domingo, 19 de junho de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/06/2016

ANO C


Lc 9,18-24

Comentário do Evangelho

A vida é ganha na entrega sem reservas

O texto do evangelho deste domingo, conhecido como “profissão de fé de Pedro”, seguido do anúncio da paixão, morte e ressurreição, é a sequência do relato da confusão de Herodes que, ouvindo falar de Jesus, não pode conhecer sua verdadeira identidade (vv. 7-9); e do relato da multiplicação dos pães em que Jesus alimenta abundantemente uma multidão de uns cinco mil homens (vv. 10-17). A dupla pergunta posta aos discípulos revela a preocupação de Jesus de que sua missão e a sua verdadeira identidade não estejam sendo compreendidas. O autor do quarto evangelho apresenta esta preocupação de modo claro: “Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes e ficastes saciados” (Jo 6,26).
Na primeira parte do texto há uma dupla pergunta: “Quem dizem as multidões que eu sou?” (v. 18), e “quem dizeis que eu sou?” (v. 20). À resposta acerca da opinião da multidão, Jesus não faz nenhum comentário. A resposta acerca da opinião da multidão confirma a suspeita de incompreensão. Mesmo que a pessoa de Jesus suscite perguntas e provoque a opinião das pessoas, a multidão continua voltada para o passado de Israel, incapaz de perceber e reconhecer a irrupção da visita salvífica de Deus (Lc 1,68; 7,16). É a vez de os discípulos se engajarem na resposta à pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” A resposta é mais importante para os discípulos do que para Jesus. Dela dependerá a adesão ou não ao Senhor. Pedro, como porta-voz de todos os demais, toma a iniciativa: “O Cristo de Deus” (v. 20). Isto significa: o Messias prometido e esperado, aquele que é habitado pelo Espírito Santo (cf. Lc 3,22; 4,1.18). Jesus impede os discípulos de divulgarem o que Pedro acaba de proclamar. Isto porque será preciso esclarecer de que Messias se trata; talvez o Messias que Jesus é não seja exatamente o que os próprios discípulos pensavam ter encontrado (ver: Mc 8,32-33). Mas também é verdade que cada um deve dar a sua resposta. É neste ponto que Jesus anuncia, pela primeira vez no evangelho segundo Lucas, sua paixão, morte e ressurreição (v. 22). Este anúncio tem consequências para os Doze como para todos os discípulos. Em primeiro lugar, eles devem se distanciar da opinião da multidão e se engajarem, na fé, na verdadeira missão de serviço, e não de poder. Em segundo lugar, o caminho de Jesus passa a ser o caminho necessário de todos os que aderem, pela fé, e livremente, à sua pessoa: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo…” (v. 23). A cruz passa a fazer parte da vida do discípulo. É a forma de superar todo egoísmo que fecha a pessoa sobre si mesma. Paradoxalmente, a vida é ganha na entrega sem reservas: “... quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará” (v. 24).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito do Messias solidário e servidor, não me deixes nutrir esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não corresponde à opção do Senhor Jesus.
FONTE: Paulinas em 23/06/2013

Vivendo a Palavra

«O Filho do Homem deve ser rejeitado e morto, mas ressuscitará!» Ser Igreja de Jesus é isto: seguir o Mestre pela vida afora, aceitando por amor a rejeição do mundo, na certeza de que nós ressuscitaremos com Ele para receber definitivamente o abraço do Pai Misericordioso.
FONTE: Arquidiocese BH em 23/06/2013

Vivendo a Palavra

Tomar a cada dia a minha cruz, significa confiar no Pai Misericordioso e assumir com alegria e gratidão a minha condição de vida, com as dificuldades a serem superadas e as possibilidades que devem ser aproveitadas para fazer o Bem aos peregrinos que vão ao meu lado – tudo em nome de fiel seguidor do Caminho de Jesus de Nazaré.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

