25 de Setembro
de 2013
Ano C

Lc 9,1-6
Comentário do
Evangelho
Participação no poder de Jesus
Cristo.
Entre o chamado dos Doze sobre a montanha (6,12-16) e o envio
deles em missão foi percorrido um itinerário no qual eles puderam ouvir os
ensinamentos de Jesus e contemplar os seus “atos de poder”, que davam vida às
pessoas, libertando-as do mal. O poder e a autoridade deles são o poder e a
autoridade que eles recebem do Senhor. É participação no poder de Jesus Cristo.
Trata-se, aqui, do poder do Espírito Santo, que é uma “força do alto” para o
testemunho (cf. At 1,8). É o testemunho que torna presente não somente as
palavras de Jesus, como também seus gestos. Palavra e ação suscitavam as
pessoas à fé na vida. Essa coerência interna de Jesus fazia dele, aos olhos de
muitos de seus contemporâneos, uma pessoa digna de fé.
As recomendações para a missão implicam
despojamento, pois a segurança dos Doze está no Senhor que os envia. A
preocupação com a segurança pessoal não pode distraí-los, pois são portadores
de um anúncio que tem incidência na vida das pessoas, inclusive no próprio
corpo. É preciso que os Doze tenham presente a possibilidade de que a mensagem
cristã não seja aceita por todos, a exemplo do próprio Mestre, rejeitado em sua
pátria (Lc 4,24.29-30). A missão dos discípulos é itinerante, pois todas as
pessoas são destinatárias do anúncio cristão.
Vivendo a Palavra
O grau de entrega do missionário nas mãos do
Senhor se espelha na simplicidade de sua bagagem. Nem pão, nem dinheiro, nem
duas túnicas... Quase como os pássaros do céu ou os lírios dos campos. Livre e
de peito aberto, anunciando aos irmãos a Boa Notícia de que o Reino de Deus
está dentro de nós!
Reflexão
O Evangelho de hoje é uma espécie de
"Manual do Evangelizador". Ele nos mostra que o evangelizador não age
em nome próprio, pois ele não evengeliza por que quer, mas porque é enviado por
Deus. Os poderes que tem para evangelizar não são próprios, são recebidos para
serem usados em uma finalidade própria. Os bens materiais não podem ser um
empecilho para o trabalho, nem podem ofuscar a força do anúncio e do
testemunho. A inserção e a participação na vida das pessoas e das famílias é
fundamental. Mas o mais importante são os dois objetivos que caracterizam o
profetismo: a luta contra toda espécie de mal, que se manifesta na ordem da
cura, e a proclamação da presença do Reino de Deus na vida de todas as pessoas.
Meditação
Os discípulos cumpriram a missão que receberam de Jesus. Que missão Deus
me deu? - Procuro levar a mensagem do Evangelho em primeiro lugar em meu lar?
Como? - Posso dizer que com meu exemplo sou luz para alguém? - Sou uma pessoa
sempre disponível? - Valorizo e sou valorizado(a) por meu próximo?
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE
HOJE
25 de SETEMBRO – QUARTA
1 - ANUNCIAR A BOA-NOVA DO REINO, É MISSÃO DE TODOS NÓS! -
Olívia Coutinho
2 - O segredo para
evangelizar -Helena Serpa
3 - A pobreza dos apóstolos- José Salviano
4 - Precisamos rever
nossas práticas -Alexandre Soledade
5 - O Senhor nos assegura: “vida, veste e pão.” - Helena Serpa
6 - Os discípulos foram enviados -Diac. José da Cruz
7 - Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os
enfermos.- Claretianos
8 - Deus nos chama a sermos discípulos e emissários do Reino - Alexandre
Soledade
Liturgia comentada
O fundo do abismo... (Tb 13,2-5.8)
Este salmo é conhecido como o “Cântico
de Tobit”, que manifesta seu júbilo pelo “happy end” do périplo de seu filho
Tobias, alvo da proteção divina. Ele reconhece que o mesmo Deus que castiga é o
Deus que tem compaixão. Nada escapa ao Deus Altíssimo, nem mesmo os abismos do
homem.
