segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Santa Margarida Maria Alacoque - 16 de Outubro


Santa Margarida Maria AlacoqueDeus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do Jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos sacramentos). O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por Irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer o voto à Santíssima Virgem.

Com a intercessão da Virgem Maria, foi curada e pôde ser formada na cultura e religião. Até que provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas.


"Eis aqui o coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos". As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora Santa em reparação da humanidade.

Incompreendida por vários, Margarida teve o apoio de um sacerdote, recebeu o reconhecimento do povo que podia agora deixar o medo e mergulhar no amor de Deus. Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XIII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920.

Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!


Santa Margarida Maria Alacoque

Santa Margarida Maria Alacoque
1647-1690
Na bonita região francesa de Borgonha, Margarida Maria nasceu em 22 de julho de 1647, na modesta família Alacoque. Teve uma juventude difícil, ao lado dos pais, que, pelo excesso de afeto, traçaram a meta de vida da filha, calcada sobre as próprias ambições mundanas. 
Recebeu toda formação cultural e religiosa, desde a infância, das monjas clarissas. Depois vieram as dificuldades: primeiro, o pai faleceu. Logo em seguida, contraiu uma doença não identificada, que a manteve na cama por um longo período. Como nada na medicina curava o seu mal, Margarida, então, prometeu a Nossa Senhora entregar todos os seus dias a serviço de Deus caso recuperasse a saúde. Para sua própria surpresa, logo retornou à sua vida normal. Convencida da intervenção da Providência Divina em favor de sua vida terrena, aos vinte e quatro anos de idade entrou para a Ordem da Visitação, fundada por são Francisco de Sales. 
Tomou o nome de Margarida Maria e fez o seu noviciado, um tempo de iluminação e sofrimento. Rezando e contemplando Jesus eucarístico passou a dialogar com o próprio Cristo, que lhe expôs o coração dilacerado e fez revelações sobre a necessidade de mais amor e devoção à eucaristia. 
Essas experiências místicas foram severamente contestadas pelos religiosos e religiosas da sua época. A pobre monja foi testada e provada de todas as maneiras possíveis, várias vezes, para comprovar suas narrativas. A humanidade, na época, estava assolada pela peste e tremia diante da eminência da morte. O coração do povo era levado a um "Deus duro do castigo". Mas as visões e mensagens de Margarida Maria não, pois apontavam para o "Deus do amor e da salvação", o que gerava uma forte oposição. 
O padre jesuíta Cláudio de la Colombière, porém, respeitado estudioso das manifestações dos sinais de Deus, verificou que a mensagem que ela transmitia era verdadeira. Com o seu apoio e orientação espiritual, as experiências místicas de Margarida Maria começaram a ser vistas de outra maneira. Aos poucos, essa mensagem era assimilada por todos os conventos da Visitação, assim como pelo clero. O culto ao Sagrado Coração de Jesus começou a ser difundido também entre os fiéis. Até que ela própria, antes de morrer, pôde ver muitos de seus críticos cultuando e propagando a devoção do Sagrado Coração. E foi assim que, depois de algum tempo, a mensagem estava espalhada por todo o mundo católico. 
Faleceu com apenas quarenta e três anos de idade, no dia 17 de outubro de 1690, em Paray-le-Monial, na sua França. Foi canonizada, em 1920, pelo papa Bento XV. Santa Margarida Maria Alacoque teve a data de sua festa litúrgica antecipada por um dia para não coincidir com a de santo Inácio de Antioquia.


