
Com vinte anos, Nicolau ficou impressionado com a pregação de um monge eremita agostiniano. A partir disso, acolheu o desafio da vida monástica como eremita. Ordenado sacerdote em 1270, foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e muito confortável e dispôs pedir que o deixassem ali, mas ao chegar à capela ouviu uma voz que lhe dizia: "A Tolentino, a Tolentino, ali perseverará". Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o mandaram.
Ao chegar a Tolentino se deu conta de que a cidade estava arruinada moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o guelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte. E se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo: "Oportuna e inoportunamente". E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas ruas.
São Nicolau percorria os bairros mais pobres da cidade consolando aos aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os pecadores, e levando a paz aos lares desunidos. Passava horas e horas no confessionário, absolvendo aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.
São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas do Purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas. Desde então dedicou-se a oferecer muitas Santas Missas pelo descanso das benditas almas.
Morreu em 10 de setembro de 1305, e quarenta anos depois de sua morte foi encontrado seu corpo incorrupto.
São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!
São Nicolau Tolentino

São Nicolau
Tolentino
1245-1305
1245-1305
A prodigiosa notícia que temos de são Nicolau de
Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda
em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar
sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos,
os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez
crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo
católico.
Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi
do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela
cidade viveu grande parte da sua vida. Desde os sete anos de idade, suas
preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos
favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos
pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos
quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo
Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às
Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado
sacerdote.
Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora
na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande
poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé,
sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo,
levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e
a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de
levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e
alegria.
Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se
fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário
mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com
todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia
para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e
absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade
e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus
irmãos da Ordem.
No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito
nas mãos do Senhor antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na
sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas.
O local tornou-se meta de peregrinação e os milagres atribuídos a ele não
cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de 1446, são Nicolau de
Tolentino foi finalmente canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi
mantida para o dia de sua morte.

S. Nicolau de Tolentino
São
Nicolau de Tolentino nasceu em Castelo de Santo Ângelo, atual Santo Ângelo in
Portano, no ano de 1245. Era muito rigoroso consigo mesmo, mas delicados com os
outros. Ingressou entre os agostinianos no ano de 1256 e foi ordenado sacerdote
em 1269 em Cíngoli; após seis anos de peregrinações por várias cidades, teve
morada definitiva em Tolentino, onde desenvolveu o seu apostolado principalmente
no confessionário. Amadureceu na sombra a sua santificação pessoal fazendo
produzir fruto as reservas espirituais que lhe garantia a vida religiosa: a
obediência incondicional, o desapego absoluto dos bens terrenos e a modéstia
profunda. Sob seu modesto burel o exemplar religioso teceu na humanidade a
preciosa trama da santidade, a ponto de fazê-lo exclamar na hora da morte:
"Vejo meu Senhor Jesus Cristo, sua Mãe e Santo Agostinho, que me dizem:
"Bravo, servo bons e fiel".
Ainda que não parecesse das severas penitências a que se submetia,
sabemos pelos testemunhos de seus confrades que quatro dias da semana seu
alimento consistia em pão e água e nos três dias restantes nunca tocava em
alimentos substanciosos, como carne, ovos, etc... Reduzia o sono a três ou
quatro horas para dedicar-se a oração.
Sempre após as longas horas que ficava em confissão, fazia visitas diárias às
casas dos pobres, para os quais, com a licença dos superiores, constituira
modesto fundo, de onde tirava o necessário nos casos mais urgentes.
São Nicolau de Tolentino morrei em Tolentino no dia 10 de Setembro de 1305.
Quarenta anos após sua morte, foi seu corpo encontrado incorrupto. Tendo sido
nesta ocasião cortado seus braços e das feridas jorrou copioso sangue.
Conservados em custódias de prata, desde o século XV, os braços tiveram
periódicas efusões de sangue. Este foi um ponto muito importante para a difusão
do culto deste Santo na Europa e nas Américas.
O processo de canonização iniciou-se vinte anos após sua morte e teve conclusão
em 1446, tendo sido declarados autênticos trezentos e um milagres. São Nicolau
de Tolentino é invocado pelos que sofrem injustiças ou são oprimidos na vida e
na liberdade, e como protetor da maternidade e da infância, das almas do
purgatório, da boa morte e também contra os incêndios e epidemias.
São Nicolau de Tolentino, Confessor
O nome Nicolau significa: "Vitorioso com o povo" (Nico =
vitorioso. Laos = povo). O sobrenome Tolentino veio da cidade italiana onde trabalhou e morreu.
Seus pais depois de muitos anos de matrimônio não tinham filhos, e para
conseguir do céu a graça de que lhes chegasse algum herdeiro, fizeram uma
peregrinação ao santuário de São Nicolau do Bari. No ano seguinte nasceu este
menino e em agradecimento ao santo que lhes tinha conseguido o presente do céu,
puseram-lhe por nome Nicolau.
