domingo, 5 de junho de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/06/2016

ANO C


Lc 7,11-17

Comentário do Evangelho

A iniciativa é de Jesus, provocada pela sua compaixão.

O relato do evangelho é próprio a Lucas. Inspira-se em 1Rs 17,8-24, no episódio do filho de uma viúva, em Sarepta.
Jesus vai para Naim, pequeno vilarejo entre Cafarnaum e a Samaria. É acompanhado de seus discípulos e de grande multidão (v. 11). Às portas da cidade Jesus e seus discípulos se encontram com outro grupo: “levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava” (v. 12). O paralelo é evidente: os dois grupos caminham em direções opostas; o primeiro segue um homem poderoso em gestos e palavras, o segundo grupo, um morto. Até este ponto a descrição da cena e dos personagens é puramente objetiva. De repente somos surpreendidos por uma focalização interna, a menção da compaixão de Jesus: “Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: ‘Não chores!’” (v. 13). A iniciativa é de Jesus, provocada pela sua compaixão. A palavra de Jesus permite entrar no coração das pessoas. É por Jesus que somos informados do sofrimento da mulher: “não chores mais” (v. 13) e a idade do morto: um “jovem” (v. 14). Não é da morte que Jesus tem compaixão, nem do morto, mas da pessoa que sofre. O acento de todo o episódio é posto em Jesus, sobre sua compaixão e sua palavra poderosa. Nomeando Jesus como senhor no versículo 13, o narrador nos informa que se trata do Senhor da vida que se dirige à viúva.
Nesta passagem não é a morte nem o morto que importam, nem mesmo o retorno à vida, mas que uma mãe já viúva tenha perdido o seu filho único. O retorno à vida não é o objetivo da iniciativa de Jesus. Mas, a consolação da mãe que chora. A ação de Jesus termina com uma observação: “E Jesus o entregou à sua mãe” (v. 15b). O texto apresenta uma transformação que se dá não somente pelo retorno de um jovem à vida, mas das duas multidões que, primeiramente separadas, são reunidas, num segundo momento, no louvor a Deus. A passagem de Jesus por Naim possibilita um duplo reconhecimento, a saber, da identidade de Jesus (Profeta) e da visita salvífica de Deus (cf. v. 16).
Lucas situou o episódio do filho da viúva de Naim antes do da mulher pecadora (7,36-50). A razão: ele quer ir da morte física à espiritual, da ressurreição física à espiritual. Procedimento semelhante ele utilizará com relação aos dois tipos de cegueira (18,35-43; 19,1-10).
Carlos Alberto Contieri, sj
FONTE: Paulinas em 17/09/2013

Vivendo a Palavra

Nenhum pedido foi feito a Jesus. A expectativa de um milagre não estava em cogitação. O Mestre não apenas devolve à vida o filho da viúva – Ele toma a iniciativa. Este é o exemplo legado para a sua Igreja. Que nós saibamos sair do comodismo para socorrer os irmãos necessitados, os pobres abandonados.
FONTE: Arquidiocese BH em 17/09/2013

Vivendo a Palavra

O tema das leituras de hoje é a ressurreição: Elias intercede ao Pai, sendo atendido e Jesus exerce seu poder sobre a morte. É bom lembrarmos que nosso Deus é Deus de vivos e não de mortos, para traduzirmos essa certeza nas atitudes existenciais perante nós mesmos, os irmãos, a natureza e o Pai Misericordioso.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Os milagres que Jesus realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e esta notícia precisa ser espalhada para todos os homens a fim de que todos possam perceber a presença amorosa de Deus em suas vidas.
FONTE: CNBB em 17/09/2013

Meditação

Já viveu a experiência de ter que dizer a alguém que recobre ânimo, que se levante? - Você consegue ver desafios nas dificuldades e barreiras da vida? - Busca forças em Deus? - Você pode dizer que serve de apoio aos que, a seu lado, estão caindo? - Consegue manter o ânimo? - Sabe fazer-se presente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.
FONTE: a12 - Santário Nacional em 17/09/2013