Santa Margarida Maria Alacoque, Virgem


Margarida nasce em 22 de julho de 1647 no pequeno povoado de Lautecour na França.
Seu pai Claudio Alacoque, juiz e notário. A mãe Filiberta Lamyn. Os filhos são cinco. A menor é Margarida. O pároco, Antonio Alacoque, tio dele, batiza-a aos três dias de nascida. Ela diz em sua autobiografia que desde pequena lhe concedeu Deus que Jesus Cristo fora o único dono de seu coração. E lhe concedeu outro grande favor: um grande horror ao pecado, de maneira que até a mais pequena falta lhe resultava insuportável. 
Diz que sendo ainda uma menina, um dia na elevação da Santa Hóstia na Missa fez a Deus a promessa de manter-se sempre pura e casta. Voto de castidade. 
Aprendeu a rezar o rosário e o recitava com especial ardor cada dia e a Virgem Santíssima lhe correspondeu livrando-a de muitos perigos. 
Levam-na ao colégio das Clarissas e aos nove anos faz a Primeira Comunhão. Diz "Desde esse dia o bom Deus me concedeu tanta amargura nos prazeres mundanos, que embora como jovem inexperiente que era às vezes os buscava, resultavam-me muito amargos e desagradáveis. Em troca encontrava um gosto especial na oração". 
Veio uma enfermidade que a teve paralisada por vários anos. Mas ao fim lhe ocorreu consagrar-se à Virgem Santíssima e  lhe oferecer propagar sua devoção, e pouco depois Nossa Senhora lhe concedeu a saúde. 
Era muito jovem quando ficou órfã de pai, e então a mãe de Dom Claudio Alacoque e duas irmãs dele, vieram à casa e se apoderaram de tudo e a mãe de Margarida e seus cinco filhos ficaram como escravizados. Tudo estava sob chave e sem a permissão das três mandonas mulheres não saía ninguém da casa. Assim não permitiram a Margarida nem sequer sair entre semana à igreja. Ela se retirava a um rincão e ali rezava e chorava. Arreganhavam-na continuamente. 
Em meio de tantas penas lhe pareceu que Nosso Senhor lhe dizia que desejava que ela imitasse o melhor possível na vida de dor ao Divino Mestre que tão grandes pena e dores sofreu em sua Paixão e morte. Em diante a ela não só não desgosta que lhe cheguem penas e dores mas sim aceita tudo isto com o maior gosto por assemelhá-lo melhor possível a Cristo sofredor. 
O que mais a fazia sofrer era ver quão mal e duramente tratavam a sua própria mãe. Mas lhe insistia em que oferecessem tudo isto por amor de Deus. Uma vez a mamãe adoeceu tão gravemente de erisipela que o médico diagnosticou que aquela enfermidade já não tinha cura. Margarida se foi então a assistir a uma Santa Missa pela saúde da doente e ao voltar encontrou que a mãe tinha começado a curar de maneira admirável e inexplicável. 
O que mais lhe atraía era o Sacrário onde está Jesus Sacramentado na Sagrada Hóstia. Quando ia ao templo sempre se colocava o mais próxima possível ao altar, porque sentia um amor imenso para o Jesus Eucaristia e queria lhe falar e escutá-lo. 
Aos 18 anos por desejo de seus familiares começou a arrumar-se esmeradamente e a freqüentar amizades e festas sociais com jovens. Mas estes passatempos mundanos lhe deixavam na alma uma profunda tristeza. Seu coração desejava dedicar-se à oração e à solidão. Mas a família lhe proibia tudo isto. 
O demônio lhe trazia a tentação de que se fosse ser religiosa não seria capaz de perseverar e teria que devolver-se a sua casa com vergonha e desprestígio. Rezou à Virgem Maria e afastou este engano e tentação e a convenceu de que sempre a ajudaria e defenderia. 
Um dia depois de comungar sentiu que Jesus lhe dizia: "Sou o melhor que nesta vida pode escolher. Se te decidir a  dedicar-se a meu serviço terá paz e alegria. Se ficar no mundo terá tristeza e amargura". Depois disso decidiu tornar-se religiosa, custasse o que custasse. 
No ano 1671 foi admitida na comunidade da Visitação, fundada por São Francisco de Sales. Entrou em convento do Paray-le=Monial. Uma de suas companheiras de noviciado deixou escrito: "Margarida deu muito bom exemplo às irmãs por sua caridade; jamais disse uma só palavra que pudesse incomodar a alguma, e demonstrava uma grande paciência ao suportar as duras reprimendas e humilhações que recebia freqüentemente". 
Puseram-na de ajudante de uma irmã que era muito forte de caráter e esta se desesperava ao ver que Margarida era tão tranqüila e calada. A superiora empregava métodos duros e violentos que faziam sofrer fortemente a jovem religiosa, mas esta nunca dava a menor amostra de estar desgostada. Com isto a estava preparando Nosso Senhor para que se fizesse digna das revelações que ia receber. 
