2 de novembro de 2013
ANO C

Jo 11,17-27
Comentário do
Evangelho
Intervenção confiante.
O fundamento de nossa fé é
a ressurreição de Jesus Cristo: “Se temos esperança em Cristo somente para esta
vida, somos os mais dignos de compaixão de todos os homens. Cristo ressuscitou
dos mortos, primícias dos que adormeceram” (1Cor 15,19-20).
Nosso texto do evangelho é parte do capítulo 11 do
evangelho segundo João, que podemos caracterizar como sendo uma catequese sobre
a ressurreição. Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu encontro, enquanto sua
irmã, Maria, permanece sentada. Marta se destaca do grupo, formado pela irmã e
pelos judeus, caracterizado pelo luto. Deixando o grupo para ir ao grupo do
Senhor, Marta se dissocia do luto e se coloca do lado do Senhor dos vivos.
Diante de Jesus, ela se coloca como uma mulher de fé que confia em Jesus:
“Senhor, se estivesses estado aqui… Mesmo assim, eu sei que o que pedires a
Deus, ele te concederá” (vv. 21.22).
A intervenção confiante de Marta é constituída de
uma dupla fórmula: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte e a
presença de Jesus permite reavivar toda a esperança. “Teu irmão ressuscitará”
(v. 23), diz Jesus. Diante disso, Marta afirma a sua adesão ao credo do
judaísmo sobre a ressurreição.
Mas ante a nova afirmação de Jesus: “Eu sou a
ressurreição e a vida”, ela supera a fé judaica na ressurreição, para
professar: “Eu creio…” (v. 27). É exatamente nisso que ela é cristã. O diálogo
de Jesus com Marta é o cume do capítulo 11. A profissão de Marta equivale à de
Pedro, em Jo 6,69.
Carlos Alberto Contieri, sj
Vivendo a Palavra
Em Lázaro, Jesus deixa o seu sinal. A
partir daqui, nós podemos celebrar os mortos na certeza da ressurreição.
Caminhando pela fé, estamos confiantes de que ao deixar este corpo iremos todos
para junto do Pai Misericordioso – vivendo a plenitude do seu Reino, cuja
semente o Filho já plantou em nós.
Recadinho - Jo 14, 1-6

Você pensa na realidade da morte?
- Por que muitos não querem pensar nela?
- Procura prestar solidariedade com alguém que
perdeu um ente querido?
- Não é daqueles que procuram ignorar em vez de
se fazer presente mostrando seu verdadeiro amor para com o próximo?
- Jesus nunca ficou indiferente. Sentiu, e muito,
a realidade da morte. Chorou a morte do amigo Lázaro. E, isto, para nos ensinar
a encarar esta realidade não com lamentos constantes, perenes, mas sentir,
porque somos humanos, e superar, porque aprendemos e tornamos realidade a
mensagem de Jesus para nós!
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE

