quarta-feira, 13 de julho de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 14/07/2016 A 16/07/2016

Ano C



14 de Julho de 2016

Mt 11,28-30

Comentário do Evangelho

A sabedoria de Deus

“Vinde a mim todos os que desejais, fartai-vos de meus frutos” (Eclo 24,19-21).
Jesus é o Sábio, mais propriamente, a “sabedoria de Deus”, que atrai todos a si para instruí-los na Lei de Deus: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (v. 28).
O “jugo” (ou fardo) era uma peça de madeira que se punha sobre o pescoço do animal para equilibrar o peso.
Na tradição bíblica, entre outros significados, ele se refere à Lei (ver: Jr 2,20; 5,5). Ao criticar os escribas e fariseus, Jesus diz que eles: “... amarram pesados fardos sobre os membros dos homens, mas eles mesmo nem com um dedo se dispõem a movê-los” (23,4). Há um modo de interpretar e pôr em prática a Lei que abate, que tira a alegria, expurga a vida. A Lei de Deus é para a vida e a liberdade: “... se ouves os mandamentos do Senhor teu Deus, andando em seus caminhos e observando os seus preceitos, seus estatutos e as suas normas, viverás e te multiplicarás” (Dt 30,16).
“Tomai sobre vós o meu jugo… Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (vv. 29.30).
A Lei do Senhor é a Lei do amor: “... Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). O amor faz viver, está na origem da vida. O amor é a expressão máxima da vida cristã: “... Ninguém teve mais amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).
O Senhor entregou a sua vida por nós!
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me disposição para pôr em prática as exigências do Reino, assumidas como expressão de minha fé sincera em teu Filho Jesus. Que elas sejam para mim um jugo suave!
Fonte: Paulinas em 18/07/2013

Vivendo a Palavra

Aqui temos a palavra de doce conforto e encorajamento do Senhor. Um jeito de aferir se a carga que levamos pela vida é o fardo que o Senhor nos destinou, ou se nós estamos carregando também o peso adicional criado pelo nosso egoísmo. Escolhamos a carga suave e o fardo leve de Jesus!
Fonte: Arquidiocese BH em 18/07/2013

Vivendo a Palavra

O espírito que percorre as leituras do dia é de esperança, um convite à nossa entrega confiante nas mãos do Senhor. Assim foi o salmo, a profecia de Isaías e, sobretudo, a abertura de Jesus: “Venham a mim todos que estão cansados!” Certamente, esse convite é tudo o que precisamos ouvir nestes tempos conflituosos que vivemos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Existem pessoas que acreditam que a verdade da religião encontra-se num rigorismo muito grande, principalmente no que diz respeito às exigências morais e rituais. Com isso, a religião acaba por ser um instrumento de opressão. Jesus nos mostra que não deve ser assim. Ele veio ao mundo para trazer a libertação do jugo do pecado e da morte e que a verdadeira religião é aquela que liberta as pessoas de todos os pesos que as oprimem na sua existência. O verdadeiro cristianismo é aquele que não está fundamentado na autoridade e na rigidez, mas na humildade e mansidão de coração, por que o seu fundador, Jesus Cristo, manso e humilde de coração, é o Mestre de todo o nosso agir.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=14

Meditação

Jesus se mostra sempre atencioso e carinhoso para com seus ouvintes. Procuro imitá-lo? - Minha alegria de viver é contagiante? - Procuro buscar descanso em Deus? - Quando acho que meu fardo é pesado demais, que atitudes tomo? - Será que imagino que ao rezar Deus vai tirar os problemas de minha vida ou simplesmente vai me dar um incentivo para prosseguir no caminho de Fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 18/07/2013

Meditando o evangelho

VENHAM A MIM!

A religião, no tempo de Jesus, tornara-se um fardo pesado, especialmente para as pessoas mais humildes do povo. Era impossível dar conta da sobrecarga de exigências. Por isso, estas pessoas eram vítimas do desprezo e do preconceito dos que se autoconsideravam superiores.
Jesus propôs-se a libertá-las do jugo religioso que lhes fora imposto. Na sua concepção, as exigências da religião se reduzem ao essencial - o mandamento de amar a Deus e ao próximo - e é o Espírito quem sugere ao discípulo os caminhos por onde deve trilhar. Os mandamentos, neste caso, não são meras imposições exteriores, onde o comportamento já está todo previsto. Antes, partem de dentro do coração e deixam ao ser humano um largo espaço para a criatividade e a generosidade.
A leveza e a suavidade do fardo imposto por Jesus decorrem da forma prazeirosa como é assumido. Os discípulos têm consciência de assumi-lo com liberdade e, através dele, experimentar a submissão ao querer do Pai. O projeto de Jesus, portanto, realiza a pessoa, libertando-a do pesado jugo da religião tradicional.
Jesus é o Mestre a quem os discípulos devem dar ouvido. Diferentemente dos escribas, muitas vezes intransigentes e impacientes com as pessoas, Jesus é manso e humilde de coração. Ele sabe o quanto pode exigir de cada um.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, aceita-me como teu discípulo e faze-me repousar em ti, pois seguir teus preceitos é motivo de realização e alegria.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-14


