domingo, 17 de abril de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/04/2016

ANO C


João 10,27-30

Comentário do Evangelho

O pastor dá a vida por suas ovelhas

As palavras de Jesus eram, ao mesmo tempo, sedutoras e desconcertantes, e causavam divisão entre os judeus: para alguns Jesus era um endemoninhado e louco, outros tinham dúvida (cf. Jo 10,19-21). O texto do evangelho deste domingo nos oferece a possibilidade de composição de lugar: era inverno por ocasião da festa da Dedicação do Templo (1Mc 4,52-59); Jesus está no Templo, caminhava no Pórtico de Salomão (vv. 22-23). Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos manterás em suspense? Se és o Messias, dize-o claramente!” (v. 24). No entanto, nenhuma resposta seria convincente (ver: Lc 22,68). Lembremo-nos de que para os judeus a afirmação da messianidade deveria vir acompanhada de gestos espetaculares: “Que sinal realizas para que creiamos em ti?” (Jo 6,30). Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como sói acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida por eles. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas (vv. 27-30). Lembremo-nos de que, em todo o Antigo Testamento, o povo de Israel é comparado a um rebanho, e Deus a um pastor (ver: Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referida às suas ovelhas, “eu lhes dou a vida eterna” (v. 28), estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna, a não ser Deus? Mas é em Jesus que Deus nos faz viver plenamente. As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai (v. 29). É nas mãos do Filho e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão. O autor do Deuteronômio diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). Para quem todo dia recitava o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
Carlos ALberto Contieri, sj
FONTE: paulinas em 21/04/2013

Vivendo a Palavra

No Templo de Jerusalém os judeus cercavam Jesus. Ele lhes contara a parábola do rebanho – que eles não quiseram entender. E nós: quando ouvimos o Mestre dizer que conhece suas ovelhas, sentimos que estamos incluídos entre elas, sabemos que ninguém vai nos arrancar das mãos dele – e somos agradecidos por isto?
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

O PASTOR DAS OVELHAS

Jesus serviu-se da metáfora do pastor para explicitar que tipo de relação desejava estabelecer com seus discípulos. Queria superar os esquemas bem conhecidos na época, pelos quais os mestres tornavam-se verdadeiros tiranos dos discípulos. Sua intenção era ser um mestre diferente. Como?
Sendo um mestre legítimo, seria como o pastor que entra pela porta do curral e não por outras vias, à maneira dos mestres mal-intencionados.
Estabelecendo um relacionamento cordial e amigo com seus discípulos, imitaria o pastor que conversa com suas ovelhas, chama-as pelo nome e as trata com carinho, pois sua função é cuidar delas.
Conduzindo os discípulos de maneira segura, para evitar extravios, assemelhar-se-ia ao pastor que se coloca à frente do rebanho. Suas ovelhas o seguem, sem hesitar, por reconhecerem a voz de seu guia.
Defendendo seu rebanho perigos e das ciladas que a vida lhes prepara. Os mercenários, nos momentos de perigo, deixam as ovelhas entregues à si mesmas. Agem assim, porque são mercenário, incapazes de arriscar suas vidas para defender o rebanho. Jesus, pelo contrário, defenderá os seus discípulos, até o extremo, mesmo tendo de entregar sua própria vida.
Portanto, é mais prudente deixar-se guiar por um tal pastor.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, torna-me um discípulo dócil de Jesus, o verdadeiro pastor que arriscou a própria vida para me salvar. Somente ele poderá conduzir-me para ti.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-04-17

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Estejamos em sintonia com a voz do Bom Pastor

Essa voz é percebida e assimilada pela nossa mente, consciência e espírito
As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (João 10,27).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

http://homilia.cancaonova.com/homilia/estejamos-em-sintonia-com-a-voz-do-bom-pastor/

Recadinho


Você procura ouvir sempre a voz de Deus? - Qual a vocação que você recebeu de Deus? - Cite um exemplo de uma pessoa que assumiu a vocação religiosa. - O que sua comunidade faz pelas vocações sacerdotais e religiosas? - Você é uma ovelha dócil do rebanho de Cristo?
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/17/04/2016

REFLEXÕES DE HOJE


17 DE ABRIL-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Eu lhes dou a vida eterna… (Jo 10,27-30)

Nesta passagem do Evangelho, Jesus fala da profunda intimidade entre ele, o Pastor, e as ovelhas fiéis, aquelas que “ouvem” e “seguem” seu Pastor. Trata-se de uma intimidade tão profunda e substancial, que nem mesmo a morte poderá interrompê-la. Esta comunhão ou simbiose se projeta além do tempo histórico e perdura na “vida eterna”, o supremo dom de Cristo Salvador.
Ainda haverá alguém interessado na “vida eterna”? Ou nosso olhar não atinge nenhuma paisagem além da morte? O pagão é assim: seu horizonte inclui apenas comida e bebida, roupa e moradia, poupança e saldo bancário, investimentos e bolsa de valores, trabalho e carreira, prazer e curtição. Esta lista (longa, mas incompleta…) não inclui nada de “eterno”, mas exclusivamente coisas que passam e vão sendo roubadas pelo tempo, esse devorador…
Boa parte desses “pagãos” vão à missa dominical e, logo após o Evangelho, rezam o “Símbolo dos Apóstolos”, afirmando: “Creio na vida eterna”… Ora, esta profissão de fé é nitidamente desmentida pela forma como se dedicam – com unhas e dentes – a viver ansiosamente as realidades temporais da lista acima.
Que é a “vida eterna”? Segundo nosso “Catecismo” [1020], “o cristão, que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entrada na Vida Eterna”. Isto é, a vida não acaba com a morte, há uma “existência” além do muro da morte, esse limiar entre o temporal e o eterno, entre as realidades efêmeras da história e a vida definitiva da eternidade.
Neste “limiar”, encerra-se o tempo até então aberto para acolher ou recusar a graça divina que nos foi manifestada na pessoa de Jesus Cristo, Senhor e Salvador. Nesta mesma “soleira da porta”, ocorre o juízo particular, quando a alma, recém-separada do corpo, inicia a retribuição em uma nova vida, com duas modalidades: COM Deus (o céu) ou SEM Deus (o inferno).
Claro que o céu não é um gramado acima das nuvens, com carneirinhos, lagos cristalinos e anjos tocando harpas. Não é um “lugar”, mas uma modalidade de vida EM Deus. Nos termos do Catecismo, uma “vida perfeita com a Santíssima Trindade, comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados”. Aquela vida de união com Deus iniciada ainda no tempo projeta-se no eterno de forma definitiva.
Este é o dom inestimável que o Pastor nos oferece desde já…
Orai sem cessar: “Guia-me, Senhor, pelo caminho terno!” (Sl 139,24)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-17042016/

Oração Final
Pai Santo, nos momentos de cansaço, que são inevitáveis na caminhada, faze-nos recordar essas palavras do Cristo: “Nós somos suas ovelhas, ninguém vai nos arrancar de suas mãos” – e que as proclamemos entre os irmãos com alegria e gratidão. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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