02 DE NOVEMBRO - SÁBADO
Liturgia comentada - Lc 14,1.7-11
SABADO – XXX
SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde -
ofício do dia)
Toma o último lugar... (Lc 14, 1.7-11)
A sociedade tem classes: escravos,
servos da gleba, proletários e burgueses, nobres e reis. Na Índia, existem até
castas incomunicáveis, rigidamente estratificadas: brâmanes, xátrias, vaicias,
sudras e, no nível mais baixo, os párias. Mesmo na Igreja, há uma hierarquia:
cardeais, bispos, sacerdotes, leigos. Não é assim no Reino do céu...
No Reino de Deus, o último lugar já
está ocupado: Jesus Cristo tomou posse dele. Sendo Deus, fez-se homem, ao se
encarnar. Sendo homem, fez-se servo, lavando os pés dos apóstolos. Desceu ainda
mais e se fez escravo, morrendo na cruz (tormento que não podia ser aplicado a
um cidadão romano, pois sua dignidade o proibia). Sem se deter, Cristo desce
ainda mais: ao túmulo. Prossegue seu movimento para baixo e “desce à mansão dos
mortos”. E como se fosse pouco, desce sobre o altar, todos os dias, sob a
aparência de pão: isto é, matéria, abaixo da pessoa humana...
Esta é a kênosis, o despojamento
voluntário que o Servo sofredor abraçou para nos salvar. Nada foi baixo demais,
humilde demais para ele. Determinado a nos salvar, foi até o fim (cf. Jo 13,
1). Por isso mesmo, Jesus deve ter sofrido com a atitude de seus discípulos,
que discutiam aqui e ali a respeito de quem seria o maior no Reino (aqui,
entendido como um reinado temporal, quando Israel iria recuperar a glória e o
poder dos tempos de Salomão).
No Evangelho de hoje, temos um banquete
– exatamente a imagem recorrente na Bíblia para designar a Ceia do Cordeiro,
isto é, o “céu”. Os banquetes da Palestina eram servidos em mesas em forma de
“U”. O anfitrião e seus convidados mais nobres ficavam na curva do “U” e,
lógico, eram os primeiros a serem servidos. Na “ponta da mesa” ficavam os menos
cotados...
E Jesus nos dá uma pista para ir ao
céu: ocupar o último lugar! Por absurdo que pareça, após a morte se produz
notável inversão, como se viu na parábola de Lázaro, o mendigo, e do rico
Epulão (cf. Lc 16, 25). Os fracos se tornam fortes, os pobres ficam ricos, os
humilhados ocupam os primeiros lugares. Quem foi privado das regalias deste
mundo acabará compensado no outro. “Os últimos serão os primeiros.” (Mt 20,
16.) “Quem se humilha será exaltado.” (Lc 14, 11.) E será muito agradável ouvir
do próprio Mestre, nosso anfitrião: “Amigo, chega-te mais para cima!”
Que posição nós temos procurado?
Orai sem cessar: “Derrubou do trono os
poderosos, exaltou os humildes...” (Lc 1, 52)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Qual sentido damos à nossa vida?
O dia de hoje nos convida a refletirmos sobre
o sentido que damos à nossa vida. Para que caminhamos nesta terra?
“Então Jesus disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em
mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não
morrerá jamais’” (Jo
11,25-26).
Hoje, todos nós acordamos com o nosso coração saudoso, lembrando
de todos aqueles nossos entes queridos que faleceram, que já partiram para a
eternidade. Faz parte da nossa obrigação cristã, do nosso compromisso cristão,
ir à Missa, ao cemitério e rezarmos em nossa oração particular por nossos
irmãos que já faleceram, que já partiram para outra vida.
É um dever de caridade, mas, acima de tudo, é um gesto de amor
orarmos pelas almas que precisam e necessitam da nossa oração. A verdade é que
o dia de hoje nos convida a refletirmos sobre o sentido que damos à nossa
existência. Para que caminhamos aqui nesta terra? Nós não temos morada
permanente aqui embaixo; nascemos para a eternidade. Aqui, nós apenas estamos
em busca de um bem maior que nos espera no Céu.
Na verdade, para aqueles que olham para a sua vida material, a
morte é uma tristeza, uma calamidade. Mas para nós que cremos, ela é a porta de
abertura para a eternidade, é o nosso encontro definitivo com Deus, nosso Pai.
No dia de hoje, não devemos apenas visitar nossos mortos no
cemitério e termos saudades de quem já se foi, mas refletirmos sobre a nossa
própria vida. Eu vivo buscando as coisas do Alto? Eu tenho esperança nos bens
celestes ou vivo a minha vida só para esta terra? O sentido da minha vida está
só no tempo presente, nas coisas que eu vivo aqui neste mundo? Nós não podemos
perder o sentido de eternidade, nós não podemos nos esquecer de que fomos
feitos para o Céu, para vivermos para sempre junto de Deus.
Então, por mais que bata a dor da saudade, por mais que qualquer
partida deixe um vazio em nosso coração, esse é preenchido pela chama da
esperança, da Ressurreição, da vida gloriosa que o Senhor mesmo nos prometeu. A
Ressurreição do Senhor deve ser a luz que conduz os nossos passos, a chama
acesa em nosso coração.
O nosso Deus não é o Deus da morte, mas da vida! E o que nós
esperamos é também um dia participarmos da eternidade feliz junto d’Ele.
Que as almas de todos os fiéis do purgatório, dos nossos entes
queridos, de todos aqueles que já partiram, gozem da presença eterna do Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
A vida nova!

