segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/12/2014

ANO B


Mt 21,23-27

Comentário do Evangelho

A incredulidade endurece o coração.

Entrando em Jerusalém, Jesus vai ao Templo para purificá-lo (vv. 12-16). Não é de estranhar que a atitude de Jesus, virando a mesa dos cambistas e as cadeiras dos comerciantes, tenha causado grande impressão a todos os que presenciavam o episódio. Por essa razão que os sumos sacerdotes e os anciãos perguntam a Jesus em nome de quem ele faz tal coisa. Jesus se recusa a responder de maneira clara, pois sabe que eles o querem pegar por alguma palavra para acusá-lo. Ademais, qualquer que fosse a resposta de Jesus, eles não acreditariam. Por isso, Jesus responde com outra pergunta para que eles mesmos se engajem e se comprometam com a resposta. A pergunta é sobre a origem do Batismo de João. Pergunta à qual eles não respondem, porque já têm um juízo formado sobre Jesus e João Batista. Para eles Jesus era um blasfemo. A incredulidade os cegava e o apego à própria imagem e poder endurecia o coração deles. Por isso, não podiam reconhecer no ensinamento de Jesus e nos seus atos de poder a vida mesma de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tira de mim toda e qualquer suspeita sobre teu Filho Jesus, cuja autoridade vem de ti e está sempre a serviço de teu Reino.

Vivendo a Palavra

Às vezes acontece também conosco: sem poder contestar a qualidade de uma ação, nós questionamos a legitimidade de quem a pratica. Jesus nos ensina que se o fruto é bom, a árvore é boa. De discípulos missionários de sua Igreja, o que se espera é o anúncio alegre da chegada do Reino do Pai Misericordioso.

Reflexão

A pessoa de João Batista é muito importante na preparação para os tempos messiânicos, pois ele foi enviado como o precursor de Jesus, e quem não acredita em João Batista também não aceita Jesus como sendo o Messias e nem a sua autoridade como Filho de Deus. O povo acreditou em João Batista e por isso acreditou também em Jesus, mas os anciãos do povo não acreditaram em João Batista e, por isso, rejeitaram Jesus. Todo aquele que fica preso apenas em uma religião formal torna-se incapaz de ver a ação de Deus no tempo presente, endurece o próprio coração e não reconhece nem a ação de Deus nem a sua presença no seu dia a dia.

Comentário do Evangelho

AMEAÇADOS PELO MESSIAS

Os sumos sacerdotes e anciãos do povo, que se aproximaram de Jesus para inquirir com que autoridade ele agia, pertenciam à facção dos saduceus. Este partido era, em sua maioria, formado pela elite religiosa e civil de Jerusalém, privilegiada pelo sistema excludente que se implantara em Israel. Para garantir seus privilégios, os saduceus contavam com o apoio dos romanos que dominavam toda a Palestina. Sua concepção religiosa conservadora levava-os a rejeitar qualquer mudança, por significar perigo para eles.
A popularidade de Jesus deixava-os incomodados. Temiam que este liderasse uma revolta para usurpar-lhes o poder. Temiam, igualmente, uma reação dos romanos diante de uma rebelião popular. Temiam, enfim, pelos destinos da religião entregue nas mãos de um revolucionário. Por isso, julgaram por bem verificar quais seriam as reais intenções de Jesus.
Importava-lhes saber que espécie de autoridade ele se atribuía a si mesmo, como se identificava: como messias religioso, guerrilheiro político, ativista social, e qual seria a origem do poder que se autoconferia. No fundo, queriam saber se Jesus era, de fato, um concorrente deles, ou alguém inofensivo.
Como os antigos profetas, o Mestre não tinha respaldo de instituição alguma. Sua atuação decorria da consciência de ter sido enviado diretamente por Deus, fonte de sua autoridade. Mas, como convencer disto os seus adversários?
Oração
Pai, tira de mim toda e qualquer suspeita sobre teu Filho Jesus, cuja autoridade vem de ti e está sempre a serviço de teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Inclinai, ó Deus, o vosso ouvido de Pai á voz da nossa súplica e iluminai as trevas do nosso coração com a visita do vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 15 DE DEZEMBRO – SEGUNDA




Donde vinha o batismo de João?

Pai,
tira de mim toda e qualquer suspeita
sobre teu Filho Jesus,
cuja autoridade vem de ti
e está sempre a serviço de teu Reino.

HOMILIA - Mt 21,23-27
QUEM TE DEU ESSA AUTORIDADE? Mt 21,23-27
Jesus confunde os chefes, pois era grande a aceitação de João Batista entre o povo, o que tinha reconhecido em João Batista um homem de Deus. Reconhecer o caráter divino do batismo de João implica em reconhecer o caráter divino de Jesus, anunciado por João. No templo, aqueles homens achegam-se a ele e lhe fazem a mais torpe pergunta quando Ele estava ensinando o povo: Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu esta autoridade? Negaram-se a tirar a conclusão a que chegou o governante judeu Nicodemos, quando disse a Jesus: Rabi, sabemos que tu, como instrutor, tens vindo de Deus; pois, ninguém pode realizar esses sinais que tu realizas, a menos que Deus esteja com ele. João 3:1, 2.
Jesus podia ter dito aos seus desafiadores: ‘Deixem que as minhas obras falem por si!’ Depois de mais de três anos na sua carreira pública, os principais sacerdotes e os anciãos tinham muitos sinais em que se basear para chegar a uma conclusão correta sobre a identidade de Jesus e seu direito de realizar milagres e ensinar a verdade a respeito do Reino de Deus. Eles simplesmente eram orgulhosos demais para aceitar toda a evidência que Deus fornecia para provar que Jesus era o prometido Messias.
Quando os principais sacerdotes e os anciãos perguntaram a Jesus: Quem te deu esta autoridade? Ele não fez uma pergunta abstrata, mas disse: Também eu vos pergunto uma coisa. Se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João, donde se originou? Do céu ou dos homens? O relato acrescenta: “Mas eles começaram a raciocinar entre si mesmos, dizendo: ‘Se dissermos: “Do céu”, ele nos dirá: “Então, por que não acreditastes nele?” Se, porém, dissermos: “Dos homens”, temos a multidão para temer, porque todos eles consideram João como profeta.’ De modo que disseram a Jesus, em resposta: ‘Não sabemos.’ Ele, por sua vez, disse-lhes: ‘Tampouco eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
A lição que podemos tirar deste texto é não deixar que o poder no mundo nos ponha em prova e então façamos mil e uma perguntas sobre o por desta ou daquela outra terrível situação que acontece conosco. Mas sim tendo fé, esperança e confiança em Cristo que está por vir tenhamos vida plena.
Fonte Padre BANTU SAYLA
HOMILIA
Só quem se abre à verdade toma o caminho correto
Só quem se abre à verdade toma o caminho correto. Se quisermos crescer na fé e no conhecimento de Deus não tenhamos medo da verdade, que nos edifica, ilumina e liberta.
Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?” (Mateus 21, 25).


Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus hoje nos mostra Jesus sendo questionado pelos sumos sacerdotes e anciãos do povo sobre a origem da Sua autoridade. Eles O questionam com que autoridade Ele falava e fazia Seus milagres.
As obras falam por si, as obras de Jesus demonstram quem Ele é! E de forma muito sábia e astuta (no melhor sentido da palavra), o Senhor responde a eles com a mesma pergunta: “Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?” (Mateus 21, 25).
É verdade que eles não queriam refletir sobre isso com profundidade, não queriam reconhecer o batismo de João, não queriam reconhecer aquilo que ele fazia; mas ao mesmo tempo não queriam negar aquilo que ele [João] fazia para não serem malvistos pelo povo. Uma vez que eles também não queriam responder com propriedade de onde vinha a autoridade de João, Jesus também não podia lhes dizer de onde vinha a Sua autoridade.
Hoje nós queremos olhar para essas palavras do Senhor e para o questionamento que é feito a Ele de modo a pedirmos a Ele o discernimento e a sabedoria, porque o que faltou a eles, aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, foi uma verdadeira abertura para o discernimento e para o reconhecimento de onde vinha a autoridade de Jesus.
Muitas vezes, nós queremos ter discernimento para tomar o melhor caminho e para poder acertar na vida. A primeira necessidade, para quem quer conhecer o caminho correto a ser tomado, é estar aberto para a verdade, ainda que essa verdade incomode, ainda que essa verdade venha mexer em suas estruturas. No entanto, ninguém chega ao discernimento correto e verdadeiro a ser feito na vida se não for iluminado pela luz da verdade.
Desculpe-me, mas a verdade é que as autoridades da época de Jesus não queriam conhecer a verdade, queriam apenas questioná-Lo; o que temiam, na verdade, era o medo de serem incomodados e confrontados. Da mesma forma, nós, muitas vezes, não gostamos de ser incomodados, nós gostamos de questionar os outros, perguntar aos outros, nós gostamos de ver a vida dos outros, mas nós tememos que a verdade nos incomode, que a verdade doa para nós.
Contudo, se quisermos crescer na fé e no conhecimento de Deus e que a luz de Jesus se aposse de nós e dê sentido à nossa vida, não tenhamos medo da verdade, pelo contrário, deixemo-nos ser conduzidos por ela. Por mais dura que esta seja, é melhor do que qualquer doce ilusão ou doce mentira.
A verdade nos edifica! E não confunda verdade com a expressão: “a minha verdade”, com aquilo que você acha que é verdade. A única verdade é Jesus, só Ele pode iluminar as profundezas do nosso coração para que nos conheçamos do jeito que realmente somos!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
LEITURA ORANTE

Mt 21,28-32 - Coerência



Com todos que se encontram neste ambiente virtual,
iniciamos nossa Leitura Orante do Advento, com a
Canção do Advento
Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!
1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!
2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!
3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!
4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!
5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!
6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor
Veja a melodia desta canção, ao lado.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 21,28-32.
Jesus continuou:
- E o que é que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi falar com o mais velho e disse: "Filho, hoje você vai trabalhar na minha plantação de uvas."
- Ele respondeu: "Eu não quero ir." Mas depois mudou de ideia e foi.
- O pai foi e deu ao outro filho a mesma ordem. E este disse: "Sim, senhor." Mas depois não foi.
- Qual deles fez o que o pai queria? - perguntou Jesus.
E eles responderam:
- O filho mais velho.
Então Jesus disse a eles:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os cobradores de impostos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus antes de vocês. Pois João Batista veio para mostrar a vocês o caminho certo, e vocês não creram nele; mas os cobradores de impostos e as prostitutas creram. Porém, mesmo tendo visto isso, vocês não se arrependeram e não creram nele
.
Esta parábola contada por Jesus pode ser entendida como a coerência entre o dizer e o agir. O primeiro filho disse que faria a vontade do pai e não fez. O segundo disse que não a faria e se arrependeu e a fez. O contraste entre as duas atitudes é evidente. Jesus falava a pessoas que se diziam fiéis à Lei e, no entanto, não o acolhiam. Enquanto que outros, pecadores, gente do povo, pobres o acolhiam reconhecendo nele o Filho de Deus, o Messias enviado pelo Pai.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Sou mais semelhante a qual dos dois filhos da parábola?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “
Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n’Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação.”(DAp 103).
E eu me interrogo:
É assim que acolho Jesus?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo e no cumprimento da vontade do Pai.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

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