Em 27 de dezembro de 1673 lhe apareceu pela primeira vez o Sagrado Coração de Jesus. Ela tinha pedido permissão para ir às quintas-feiras de 9 a 12 da noite a rezar diante do Santíssimo Sacramento do altar, em lembrança das três horas que Jesus passou orando e sofrendo no Horta do Getsemani. 
De repente se abriu o sacrário onde estão as hóstias consagradas e apareceu Jesus Cristo como o vemos em alguns quadros que agora temos nas casas. Sobre o manto seu Sagrado Coração, rodeado de chamas e com uma coroa de espinhos em cima, e uma ferida. Jesus assinalando seu coração com a mão lhe disse: "Eis aqui o coração que tanto amou às pessoas e em troca recebe ingratidão e esquecimento. Você deve procurar me desagravar". Nosso Senhor lhe recomendou que se dedicasse a propagar a devoção ao Coração do Jesus porque o mundo é muito frio em amor para Deus e é necessário entusiasmar às pessoas por este amor. 
Durante 18 meses o Coração do Jesus foi aparecendo. Pediu-lhe que se celebrasse a Festa do Sagrado Coração cada ano na sexta-feira da semana seguinte à festa do Corpo e o Sangue de Cristo (Corpus Christi). 
O Coração do Jesus fez à Santa Margarida umas promessas maravilhosas para os que praticarem esta formosa devoção. Por exemplo "Benzerei as casas onde seja exposta e honrada a imagem de meu Sagrado Coração. Darei paz às famílias. Aos pecadores os tornarei bons e aos que já são bons os tornarei santos. Assistirei na hora da morte aos que me ofereçam a comunhão das primeiras Sextas-feiras para me pedir perdão por tantos pecados que se cometem", etc. 
Margarida  dizia ao Sagrado Coração: "por que não escolhe  outra que seja Santa, para que propague estas mensagens tão importantes? Eu sou muito pecadora e muito fria para amar a meu Deus". Jesus lhe disse: "Escolhi a ti que é um abismo de misérias, para que apareça mais meu poder. E quanto a sua frieza para amar a Deus, te dou de presente uma faísca do amor de meu Coração". E lhe enviou uma faísca da chama que ardia sobre seu Coração, e desde esse dia a Santa começou a sentir um amor maior por  Deus e era tal o calor que lhe produzia seu coração que em pleno inverno, a vários graus abaixo de zero, tinha que abrir a janela de sua habitação porque sentia que ia se queimar com tão grande chama de amor a Deus que sentia em seu coração. 
Nosso Senhor lhe dizia: "Não faça nada sem permissão das superioras. O demônio não tem poder contra as que são obedientes". 
Margarida adoeceu gravemente. A superiora lhe disse: "Acreditarei que sim são certas as aparições de que fala, se o Coração do Jesus lhe conceder a cura". Pediu ao Sagrado Coração que a curasse e ficou boa  imediatamente. Desde esse dia sua superiora acreditou que sim na verdade lhe aparecia Nosso Senhor. 
Deus permitiu que enviassem de capelão ao convento de Margarida a São Claudio de Colombiere e este homem de Deus que era jesuíta, obteve que na Companhia do Jesus fora aceita a devoção ao Coração do Jesus. Depois disso os jesuítas a propagaram por todo mundo. 
Margarida foi nomeada Mestra de noviças. Ensinou às noviças a devoção ao Sagrado Coração (que consiste em imitar a Jesus em sua bondade e humildade e em confiar imensamente nele, em oferecer orações e sofrimentos e missas e comunhões para desagravá-lo, e em honrar sua Santa imagem) e aquelas jovens progrediram rapidíssimo em santidade. Logo ensinou a seu irmão (comerciante) esta devoção e o homem fez admiráveis progressos em santidade. Os jesuítas começaram a comprovar que nas casas onde se praticava a devoção ao Coração do Jesus as pessoas se tornavam muito mais fervorosas. 
O Coração de Jesus disse-lhe: "Se quiser me agradar confie em Mim. Se quiser me agradar mais, confia mais. Se quiser me agradar imensamente, confie imensamente em Mim". 
Antes de morrer obteve que em sua comunidade se celebrasse pela primeira vez a festa do Sagrado Coração do Jesus. 
Em 17 de outubro de 1690 morreu cheia de alegria porque podia ir estar para sempre no céu ao lado de seu amadíssimo Senhor Jesus, cujo Coração tinha ensinado ela a amar tanto neste mundo. 
Digamos de vez em quando as duas orações tão queridas para os devotos do Sagrado Coração: "Jesus manso e humilde de coração, faz nosso coração semelhante ao vosso"."Sagrado Coração do Jesus. Em vós confio". 
FONTE: www.churchforum.org.mx


