segunda-feira, 22 de abril de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/04/2013

23 de Abril de 2013

Ano C

 

João 10,22-30

Comentário do Evangelho


Quem é Jesus?

Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!” (v. 24). No entanto, nenhuma resposta seria convincente (ver: Lc 22,68). Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como sói acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida por eles. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas (vv. 27-30). Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel se compara a um rebanho, e Deus a um pastor (ver: Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referida às suas ovelhas “eu lhes dou a vida eterna” (v. 28), estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna, a não ser Deus? As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai (v. 29). É nas mãos do Filho e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão. O autor do Deuteronômio diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). Para quem todo dia recitava o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
Carlos Alberto Contieri, sj

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=23%2F04%2F2013

Vivendo a Palavra
‘As obras que eu faço em nome do meu Pai, dão testemunho de mim’ – diz Jesus. E nós, sua Igreja, que obras fazemos para podermos dizer o mesmo que Ele? Vivemos a justiça, a solidariedade, a fraternidade, o cuidado com o irmão caído à margem da estrada? Nossa conversão segue por este caminho?

Reflexão
Colaborar na missão salvífica de Jesus através da ação pastoral da Igreja significa levar as pessoas a reconhecerem nele o Deus vivo encarnado para a salvação de todos os que nele crerem. Para que esta ação surta efeito, o anúncio é necessário, mas por si só é insuficiente. Não basta apenas falar de Jesus, é preciso obras, é necessária a vivência dos valores evangélicos, o amor precisa ser concretizado. Mas acima de tudo, é necessária a consciência de que somos participantes da divina missão de salvação dos homens e que quem realiza esta obra não somos nós, mas sim o próprio Deus, é ele quem pastoreia através de nós. Somos na verdade canais de graça para que os homens ouçam a voz de Jesus, sintam-se integrantes do seu rebanho e o sigam rumo à vida eterna.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. A dúvida cruel...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Como qualquer Judeu, Jesus vai constantemente ao templo, e lá sempre é assediado pelos Judeus mais conservadores, que o conhecem e ouvem, têm até admiração por ele, mas vivem na dúvida cruel sobre o seu Messianismo. Nesse evangelho eles indagam novamente sobre essa questão crucial   “Até quando nos deixarás na incerteza, se és o Cristo dizei-nos claramente”. Hoje, em um mundo marcado pelo ateísmo, certamente muitos aceitam Jesus, mas têm restrições sobre sua Divindade.

As  comunidades do primeiro século tiveram que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para compreenderem o ensinamento dos apóstolos sobre as duas naturezas de Jesus.

Talvez o grande problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por conhecerem á sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel, um grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos dos Nazarenos...mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado Messias, já seria um exagero. E por que?

Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida de qualquer judeu, alimentar-se, ir na catequese, estar submisso ao Pai e Mãe, aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e não estava em nível de um simples ser humano.

Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais. Um Jesus que está com a gente mais que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé e Vida.

Pior do que ficar na dúvida, é inventar um Jesus Cristo mais adequado as nossas necessidades. Essa Cristo descaracterizado, produto de um Espírito Consumista, é hoje em Dia o Deus de muita gente que se rotula cristã...

2. Quem é Jesus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
ORAÇÃO
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.

3. O MESTRE É RECONHECIDO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente, sua identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a uma tal pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas obras que ele realiza!

Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras, quem se faz discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na perspectiva justa para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito de sua identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos, nem má intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode discernir quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas entrelinhas da ação de Jesus, sua condição de Messias, realizador das antigas esperanças de Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua condição divina, pois, as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o Filho de Deus.

Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em condições de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra realizada por Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da posição já tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era oportuno perder tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a partir das obras, paciência!
Oração
Espírito do Messias, coloca-me na perspectiva justa, para reconhecer e confessar a messianidade do Filho Jesus.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d3

