domingo, 31 de julho de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 31/07/2016

ANO C


Lc 12,13-21

Comentário do Evangelho

Renúncia do diálogo.

A missão de Jesus é confundida com a função de um juiz humano. No evangelho de hoje, recorre-se a ele para fugir do desafio do diálogo com o irmão. O verbo “dizer” é repetido várias vezes ao longo da perícope. Na parábola que Jesus conta, a imagem do homem em relação aos seus bens é a de um solitário, de alguém enclausurado no monólogo consigo mesmo, e sem nenhuma menção ao próximo. Trata-se, aqui, da total ausência ou esquecimento do diálogo; esquecimento do diálogo com Deus e do diálogo entre os irmãos sobre a partilha dos bens. A palavra que em vernáculo traduzimos por ganância, em grego exprime o desejo de poder. Mas a riqueza não previne nem impede a morte inesperada. O que se adverte é que a riqueza, a abundância de bens, pode pretender substituir a Deus. Pura ilusão! Ao invés de se colocar à disposição de Deus, a riqueza passa a ser seu objeto de confiança e garantia da vida. Crê-se possuir, mas, de fato, se é dominado por aquilo que se possui. A pergunta de Deus: “para quem ficará o que tu acumulaste?”, pode ser parafraseada da seguinte forma: “Você é por Deus ou contra Deus?”. A resposta a esta pergunta é de cada um. Ninguém pode se dar a vida nem garanti-la pela abundância de bens. Assim como ninguém pode ser verdadeiramente humano no isolamento, na renúncia do diálogo com Deus e com os seus semelhantes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, preserva-me do apego exagerado às riquezas, as quais me tornam insensível às necessidades do meu próximo. Que eu descubra na partilha um caminho de salvação.
Fonte: Paulinas em 20/10/2014

Vivendo a Palavra

Quais são os tesouros que estamos ajuntando? Estamos ficando ricos para Deus? Ou – quem sabe? – estamos, como aquele homem rico da parábola, construindo depósitos maiores para receber os muitos bens que guardamos, cheios de egoísmo, para nossa segurança no futuro? O texto é para nós, hoje, e não apenas para os ouvintes de Jesus naquele tempo..
Fonte: Arquidiocese BH em 20/10/2014

Vivendo a Palavra

Jesus adverte contra a ganância – ajuntar bens fugazes, tesouros que a traça rói, a ferrugem consome e os ladrões roubam; e mostrou outro caminho, com seu exemplo de desprendimento, da generosa doação de tudo o que tinha: sua Pessoa, seu tempo e a atenção obsequiosa aos peregrinos próximos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Mas Deus lhe disse: Louco! Louco é aquele que é incapaz de perceber a verdadeira hierarquia dos valores e submete o eterno ao temporal, o celeste ao terreno, fazendo com que o acúmulo de bens materiais se tornem a causa maior da sua própria felicidade, o que faz com que ele feche a sua vida para os valores que são eternos e que trazem a felicidade que não tem fim. A verdadeira loucura consiste em não conhecer a Deus e, por isso, não valorizar a sua presença em nossas vidas, não viver no seu amor e não amar, de modo que não haja partilha de todos os bens, não possibilitando um crescimento mútuo e um projeto comum de felicidade, que dura para sempre.
Fonte: CNBB em 20/10/2014

Recadinho

Há muita disputa por heranças? - O que dizer do acúmulo de coisas supérfluas? - Sua riqueza está acima de tudo em ter Deus no coração? - É muito apegado a coisas materiais? - Procura pensar na vida eterna ou foge da realidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario nacional em 20/10/2014