Santa Margarida Maria Alacoque - Virgem

 Comemoração litúrgica 16 de outubro.  

Também nesta data: Santa Edwiges e São Geraldo Magela 

                                                Santa Margarida Maria Alacoque,  nasceu em 22 de agosto de 1647,  na diocese de Autun (França).  Desde a mais tenra idade, até a  sua adolescência, sofreu as mais duras  provações.  Já com saúde frágil,  não tinha completado ainda oito anos quando perdeu o pai e logo em seguida a irmã. A mãe e  os irmãos, eram  vítimas  das  perseguições diárias de tias rabugentas com as quais habitavam.  Sua mãe,  sofrendo de longa e dolorosa doença,  foi carinhosamente amparada pela pequena Margarida, apesar da repulsa que certos cuidados exigiam à sua extrema sensibilidade.  
                                                A sua mudança para o convento das Irmãs clarissas, que cuidariam dela e  de seu aprimoramento religioso, representou um período difícil pela separação da vista da mãe. A decisão de enviá-la para as clarissas não foi tanto pelas incoveniências em cuidar da mãe, mas principalmente pela luta diária diante da  falta de amabilidade e incompreensão dos que a rodeavam.  Permaneceu no convento das clarissas, porém, ligada à vida secular até atingir a juventude.  
                                                Certo dia, quando participava de uma missa, mesmo sem conhecer o sentido exato, pronunciou inspiradas palavras de consagração ao Senhor: "Ó meu Deus", disse, "consagro-vos a minha pureza e faço-vos voto perpétuo de castidade".   Uma doença, porém, passou a lhe atormentar por um período de quatro anos,  de modo que o sofrimento tornou-se constante, já que nenhum medicamento era eficaz para abrandar as intensas dores no organismo.   Foi quando, milagrosamente, a doença regrediu até a cura, e por este motivo consagrou-se à Virgem Maria, prometendo entrar no serviço religioso.  Estava decidida a  ingressar na Congregação das Ursulinas, quando uma voz secreta disse-lhe: "Não a quero lá, mas  em Santa Maria...!   Estava claro que o Senhor destinara ela para a Congregação das  Irmãs  da  Visitação e isto já era prefigurativo de como ela iria glorificar o Senhor na propagação do Coração de Jesus. As palavras do fundador da Ordem da Visitação, São Francisco de Sales,  quando escreveu a  São Jeanne de Chantal em 10/06/1611, demonstravam já a devoção da congregação aos Corações de Jesus e Maria:  "Realmente, a nossa  pequena congregação é uma obra do Coração de Jesus e de Maria".   Devoção correlatada por São Jeanne de  Chantal:  "As Irmãs da Visitação são bem  humildes e  fiéis a  Deus, e terão o Coração de Jesus como residência e estada neste mundo".   
                                                 Santa Margarida foi acolhida no convento das Irmãs da Visitação de Paray-le-Monial.  Ali mesmo o Senhor se  manifestaria a ela em  revelações distintas, relativas à difusão da consagração e amor ao Seu Coração.  Apareceu-lhe por numerosas vezes,  e deu a conhecer que seria ela o instrumento para arrebanhar o maior número de pessoas ao Amor de Seu Coração.    A essência da mensagem, porém,  agrupa-se em três  revelações.  A primeira ocorreu em  27 de dezembro de 1673, conforme relatou Santa Margarida: "Diversas vezes, diante do Santíssimo Sacramento... "encontrei-me inteiramente investida desta divina presença...  eu abandonei-me ao Seu Divino Espírito, por força do Amor o Seu divino Coração... Ele me fez repousar de forma extrema e por um longo tempo sobre o Seu divino peito, onde pude descobrir as  maravilhas do Seu amor, e os segredos mais profundos e  inexplicáveis do Sagrado Coração... Ele me disse: "O Meu divino Coração transborda de amor para os homens, de modo especial por você, que não poderá mais conter para si a luz das chamas da brilhante caridade;  é necessário que seja difundida aos homens, e que lhes seja manifesto para enriquecê-los dos preciosos tesouros que te revelei..."  A segunda,  situa-se  provavelmente deu-se em uma das primeiras sextas-feiras do ano 1674:  "E numa das vezes,  entre tantas outras,  em que o Santíssimo Sacramento estava exposto,  após ser eu retirada do interior de mim mesma... Jesus Cristo,  Meu suave Mestre, apresentou a mim,  repleto da sua glória, suas cinco chagas, brilhantes como cinco sóis,  e  desta sagrada Humanidade  saíam chamas de todas as partes, sobretudo do Seu adorável peito, semelhante à uma fornalha;  neste instante revelou-me todo o amor e todo o  seu amável Coração e o estado da fonte viva destas chamas. Ele  revelou-me as  maravilhas inexplicáveis de seu Puro Amor,  excessivamente entregue aos homens,  dos quais recebia apenas frieza e ingratidão..."  