Santa Matilde de
Hackeborn
monja beneditina
(1241-1299)
Matilde ou Mechtilde —
proveniente de uma família principesca, aparentada com a poderosa casa dos Hohenstaufen
— teve desde a meninice o desejo de seguir as pegadas da irmã mais velha,
Gertrudes, abadessa do mosteiro beneditino de Roderdorf, depois do de Helfta.
Aos 7 anos, pois, a menina foi confiada à irmã
para que cuidasse de sua educação. Um bom aprendizado, visto que aos 14 anos
Matilde foi admitida entre as noviças, das quais dentro de alguns anos se
tornaria a mestra — um encargo confiado a religiosas de comprovada virtude.
Matilde teve entre suas noviças uma jovem
destinada a deixar uma grande marca na espiritualidade da Alemanha, a grande
santa Gertrudes. Mestra e aluna cresceram juntas, avançando rapidamente na via
da perfeição, ambas favorecidas de particulares experiências místicas.
Gertrudes teve o encargo de fixar por escrito as
confidências da mestra, aquelas célebres visões de santa Matilde que se lêem no
Livro das graças especiais (Liber specialis gratiae). Este é um autêntico
vade-mécum da espiritualidade medieval, centrada em Cristo glorioso, mais que
em Cristo sofredor, e na devoção ao Sagrado Coração como evidência do
incomensurável amor divino pela humanidade redimida.
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