Meditando o evangelho

PRECAUÇÃO CONTRA A COBIÇA

O Evangelho é toda uma lição de desapego e de liberdade diante dos bens deste mundo, como também de partilha fraterna do que se possui. Esta postura decorre da maneira como se considera o Reino na vida do discípulo. O apego exagerado às riquezas denota uma forma de idolatria, que redunda no menosprezo de Deus e na opção por valores contrários aos dele. Portanto, a opção evangélica vai na contramão da cobiça e da avareza.
Com este pano de fundo, entende-se a estranheza de Jesus diante da solicitação do indivíduo, que o pedia para intervir numa questão de divisão de herança. A missão do Mestre não comportava ser mediador neste tipo de problema. Antes, sua preocupação consistia em precaver as pessoas da busca desenfreada de bens, iludidos de poderem chegar a ser felizes, à custa da abundância de riqueza. A posse de bens não é, necessariamente, fator de realização para o ser humano!
A parábola contada por Jesus pode ter-se baseado num fato conhecido de seus ouvintes. O Mestre enriqueceu-o com elementos que ajudam a interpretá-lo. O homem rico gastou toda a sua vida acumulando bens. Sua ambição não tinha limites. Quando pensou ter ajuntado o suficiente, imaginou que tinha chegado a hora de beneficiar-se de sua fortuna. Enganou-se! Foi colhido pela morte, tendo de prestar contas a Deus. É impossível enganar-se quanto à sorte eterna de quem jamais pensou em partilhar. Sendo rico para si mesmo, o homem era paupérrimo diante de Deus.
O discípulo do Reino deve precaver-se desta loucura!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito que ensina a compartilhar, purifica meu coração de toda cobiça e avareza, e ensina-me a partilhar tudo quanto recebi de Deus.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-31

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

As vaidades nos afastam da graça de Deus

As vaidades nos afastam, muitas vezes, da graça de Deus, do Seu Reino e da oportunidade de sermos bons para com os outros
“Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lucas 12,15).
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
http://homilia.cancaonova.com/homilia/as-vaidades-nos-afastam-da-graca-de-deus/

REFLEXÕES DE HOJE


31 DE JULHO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

A vida não consiste na abundância… (Lc 12,13-21)

Aqui e ali, surgem pregadores animando os mais pobres a tomarem os bens dos mais ricos, a título de justiça social. Claro, eles não levam em conta que, ao se apossarem dos bens dos ricos, será a vez de os ex-pobres se tornarem alvos de nova “revolução”. E o ciclo do ódio vai adiante…
A parábola narrada por Jesus neste Evangelho foi motivada exatamente pela queixa de alguém que sofria injustiça de seu próprio irmão mais velho. E Jesus prontamente alerta o injustiçado sobre o perigo da ganância, do apego aos bens materiais.
A verdadeira vida do homem não está nas riquezas. O monge cisterciense André Louf comenta: “As riquezas daqui de baixo, a morte as ameaça sem cessar. Já em seu interior, elas são corroídas, minadas pela morte. E exteriormente, na medida em que o homem avança em idade, a sombra da morte se projeta sobre elas. E o homem que se apega a suas riquezas, que nelas se enraíza e nelas se envolve, abraça desde já a morte que elas carregam: ele recebe delas um gosto de morte em sua boca e em seu coração. Pois ali onde está o teu tesouro, lá está teu coração, tanto faz se somos ‘pobres’ ou somos ‘ricos’. ”
A verdadeira vida do homem está em outro lugar – prossegue André Louf. “Não se trata de ajuntar para si mesmo, egoisticamente, mas de ser rico em Deus. É para outra abundância, para outras riquezas, para uma outra vida que Jesus orienta o olhar de seu discípulo: ser rico em Deus, um tesouro que o tempo não ameaça, que o verme não rói, que o ladrão não rouba. Uma vida que sobrevive à morte visível, que transborda este tempo daqui e que, neste mesmo instante, já é vida eterna. ”
Daí a “loucura” daquele que vê a colheita superar as expectativas e sua capacidade de armazenamento e, sem sequer pensar na possibilidade de partilhar com os necessitados, toma a decisão tresloucada: “Vou derrubar meus celeiros, tão pequenos para tantos grãos, e construir outros armazéns ainda maiores! ”
Uma vez, ao pregar sobre os desafios atuais do cristianismo, lembrei a necessidade de uma vida sóbria e simples. Ao final, um dos presentes (era um curso de teologia para leigos), sem esconder seu mal-estar, afirmou: “Não vejo nenhum mal em acumular riquezas”. Como é duro o Evangelho de Jesus Cristo!
Orai sem cessar: “O Senhor é a minha parte da herança!” (Sl 16,5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-31072016/

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para seguir o exemplo de Jesus de Nazaré, vencendo a tentação do egoísmo, da ganância e nos tornando fontes de consolo e esperança para os companheiros de caminhada que colocaste junto a nós neste retorno que fazemos à tua Casa, o nosso Lar Paterno.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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