domingo, 21 de junho de 2015

Santos João Fischer e Tomás More - 22 de Junho





João Fischer era inglês, chamado por Deus à vida sacerdotal. Fez uma linda caminhada acadêmica até chegar a ser Arcebispo de Rochester.
Foi um homem de grande influência intelectual, cultural e religiosa a partir do seu testemunho. Ele não se vendia: diante do contexto das confusões da Reforma ele já havia se declarado contra. Também escreveu e defendeu a fé católica.
Henrique VIII, por causa de um envolvimento com uma amante, quis que a Igreja declarasse nulo seu casamento. Mas, ao ser analisado pelo Bispo de Rochester, viu-se que não era o caso. Mas com insistência e imposição, Henrique VIII se “auto-declarou” chefe da Igreja da Inglaterra.
Em meio às confusões religiosas e políticas, o testemunho de Fischer indicou a verdade, que nem sempre é acolhida. O Papa já havia escolhido ele para Cardeal, mas Henrique VIII o condenou à morte. E ao ser apresentado para o martírio, São João Fischer deixou claro que era pela fé da Igreja Católica e de Cristo que ele estava ali. E seu sangue foi derramado em 1535.
No mesmo ano, Tomás More, pai de família e de grande influência no meio universitário, era chanceler do rei, mas não se vendeu diante do ato de supremacia de Henrique VIII. Também foi martirizado. Era leal ao rei, mas acima de tudo a Deus. Em 1535 Tomás More foi decapitado. Em meio às confusões, o testemunho faz a diferença.
Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós!
http://santo.cancaonova.com/santo/santos-joao-fischer-e-tomas-more/

São João Fisher


São João Fisher
1469-1535
João Fisher nasceu em Beverley, na cidade de Yorkshire, na Inglaterra, no ano de 1469. Órfão de pai ainda pequeno, aos quatorze anos era o mais destacado estudante do Colégio São Miguel. Quando completou vinte anos, era professor daquele colégio. Em seguida, ingressou na famosa Universidade de Cambridge. Dois anos depois, recebeu o diploma de doutor com louvor, foi ordenado sacerdote e nomeado vice-reitor da referida universidade.
Quando a rainha Margareth, viúva pela terceira vez, decidiu deixar a corte e ingressar num mosteiro, foi ele que escolheu para ser seu diretor espiritual. Distribuiu sua fortuna entre várias instituições, destinando grande parte à Universidade de Cambridge. Na mesma ocasião, João Fisher era eleito chanceler da universidade, cargo que manteve até morrer.
Aos trinta e cinco anos, foi eleito bispo de Rochester, dedicando-se muito à função. Distribuía esmolas com generosidade e as portas de sua casa estavam sempre abertas para os visitantes, peregrinos e necessitados. Mesmo sendo bispo e chanceler da universidade, levava uma vida tão austera como a de um monge.
Apesar de todo o seu trabalho, estudava muito e escrevia livros. Seus discursos fúnebres, da morte do rei Henrique VII e da própria rainha Margareth, tornaram-se obras famosas. Quando Martinho Lutero começou a difundir sua Reforma, o bispo Fisher combateu os erros da nova doutrina, escrevendo quatro livros, que o tornaram famoso em todo o mundo cristão.
Em 1535, o rei Henrique VIII desejou divorciar-se de sua legítima esposa para casar-se com a cortesã Ana Bolena. O bispo João Fisher foi o primeiro a posicionar-se contra aquele escândalo, embora muitos outros ilustres personagens da corte declarassem, apenas para agradar o rei, que o divórcio poderia ser feito. Ele não; mesmo sabendo que seria condenado à morte, declarava a todos que: "O matrimônio católico é indissolúvel e o divórcio não será possível para um matrimônio católico que não se tenha anulado".
Entretanto o ardiloso rei Henrique VIII conseguiu que o Parlamento inglês o declarasse chefe supremo da Igreja na Inglaterra, em substituição ao papa da Igreja Católica, com a aprovação de todos os que desejavam conservar seus altos postos no governo. Porém João Fisher declarou no Parlamento que: "Querer substituir o papa de Roma pelo rei da Inglaterra, como chefe de nossa religião, é como gritar um 'morra' à Igreja Católica", e isto seria um erro absurdo.
Os inimigos o ameaçavam, com atentados e calúnias. Como não conseguiram que o bispo deixasse de declarar sua fé católica, foi preso na Torre de Londres. Tinha sessenta e seis anos, porém os muitos anos de penitências, seus alunos, e o excessivo trabalho pastoral faziam-no aparentar oitenta. Ainda estava preso quando foi nomeado cardeal pelo papa Paulo III. Ao ser informado, o rei exclamou: "Enviaram-lhe o chapéu de cardeal, porém não poderá colocá-lo, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça". E assim o fez.
A sentença de morte foi comunicada a João Fisher, que foi executado no dia 22 de junho se 1535. Antes de ser decapitado, ele declarou à multidão presente que morria por defender a santa Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo, e o sumo pontífice de Roma. Em seguida, os carrascos cumpriram a sentença.
Alguns dias depois, seu amigo Tomás More, brilhante figura da história da humanidade e da Igreja, também saía da Torre para morrer como ele, pela mesma causa. Em 1935 ambos foram canonizados pelo papa Pio XI, que indicou o dia 22 de junho para serem venerados.
São João Fisher

