terça-feira, 4 de outubro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/10/2016

Ano C


Lc 10,38-42

Comentário do Evangelho

Apelo a dar prioridade à escuta da palavra do Senhor.

O evangelho não apresenta uma oposição entre ação e contemplação. Neste caso, Jesus daria prioridade à contemplação sobre a ação. Aqui, a questão é bem outra: trata-se de receber Jesus, e de recebê-lo de verdade.
Foi Marta quem o recebeu (cf. v. 38). Daí que é não só precipitado, mas uma má leitura do texto, desqualificar Marta. Jesus aceita o convite de Marta. Aliás, ele espera ser convidado: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). Nós temos sempre uma porta a abrir para acolher Jesus. A fé em Jesus é hospitalidade – trata-se de recebê-lo em si, em sua intimidade pessoal e familiar. E recebê-lo bem! Receber bem é deixar o outro falar e se dispor a ouvi-lo. Frequentemente, há muito barulho à nossa volta, muito barulho em nós. Escutar alguém exige atenção. Escutar distraidamente, continuando a fazer as tarefas, é um modo de dizer àquele que fala que o que ele diz não tem nada de decisivo. Nosso relato tem um valor simbólico. Ele responde a uma questão fundamental para o cristão: o que é ser, realmente, discípulo de Jesus? A lição deste episódio é que ele não opõe duas opções. Ele afirma uma prioridade: escutar, receber uma palavra que se instala em nós como um hóspede se instala em nossa casa. Nosso texto é um apelo a dar prioridade à escuta da palavra do Senhor.
Fonte: Paulinas em 08/10/2013

Vivendo a Palavra

O serviço ao próximo deve ser conforme ao seu desejo, não à vontade de quem o presta. Jesus ia para Jerusalém – Ele sabia que aquela seria sua última viagem – estava angustiado e desejava companhia, um ouvido amigo que o escutasse. Marta não soube reconhecer e insistia nas arrumações da casa...
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2013

Vivendo a Palavra

Lembramos hoje, com carinho, Francisco de Assis. Ele foi a encarnação do texto evangélico: com sabedoria escolheu nesta vida a melhor parte, aquela que não lhe foi tirada. Não se preocupou com ‘as muitas coisas’ que não eram necessárias. Que o seu caminho seja seguido pela Igreja de Jesus – em busca da Alegria Verdadeira.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Existem pessoas que se sentem angustiadas diante do sofrimento de outras pessoas, das injustiças, das carências e necessidades dos outros e também diante da descrença que existe no mundo de hoje, e, movidas por essa angústia, se entregam de corpo e alma no trabalho evangelizador, promocional e assistencial. Porém, todos nós devemos levar em consideração que o mais importante nem sempre é o que estamos fazendo, mas a motivação pela qual agimos e a consciência de que, na verdade, somos colaboradores com o próprio Deus na sua ação de salvação dos homens e que nada podemos fazer por nós mesmos. Assim, o ativismo é estéril e, além de não atingir seus objetivos, nos esvazia, enquanto que a mística, o encontro com Jesus, sustenta e dá eficácia ao nosso agir.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php

Meditação

É fácil dosar ação e contemplação? - Não se corre o risco de às vezes ficar esperando tudo dos outros? - Será que Jesus não queria dizer que não era necessário preparar muitos pratos especiais para o momento? - Seu coração está sempre pronto para acolher Jesus? - Nossa vida deve ser um misto de oração e ação. Comente.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/10/2013

Meditando o evangelho

INQUIETAÇÃO DESNECESSÁRIA

Ao censurar o ativismo de Marta e elogiar a opção de Maria, Jesus alertava a comunidade dos discípulos contra um perigo real – o ativismo –, sublinhando ao mesmo tempo, a importância de unir a ação a uma profunda contemplação. E, vice-versa, levar a contemplação a desembocar numa ação teologicamente fundamentada.
A iniciativa de Marta, assim que o Mestre chegou à sua casa acompanhado dos discípulos, foi necessária. A caminhada cansativa deixara-os famintos e sedentos. Atenta a isto, a amiga lançou-se ao trabalho sem demora. Já Maria preocupou-se com a acolhida afetuosa. Por isso, colocou-se aos pés do amigo e pôs-se a escutar suas palavras.
"Ouvir a palavra" foi a melhor parte que ela escolheu, e que “não lhe seria tirada”, na medida em que esta palavra calasse fundo em seu coração a ponto de transformar-lhe toda a existência. Se só a parte escolhida por Maria foi boa, implicitamente a atitude de Marta acabou sendo censurada. Não pelo fato de se empenhar em servir Jesus e seus discípulos, mas porque deu à sua escolha um valor tão grande, a ponto de minimizar o que, no parecer de Jesus, era o mais importante. Necessário para ela foi sua bem-intencionada veneração por Jesus. No entanto, desconheceu a importância daquele momento único para se fazer discípula verdadeira – ouvinte da Palavra. Com tal atitude teria colocado em segundo plano tudo o mais, até mesmo o esforço de preparar-lhe uma boa refeição. Marta enganou-se em sua avaliação!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-04

Oração Final
Pai Santo, que São Francisco seja, além de inspiração para o nome do nosso Papa, um exemplo para todos nós, a Igreja de Jesus. Que aprendamos com ele a buscar a Alegria Verdadeira, superando as seduções do mundo. Seguindo Francisco, estaremos, é certo, mais perto do Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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