Sejamos um com Deus


Postado por: homilia

abril 23rd, 2013


Jesus é um personagem incômodo ontem, hoje e sempre. A motivação disto é que Ele diz a verdade, a qual é sempre  exigente, interessa à vida e incide sobre o comportamento humano: “Eu e o Pai somos um”.
Ele revela que o povo, participante das festas judaicas em torno do Templo, na realidade, fazia parte de suas ovelhas, chamadas a escutar as Suas palavras e segui-Lo. Foi Deus, Seu Pai, quem lhas deu e ninguém as arrancará da mão do Senhor. Assim, Jesus desautoriza os chefes religiosos de Israel, com seu Templo e suas sinagogas, a se considerarem verdadeiros pastores. Eles, ao oprimirem e explorarem o povo, estão rejeitando Jesus e, consequentemente, excluindo-se do dom que o Pai comunica por Jesus.
A única verdade que Jesus trouxe, a novidade, é que Jesus é o Filho de Deus. Sua identidade é de origem divina.
Sua filiação divina se torna difícil aceitar para todo aquele que, humana e racionalmente, quer entender e para tal não se abre à transcendência. Por isso, a inquietação e pergunta do chefe do Sinédrio: “És tu o Messias, o Filho de Deus Bendito?”.
Ante esta pergunta, Jesus respondeu: “Eu sou” (Mc 14, 61b-62a), afirmando que o Messias é o Filho de Deus. O mundo religioso daquele tempo, com seus chefes, pareceu acabar por causa de um terremoto tal, que provocou nos detentores o pânico total de perder o poder religioso e político, seu estado social e familiar. A reação foi chata: a morte.
Jesus provoca “terremotos” também hoje nas pessoas e nos povos, enfrentando as ideologias e o pensamento “pós-moderno” na sociedade, com suas denúncias contra o permissivismo e o relativismo, com seus fortes chamamentos a reconhecer a dignidade do homem, feito à imagem e semelhança de Deus e redimido por Jesus Cristo, Salvador e Redentor.
Pela primeira vez, em todos os Evangelhos, Jesus faz uma autoproclamação expressiva de sua união com o Pai. A obra de Jesus é feita em unidade com o Pai. Esta obra, à qual somos chamados, é o dom do amor e da vida eterna. Seja meu irmão, minha irmã, um com Jesus. Converta-se em dádiva, graça no amor pela vida.
Padre Bantu Mendonça
LEITURA ORANTE

Jo 10,22-30 - Jesus dá a vida eterna a suas ovelhas



Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo:

Espírito Santo, dai-nos o dom do conselho,
que ilumina a nossa vida e
 orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia? 
Leio atenta e lentamente o texto do dia: Jo 10,22-30.

Era inverno, e em Jerusalém estavam comemorando a Festa da Dedicação. Jesus estava andando pelo pátio do Templo, perto da entrada chamada "Alpendre de Salomão". Então o povo se ajuntou em volta dele e perguntou:
- Até quando você vai nos deixar na dúvida? Diga com franqueza: você é ou não é o Messias?
Jesus respondeu: - Eu já disse, mas vocês não acreditaram. As obras que eu faço pelo poder do nome do meu Pai falam a favor de mim, mas vocês não crêem porque não são minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão. Ninguém poderá arrancá-las da minha mão. O poder que o Pai me deu é maior do que tudo, e ninguém pode arrancá-las da mão dele. Eu e o Pai somos um.

Observo o local, a ocasião, o fato em si, que pessoas participam e que assunto é tratado.
O povo se diz ainda em dúvida. Jesus então deixa claro algumas coisas:
1º O seu poder é o poder do Pai.
2º Ele conhece quem é do seu rebanho, quem escuta sua voz e o segue. 
3º Jesus afirma que ele e o Pai são um. Revela a sua verdadeira identidade.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
É este Jesus do Evangelho que conheço e sigo? 
Escuto a sua voz e depois, o sigo? 
Ou tenho um Deus que eu imagino, inclusive de acordo com as minhas necessidades? 
Deixo-me conhecer por Deus ou vivo longe, mascarando a minha fé com crendices?
 Busco o Deus das consolações ou consolações de Deus? 
( pequena pausa para responder  a estar questões).
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, com salmos ou outras orações e concluo:
Oração da manhã
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de 
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar revela a minha identidade de filho/a de Deus.

Inspira-se no pensamento de Nolan, no livro “Jesus Hoje”. Diz ele: “Confiar em Deus, como Jesus confiava, não significa viver agarrados a Deus. Significa libertar-nos de tudo, a fim de entregarmos nossas vidas a Deus (...) Não precisamos agarrar-nos a ele, porque seremos agarrados por ele... como uma criança nos braços dos seus pais”.(p. 194)

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.


Bênção Bíblica 

O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, faze-nos testemunhas do teu Amor. Infunde em nós discernimento para compreendermos nossa missão de discípulos anunciadores do teu Reino e coragem para seguirmos, vida afora, os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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