a cada celebração Eucarística, em comunhão com os irmãos e irmãs da comunidade, possamos reafirmar a nossa Fé, prostrando-se diante daquele que é a Luz, e dizendo, com todas as fibras do nosso coração :”Eu Creio Senhor”. (4º Domingo da Quaresma)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. A cura do cego de nascença
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Deus escolheu Davi, filho de Jessé, para ser rei do seu povo. Samuel ungiu o rei Davi, que ficou cheio do Espírito Santo. Jesus também unge os olhos do cego e manda que vá se lavar na piscina de Siloé, que significa o Enviado, porque Jesus é o enviado do Pai. O cego é curado e passa a enxergar. Enxerga o Cristo, ajoelha-se e faz sua profissão de fé. O que deveria ser motivo de alegria não alegra o coração de todos. Um cego foi curado e os discípulos querem saber quem era pecador, ele ou seus pais. Um cego foi curado e os fariseus negam a verdade do fato, e chamam a ele e a Jesus de pecador. Ele é cego, por isso é pecador. Jesus é pecador porque cura no dia de sábado. A cegueira, numa ideologia religiosa, é castigo do pecado. O sábado, na mesma ideologia, está acima das necessidades do ser humano. A discussão se acalora, o relato se torna agitado em discordâncias, acusações, expulsões, para terminar num diálogo calmo e sereno entre Jesus e o que foi cego. Quem, afinal, é pecador nessa história toda?
A cura do cego mostra que é pecador aquele que não tem sensibilidade para com os outros. Deve, portanto, converter-se da dureza do coração quem não se alegra com o bem do seu irmão, e deve converter-se ao irmão e à irmã. É isto o que agrada ao Senhor. Os fariseus, se de fato enxergam, por que não se alegram com a cura de um ser humano? Proceder como filhos da luz é produzir frutos de bondade, de justiça e de verdade. Três palavras a serem meditadas e praticadas juntamente com o jejum, a oração e a esmola. Temos aí um pequeno programa de vida quaresmal que se estende pelo ano afora.

Fonte: NPD Brasil

REFLEXÕES DE HOJE


26 DE MARÇO-DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

Cristo é a luz que ilumina a nossa vida!

Se hoje eu e você reconhecemos quão cegos andamos nesta vida, nos aproximemos de Jesus, aquele que é a Luz do mundo, e peçamos que Ele abra os nossos olhos e nos permita ver aquilo que a vida inteira não enxergamos.
”E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego” (João 9,6).
Este quarto domingo da Quaresma nos dá a graça de refletirmos sobre a luz e a cegueira. Primeira coisa, quem nasce cego ou torna-se cego, a grande dificuldade é não enxergar a luz; ele pode tocar, pode apalpar e perceber as coisas, mas lhe falta a luz da visão; a luz para enxergar o que acontece no dia a dia e assim por diante.
Certamente este não é o maior dos males e não é nenhum grande problema para a humanidade, porque há muitos cegos que têm uma visão interior muito mais profunda euma percepção das coisas, da vida e do mundo muito mais ampla do que nós que, muitas vezes, com dois olhos enxergamos só o que queremos e o que não devemos e não enxergamos o interior das coisas, da alma e a profundidade da vida.
Hoje, quando Jesus cura esse cego, Ele veio mostrar a situação interior em que se encontra a humanidade, na qual predomina uma verdadeira cegueira, na qual não somos capazes de enxergar a Luz de Deus, a bondade de Deus e a verdade onde a verdade se encontra. Não existe mal espiritual mais sério para um filho ou para uma filha de Deus ser cego ou tornar-se cego espiritualmente falando. Porque, quando a cegueira envolve o nosso ser, nós só conseguimos enxergar as coisas de forma limitada ou, muitas vezes, só aquilo que queremos enxergar. E assim nós não somos capazes de ver a mão de Deus, a ação de Deus agindo, também não somos capazes de enxergar a profundidade das coisas; vemos as coisas de forma superficial.
Quando estamos envolvidos por essa cegueira, não somos capazes de enxergar uns aos outros, a importância do outro em nossa vida, aquilo que o outro significa para nós; enxergamos a vida a partir de nós e somos o centro do mundo.
Esse tipo de cegueira é uma coisa terrível, porque quando nos tornamos cegos vamos nos atropelando uns aos outros, passamos em cima das pessoas e não enxergamos quem está do nosso lado, nem quem está à nossa frente. A cegueira nos leva a nos machucarmos uns aos outros e não nos dá a possibilidade e a sensibilidade de perceber o alcance daquilo que falamos ou fazemos para as outras pessoas.
Do outro lado, nós contemplamos Jesus, que veio para iluminar a humanidade, veio para abrir os olhos daqueles que estão cegos. Se hoje eu e você reconhecemos quão cegos andamos nesta vida, nos aproximemos de Jesus, aquele que é a Luz do mundo, e peçamos que Ele abra os nossos olhos e nos permita ver aquilo que a vida inteira não enxergamos; nos permita ser mais sensíveis a tantas realidades ao nosso lado e, acima de tudo, a enxergarmos onde está a Sua vontade e a Sua mão que conduz este mundo.
Que Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 30/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Permitamos que Deus cure o nosso olhar

Precisamos permitir que Deus cure e restaure nosso olhar, para que tenhamos a Sua visão em nós
“Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego” (João 9,6).
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.



ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia o teu Espírito para discernirmos o que é essencial, importante, acessório, dispensável, inútil, ou mesmo prejudicial para nossa caminhada nesta vida. Ajuda-nos, Pai amado, a escolher a essência para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/4o-quaresma-eu-sou-luz-mundo/

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