Várias passagens da Escritura revelam
marcas de um fundo comum às antigas religiões e teogonias, nas quais se
imaginava um mundo inferior – o abismo ou Tehom -, entendido como uma potência
do caos, insondável e aterrorizante. Imagina-se uma região sombria, o Xeol,
onde os mortos estão encerrados, correspondente ao Hades da mitologia
greco-romana. Jó se lamenta: “Como a nuvem se dissipa e desaparece, assim quem
desce ao Xeol não subirá jamais”. (Jó 7,9) E o salmista, que não quer morrer,
argumenta diante de Deus: “Quem te louvaria no Xeol?” (Sl 6,6)
Como observa Maurice Cocagnac, “o
sentimento do infinito é para o homem uma sensação física, mas de natureza
variada. A perspectiva do alto-mar ou do céu estrelado tende a dilatar a alma, enquanto
a vertigem do precipício ou do abismo tende a constringi-la. O medo da queda a
impele a se refugiar na concha de sua angústia”.
O semita que nos deu o Antigo
Testamento, pouco habituado ao mar, vê nele um espaço de vertigens, hostil e
ameaçador, morada do Leviatã e de monstros marinhos. A experiência de Jonas no
ventre do grande peixe é, nesse caso, exemplar. Com um colar de algas no
pescoço, Jonas, “já no ventre da Morte” (Jn 2,3), invoca o Senhor e é arrancado
da “fossa”.
Com a vinda de Jesus Cristo, uma nova
luz invade os abismos da consciência humana. Nem mesmo a “mansão dos mortos”
escapa ao poder do Ressuscitado. Os ícones do Oriente cristão mostram a
“Anástasis” de Cristo, que desce à caverna abissal, arromba as portas do
inferno e resgata pelo pulso os primeiros pais, Adão e Eva. Este ícone
respondia às inquietações dos primeiros cristãos a respeito do destino eterno
de seus antepassados, que não tiveram a oportunidade de ouvir a Boa Nova da
salvação.
Mas tiveram, sim! Já ressuscitado, Cristo
desce aos abismos e faz esse anúncio salvador. É o que lemos na 1ª Carta de
Pedro: “É nesse mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram
detidos no cárcere... [...] Pois para isto foi o Evangelho pregado também aos
mortos, para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam
segundo Deus quanto ao espírito”. (1Pd 3,19; 4,6)
Orai sem cessar: “Senhor, tiraste da
fossa a minha vida!” (Jn 2,7)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
O Senhor nos deu poder e autoridade
O Senhor nos deu poder e autoridade para não sermos escravos
desses demônios, para nos tornarmos livres deles.
“Jesus
deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar as doenças” (cf. Lc 9,1).
Nós,
hoje, contemplamos Jesus enviando Seus discípulos e apóstolos para anunciar o
Evangelho e proclamar o Reino de Deus. Ao mesmo tempo em que o Senhor os envia,
também lhes concede a autoridade.
Duas
palavras importantes: poder e autoridade sobre os demônios e as doenças.
Meus
irmãos, nós precisamos tomar posse do poder e da autoridade que o Senhor nos
conferiu pelo batismo, tomar posse e assumir, em nossa vida, que os demônios
não podem mandar em nós, não podem assumir o comando dos nossos afetos, dos nossos
sentimentos e da nossa vontade. Nós não podemos deixar que os espíritos
malignos nos deixem doentes, enfermos, para baixo.
Nós
precisamos assumir, com poder e autoridade, aquilo que o Senhor nos conferiu,
aquilo que Ele nos constituiu: mensageiros da Sua Palavra.