NascimentoNo ano de 1469
Local nascimentoBeverley (Inglaterra)
OrdemDiocesano - Cardeal
Local vidaInglaterra
EspiritualidadeAos 14 anos já era o estudante que mais se sobressaia. Aos 20 foi nomeado professor do colégio São Miguel. Doutorou-se na famosa Universidade de Cambridge, e aos 22 anos, obteve a dispensa da falta de idade, e foi ordenado sacerdote. Pouco depois recebeu o nomeação de vice-chanceler ou vice-reitor da grande universidade. Em 1504, foi eleito nosso santo como bispo de Rochester, quando somente tinha 35 anos. E ele, como cumpria sempre com as responsabilidades que lhe confiavam, dedicou-se a este ofício com a todas as forças de sua forte personalidade. Com um entusiasmo não muito freqüente em sua época, dedicou-se a visitar todas e cada uma das paróquias para observar se cada um estava cumprindo com seu dever, e animar aos não muito entusiastas. Aos sacerdotes insistia na grave responsabilidade de cumprir com muita exatidão seus deveres sacerdotais. Ia pessoalmente visitar aos mais pobres. Dedicava, além disso, muitas horas ao estudo e a escrever livros. Fizeram-se muito famosos seus discursos fúnebres na morte do rei Henrique VII e no funeral da rainha Margarida. Mesmo sendo bispo e além disso chanceler da universidade, levava uma vida tão austera como a de um monge. Não dormia mais da seis horas. Fazia fortes penitências. Quando Lutero começou a difundir os erros dos protestantes, o bispo Fisher foi eleito para atacar tão fatais erros, e escreveu quatro livros para combater os erros dos luteranos. Em um Sínodo de Inglaterra, o bispo Fisher protestou fortemente contra a mundanismo de alguns eclesiásticos, e a vaidade, daqueles que buscavam altos postos e não a verdadeira santidade. Quando o rei Henrique VIII se dispôs divorciar de sua legítima esposa e casar-se com sua concubina Ana Bolena, o bispo João Fisher foi o primeiro a opor-se. E ainda que muitas altas personagens, por conservar a amizade do rei, declararam que esse divórcio poderia ser feito, João, ainda em perigo de perder suas responsabilidades e ser condenado à morte, declarou publicamente que o matrimônio católico é indissolúvel. O terrível rei Henrique VIII declarou-se então chefe supremo da Igreja na Inglaterra em substituição ao Sumo Pontífice, e todos os que desejavam conservar suas altos postos na governo e na Igreja, o apoiaram. Porém João Fisher declarou que isto era absolutamente errado e em pleno Parlamento exclamou: "Querer substituir ao Papa de Roma pelo rei de Inglaterra, como chefe de nossa religião é como gritar um 'morra' à Igreja Católica". As ameaças dos inimigos começaram a chegar sobre ele. Po5r duas vezes levaram-no ao presídio. Outra vez trataram de o envenenar. Inventaram sobre ele toda classe de calúnias, e como não o conseguiram intimidar, mandaram-no encerrado na Torre de Londres. Tinha então 66 anos. Estando na prisão, recebeu do sumo Pontífice a nomeação de Cardeal. O ímpio rei exclamou: "Mandaram-lhe o chapéu de Cardeal, porém não poderá colocar, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça". E assim foi. Em 17 de junho de 1535 leram-lhe a sentença de morte. O rei Henrique VIII mandava matá-lo para não aceitar o divórcio e para não aceitar que o rei substituísse ao Papa na governo da Igreja Católica. Ao chegar ao local onde lhe iriam cortar a cabeça, o venerável ancião dirige-se à multidão e lhes diz a todos que morrem por defender à Santa Igreja Católica fundada por Jesus Cristo. Recita o "Tedeum" em ação de graças e, morre.
Local morteAlemanha
MorteNo ano de 1535, aos 66 anos de idade
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoSão João Fisher, valoroso soldado de Cristo, que repreendíeis as heresias de vossa época e exortáveis aos sacerdotes a cumprir com fidelidade total a todos os deveres de consagrados, vós que preferistes dar vossa vida a aceitar os erros, nós vos louvamos por vossa vida tão santa e atitudes firmes! Pedimo-vos esse mesmo dom de exortar aos que erram , sempre com caridade, para que não venhamos a pecar por negligência diante dos erros alheios. Por Cristo Nosso Senhor. Amém
DevoçãoÀ fidelidade pela aos votos sacerdotais
PadroeiroDos que temem exortar
Outros Santos do diaPaulino de Nola (bispo); Tomás Moros, Pompiano, Galacião, Luciana e Saturnino (mártires); Nicetas, João, Liberto (bispos); Albano, Flávio, Clemente; Inocêncio V (Papa); Consórcia (virgem); Lamberto (abade).
FONTE: ASJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário