quinta-feira, 9 de junho de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 09/06/2016 A 11/06/2016

ANO C



9 de Junho de 2016

Mt 5,20-26

Comentário do Evangelho

Reler a Lei com amor e misericórdia.

No início do sermão da montanha, Jesus dá como que um critério a partir do qual a releitura da Lei deve se apoiar: uma prática da Lei que supere o rigorismo legalista e se baseie no amor e na misericórdia (cf. Mt 9,13). É em Jesus que se vê realizada essa justiça maior que a dos escribas e fariseus. Não se trata da interdição de tirar a vida de alguém (cf. Ex 20,3; Dt 5,7), mas é proibido depreciar o semelhante dando a ele títulos ofensivos. Não é somente a morte física que é visada na interdição, mas toda ofensa moral. Jesus impõe ao discípulo a exigência de reconciliação. A reconciliação é anterior e condição para a oferta de um verdadeiro sacrifício; é o sacrifício que agrada a Deus. O esforço de reconciliação requerido e visado nessa antítese é uma explicitação da bem-aventurança da mansidão. “Manso” (cf. Sl 37,11), em hebraico, corresponde a “pobre”, entenda-se, pobre de espírito, isto é, aquele que reconhece e acolhe o Reino de Deus como dom.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de reverência, dispõe meu coração ao respeito para com a dignidade do meu próximo, de modo que jamais eu ouse tirar-lhe, de forma alguma, a vida.
FONTE: Paulinas em 14/03/2014

Vivendo a Palavra

Os preceitos da Lei de Moisés são escritos na pedra, portanto, fixos. A exigência da Lei do Amor, proclamada por Jesus no Sermão da Montanha, em parte lido hoje, é ditada por nosso coração, que quer superar-se sempre, até o limite testemunhado pelo Mestre, que entregou sua vida por nós, seus amigos.
FONTE: Paulinas em 14/03/2014

Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=9

Meditando o Evangelho

A EXIGÊNCIA DA COMUNHÃO FRATERNA

O ensinamento de Jesus foi sempre incisivo na questão da comunhão fraterna. Este tema aparece já nas primeiras páginas da Bíblia que relatam o terrível episódio do assassinato de Abel pelas mãos de seu irmão Caim, nos primórdios da humanidade. Este fratricídio brutal e injustificado abriu a porta para todos os demais homicídios que mancharam de sangue a história da humanidade. Quando o Decálogo declarou, de maneira inequívoca, "Não matarás", estava visando a preservação da humanidade. Sem respeito à vida, a sobrevivência dos seres humanos estaria comprometida.
Os discípulos de Jesus foram confrontados com uma exigência superior à da Lei mosaica. Era preciso dar um passo adiante e assumir a comunhão fraterna como imperativo. Dela decorria a capacidade de ser compreensivo com o outro, evitando irritar-se com ele ou jogar-lhe em rosto palavras ofensivas. O relacionamento com Deus deveria ser vivido juntamente com o relacionamento com o próximo. A oferenda a Deus seria inútil, se o coração do oferente fosse contaminado pela inimizade, e o seu relacionamento com alguém estivesse rompido. A reconciliação tem prioridade em relação ao culto.
O discípulo sensato apressa-se a cumprir a ordem do Mestre, mesmo reconhecendo que deverá superar inúmeras barreiras, para chegar à reconciliação e acontecer a comunhão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, não permitas que meu coração se feche para meu próximo, e dá-me forças para superar todas as barreiras que me impedem de viver em comunhão com ele.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-09


10 de Junho de 2016

Mt 5,27-32

Comentário do Evangelho

Forte apelo ao perdão.

As seis antíteses, em que é apresentada a “justiça maior” que a dos escribas e fariseus e que deve caracterizar a vida dos discípulos, são, de algum modo, uma explicitação das bem-aventuranças (Mt 5,1-12). A segunda antítese sobre o adultério (Ex 20,14; Dt 5,18) é um exemplo do que significa ser puro de coração. Não se trata simplesmente de ter relações sexuais com uma mulher casada, rompendo a união do lar do semelhante. Para a justiça cristã não está permitido sequer deixar nascer o desejo de provocar essa ruptura. A integridade do lar do outro é tão importante, podemos mesmo dizer, tão sagrada, que ela incide sobre a integridade física, tão cara ao ser humano. Para Mateus, o repúdio da mulher por parte do homem expõe a mulher ao adultério. A terceira antítese diz respeito à capacidade de fidelidade e de reconciliação. O repúdio da mulher acontece por dois motivos: o coração está dividido por outra mulher ou o mal escondido mina a união, o amor, o respeito mútuo. O repúdio acontece quando não há capacidade de perdão e reconciliação. O texto é um forte apelo ao perdão, que é exigência intrínseca ao amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
FONTE: Paulinas em 13/06/2014

Vivendo a Palavra

Assim como na relação matrimonial, também em outras relações nós adulteramos – isto é, vivemos sentimentos, desejos e atitudes de egoísmo e ambição, em terreno onde deveria imperar o respeito, a fraternidade e o Amor. Adulterar é falsificar, é misturar água ao leite, para aumentar o seu volume...
FONTE: Arquidiocese BH em 13/06/2014

Reflexão

O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=10

Meditando o Evangelho

DA CUPIDEZ AO RESPEITO

A Lei mosaica tanto proibia o adultério (6º mandamento) quanto desejar a mulher do próximo (9º mandamento). O modo como ambas as proibições eram interpretadas e vividas foi considerado insuficiente por Jesus. Urgia dar um passo além e encontrar uma maneira de pô-las em prática, de forma mais compatível com a vontade de Deus, no tocante ao relacionamento entre as pessoas de sexos diferentes.
A severidade dos mandamentos não fechava as portas para a cupidez do coração. Enquanto externamente um indivíduo assumia uma atitude de aparente respeito pela mulher, no seu interior poderia estar dando vazão aos mais perversos pensamentos, dando origem a desejos inconfessos.
É neste nível de profundidade que chega a denúncia de Jesus: o comportamento respeitoso com relação à mulher deve começar no mais íntimo do coração. Caso contrário, incorre-se em pecado.
Jesus recorreu a duas metáforas para se referir à maneira peremptória com que o discípulo deverá se precaver contra o desrespeito à mulher. Arrancar o olho direito e cortar a mão direita, quando se tornam ocasião de pecado, tendo em vista salvar o corpo inteiro, é sinal de sabedoria. Quem tem o coração cheio de cupidez, sem atinar para o fato de estar desagradando a Deus, e não toma as providências cabíveis, corre o risco de ser severamente julgado. A ética do Reino exige do discípulo um respeito profundo pelas mulheres.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-10


11 de Junho de 2016

Mt 10,7-13

Comentário do Evangelho

A paz é a saudação característica do mensageiro de Deus.

Há no evangelho segundo Mateus cinco grandes discursos: 5–7; 10; 13; 18 e 24–25. A perícope do evangelho de hoje é parte do discurso missionário (c. 10), sequência do envio dos Doze em missão (v. 5). Trata-se de uma série de recomendações dadas aos discípulos que Jesus envia. O anúncio da proximidade do Reino de Deus deve ser acompanhado de gestos que libertam as pessoas do mal que as aprisiona e escraviza. Esse mal, presente no coração do ser humano, impede reconhecer a irrupção do Reino de Deus na pessoa de Jesus, nos seus gestos e nas suas palavras. O mal que desfigura o ser humano impede o homem de resplandecer como reflexo da luz divina. A confiança necessária para a realização da missão não deve estar nos meios, mas na pessoa de Jesus que está sempre presente onde quer que os discípulos possam ser enviados (cf. Mt 28,20). Daí que o despojamento deve caracterizar a vida daquele que aceita seguir o Senhor e ser enviado em missão por ele. A paz é a saudação característica do mensageiro de Deus (cf. Is 52,7). Essa paz deve ser oferecida, e não imposta (cf. v. 12). A aceitação ou a recusa dessa paz é o sinal de o dono da casa ser digno ou não, e de o missionário dever ou não permanecer naquela casa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze de mim um instrumento para a construção da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói na comunicação dos bens divinos a cada pessoa humana.
FONTE: Paulinas em 11/06/2014

Vivendo a Palavra

O tamanho da bagagem que levamos na viagem e o volume de matula na mochila, indicam o grau de entrega que somos capazes de fazer ao Pai Misericordioso. Na nossa passagem por este mundo encantado, onde depositamos a nossa segurança: na previdência humana, ou nas mãos ternas do Pai?
FONTE: Arquidiocese BH em 11/06/2014

Recadinho

Sou generoso(a) como Deus é generoso para comigo? - É fácil cumprir a tarefa de levar a paz? - Onde eu a levo? - Nosso povo em geral é generoso e sabe partilhar. Faço parte deste grupo? - Tenho um coração acolhedor? - Preocupo-me em valorizar os que se aproximam de mim?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - Santuário Nacional em 11/06/2014

Meditando o Evangelho

IDE E PROCLAMAI

Uma das tarefas dos apóstolos consistia em proclamar, aos quatro ventos, o anúncio da chegada do Reino. Finalmente realizavam-se as esperanças do povo.
E essa proclamação deveria ser feita com palavras, quanto com ações. Aliás, as ações próprias do Reino seriam a melhor prova da presença desta novidade, na história de Israel. Os gestos de curar doentes, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios provavam cabalmente a irrupção do Reino na história. Significavam que a vida humana fora recuperada no seu frescor original; fora libertada de todo tipo de escravidão; que o ser humano fora salvo da marginalização, tendo adquirido plenos direitos sociais e religiosos. Sobretudo, indicavam que finalmente Deus tinha a primazia sobre vida humana, livrando-a do poder da morte.
A gratuidade no ministério também seria um excelente testemunho de serviço ao Reino. Quem recebeu de graça, deve dar de graça, para fazer frente à tentação de acumular e querer impor-se pela riqueza. A falta de gratuidade pode levar o discípulo a tornar-se escravo do dinheiro, a ponto de esquecer-se da primazia de Deus e de seu Reino. Isto seria um contratestemunho.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito que restaura a vida, faze de mim um arauto do Reino, colocando-me todo a serviço da libertação do meu próximo.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-11


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