segunda-feira, 29 de agosto de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 29/08/2016 A 31/08/2016

Ano C



29 de Agosto de 2016

Mc 6,17-29

Comentário do Evangelho

A não ser na paixão (Lc 23,8-12), não há nenhuma notícia de que Herodes tenha se encontrado com Jesus. O relato da morte de João Batista vem depois da notícia do martírio de Jesus (v. 16). João, precursor do Messias, é o mártir da moral. Foi preso e decapitado por denunciar uma união ilegal entre Herodes e Herodíades. Herodes, Lucas se encarregou de caracterizá-lo como “malfeitor” (Lc 3,19-20); Herodíades parece ser mulher dominada por paixões e um forte espírito de vingança. É ela que exige a morte de João, aproveitando-se de uma atitude primária e intempestiva de Herodes, motivada pelo encanto e desvario em relação à filha de Herodíades. A amante de Herodes quer eliminar a voz que denuncia o seu mal. O poder de Herodes contrasta com o poder de Jesus: o de Herodes exclui e mata; o de Jesus faz viver e suscita o gosto pela vida, pois é o poder do amor. Parece que o sofrimento e a prisão injusta de João e a sua morte prefiguram a paixão e morte de Jesus Cristo. João e Jesus, tidos como profetas, tiveram a sorte dos profetas (Mt 13,57; 14,5).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 29/08/2014

Vivendo a Palavra

Herodes cala João Batista, a ‘voz que clama no deserto’. A coragem de desafiar o estado de pecado da autoridade máxima valeu-lhe a condenação. A sorte dos profetas não mudou muito pelos séculos afora. A Verdade incomoda, desinstala e pede que estejamos sempre vigilantes, em processo de conversão.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2014

Vivendo a Palavra

O texto é um retrato fiel da sociedade dos homens pelos tempos afora. Os poderosos, cheios de vaidade, fazem promessas impensadas e, por orgulho as cumprem, ainda que ao preço de clamorosas injustiças. Assim João Batista termina a sua missão de Precursor do Messias, feito carne em Jesus de Nazaré.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Todos nós temos dificuldades para viver a radicalidade exigida pelo Evangelho e diversas vezes nos acovardamos diante das ameaças. Uma das maiores ameaças que sofremos hoje, quando procuramos viver o Evangelho, encontra-se no fato de que a sociedade ridiculariza todos aqueles que não fundamentam a sua vida nos valores do mundo. Mas isso também acontecia nos tempos de Jesus, como podemos perceber na narrativa da morte de João Batista e no julgamento do próprio Jesus. Mas nós não podemos ceder aos mecanismos que são usados pelo mundo moderno contra o Evangelho; devemos expor com coerência as verdades da nossa fé.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=29

Recadinho

Você pode dizer que é uma pessoa justa? - Pense em alguém de seu convívio que seja realmente um testemunho de vida santa. - Em meio a tanta imoralidade, não há muita omissão em nosso contexto de vida? - Tomamos cuidado para que a razão vença a paixão? - Se tem meios, você procura ajudar as pessoas que não estão enxergando certos erros pessoais na comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional 29/08/2014

Meditando o evangelho

UM EXEMPLO DE LIBERDADE

O relato do destino trágico de João Batista serve de lição para os discípulos de Jesus, no exercício da missão. A liberdade, que o Precursor demonstrou, deverá ser imitada por quem está a serviço do Reino, e se defronta com tiranos e prepotentes, que intimidam e querem calar quem lhes denuncia as mazelas.
Prevalecendo-se de sua condição, Herodes seduziu a mulher do irmão para se casar com ela. João Batista não teve medo de enfrentá-lo, e dizer-lhe não ser permitido conservar como esposa, quem não lhe pertencia. Sua condição real não lhe dava o direito de praticar tamanha arbitrariedade.
O profeta João sabia exatamente com quem estava falando. Ele um "zé ninguém", questionando uma autoridade estabelecida pelo imperador, com direitos quase absolutos sobre os cidadãos. Por isso, não lhe parecia errado atropelar o direito sagrado de seu irmão, de ter uma esposa.
Por outro lado, todos conheciam muito bem o espírito violento da família de Herodes. Mesmo assim, João não hesitou em denunciá-lo publicamente.
Quiçá não contasse com a ira de Herodíades, atingida também pela denúncia. Foi ela quem instigou Herodes a consumar sua maldade: decapitar a quem mandara lançar na prisão, por ter-lhe lançado em rosto o seu pecado.
O testemunho de João Batista inspira a quem se tornou discípulo da verdade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de liberdade, não permitas que eu tema os grandes e prepotentes, quando se trata de denunciar-lhes os pecados e as injustiças.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-29


