Domingo
Coragem, valente e
guerreiro
Monsenhor Jonas e
Dunga
Foto: Daniel
Machado
Dunga – A
canção diz “Vou confiar no Deus da aliança”, e eu sou casado, e não tiro de
forma alguma essa aliança. Eu fiz um compromisso com minha esposa diante de
Deus; e embora eu seja limitado, eu tenho a capacidade de honrar o meu
compromisso. Imagine Deus, que fez uma aliança conosco. "Ele abriu o mar
vermelho, quando não havia mais saída". Moisés estava fugindo com o seu
povo do faraó e não encontrava uma maneira de fugir, e a música continua: “Vou
confiar no Deus que nos deu Seu Filho”. Ele nos deu Seu Filho para nos salvar,
e ainda: “nos deu uma aliança eterna”. Ele fez um compromisso com você e
sempre que você quiser retomar a sua caminhada Ele estará disposto a acolhê-lo
mais uma vez. Todos nós fizemos um caminho para chegar até aqui, e uma vez
que estamos aqui, deparamos com esse tema: “Coragem, Valente guerreiro” (Juízes
6, 12).
Depois do caminho que você fez até chegar a esse lugar, Deus o considera um guerreiro, pois, para passar por tudo o que você passou, e estar aqui agora, você é, sim, um guerreiro! Guerreiro não é aquele que sempre vence, mas é aquele que sempre volta para o campo de batalha.
Quando ganhamos saímos com aplausos, animados,
vitoriosos. Mas virá outra batalha e não podemos deixar que a sensação de
vitória nos tire essa verdade: outra batalha virá. Quando vem uma derrota nós
não queremos ficar com ela, queremos voltar e vencer, queremos voltar e
reconquistar aquilo que foi perdido. Quando eu era jovem, ao perder uma
batalha, no prostíbulo, com a maconha, eu voltava para casa e encarava meus
pais e ali precisava experimentar as minhas derrotas.
Uma derrota que vivi foi quando minha esposa,
quando ainda éramos namorados, terminou comigo. Ela se arrumou toda e estava lá
linda, e quando fui dançar com ela recebi um "não". Fui para casa e
junto a um amigo bebemos um monte e fiquei chorando. Algum tempo depois
voltamos a namorar e a partir dali fomos viver a castidade. Guerreiro é aquele que,
mesmo quando é derrotado, tem a coragem de voltar ao campo de batalha!
Você vai voltar para sua casa, não sei onde
você mora, se é em uma mansão ou um barraco, mas você vai voltar para lá. Você
escutou aqui que você não é um covarde, mas sim um valente guerreiro. Que você
tenha agora a vontade de voltar para casa e não mais como um derrotado, mas como
um valente guerreiro a fim de reconquistar a sua vitória. Você já experimentou
o sabor da derrota, você sabe o gosto dela. Mas me escute, estou falando com
você: “Coragem, valente guerreiro!”
Quero contextualizar essa palavra que
meditamos, Israel tinha desagradado a Deus porque seu povo passara a cultuar a
Baal e outros deuses, e outros povos queimavam suas colheitas e roubavam seus
animais, matavam pessoas por nada. Eles estavam sendo humilhados por trocarem o
seu Criador para servir a outros deuses. Quantas vezes isso não acontece em
nossas vidas? Deixamos de adorar a Deus e passamos a buscar coisas! Então o
Senhor encontrou um jovem chamado Gedeão, e o anjo do Senhor apareceu
diante dele e lhe disse que Deus o havia escolhido para derrotar a todos os
homens que estavam roubando e saqueando seu povo.
Quando você estava arrumando a sua mala, Deus
olhava para você e dizia: “Eu o escolho agora!”. E a cada peça de roupa que
você colocava em sua bolsa Deus o escolhia, mesmo sem você perceber. E o mais
bonito é que você está se deixando ser escolhido por Ele. Deus Pai deseja
reiniciar sua relação com seu pai, com sua mãe e familiares. Deus quer
"reiniciar" você e sua escola, problemas e vícios para ajudá-lo a
superar o que lhe faz mal. Deus usou de anjos e o seduziu e fez com que você
estivesse aqui hoje.
"Você não é
um covarde!", afirma Dunga
Foto: Daniel
Machado
Já estive sentado assim como você, em uma
quadra, sem muito gosto pela vida e não queria nem me virar para o palco. E um
servo de Deus cantou uma música e ela foi entrando em meu coração, e quando
percebi estava chorando muito. Então me virei para o palco, por vergonha, e
quando percebi estava monsenhor Jonas Abib lá na frente e eu nunca mais saí
dali. Naquele dia, o padre Jonas me levou a conhecer a Deus.
Monsenhor Jonas – Eu
nunca imaginaria que aquela música faria tudo isso, mas o Senhor, nosso Deus, faz
coisas imprevisíveis. Lá em Roma, reunidos com o Papa, foi dito sobre o
"PHN", sobre uma revolução da juventude. E não vamos perder tempo,
Deus quer contar com outras pessoas para realizar essa obra de salvação na vida
de muitas outras. E essa pessoa é você.