Na terceira, ocorrida durante o mês de junho de 1675, Jesus exigiu que fosse feita uma festa especial ao Seu Sagrado Coração: "Numa das tantas vezes em que encontrava-me diante do Santíssimo Sacramento, revelou-me Deus as  graças excessivas de Seu Amor... Então, mostrando-me Seu divino Coração, disse:  "Aí está o Coração que tanto tem amado os homens, a ponto de nada poupar até exaurir-se e  consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor;  ... eu te exijo mais,  que  na primeira Sexta-feira de acordo com a oitava do Santíssimo Sacramento, seja dedicada e junte-se à esta festa por honra ao Meu Sagrado Coração, fazendo que seja de igual honra  àquele dia, a fim de reparar as indignidades e ultrajes durante o tempo em que o viram exposto sobre os altares. 
                                                 Santa Margarida , porém,  enfrentaria  diversos  obstáculos na propagação das revelações feitas a ela por Nosso Senhor.  Não tardou que fossem levantadas  críticas e  colocadas  em dúvida as suas experiências místicas. Submetida às mais duras provações e intensas humilhações, Deus enviou ao mosteiro um santo sacerdote que, a princípio passou a estudar minuciosamente os  fenômenos relatados. Posteriormente, tornaria-se ele propagador e  apóstolo do Sagrado Coração de Jesus: Padre Cláudio de La Colombiere. 
                                                 No último ano da sua vida, Santa Margarida  teve a oportunidade de ver a propagação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus;  viu também um grande número de críticos e opositores tornarem-se fervorosíssimos propagadores da santa devoção. Deus revelou-lhe o mistério da Santíssima Trindade, durante uma das suas aparições. 
                                                 Jesus deixou grandes promessas às pessoas que,  aproveitando-se da Sua divina misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras: "Prometo-te, pela Minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final;  não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e meu divino Coração lhes será seguro asilo nesta última hora". (Clique aqui para ver os detalhes da devoção ao Sagrado Coração de Jesus)
                                                 Tais manifestações divinas, sucederam num período em que a heresia jansenista,  retratava um braço do protestantismo a propagar seus erros no seio da Igreja, tentando aniquilar a  concepção da misericórdia de Deus e  da confiança dos fiéis em relação ao Pai Celeste.  A mensagem misericordiosa de Cristo, que aos poucos foi se impondo no convento da Visitação, acabou espalhando-se rapidamente entre as nações e em seguida instituída a sua prática em  toda a Igreja Universal. 
                                                 Santa Maria Margarida Alacoque morreu jovem,  aos 43 anos de idade, em 17 de outubro de 1690 e foi canonizada em 1920, pontificado do Papa Bento XV. 
Reflexões
A história de Santa Margarida nos transporta ao Evangelista e Apóstolo João, que tinha por costume reclinar sua cabeça junto ao peito de Jesus.  Ali encontrava abrigo e proteção;  com íntima pureza de criança, ouvia  as batidas do Sagrado Coração, penetrando em todos os seus insondáveis mistérios, na plenitude de Sua misericórdia, do Seu Amor infinito.  Os evangelistas referem-se a ele como "o discípulo que Jesus amava".  Ele que, junto a Maria Santíssima fez-se presente aos pés da Santa Cruz;  ele, que representando toda a humanidade, recebeu das mãos de Jesus a Maria.  A Mãe de Deus, naquele momento,  era a ele confiada como Mãe de todos os homens. É certo que São João foi Maternalmente consolado e amparado, encontrando  junto ao Imaculado Coração, o mesmo aconchego filial que recebera carinhosamente do Divino Mestre.  
Santa Margarida, ao ser milagrosamente curada, propôs-se a  entrar no Convento das Irmãs Ursulinas, mas Jesus como que "cochichando" em seu ouvido, mandou que ingressasse no Mosteiro de Santa Maria da Visitação, pela devoção que a congregação cultivava pelos Corações de Jesus e Maria.  Assim como São João,  Santa Margarida conheceu o Coração de Jesus de perto, penetrando nas suas mais íntimas maravilhas, impossíveis de serem assimiladas pelo nosso frágil discernimento.  Mas é justamente para nós que está direcionada esta graça, a graça de obter os favores espirituais através da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. É mais um dom precioso que o Senhor nos deixou por herança. Não passemos indiferentes diante deste tesouro valiosíssimo, capaz de proporcionar abundantes graças não só para nós ou para nossas famílias, mas extensiva a todas as pessoas que andam mais afastadas da Igreja e particularmente, às almas que ainda padecem no purgatório.    
http://www.paginaoriente.com/anoeclesiastico/margaridaml1610.htm

DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
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ENTRONIZAI OS CORAÇÕES DE JESUS E DE MARIA EM VOSSOS E LARES

ATO DE CONSAGRAÇÃO AOS 
SAGRADOS CORAÇÕES DE JESUS E MARIA

 "Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, a vós me consagro, assim como toda minha família.  Consagramos a vós nosso próprio ser, toda nossa vida, tudo o que somos, tudo o que temos, e  tudo o que amamos. 

A vós damos nossos corações e nossas almas. A vós dedicamos nosso lar e nosso país. Conscientes de que, através desta consagração nós, agora, vos prometemos viver cristãmente praticando as virtudes de nossa religião, sem nos envergonharmos de testemunhar a fé.  

Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, aceitai esta humilde oferta de entrega de cada um de nós, através deste ato de consagração. 

ORIGEM DA DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


                                 Na  sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a  festa do Sagrado Coração de Jesus. De acordo com os  desejos de Nosso  Senhor, manifestados  a  Santa Margarida Maria Alacoque, deve ser dia de reparação, pela ingratidão, frieza, desprezo e sacrilégios que muitas vezes sofreu na Eucaristia, por parte de maus  cristãos, e às vezes até por parte de pessoas que se presumem piedosas.  Em todas as igrejas se fazem neste  dia, solenes atos coletivos de reparação. Para estimular os cristãos e retribuir com amor tantas e tão grandes provas de amor do divino Coração de Jesus, dedicou à sua veneração, não só a primeira sexta-feira de cada mês, mas também um mês inteiro, o mês de junho. 
                                 No dia  16 de junho de  1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria Alcoque e,  descobrindo seu Coração, disse-lhe:  “Eis o coração que tanto tem amado aos homens e  em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e  sacrilégios, friezas e  desprezos que tem por Mim neste Sacramento de Amor”.