30 de Agosto de 2016

Lc 4,31-37

Comentário do Evangelho

A palavra de Jesus é um sopro de vida

No final do episódio na sinagoga de Nazaré, o narrador faz observar que os concidadãos de Jesus querem precipitá-lo morro abaixo, mas ele, “porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (vv. 29-30). Não há nada, nem mesmo a rejeição e a ameaça da morte, que possa dissuadir Jesus do seu caminho. O leitor sabe que este “caminho” é o caminho de Jesus para o Pai.
Jesus, então, desce para Cafarnaum. O seu ensinamento é acompanhado de “atos de poder” que libertam as pessoas da escravidão do mal. Admiravam-se do seu ensinamento, porque tinha autoridade. O que fazia a palavra de Jesus crível era a sua coerência interna: o que ele ensinava, as pessoas viam realizado na sua própria vida. Além disso, o ensinamento de Jesus, sua palavra, comunicava o Espírito; sua palavra era um sopro de vida.
A linguagem do evangelho acerca do mal não nos deixa induzir a erro. É preciso ultrapassar esse primeiro nível para chegar ao sentido que o autor quis transmitir com o seu texto. O mal é o que faz mal ao ser humano; é algo do ser humano que se opõe ao projeto salvífico de Deus e desfigura o ser criado à sua imagem e semelhança: “É de dentro do coração do ser humano que sai todo mal…” (Mc 7,21). O texto é uma proclamação de fé: A palavra de Jesus vence o mal. “Que palavra é essa?” (v. 36). Palavra com autoridade que comunica o Espírito do qual Jesus é revestido (cf. 3,21-22).
É esta palavra que, entrando no coração do ser humano, expulsa o mal.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de ti. Como Jesus, quero abalar o poder do mal deste mundo.
Fonte: Paulinas em 03/09/2013

Vivendo a Palavra

O Evangelho aponta para a missão libertadora do Cristo. Ele a delegou a nós e, portanto, esta é a missão de sua Igreja. Assim como ao nosso Mestre, também a nós não cabe apenas impor regras e obrigações aos irmãos, mas aliviar as suas dores, libertá-los de suas ansiedades e de suas prisões.
Fonte: Arquidiocese de BH em 03/09/2013

Reflexão

As pessoas ficam admiradas com Jesus, porque ele ensina como quem tem autoridade. De onde vem a autoridade de Jesus? Não é uma autoridade política, pois Jesus não ocupava nenhum cargo importante na sociedade, e não é uma autoridade religiosa institucional, já que Jesus não tinha nenhuma função importante no templo ou na sinagoga. Podemos afirmar que a sua autoridade vem de si próprio, pois ele é Deus, mas o povo não sabia disso. O povo percebe a autoridade de Jesus a partir da coerência entre a sua pregação e a sua vida, compromissada com os pobres, necessitados e oprimidos, numa constante e vitoriosa luta contra todo tipo de mal.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=30

Meditação

Falar com autoridade significa falar com conhecimento e com vivência. Você age assim? - Procura colaborar para a valorização das pessoas ou espalha os defeitos dos outros? - Há muitas pessoas doentes que são marginalizadas pela sociedade. Sua comunidade se preocupa com elas? - Tem consciência de que Deus reserva para eles um lugar especial no reino? - Procura colaborar com os que cuidam destes nossos irmãos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 03/09/2013

Meditando o evangelho

DOIS PROJETOS INCOMPATÍVEIS

O empenho libertador de Jesus encontrou adversários ferrenhos, que agiam em sentido contrário. A possessão demoníaca era símbolo de um projeto incompatível com o de Jesus. Os demônios tinham-lhe aversão. Sua simples presença era suficiente para arruiná-los. O Mestre tornava-os incapazes de oprimir os seres humanos. Não lhes permitia exercer sua ação maligna sobre as pessoas. Antes, arrancava-as de suas mãos, devolvendo-lhes a liberdade e a capacidade de decidir-se pela razão iluminada por Deus.
A ação do mau espírito não se limita a determinados espaços, considerados profanos. Até mesmo numa assembléia litúrgica, como acontecia na sinagoga de Cafarnaum, encontra-se gente que não é movida pelo espírito de Deus. A simples presença física, num espaço tido como sagrado, não é suficiente para tornar a pessoa imune à ação do espírito inimigo de Jesus. O demônio lança seus tentáculos também aí.
A única maneira de o discípulo do Reino manter-se imune das investidas do demônio consiste em tomar Jesus como centro sua vida. Não mediante uma referência puramente teórica e abstrata, e sim, conformando-se com o projeto de vida do Mestre. Onde impera o amor e a prática da justiça - parâmetro da vida do discípulo -, não existe campo de ação para o mau espírito.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Senhor Jesus, que meu projeto de vida se conforme sempre mais com o teu, de modo que a ação do mau espírito não possa agir em mim.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-30