Meditando o Evangelho

A VIDA RESTAURADA

A ressurreição do filho único da viúva de Naim revela Jesus como o Messias, prenunciado pelos profetas, restaurador da vida fragilizada pelo pecado. Esta será uma chave de leitura importante de seu ministério.
O profeta Elias havia ressuscitado o filho de uma pobre viúva, que lhe havia dado de comer, num tempo de seca e de carestia. A expectativa da volta desse profeta, no fim dos tempos, levava muitos a nutrir a esperança de que ele realizaria a mesma sorte de milagres. No apocalipse de Isaías, os habitantes do pó - os mortos - são convocados para despertar e se alegrar, já que, pela força de Deus, os defuntos reviverão e os cadáveres ressurgirão. Estes e outros textos do Antigo Testamento levavam os judeus a esperar uma era messiânica, na qual haveria uma ressurreição geral de todos os justos de Israel.
O milagre evangélico projeta-se neste pano de fundo. Em Jesus, as esperanças messiânicas atingem seu pleno cumprimento. Ele é o Messias esperado. Mas, seu modo de ser superava em muito os esquemas messiânicos acalentados pela piedade popular. Tinham razão as testemunhas do milagre, quando proclamaram: "um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou seu povo!" Entre eles, porém, estava o Filho querido do Pai, com a missão de oferecer vida nova à humanidade. O rapaz ressuscitado tornava-se um símbolo desta realidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito que gera vida, ajuda-me a reconhecer, em Jesus, o Messias enviado pelo Pai, para comunicar vida à humanidade.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-05

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Rezemos por nossos jovens

Deus não deseja que nenhum jovem morra, mas que todos possam chegar à idade adulta e viver a plenitude da vida
“Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chores!’” (Lucas 7,13).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
http://homilia.cancaonova.com/homilia/rezemos-por-nossos-jovens/

REFLEXÕES DE HOJE


05 DE JUNHO – DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Levavam um morto para enterrar… (Lc 7,11-17)

As coisas são assim: morreu, enterra-se. Diante da morte, nós nos resignamos, pois se trata do irremediável…
Não para Jesus, porém! Diante da dor extrema da viúva que leva seu filho único, arrimo de sua vida, em direção ao cemitério, Jesus reage ao sofrimento humano com um gesto de misericórdia capaz de reanimar o morto. Fonte da vida, Jesus sabe vencer a morte.
O monge André Louf soube ver na imagem da viúva a figura da Igreja, cuja missão consiste em apresentar ao Senhor da Vida os seus filhos mortos, sempre firme na esperança de que as nossas mortes jamais sejam definitivas.
“Este milagre significa a salvação que nos é trazida, e esta mulher representa a Igreja que é nossa mãe, a única que, em sua miséria, conservou o olhar maravilhado de Deus. É que também a Igreja, como mãe, apresenta a Cristo seus filhos fracos, enfermos e mortos.
E como poderia ele não ser tomado de piedade por sua Igreja se, como diz São Paulo, ‘Cristo ama sua Igreja: entregou-se por ela a fim de santificá-la… pois queria apresentá-la a si mesmo toda resplendente, sem mancha nem ruga, nem nada semelhante, mas santa e imaculada’ ? (Ef 5,25) Através do amor que ele dedica à nossa mãe Igreja, a misericórdia de Jesus se derrama sobre cada um de nós, pois é ela que carrega com nossas fraquezas e as conduz sob o olhar salvador de Jesus.
Esta Igreja mãe é em primeiro lugar a comunidade eclesial à qual pertencemos. Envolve-nos o amor de nossos irmãos, cerca-nos e suporta nossas fraquezas, tal como também nós, por nossa vez, tentamos suportar as fraquezas deles. Através de todas as nossas relações de irmãos, é o amor maternal da Igreja que se manifesta para cada um de nós: “Levai os fardos uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”. (Gl 6,2)
Diante de tantos mortos à nossa volta, parece mais fácil nos unirmos às carpideiras e à multidão enlutada; afinal, é assim que todos fazem. Com um pouquinho de fé, porém, nos voltaremos para Cristo, fonte da vida, apresentando a ele os nossos mortos – mortos pela droga, pelo pecado, pelo desespero, pela depressão –, e logo veremos que o Senhor se comove, se move e chama de volta à vida todos aqueles de quem a sociedade já havia desistido…
Orai sem cessar: “Senhor, tu me levantas das portas da morte!” (Sl 9,14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-05062016/

Oração Final
Pai Santo, sabemos que a dor, a solidão e a morte são etapas inevitáveis da nossa vida, mas transitórias. Dá-nos a certeza de que nos criaste para a Vida Plena, ao teu lado e junto com os peregrinos que colocaste perto de nós nesta caminhada de volta ao Lar Paterno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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