domingo, 21 de junho de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/06/2015

ANO B


Mt 7,1-5

Comentário do Evangelho

Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo

Há no evangelho de hoje duas exortações: a primeira de não julgar os outros e a segunda contra a hipocrisia. O juízo contra os outros é uma forma de rotular a pessoa e petrificá-la numa imagem irreversível, isto é, sem oferecer-lhe nenhuma possibilidade de defesa ou de mudança. Julgar os outros significa também condená-los. No evangelho de João, no diálogo de Jesus com Nicodemos, encontramos a oposição entre julgar e salvar: “Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17). A escatologia deve iluminar a vida presente do discípulo e orientar o seu comportamento. A segunda exortação diz respeito à hipocrisia, que é caracterizada nestes termos: alguém vê um pequeno defeito na vida do irmão e esse pequeno defeito passa a ser a sua maior ocupação. No entanto, por causa da própria cegueira a pessoa não reconhece a gravidade da sua situação, nem faz qualquer esforço para eliminá-la. Na controvérsia com os fariseus, Jesus faz essa declaração contundente: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas dizeis: nós vemos! Vosso pecado permanece” (Jo 9,41). No ditado popular dizemos: “Cegueira maior tem aquele que não quer ver”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=22%2F06%2F2015

Vivendo a Palavra

Continuamos navegando nas águas do Sermão da Montanha: o Mestre vai pavimentando com seus conselhos a nossa estrada, já nas terras do Reino. Hoje ensina sobre o julgamento – que não devemos fazer! Lutemos contra a nossa tendência de julgar o irmão, lembrando que estaríamos estabelecendo a medida para o nosso próprio julgamento.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A maioria das pessoas está mais preocupada com os pecados dos outros do que com os próprios, sempre apresentando o argumento de que os pecados dos outros são mais graves e exigem uma maior preocupação. O trabalho de transformação do mundo deve começar pela transformação e pela conversão pessoal. Se cada pessoa estivesse realmente preocupada com a própria conversão e de fato fizesse tudo o que está ao seu alcance, contando com a graça divina para uma verdadeira mudança de vida, muitos dos problemas que estão presentes na nossa sociedade já estariam superados. Portanto, que cada um olhe para si, se descubra pecador e se converta, para contribuir de fato com a conversão do mundo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=6&dia=22

Meditando o Evangelho

NÃO SEJA JUIZ DO PRÓXIMO

O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Tal proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!
Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer, não sua salvação. Em contrapartida, quem julga os outros prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. A forma minuciosa como analisa a vida alheia não o leva a perceber a enormidade de suas próprias faltas.
É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver, tranquilamente, com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação que deseja para o outro.
O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que se usa no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode enganar-se.
Oração
Senhor Jesus, que eu não queira ser juiz do meu próximo e, sim, use para com ele a mesma misericórdia que espero receber de ti.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-6-22

HOMILIA DIÁRIA

Fomos criados para amar e não para julgar o nosso próximo

Fomos criados para amar e não para julgar o nosso próximo. O homem vigilante primeiro deve reconhecer as próprias fraquezas e limites, pois todo julgamento é um ato precipitado!

“Por que olhas a trave que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?” (Mateus 7, 4)

Deus, hoje, tem uma ordem muito clara ao nosso coração. A primeira ordem é justamente esta: não julgar. Nenhum de nós tem o direito de julgar os outros, e todo julgamento é uma ação precipitada, é envolto em fantasias, em incertezas e na nossa própria subjetividade que olha, analisa e vê as coisas de acordo com os nossos próprios critérios e não como a verdade como tal.
O juízo e o julgamento pertencem a Deus, é Ele quem vê do Alto, quem vê a situação inteira, por completo. É difícil não julgar, é difícil não omitir juízo, é difícil não nos posicionarmos diante das coisas, dos fatos e dos acontecimentos. Mas aqui não é questão de tomar posição contra ou a favor de alguém; é questão de julgar de acordo com os nossos critérios e, sobretudo, emitir juízo sobre aquilo que é a vida das pessoas.
Geralmente quem julga não se enxerga. Muitas vezes, olhamos, analisamos a vida dos outros e não reparamos na nossa própria vida. Quando vermos algo de errado com o outro, quando percebermos que algo na vida dele não está correto, não está certo nem é justo julgá-lo. A primeira coisa a ser feita é o que aquele velho ditado ensina: “Colocar minha barba de molho”, ou seja, volto-me para dentro de mim, olho como estou agindo e conduzindo a minha vida.
É a atitude do homem e da mulher vigilante que primeiro olham para si mesmos, que reconheçam suas fraquezas, seus próprios limites, suas próprias dificuldades, e o critério de olhar o outro será diferente!
Quem não conhece a si mesmo não tem capacidade para conhecer a ninguém. É do conhecimento da matéria que somos, da fragilidade humana que é cada um de nós que saibamos ter mais paciência e misericórdia em conhecermos de fato as pessoas sem nos precipitarmos em prejulgamentos e juízos em relação às pessoas.
É necessário um exercício diário de reparação! Reparar bem mesmo! Reparar as traves que estão diante de nós que nos deixam cegos. Vemos a palha, o cisco no olho, vemos os erros dos outros, mas os nossos enxergamos muito pouco. É um sinal de que pouco nos conhecemos ou, realmente, pouco trabalhamos para nos conhecer como precisamos e devemos ser conhecidos.
Quando não julgamos não fofocamos nem falamos mal da vida dos outros. Quando não julgamos ou não nos colocamos no lugar do outro não vamos formar preconceitos a respeito da vida de ninguém.
Quem quer seguir Jesus aprende com Ele a mais amar e cuidar do outro do que julgá-lo e condená-lo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

http://homilia.cancaonova.com/homilia/fomos-criados-para-amar-e-nao-para-julgar-o-nosso-proximo/

Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes de que nossa conversão não é um ato que praticamos em determinado momento, mas um processo que assumimos para a vida toda. Ajuda-nos, Pai amado, a perseverar no Caminho seguido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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