15 de Julho de 2016

Mt 12,1-8

Comentário do Evangelho

O sábado é dom de Deus

Com poucas variantes, este relato se encontra também nos outros dois sinóticos (Mc 2,23-28; Lc 6,1-5). Trata-se de uma controvérsia acerca do descanso sabático: “… os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!” (v. 2). Os fariseus são, aqui, os adversários.
Mas o que é permitido fazer em dia de sábado? A cena se passa numa plantação de trigo. Segundo podemos compreender da objeção dos fariseus, em dia de sábado era proibido arrancar as espigas. Jesus responde recorrendo, em primeiro lugar, à história de Davi (1Sm 21,1-10). A fome e a necessidade de manterem em boas condições a vida justificam a atitude de Davi.
Este fato da história de Davi é um exemplo que justifica e ilustra a defesa que Jesus faz de seus discípulos. Jesus interpreta corretamente à Torá, pois ela é dada ao povo de Deus para proteger o dom da vida e da liberdade. O sábado é dom de Deus (cf. Ex 16,29) para recordar a escravidão do Egito e a libertação do povo por Deus (cf. Dt 5,15). Exatamente por isso, no sábado é permitido fazer o bem e salvar uma vida.
Jesus é mais que o Templo, pois nele Deus habita plenamente. Citando Os 6,6, Jesus põe a misericórdia, que supera todo sacrifício, como princípio da ação (ver: Is 58,3-8). O sábado é tempo privilegiado de manifestação do poder salvador do Filho do Homem, poder de dar vida, de fazer viver.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me misericordioso no trato com o meu semelhante, e livra-me de toda tendência ao legalismo sem piedade, que se coloca a serviço da morte.
Fonte: Paulinas em 19/07/2013

Vivendo a Palavra

Nada mais natural e espontâneo para um grupo que caminha feliz por um campo de trigo na manhã de sábado do que colher algumas espigas para serem degustadas. Mas os fariseus não pensavam assim: eles seguiam a religião da letra da lei e viam pecado em tudo. Como é a nossa Igreja? Buscamos o sacrifício ou a misericórdia?
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2013

Reflexão

Existem pessoas que acham que é difícil seguir Jesus por causa da radicalidade das exigências evangélicas, no entanto, essas mesmas pessoas ficam criando uma série de dificuldades a partir de um legalismo ritual, moral e religioso que acabam por fazer do seguimento de Jesus uma causa de sofrimento e de dor e não uma causa de alegria e felicidade de quem descobre os valores que o conduz para a vida eterna. Muitos cristãos vivem colocando proibições e ficam contentes quando podem falar "não" a alguém. De fato, essas pessoas não entenderam o Evangelho de hoje, muito menos o amor que Deus tem para com seus filhos e filhas.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=15

Meditação

O que o domingo significa para mim? - Como transcorro o “dia do Senhor?” - Coloco as coisas de Deus em primeiro lugar? - Viver a religião é para mim um peso ou algo que me realiza como pessoa humana? - Trato a todos com bondade e misericórdia?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 19/07/2013

Meditando o evangelho

LIVRE DIANTE DA LEI

Os fariseus estavam sempre à procura de um deslize de Jesus ou de seus discípulos para poder acusá-los. Não suportavam que Jesus ensinasse a seus discípulos serem livres diante da Lei, não se deixando desumanizar por ela, e também não os censurasse quando a transgrediam. Por isso, o Mestre entrava continuamente em atrito com eles.
A visão estreita dos fariseus exigia repouso absoluto em dia de sábado. Exceto em alguns poucos casos, aceitavam trabalhar no dia de preceito. O fato de os discípulos de Jesus colherem, em dia de sábado, espigas para comer, parecia-lhes um desrespeito ao mandamento religioso. A circunstância de estarem com fome não servia para atenuar tal severidade.
A resposta de Jesus mina, pela base, o rigor farisaico. Ele cita casos da Bíblia onde pessoas de prestígio, em circunstâncias especiais, transgrediram a Lei do repouso sabático, e não foram censuradas. Existem, pois, situações em que não é possível cumprir Lei, por exemplo, quando se corre risco de vida, ou quando se deve prestar um serviço necessário aos outros.
Jesus avaliou a atitude dos discípulos a partir de um princípio diferente daquele dos fariseus. Para ele, a misericórdia no trato com as pessoas é muito mais importante que o cumprimento minucioso da Lei. Quando alguém é interpelado pela caridade, os ditames da Lei ficam em segundo lugar. Essa é melhor maneira de agradar a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me de todo o rigor no trato com os demais e dá-me um coração que coloque a misericórdia acima de tudo.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-15


16 de Julho de 2016

Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

É preciso se aproximar e se deixar envolver por Jesus

O texto nos lembra o final do longo discurso sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos Céus” (7,21).
Num texto próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo irmão, na linguagem bíblica, abrange os parentes. Ao chegar os familiares acompanhados da mãe de Jesus, eles são anunciados.
Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora” (vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus, sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).
A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de sangue, pois é “todo aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus” (v. 59).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 23/07/2013

Vivendo a Palavra

Jesus abre os braços para acolher-nos a todos, com carinho, em sua família. Basta que nos incluamos no grupo dos que fazem a vontade do Pai que está no céu. Todo o esforço deve ser feito neste sentido. Ouvir a Palavra, guardá-la no coração e vivê-la em nossas relações com o próximo e com a natureza.
Fonte: Arquidocese BH em 23/07/2013

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=16

Meditação

Convivo bem com todos? - Posso dizer que minha presença é sempre alegre? - Tenho compromissos no contexto de minha comunidade? - Qual a maior alegria que existe em meu ambiente familiar? - O que mais me preocupa em meu ambiente familiar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 23/07/2013

Meditando o evangelho

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.​
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-16


Nenhum comentário:

Postar um comentário