terça-feira, 9 de dezembro de 2014

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 09/12/2014 a 13/12/2014

ANO B



9 de Dezembro de 2014

Mt 18,12-14

Comentário do Evangelho

Deus deseja que nenhum desses “pequenos” se perca.

O nosso evangelho de hoje pertence ao discurso sobre a Igreja. Esse discurso é constituído por uma série de instruções que Jesus oferece aos seus discípulos sobre a vida comunitária. No evangelho de Lucas, a parábola é parte da resposta de Jesus à objeção dos fariseus pelo fato de ele dar boa acolhida aos pecadores e comer com eles (Lc 15,4-7). Em Mateus, a parábola está a serviço da unidade da comunidade. Característica da comunidade eclesial é a reconciliação e o engajamento para que ninguém se disperse, abandonando a Igreja. Os “pequenos”, aqui, são aqueles que, por alguma razão, se sentem desprezados ou não valorizados o suficiente pelos outros. A vontade de Deus deve ser prioritária na vida dos membros da comunidade eclesial:Deus deseja que nenhum desses "pequenos” se perca. Deus mesmo procede assim com cada um. Paciente e insistentemente, Deus procura até encontrar quem se perdeu nos caminhos que separam as pessoas dele. Porque Deus procede assim, o seu Filho, o Bom Pastor, procede da mesma forma, e a comunidade eclesial, sacramento de Cristo, não pode agir diferente, pois a sua fé a engaja e compromete com a vontade de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu te dê a alegria de estar sempre em comunhão contigo, e ir ao encontro de quem se extraviou para reconduzi-lo ao amor.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Os tempos messiânicos são os tempos de misericórdia de Deus, de restauração da união entre o céu e a terra, tempos em que todos os que não estão participando ativamente do Reino de Deus são convidados a voltar e a viver a vida de amizade e intimidade com Deus. A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do Deus que ama todas as pessoas e vem ao seu encontro. Se a partir do pecado nos afastamos de Deus e do seu amor, a misericórdia de Deus vem ao nosso encontro de modo que, restaurados pela graça, não nos percamos, mas participemos da plenitude da vida divina.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

ALEGRIA DO REENCONTRO

A vinda – advento – do Messias Jesus tem o objetivo de encontrar a humanidade marcada pelo pecado, e reconduzi-la para Deus. De certo modo, o Pai não pode suportar o extravio do ser humano, criado à sua imagem e semelhança, para uma vida de comunhão. Respeitando a liberdade humana, o Pai oferece a seus filhos a chance de refazer os laços rompidos. E se alegra com a conversão de um só deles.
A ação de Jesus deve ser entendida no contexto das iniciativas divinas, em vista da salvação. Ele se pautou por um princípio bem definido: a vontade do Pai celeste é que ninguém se perca. Daí ter-se empenhado todo para que a oferta de salvação chegasse a cada ser humano, sem exceção.
A parábola da ovelha desgarrada ilustra o imenso interesse de Jesus (e da comunidade cristã) por quem se desviou do caminho do Reino. Quanto maior o perigo pelo qual alguém está passando, tanto maior será o empenho de reconduzi-lo à salvação. Maior ainda será a alegria de vê-lo reintegrado na comunidade.
Os discípulos do Reino têm a comunidade como lugar de salvação. Afastando-se dela, o indivíduo correrá o risco de se perder, a ponto de romper com o Reino. Acolhido por ela, será continuamente estimulado a ser fiel à vontade do Pai, buscando caminhar em comunhão com ele. Por isso, a comunidade deve ser a primeira a ir ao encontro da ovelha desgarrada.
Oração
Pai, que eu lhe dê a alegria de estar sempre em comunhão contigo, e ir ao encontro de quem se extraviou para reconduzi-lo ao amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus, que manifestastes o vosso salvador até os confins da terra, dai-nos esperar com alegria a glória do seu natal. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


10 de Dezembro de 2014

Mt 11,28-30

Comentário do Evangelho

A Lei de Deus é dom para preservar o dom da vida e o dom da liberdade.

