terça-feira, 13 de outubro de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/10/2015

ANO B


Lc 11,42-46

Comentário do Evangelho

A centralidade do amor e da justiça na prática da Lei

Se em Mateus a crítica aos fariseus é feita diante das multidões e dos discípulos (Mt 23,1), em Lucas é feita na casa do fariseu que convidou Jesus para uma refeição. A crítica que Jesus faz aos fariseus e aos doutores da Lei visa despertá-los para a centralidade do amor e da justiça na prática da Lei. Não deixa de ser impressionante a liberdade com a qual Jesus procede e diz a verdade, sem, contudo, oprimir ou diminuir quem quer que seja. Seu único intuito é levar todos a uma verdadeira e profunda conversão para que se abram ao mistério de Deus revelado em sua pessoa. Tal crítica também significa que ele veio para levar a Lei à plenitude (cf. Mt 5,7). O amor é a plenitude da Lei. Quem ama a Deus e ao próximo cumpre plenamente a Lei (cf. Lc 10,25-37). Jesus afirma a primazia do amor sobre qualquer outro mandamento, pois, como dissemos acima, o amor é a plenitude da Lei; ele está na origem da Lei e é para ele que toda a Lei tende. Por essa razão, a prática da lei não pode, como princípio, visar, em primeiro lugar, ao bem de quem a pratica; isso é hipocrisia.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=14%2F10%2F2015

Reflexão

Continuando a reflexão de ontem, uma vez que o Evangelho de hoje é a continuidade do diálogo iniciado ontem, viver os valores do Reino e procurar o cultivo da vida interior também não nos exime das práticas comunitárias de fé e religiosidade, conforme nos diz Jesus: "Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo". A negligência da vivência exterior da fé constitui um ato grave porque a religião tende a tornar-se totalmente subjetiva indo cada vez mais ao encontro dos nossos interesses pessoais e deixando de ser a busca sincera da prática da vontade de Deus e testemunho comunitário de um Deus que é amor e condena o individualismo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=10&dia=14

Meditando o Evangelho

O ESSENCIAL E O SECUNDÁRIO

É sempre grande o risco de perder tempo com coisas secundárias, enquanto o essencial é deixado de lado. Esta inversão perigosa na vida dos fariseus foi denunciada.
Estes eram ciosos no pagamento do dízimo das hortaliças. Contudo, para eles, a prática da justiça e o trato misericordioso com o próximo, a exemplo de Deus, tinham pouca importância.
Preocupavam-se com ocupar os lugares de honra e ser cumprimentados, descurando a humildade e a simplicidade. Cuidavam de mostrar-se, exteriormente, como pessoas justas e santas, sem perceber que a autêntica justiça e santidade situam-se no coração.
As coisas secundárias supervalorizadas geralmente correspondem a gestos com os quais se pensa agradar a Deus, descuidando-se do próximo. É o caso do pagamento do imposto das hortaliças. As coisas essenciais dizem respeito ao próximo com os quais Deus exige que se pratique a misericórdia e a justiça.
Na espiritualidade bíblica, esta é a verdadeira forma de agradar a Deus, porque o semelhante é a mediação obrigatória do relacionamento com ele. Querer chegar a Deus, prescindindo dos semelhantes, é escolher o caminho da própria condenação.
Oração
Espírito de amor ao próximo, que o relacionamento com os meus semelhantes seja sempre carregado de misericórdia.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-10-14

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