Como
é que se anuncia o Reino de Deus? Expulsando os demônios. Às vezes, as pessoas
confundem e acreditam que “expulsar demônios” é como se as pessoas estivessem
possessas, possuídas. Não! O exorcismo é uma prática e existem pessoas que têm
esse ministério, essa graça para exercê-lo; mas se trata de um grau muito
elevado de possessão diabólica ou qualquer coisa parecida.
O
que nós estamos falando é dos demônios espalhados pelos ares, que semeiam no
meio de nós fofocas, intrigas, inimizades, maus pensamentos, maus juízos, a
divisão, a discórdia, o espírito de acusação; o demônio que enfraquece os
nossos relacionamentos, deixa-nos, muitas vezes, com a autoestima muito baixa.
Os
demônios espalhados pelos ares estão trazendo toda e qualquer contaminação para
o meio de nós, por isso nos tornamos azedos, mesquinhos, pessoas que não
cultivam os valores evangélicos.
Nós
precisamos expulsar da nossa casa, da nossa família, da nossa comunidade os
demônios que estão no meio de nós. Não é expulsar pessoas, não é lutarmos uns
contra os outros, mas expulsarmos, pelo poder da oração, aquilo que traz
intriga, que causa maledicência, aquilo que nos faz estar maus uns com os
outros.
O
Senhor nos deu poder e autoridade para não sermos escravos desses demônios,
para nos tornarmos livres deles. Hoje, Ele quer nos fazer totalmente livres.
Sejamos abertos para a graça de Deus.
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Lc 9,1-6 - Discípulos missionários sem fronteiras

Saudação
- A nós todos, a paz de Deus,
nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na
comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem
reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco, aqui reunidos (pela
grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a
vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos
dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso
coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de
santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade)
Leio o texto do dia em Lc 9,1-6 e
observo as recomendações de Jesus.
Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para
expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o
Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola,
nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem
numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele
lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída
sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente. Os
discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados.
Jesus chamou os doze, deu-lhes poder
e autoridade sobre o mal. Deu-lhes também recomendações referentes ao estilo de
vida pessoal e método missionário. Depois, os enviou dois a dois para levar a
mensagem de vida por todos os povoados.
2. Meditação ( Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Deus quer precisar de nós como testemunhas
da sua graça.
Fomos feitos para ser comunidade
(grupo dos doze) e formar comunidade ( ir às cidades). Isto é ser discípulo
missionário, como nos propõe a Igreja na América Latina, na Missão Continental.
O amor inspira atitudes e gestos com gosto de doação e disponibilidade. Foi
assim com Jesus. Foi assim com os apóstolos. Mais ainda. Disseram os bispos em
Aparecida: "Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos
nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir "à
outra margem", àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e
Senhor, e a Igreja não está presente". (DAp 376).
Deve ser assim comigo, com você. Amar
é estar disposto a nos dedicar a um projeto pessoal para ir ao encontro do
outro que precisa de mim.
3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a
Deus?
"É necessário aprender a orar, voltando sempre a aprender esta arte
dos lábios do Mestre", disseram os Bispos no Sínodo, em 2008. Jesus Mestre
nos ensinou a orar e na sua oração está todo o conteúdo da nossa missão. Rezo,
agora, o Pai Nosso, lentamente, observando bem o sentido de cada palavra.
PAI NOSSO
Pai nosso que estais no céu,
santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
4. Contemplação (Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da
Palavra?
Hoje, quero viver como discípulo/a
missionário/a de Jesus Mestre, pensando nos meus irmãos que precisam de vida.
Nos encontros, e também nos desencontros, se houver, rezarei uma bênção sobre
cada pessoa, como o fez são Paulo:
"Graça e Paz para você! Quando
for visitá-lo, levarei comigo muitas bênçãos de Cristo".(Rm 15,29)
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se
compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê
a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, faze-nos lembrar sempre que
somos operários da tua vinha e que o mérito de nossa obra – caso ele exista – é
puro dom de tua Presença em nós. Que jamais nos vença a tentação do orgulho ou
da vaidade. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso
Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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