Jesus é não somente o sábio, mas a sabedoria de Deus que atrai todos a si para instruí-los na Lei de Deus. O “jugo” (ou fardo) é uma peça de madeira posta sobre o pescoço dos animais para equilibrar o peso que se impunha sobre eles. Entre outros significados, na Sagrada Escritura, ele se refere à Lei (Jr 2,20; 5,5). Jesus critica os escribas e fariseus porque eles amarram pesados fardos nos ombros dos homens (Mt 23,4). Com isso, Jesus os critica pelo modo como interpretam a Lei e como impõem aos outros a praticar. Na consideração de Jesus essa abordagem da Lei abate e oprime. Ora, a Lei de Deus é dom para preservar o dom da vida e o dom da liberdade. Daí que ela mesma não pode se tornar uma escravidão que submete as pessoas ao rigorismo estéril, incapaz de gerar vida. A Lei de Deus é um caminho para a vida e a liberdade (cf. Dt 30,16). A lei de Deus é a Lei do amor (cf. Jo 15,12). O amor faz viver, enche de alegria. Pelo amor tudo tem sentido e adquire o seu devido valor. O amor é a expressão máxima da vida cristã. O que alivia o peso do fardo que cansa e abate é o amor de Deus que, na plenitude dos tempos, se manifestou e se fez sentir na pessoa de Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me disposição para pôr em prática as exigências do Reino, assumidas como expressão de minha fé sincera em teu Filho Jesus. Que elas sejam para mim um jugo suave!
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Existem pessoas que acreditam que a verdade da religião encontra-se num rigorismo muito grande, principalmente no que diz respeito às exigências morais e rituais. Com isso, a religião acaba por ser um instrumento de opressão. Jesus nos mostra que não deve ser assim. Ele veio ao mundo para trazer a libertação do jugo do pecado e da morte e que a verdadeira religião é aquela que liberta as pessoas de todos os pesos que as oprimem na sua existência. O verdadeiro cristianismo é aquele que não está fundamentado na autoridade e na rigidez, mas na humildade e mansidão de coração, por que o seu fundador, Jesus Cristo, manso e humilde de coração, é o Mestre de todo o nosso agir.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

LIBERTOS DO JUGO

O modo como o sistema religioso da época tratava as pessoas era insuportável para Jesus. A religião, longe de ser motivo de liberdade e alegria, fora reduzida a uma carga pesada, colocada nos ombros da gente simples, numa evidente deturpação da imagem de Deus. Questionando esta situação, Jesus queria recuperar o caráter da religião de Israel, fundada no amor misericordioso de Deus.
Ao falar metaforicamente em "jugo" e "fardo", o Mestre denunciava o processo de desumanização promovido pela religião. A quem se impõe "jugo" e "fardo", se não aos animais? Quem padece esta situação, a não ser as bestas de carga? Pois bem, os incautos fiéis da época foram animalizados, ao serem condenados a penar sob o pesado fardo das imposições da Lei. Era preciso aliviá-los!
Foi o que fez Jesus, convidando-os a romper com os antigos mestres. Ao mesmo tempo, convidou-os a se aproximarem dele: "Venham a mim!", propondo-lhes a Lei nova do amor. Nada de picuinhas ou exigências descabidas. O acesso a Deus proposto por Jesus dá-se pela mediação do próximo. Liberta-se dos antigos esquemas quem deveras faz-se solidário, vive reconciliado e sabe perdoar, deixa-se guiar pelo imperativo da justiça e da verdade, empenha-se em construir um mundo de igualdade e respeito. Tudo o mais torna-se secundário para quem se faz discípulo de Jesus. Para isso, é preciso romper com os que insistem em transformar a religião em instrumento de opressão.
Oração
Pai, torna-me cauteloso diante dos que fazem da religião um instrumento de desumanização. Que o convite libertador de Jesus sempre encontre eco no meu coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus todo-poderoso, que nos mandais preparar o caminho do Cristo Senhor, fazei que, confortados pela presença do divino médico, nenhuma fraqueza possa abater-nos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


11 de Dezembro de 2014

Mt 11,11-15

Comentário do Evangelho

Inicia uma nova etapa na história da salvação.