31 de Agosto de 2016

Lc 4,38-44

Comentário do Evangelho

O Senhor da vida faz viver os que vivem prostrados sob o mal

De um lugar público, a sinagoga de Cafarnaum, Jesus vai à casa de Simão. Todo âmbito da vida humana é lugar da presença do Senhor. Todo e qualquer lugar é espaço à manifestação da ação de Deus.
“A sogra de Simão estava... com muita febre” (v. 38b). A febre era considerada a antessala da morte, um mal que definha os ossos. Jesus cura a sogra de Simão, advertindo a febre como se expulsasse um demônio. O mal impede a sogra de Simão de celebrar o descanso sabático. À palavra de Jesus, ela se levantou, como “se levanta” da morte. É o Senhor da vida que faz viver os que vivem prostrados sob o mal e realizar a oração própria do discípulo, o serviço.
O sumário dos vv. 40-44 apresenta Jesus como um Messias itinerante que arranca do coração do ser humano o mal que o impede de empreender, com Jesus, o seu caminho para Deus. O Senhor não é prisioneiro de um grupo nem de um lugar. A salvação da qual ele é portador destina-se a toda a humanidade: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado” (v. 43).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
Fonte: Paulinas em 04/09/2013

Vivendo a Palavra

A nossa missão de discípulos evangelizadores deveria nos encorajar a lutar e vencer o comodismo, para repetir com Jesus aquilo que ele afirmou ao sair de Cafarnaum: Vamos anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também para as outras cidades, porque para isso é que fomos enviados.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/09/2013

Reflexão

Por que as pessoas procuram a religião? A maioria das pessoas que procuram a religião o faz por motivos egoístas, procuram a Deus para fazer dele seu servidor, querem proteção, saúde, sucesso econômico, profissional, social ou afetivo, ou fogem do medo do desconhecido, do sobrenatural ou da própria morte. Devemos procurar na religião um relacionamento pessoal e amoroso com o próprio Deus, para que possamos servi-lo amando os nossos irmãos e irmãs. Para isso, precisamos conhecer o Evangelho, no qual Jesus anuncia a boa nova do Reino de Deus. A partir do conhecimento do Evangelho, vamos nos sentir apelados por Deus para a vivência concreta do amor e, a partir de uma resposta positiva a esse apelo, teremos um relacionamento maduro e amoroso com Deus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=31

Meditação

Jesus de vez em quando se retirava para descansar e rezar. Você o faz também? - Muitas vezes Jesus demonstra que o ambiente familiar é ambiente de paz e saúde. Você colabora com isso em sua família? - A família é a base de tudo. Tem consciência desta realidade fazendo a sua parte? - Há doença que se resume simplesmente na falta de carinho, atenção e respeito. Dê algum testemunho sobre isso.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 04/09/2013

Meditando o evangelho

MISSIONÁRIO INCANSÁVEL

Por onde passava, Jesus deixava as pegadas do Reino acontecendo na história humana. As inúmeras curas e a vitória sobre o poder demoníaco eram as demonstrações mais evidentes da novidade acontecendo na vida das pessoas. A expulsão dos demônios consistia em fazer com que Deus, novamente, fosse o único Senhor delas. Portanto, a ação de Jesus visava sempre restabelecer o senhorio de Deus. E isso deixava feliz a quem se beneficiava de sua presença libertadora!
Os benefícios recebidos através dos gestos misericordiosos de Jesus impelia o povo a querer retê-lo junto de si e a não deixá-lo seguir adiante. O Mestre opôs-se a esta tentativa de limitar seu campo de missão. Ele manifestava sua consciência de ter sido enviado para evangelizar não apenas um grupo restrito de pessoas. Sua missão de proclamar a Boa Nova do Reino deveria alargar-se mais e mais, de modo a estender o senhorio de Deus a todo ser humano.
Por outro lado, o afluxo de pessoas e a quantidade de gente a ser curada não constituíam argumento para que Jesus se detivesse num só lugar. Ele ia ao encontro dos necessitados, lá onde se encontravam. Seu peregrinar incansável não conhecia limites.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Senhor Jesus, transforma-me num missionário incansável que vá ao encontro das pessoas para levar-lhes a boa-nova do Reino.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-31


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