ANUNCIANDO A PAIXÃO

A questão apresentada por Jesus aos discípulos, a respeito de sua identidade, situa-se num momento crucial de sua vida. Por um lado, as multidões não haviam compreendido bem o tipo de messianismo vivido pelo Mestre. Ele se apresentava como Messias-servo, ao passo que o povo esperava um Messias cheio de glória e majestade. Por outro lado, autoridades políticas, como Herodes, perguntavam-se: "Quem poderá ser este de quem ouço tais coisas?" O que se passava com os discípulos? Sua fé era consistente e estavam realmente preparados para subir com Jesus até Jerusalém?
A questão apresentada aos discípulos visava explicitar-lhes a fé no Messias Jesus. A resposta de Pedro, embora verdadeira, carecia de reparos. O Messias estava destinado a sofrer nas mãos dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. A causa do sofrimento estaria relacionada com seu modo de viver. Longe de buscar glórias mundanas, Jesus colocava-se ao lado dos pobres e marginalizados, vivia uma experiência de Deus muito diferente da preconizada pela religiosidade da época, anunciava um Reino de igualdade e solidariedade, muito mais exigente do que, até então, se conhecia. Sua morte decorreria de sua opção de ser solidário e servidor. Daí o Pai decidir ressuscitá-lo.
Quem quisesse segui-lo, deveria considerar atentamente este aspecto. Caso contrário, estaria nutrindo esperanças vãs.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito do Messias solidário e servidor, não me deixes nutrir esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não corresponde à opção do Senhor Jesus.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-19

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Tome a sua cruz e siga Jesus

Renunciar a si mesmo é ter a disposição de carregar a cruz, as contrariedades e dificuldades próprias da vida de cada um
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lucas 9, 23).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
http://homilia.cancaonova.com/homilia/tome-a-sua-cruz-e-siga-jesus/

REFLEXÕES DE HOJE


19 DE JUNHO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Teus pecados são perdoados… (Lc 7,36 – 8,3)

Na mesma frase, como de braços dados, o pecado e o perdão. Para o amor que antes faltou, o amor que agora sobra. Depois do pecado, as lágrimas. Depois das lágrimas, a vida nova…
De um lado, revestido com a toga gélida da justiça, o fariseu que invoca a lei para segregar e condenar. Do outro, com os olhos ardentes da misericórdia, o Senhor que anula a sentença.
Neste Evangelho, Jesus narra ao fariseu uma história de dívida perdoada. Basta ouvi-la para saber que temos uma dívida impagável: a dívida do amor. Devedores de Deus, como seríamos cobradores do irmão?
Como comenta André Louf, “o caminho do amor passa necessariamente pelo caminho da dívida insolvável e do perdão e, em consequência, pelo reconhecimento e confissão do pecado”.
Ignorando o próprio pecado, o fariseu jamais experimentara o perdão de Deus, e é por isso que se sente em condições de julgar e condenar. A mulher que invade o banquete dos homens, ao contrário, já fez esta íntima experiência; daí a capacidade de amar que ela demonstra publicamente.
Prossegue André Louf: “Jesus o proclama claramente: se ela ama a tal ponto, é porque muitos pecados lhe foram perdoados.
Paradoxalmente, ela o deve a seus pecados, pois não somente a amor de Deus passa por seu perdão, mas também a qualidade de seu amor depende da grandeza do perdão que foi necessário”.
Mais de uma vez, em nossos encontros de evangelização, eu pude presenciar o “ciúme” de um homem honesto diante do testemunho de conversão de um pecador. Via-se então uma espécie de revolta alimentada por alguém que julgava não ter cometido grandes pecados, nas também não experimentava tanto amor.
E aí está o “absurdo paradoxo” do Evangelho: o pecado – em si uma desgraça! – acaba por se tornar a mola que catapulta o pecador nos braços de Cristo e, uma vez perdoado, torna-o capaz de muito amor.
Como sugere São Paulo (cf. Rm 5,8), o próprio Deus “precisava” de nosso pecado para demonstrar, na História, a imensidade de seu amor nós. Por nós, pecadores… Afinal, como diz o Apóstolo, “onde abundou o pecado, superabundou a graça…” (Rm 5,20)
Orai sem cessar: “O Senhor livrou meus olhos das lágrimas…” (Sl 116,8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança. santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-12062016/

Oração Final
Pai Santo, faze-me agradecido pela Vida que me ofereces. Que a minha Fé a tempere com Esperança, para que eu espalhe o Amor ao próximo, à natureza e a Ti, Pai querido. Que minha confiança na tua Promessa me ajude a viver o dia de hoje testemunhando o Amor do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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