Quem é devoto do Sagrado Coração de Jesus?

“Tem devoção ao Sagrado Coração de Jesus, quem considera o amor que Jesus Cristo patenteou na sua vida, na morte e  no SSmo Sacramento, quem  considera os afetos, os sofrimentos da alma de Jesus Cristo.
“É devoto do Sagrado Coração de Jesus, quem ama a Jesus Cristo, imita suas virtudes;  quem Lhe faz reparação honorífica dos ultrajes que recebe e tudo isto, para corresponder ao amor que Ele nos vota.
“O Sagrado Coração de Jesus, na “GRANDE PROMESSA”, concedeu a inestimável graça da perseverança final aos que comungarem na primeira sexta-feira de  nove meses seguidos. Pelo que  se introduziu o exercício de devoções em honra do Sagrado Coração, na primeira  sexta-feira de cada mês. Além da graça prometida, ganha-se uma indulgência plenária (Comunhão, reparação, oração e meditação por algum tempo sobre a infinita bondade do Sagrado Coração). (Pe. Réus:  “Orai”)
Jesus, portanto, quer que Lhe demos amor e  reparação das ofensas contra a  Eucaristia, honrando e venerando o seu divino Coração.
E como para nos obrigar a isto,  fez as seguintes magníficas promessas, em que fala a  misericórdia do seu Sagrado Coração:

AS PROMESSAS 

<> Dar-lhes-ei todas as graças  necessárias ao seu estado.
<> Porei paz em suas famílias.
<> Consolá-los-ei em todas as  suas aflições.
<> Serei o seu refúgio na vida e principalmente na morte.
<> Derramarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas .
<> Os pecadores acharão no meu Coração o manancial e o oceano infinito de misericórdia.
<> As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.
<> As  almas fervorosas| altear-se-ão, rapidamente, às eminências da perfeição.
<> Abençoarei as casas, onde se expuser e venerar a imagem do meu Sagrado Coração.
<> Darei aos sacerdotes o dom de abrandarem os corações mais endurecidos.
<> As pessoas  que propagarem estas devoção, terão os seus nomes escritos no meu Coração, para nunca dele  serem apagados.
<> A GRANDE PROMESSA:  Prometo-te, pela excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder  a todos que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final, que não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os seus  sacramentos, e que o meu divino Coração lhes será seguro asilo nesta última hora.
Segue  abaixo, a ficha de  controle para as pessoas  que se dispuserem  a  fazer as Comunhões Reparadoras ao Sagrado Coração de Jesus: 

MINHAS  COMUNHÕES REPARADORAS:  

EU, ___________________________________________________, eu fiz  a  Comunhão  Reparadora nas primeiras  sextas-feiras dos seguintes meses:
1.  No mês de ____________________ de 20___
2.  No mês de ____________________ de 20___
3.  No mês de ____________________ de 20___
4.  No mês de ____________________ de 20___
5.  No mês de ____________________ de 20___
6.  No mês de ____________________ de 20___
7.  No mês de ____________________ de 20___
8.  No mês de ____________________ de 20___
9.  No mês de ____________________ de 20___
E PROMETO ao Sagrado Coração de Jesus em levar uma vida digna de católico (a) praticante e fervoroso (a).  