Nosso texto do evangelho é a continuidade do episódio em que João Batista, da prisão, envia os seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu o que há de vir ou devemos esperar um outro?” (Mt 11,3). Tendo presente o relato evangélico, a dúvida de João é compreensível, pois Jesus não correspondia exatamente às exortações que ele fazia na sua pregação no deserto, próximo do rio Jordão (cf. Mt 3,7-12). “Aquele que vem” é uma designação cristã do Messias. Humanamente, não houve personagem tão grande, tão importante como João Batista, precursor do Messias. É o grande personagem do passado de Israel. No entanto, o menor dos cristãos é maior que ele em dignidade, em razão de sua pertença ao Reino dos Céus, que cria uma nova ordem nos critérios humanos privilegiando os pequenos. O dito de Jesus supõe que João faça parte de outra etapa da história da salvação (cf. Lc 16,16). Efetivamente, desde João o Reino sofre violência: João é preso e decapitado e Jesus será perseguido e crucificado. Com João, inclusive, vigora o tempo da profecia e da promessa; a partir dele, considerado Elias, precursor do Messias, tem início uma nova etapa na história da salvação: o tempo do cumprimento da promessa com o advento do Filho de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me força para combater os vícios e os pecados que me impedem de aderir plenamente ao teu Reino, e para suportar a violência dos que se opõem a ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Um dos personagens mais importantes para a nossa reflexão durante este tempo do Advento é João Batista, o maior dentre os nascidos de mulher. João é o último profeta do Antigo Testamento, o mensageiro que é enviado por Deus para ser o precursor do Messias, aquele que tem como missão preparar os seus caminhos. Mas quem é do Reino dos céus é maior do que ele, todos aqueles que vivem segundo a nova aliança é maior que João, porque a nova aliança é a aliança perfeita, enquanto a antiga aliança é imperfeita.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

A VIOLÊNCIA DO REINO

Como entender a afirmação de Jesus, segundo a qual "o Reino sofre violência e são os violentos que o conquistam"? Pensou-se tratar das duras renúncias exigidas dos discípulos do Reino; da violência dos que querem estabelecer o Reino pela força das armas, como queriam os zelotas; da tirania dos poderes demoníacos (dos homens perversos) que resistem ao Reino, apoderando-se dele e impedindo que outras pessoas façam parte dele, e o Reino cresça; do Reino abrindo caminho pelo mundo com violência.
Por um lado, quando Jesus começou a pregar, nos dias de João Batista, muita gente se converteu, esforçando-se para entrar no Reino. Tratando-se de uma proposta dura e exigente, era impossível acolhê-la sem abrir mão dos projetos pessoais e sem se predispor a "tomar, cada dia, a própria cruz" e pôr-se a seguir Jesus. Portanto, nada de contemporizar com o egoísmo e a maldade que corrompem o coração humano.
Por outro lado, desde o início de seu ministério, o Mestre viu-se às voltas com a violência das forças do anti-Reino, articuladas para neutralizá-lo, de modo a impedir que muitas pessoas entrassem nele. A trágica morte de João Batista serviu de presságio para o destino de Jesus.
O discípulo experimenta, pois, dois níveis de violência: um interno, enquanto combate seus vícios e pecados; e outro externo, enquanto é vítima da maldade dos inimigos do Reino.
Oração
Pai, dá-me força para combater os vícios e os pecados que me impedem de aderir plenamente ao teu Reino, e para suportar a violência dos que se opõem a ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Despertai, ó Deus, os nossos corações, a fim de prepararmos os caminhos do vosso filho, para que possamos, pelo seu advento, vos servir de coração purificado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


12 de Dezembro de 2014

Lc 1,39-47

Comentário do Evangelho

A alegria no ventre das duas mães é fruto do Espírito Santo.

Hoje é festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México, padroeira maior da América Latina. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai pelos povos da América Latina! O encontro das duas mães é a conclusão dos relatos das duas anunciações (Lc 1,5-25.26-38). Assim como a gravidez de Isabel é objeto de revelação por parte do anjo a Maria, do mesmo modo a gravidez de Maria é objeto de revelação a Isabel. A revelação feita a Isabel vem do fato de a criança que ela está gerando pular de alegria no seu ventre (vv. 41.44). A ela é dado conhecer que Maria não está somente grávida, mas que o menino que ela carrega no ventre é o Senhor (v. 43). Pulando de alegria, dom do Espírito Santo, no ventre de Isabel, João começa a realizar a sua missão de precursor do Messias. Lucas atribui a cada uma das mães um cântico, ambos recheados de evocações veterotestamentárias. A Isabel atribui o cântico do versículo 42 e a Maria, o Magnificat, nos versículos 46 a 55, um verdadeiro mosaico de citações do Antigo Testamento.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
FONTE: PAULINAS