- A nós todos, a paz de Deus, nosso
Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando
o Salmo 111:
- De todo o coração, Senhor, vos
quero louvar, no conselho dos justos e na assembleia.
- São grandes as obras do Senhor,
dignas de estudo para quem as ama.
- A sua obra é esplendor e majestade,
a sua generosidade permanece para sempre.
- Ele fez maravilhas memoráveis.
- O Senhor é piedade e compaixão: dá
alimento aos que o temem, lembrando-se sempre da sua aliança.
- Ao seu povo mostrou a força do seu
agir, entregando-lhe a herança das nações.
-Justiça e Verdade são as obras das
suas mãos, todos os seus preceitos merecem confiança.
- São estáveis para sempre e
eternamente, vão cumprir-se com verdade e retidão.
- Enviou a libertação ao seu povo,
confirmando a sua aliança para sempre.
- O seu Nome é santo e terrível.
- O princípio da sabedoria é o temor
do Senhor. Todos quantos o praticam têm bom senso.
- O louvor do Senhor permanece para
sempre.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,1-12a, na Bíblia e observo o código da felicidade de Jesus Mestre.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,1-12a, na Bíblia e observo o código da felicidade de Jesus Mestre.
Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus
discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensiná-los. Jesus disse:-
Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes as pessoas que choram,
pois Deus as consolará.
- Felizes as pessoas humildes,
pois receberão o que Deus tem prometido.
- Felizes as pessoas que têm fome e sede
- Felizes as pessoas que têm fome e sede
de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
- Felizes as pessoas que têm misericórdia
dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus.
- Felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que sofrem perseguições
por fazerem a vontade de Deus,
pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de
calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois
uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo
que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
O "Sermão da Montanha" é
como a Constituição do povo de Deus, o manifesto do Mestre Jesus Cristo, um
código de felicidade, talvez bem estranho ao muno de hoje. Os estudiosos da
Bíblia o lêem com Moisés e o Sinai observando as correspondências. Jesus viu as
multidões e sentado - atitude de que ensina - falou a elas. Este discurso é
exigente, um convite a uma constante superação de si mesmo, uma denúncia às
mesquinhezas e infidelidades e, ainda, oferece a misericórdia de Deus. Através
daquela comunidade, Jesus Mestre se dirige a todas as comunidades de todos os
tempos. Viver as bem-aventuranças é ser fermento de uma nova sociedade. É
aceitar o código de Jesus para ser feliz.
O que o texto diz para mim, hoje?
Releio o texto. Reflito e me examino
para ver se me enquadro entre estes felizes de que fala Jesus. Posso me
questionar:
sou espiritualmente pobre?
Humilde?
Procuro fazer a vontade de
Deus?
Tenho o coração puro?
Trabalho pela paz?
Os bispos, em Aparecida, nos
ajudaram a refletir sobre isto: "No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as
bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e
obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua
proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu
amor serviçal até a doação de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal
como os Evangelhos nos transmitiram para conhecer o que Ele fez e para
discernir o que nós devemos fazer nas atuais circunstâncias." (DAp 139).
3.Oração (Vida)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a
Deus?
Rezo a
Oração do Amor:
Senhor, fazei-me instrumento da vossa
paz.
Onde há ódio que eu leve o amor.
Onde há ofensa que eu leve o perdão.
Onde há discórdia que eu leve a
união.
Onde há erro que eu leve a verdade.
Onde há dúvida que eu leve a fé.
Onde há desespero que eu leve a
esperança.
Onde há trevas que eu leve a luz.
Onde há tristeza que eu leve a
alegria.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado, pois é dando que
se recebe,
é perdoando que se é perdoado, e
é morrendo que se vive para a vida
eterna.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e
Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os
olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de
Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre e a sua Constituição, as
bem-aventuranças.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito
em nós nos ajude a compreender o programa de vida que está contido no texto que
estamos meditando. E que nos dê coragem, força e perseverança para viver
seguindo o modelo do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo
reina na unidade do Espírito Santo.

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