<>     ENTRONIZAI O CORAÇÃO DE JESUS EM VOSSO CORAÇÃO !     <>
Divino Amigo, perseguido pelos  inimigos e ferido no Coração pela tibieza de tantos amigos,  vos queixastes a  Santa Margarida:  “Não acho, quem me ofereça um lugar de repouso...  quero que teu coração me sirva de asilo...”, eu quero aliviar vossa queixa e  dar ao vosso Coração o asilo,  que tantas almas lhe negam, quando dizem, ao menos com as suas obras:  “Não queremos que Ele reine sobre nós”.  De minha parte, pelo contrário,  só Vós haveis de ser o meu Rei. Vivei em mim que já não quero outra vida senão a vossa, outros interesses  senão os da vossa glória, esvazio inteiramente meu coração e de par em par vo-lo abro.  Entrai, Senhor! Dai-me o vosso Coração. Ele  será o meu Rei muito amado.  A Ele consagro e abandono meus interesses espirituais e temporais, meus sentidos e  potências, minha vontade e todo o meu ser. Divino Coração de Jesus,  reinai no meu coração! Imaculado Coração de Maria, defendei e dilatai nele o Reino de vosso Filho. Amém.
Coração Eucarístico de  Jesus, Modelo do coração sacerdotal, 
Tende piedade de nós! (300 dias)
Enviai, Senhor, à vossa Igreja, 
Santos sacerdotes e fervorosos  religiosos! (300 dias)/ 

MINHA CONSAGRAÇÃO

Divino Salvador que, perseguido pelos inimigos e  ferido no Coração pela tibieza de tantos  amigos,  Vos queixastes a Santa Margarida: “Tenho procurado consoladores e não os tenho encontrado...”.
Aqui estou,  Senhor, para Vos consolar: Quero adorar vossa Majestade escondida,  quero reparar as ofensas minhas e  dos outros, quero amar o vosso  amor desprezado e  abandonado. Consagro-me inteiramente ao vosso  divino Coração. Sêde  Vós somente o meu Rei. Ajudai-me, Senhor,  a difundir nas almas o reino do vosso Coração. Acendei a chama do vosso amor no coração dos vossos sacerdotes, para que se tornem apóstolos infatigáveis e  portadores das bênçãos do vosso divino Coração.
Fazei que compreendam, finalmente, a honra e a  obrigação que têm de Vos amar, para que, unidos entre si com os  laços da vossa caridade, glorifiquem todos o vosso divino Coração, que é para nós, fonte de vida e  salvação.  

"Divino Coração de Jesus,  reinai em meu coração! 
Imaculado Coração de Maria, defendei e dilatai nele o Reino de vosso Filho. Amém!"

Santa Margarida Maria Alacoque
Nascimento22 de agosto de 1647
Local nascimentoVerosvres (Borgonha)
OrdemDa Visitação
Local vidaFrança (paray-le Monial)
EspiritualidadeEsta é a Santa que recebeu a missão de espalhar pelo mundo a devoção ao Sagrado Coração ofendido pela ingratidão dos homens, precisamente quando o jansenismo - espécie de infiltração do espírito protestante dentro da Igreja - destruía nas almas a noção da misericórdia de Deus. O Sagrado Coração de Jesus apareceu a Santa Margarida Maria, jovem religiosa da Ordem da Visitação, para transmitir sua mensagem de misericórdia e confiança, a dizer: "Eis aquele Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes seu amor. E em reconhecimento não recebeu, senão ingratidão da parte deles". Foi incompreendida e perseguida, tachada de visionária, histérica e alucinada, até que a Providência colocou em seu caminho o jesuíta São Cláudio La Colombière, que lhe deu orientação segura e conseguiu fazer com que sua mensagem começasse a ser vista com outros olhos. Canonizada em 1920, sua data foi antecipada de um dia para não coincidir com a de santo Inácio de Antioquia. Pouco a pouco, essa mensagem foi se impondo aos conventos da Visitação, e depois se espalhou por toda a Igreja. Foi canonizada em 1920: a Mensagem do Coração Misericordioso de Jesus.
Local morteParay-le-Monial, França
Morte1690, aos 43 anos de idade
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós
PadroeiroDos que amam o coração de Jesus ou o desejam amar
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Edwiges (padroeira dos endividados e falidos) Margarida Mª Alacoque (virgem); Ambrosio , Florentino, lulo (bispo); Galo, (ab); Saturnino e Nereu, Martiniano, Saturiano e Máxima (márts); Elífio, Demétrio, Eugênio e Evódio (bispo), são Gall (protetor dos pássaros)
FONTE: ASJ

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