Comentário do Evangelho

A GLORIFICAÇÃO DE MARIA

A festa da assunção de Nossa Senhora leva-nos a repensar todo o seu peregrinar neste nosso mundo, pois se trata de celebrar o desfecho de sua caminhada. O fim da existência terrena de Maria consistiu na plenificação de todos os seus anseios de mulher de fé e disponível para servir. A expressão “repleta de graça”, dita pelo anjo, encontrou sua expressão consumada na exaltação dela junto de Deus.
A estreita conexão entre a existência terrena de Maria e a sua sorte eterna foi percebida desde cedo pela comunidade cristã, apesar de a Bíblia não contar os detalhes de sua vida e de sua morte. A comunidade deu-se conta de que Deus assumiu e transformou toda a sua história, suas ações e seu corpo.
O relato evangélico é um pequeno retrato de Maria. Sua condição de mãe do Messias, o “Senhor” esperado pelo povo, proveio da profunda comunhão com Deus e da disponibilidade total em fazer-se sua servidora. Expressou sua fé no canto de louvor – o Magnificat –, no qual proclamou as maravilhas do Deus e as grandezas de seus feitos em favor dos fracos e pequeninos.
A comunhão com Deus desdobrava-se, na vida de Maria, na sua disponibilidade a servir o próximo. A ajuda prestada à prima Isabel é uma pequena amostra do que era a Mãe de Deus no seu dia-a-dia.
Assunta ao céu, Maria experimentou, em plenitude, a comunhão vivida na Terra.
Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que nos destes a santa virgem Maria para amparar-nos como mãe solícita, concedei aos povos da América Latina, que hoje se alegram com sua proteção, crescer constantemente na fé e alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


13 de Dezembro de 2014

Mt 17,10-13

Comentário do Evangelho

Deus é surpreendente.

A pergunta dos discípulos sobre a vinda de Elias se justifica, pois nosso relato é a sequência do relato da transfiguração (Mt 17,1-8). A presença de Elias com Moisés na cena da transfiguração leva os discípulos a se perguntarem sobre o retorno de Elias. A subtração misteriosa do profeta Elias numa carruagem de fogo gerou uma tradição em torno da qual a volta do profeta Elias precederia a vinda do Messias (cf. Ml 3,23-24; Eclo 48,10). Se Elias não voltou, então, segundo essa tradição, Jesus não seria o Messias. Por isso, Jesus responde que Elias já veio (cf. Lc 1,17), mas não o reconheceram. Jesus identifica a missão de João Batista com a do profeta Elias. Não só não reconheceram o precursor, como não reconhecerão o próprio Messias. João Batista foi rejeitado, maltratado e morto. Sua perseguição e morte são a prefiguração da perseguição e morte de Jesus. Deus é surpreendente; Ele não se enquadra em nossos esquemas mentais nem se rende aos nossos equívocos. O problema dos contemporâneos de Jesus foi terem se fechado numa imagem de Deus e numa concepção do Messias a cuja expectativa o messianismo vivido por Jesus não respondia.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O Profeta Elias foi aquele que, na sua época, lutou contra os profetas de Baal na tentativa de restabelecer o culto a Javé e reconduzir os corações do povo para Deus. Assim também era a função de João Batista, que deveria pregar a conversão para preparar um povo disposto para a vinda de Jesus. Neste sentido, João Batista realiza a promessa da volta de Elias, que não foi a sua ressurreição ou reencarnação ou ainda a carruagem de fogo o trouxe de volta do alto, mas o profetismo segundo o espírito de Elias se fez presente em João Batista.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

A VINDA DE ELIAS

As expectativas messiânicas do tempo de Jesus mesclavam-se com uma série de elementos, dentre os quais, a crença que, por ocasião da vinda do Messias, o profeta Elias haveria de retornar. Era bem conhecida a história do profeta arrebatado aos céus, num carro de fogo. Por não ter morrido, como qualquer ser humano, difundiu-se a esperança de que Elias voltaria no fim dos tempos, indicando, assim, que a vinda do Messias estava próxima.
Jesus não negou esta tradição. Entretanto, ofereceu um pista para indicar que ela já se havia realizado na pessoa de João Batista. A ação precursora dele em relação a Jesus correspondia àquela de Elias, em vista do Messias vindouro. A conclusão era evidente: Jesus era o Messias esperado por Israel. Deveria, pois, ser aceito e acolhido como tal.
Entretanto, o Mestre não se adaptou aos esquemas messiânicos do povo. Se, por um lado, sua presença assinalava o fim de uma era, por outro, introduzia, na história humana, um tempo novo. Ele superou a agitação messiânica, propondo aos discípulos um ideal de fraternidade, fundado na misericórdia e no serviço desinteressado aos irmãos. Igualmente recusou-se a responder questões de curiosidade a respeito do dia do fim do mundo e do número dos que seriam salvos. Desta forma, rompeu com o messianismo popular, dando margem para que seus discípulos assumissem sua vida e sua missão com mais seriedade.
Oração
Senhor Jesus, não me deixes contaminar pelas preocupações escatológicas. Antes, que eu esteja sempre voltado para o compromisso de transformar o mundo pelo amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

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