Deus está falando ao seu coração agora, e falou
nesses dias de maneira muito forte. E está falando com você agora como falou
com o Dunga por intermédio daquela música. Diga "sim" a Deus, abra-se
e escancare o seu coração a Ele. Deixe que Ele tome conta da sua vida, de seu
trabalho, de sua faculdade. Troque tudo, entregue tudo ao Senhor e você vai
poder ver o quanto Ele vai poder fazer por você.
Dunga – Nos
primeiros dias da minha caminhada, depois que eu voltei para casa, comecei a
seguir Jesus. Como eu não tinha muito conhecimento de quem e como Ele era, eu
comecei a seguir a quem eu imaginava que mais se aproximava de Jesus, seguia o
padre Jonas. Onde havia encontro da Canção Nova eu ia. Eu achava lindo aqueles
jovens orando em línguas, e eu não sabia como, mas eu queria viver aquilo. Eu
não estava acostumado com aquilo, mas eu estava começando a viver algo
diferente, eu ia copiando e aprendendo novas expressões de fé. Eu me lembro
desse tempo com muita alegria.
Eu comecei a perceber que erá só pedir essa
graça a Deus, a Palavra diz que é pedindo que recebemos, e o monsenhor Jonas me
ensinava a cada encontro que eu ia, em cada lugar que eu estivesse, a ter a
oportunidade de mergulhar em Deus. E nessa caminhada o padre Jonas ia nos
contando dos seus sonhos. O Centro de Evangelização era um brejo, cheio de
sapos e cobras, e ele nos falava que aqui seria um grande estádio, o que ele
via lá atrás, nós contemplamos hoje. O Centro de Evangelização era um sonho do
monsenhor Jonas, o sonho que Deus sonhou nele.
Sente-se no sonho de Deus para você. A coisa
mais linda é que Gedeão, quando foi mandado por Deus para a batalha, arrebanhou
um grande exército consigo. E Deus o foi reduzindo, era gente demais. E esse
grande exército foi reduzido a 300 soldados, imagine só com 300 soldados ele
foi para a batalha e Deus o inspirou a uma estratégia diferente, totalmente
estranha. E ele distribuiu tochas para seus homens, e trombetas, e para o
inimigo pareciam milhares, e todos fugiram com medo deles.
Dentro de você Deus
colocou um fogo, um fogo que queima que tira tudo o que há de mau, de
estragado, de corrupto em sua vida. Esse fogo ilumina, para fazer um clarão, para
fazer luz, muita luz ao seu redor. Você só se realizará, valente guerreiro, se
você permitir que a chama que está dentro de você venha para fora. Foi o que
aconteceu comigo. Naquele dia Deus fez com que o fogo que estava dentro dele
viesse para fora e tudo mudou. Meu querido Deus quer que, agora, não é amanhã,
mas agora, esse fogo que está dentro de você venha para fora e queime tudo
aquilo que é nocivo, tudo aquilo que é mau.
Aconteceu um fato marcante em minha vida, meu
pai adoeceu e eu tinha que ir para a missão, antes de ir fui ao hospital e o
médico me disse para entrar e falar o que eu quisesse a ele, pois, na segunda,
ao voltar, eu poderia não encontrá-lo vivo. Fui falando: "Eu te amo! Eu te
amo!"... E fui falando-lhe coisas engraçadas também: “Você se lembra de
quando eu aprendi a andar de bicicleta? E quando compramos aquele fusquinha
velho, podre? O senhor se lembra de quando eu chegava drogado, bêbado, e o
senhor rezou tanto por mim que eu passei do ponto? Eu me converti e hoje tenho
uma missão, e o Senhor precisa ir para céu. Nós vamos ficar bem”.
No avião eu só falava para Deus: "Que meu
pai esteja vivo segunda-feira, Senhor!", mas no sábado à noite meu pai
faleceu. Quando eu voltei, ela já tinha sido sepultado. Naquela noite eu dormi
em casa com a minha mãe. No dia seguinte o padre Jonas visitou-me na casa de
minha mãe, no quintal havia um fogão à lenha, ele foi comigo até o fogão pegou
uma brasa entre as cinzas e começou a assoprar, e ela brasa acendeu-se
novamente. Nesse dia monsenhor Jonas disse-me que, pela missão, eu não vi meu
pai ser enterrado, mas que Deus via o meu coração e, que a partir daquele dia,
eu seria como aquela brasa pois, sempre que eu fosse ao encontro das pessoas
para anunciar Jesus, meu peito arderia como ela. E que todas as vezes que isso
ocorresse aconteceria o mesmo efeito no coração de cada jovem.
A nossa eficácia é o Espírito Santo! É Ele quem
abrasa os nossos corações!
Transcrição e adaptação: Paulo Pereira
Dunga
Comunidade Canção Nova
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