Já desde muito pequeno gostava de se afastar do povo e ir-se a uma
caverma orar. Quando já era jovem, um dia entrou em um templo e ali estava
pregando um famoso frade agostiniano, o Padre Reginaldo, que repetia aquelas
palavras de São João: "Não amem muito o mundo nem as coisas do mundo. Tudo
o que é do mundo passará". Estas palavras o comoveram e se propôs a
tornar-se religioso. Pediu ser admitido como agostiniano, e sob a direção do
Padre Reginaldo fez seu noviciado nessa comunidade.
Já religioso o enviaram a fazer seus estudos de teologia e no seminário
o encarregaram de distribuir esmola aos pobres na porta do convento. E era tão
exagerado em repartir que foi acusado perante seus superiores. Mas antes de que
lhe chegasse a ordem de destituição desse ofício, aconteceu que impôs suas mãos
sobre a cabeça de um menino que estava gravemente doente dizendo: "Deus te curará", e o menino ficou instantaneamente
curado. Desde então os superiores começaram a pesar que seria deste jovem
religioso no futuro.
Ordenado de sacerdote no ano de 1270, fez-se famoso porque colocou suas
mãos sobre a cabeça de uma mulher cega e lhe disse as mesmas palavras que havia
dito ao menino, e a mulher recuperou a vista imediatamente.
Foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e
muito confortável e dispôs pedir que o deixassem ali, mas ao chegar à capela
ouviu uma voz que lhe dizia: "A Tolentino, a Tolentino, ali
perseverará". Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o
mandaram.
Ao chegar a Tolentino se deu conta de que a cidade estava arruinada
moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o
güelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte. E se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo.
Oportuna e inoportunamente". E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas
ruas.
A Nicolau não interessava nada aparecer como sábio nem como grande
orador, nem atrair os aplausos dos ouvintes. O que lhe interessava era
entusiasmá-los Por Deus e obter que cessasse as rivalidades e que reinasse a
paz. O Arcebispo Santo Antonino, para ouvi-lo exclamou: "Este sacerdote
fala como quem traz mensagens do céu. Prega com doçura e amabilidade, mas os
ouvintes estalam em lágrimas para lhe ouvir. Suas palavras penetram no coração
e parecem ficar escritas no cérebro do que escuta. Seus ouvintes suspiram
emocionados e se arrependem de sua má vida passada".
Os que não desejavam deixar sua antiga vida de pecado faziam o possível para não escutar a este pregador que lhes trazia remorsos de
consciência.
Um desses senhores se propôs ir à porta do templo com um grupo de amigos a boicotar um sermão do Padre Nicolau com seus gritos e
desordens. Este seguiu pregando como se nada especial estivesse sucedendo. E de
um momento para outro o chefe da desordem fez um sinal
a seus seguidores e entrou com eles ao templo e começou a rezar chorando, de
joelhos, muito arrependido. Deus lhe tinha tocado o coração. A conversão deste
antigo escandaloso produziu uma grande impressão na cidade, e logo já São
Nicolau começou a ter que passar horas e horas no confessionário, absolvendo
aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.
Nosso santo percorria os bairros mais pobres da cidade consolando aos
aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os
pecadores, e levando a paz aos lares desunidos.
Nas indagações para sua beatificação, uma mulher declarou sob juramento
que seu marido lhe batia brutalmente, mas que desde que começou a ouvir o Padre Nicolau, mudou totalmente e nunca mais voltou a
maltratá-la. E outras testemunhas confirmaram três milagres obrados pelo santo,
o qual quando conseguia uma cura maravilhosa lhes dizia: "Não digam nada a
ninguém". "Dêem graças a Deus, e não a mim. Eu não sou mais que um
pouco de terra. Um pobre pecador".
Morreu em 10 de setembro de 1305, e quarenta anos depois de sua morte
foi encontrado seu corpo incorrupto. Nessa ocasião lhe tiraram os braços e da
ferida saiu bastante sangue. Desses braços, conservados em relicários, saiu
periodicamente muito sangue. Isto tem tornado nosso santo ainda mais popular.
São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas
do purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas. Desde
então dedicou-se a oferecer muitas santas missas pelo descanso das
benditas almas. Possivelmente nos queiram pedir também esse mesmo favor as
almas dos defuntos.
São Nicolau de Tolentino | |
Nascimento | No ano de 1245 |
Local nascimento | Castelo de Santo Ângelo (Espanha) |
Ordem | Agostiniana (Confessor) |
Local vida | Itália |
Espiritualidade | Pertenceu à Ordem dos Eremitas de Agostinho e passou a maior parte da vida num convento, praticando austeridades difíceis de imaginar em nossos tempos, e recolhido em oração e na mais alta contemplação. Era obidientíssimo e sua vida é repleta de milagres e extraordinários fenômenos místicos Conta-se que, por penitência, jamais comia carne, mas certa vez, estando doente, seu superior ordenou-lhe comê-la. Comendo um pedaço bem pequeno, disse: "Já vos obedeci. Agora, por favor, não me entrsiteçam mais por essas gulodices". Foi um grande apóstolo pregador e confessor. Quarenta anos após sua morte, viram que seu corpo estava totalmente intacto. |
Local morte | Itália |
Morte | 10 de setembro de 1305, aos 60 anos de idade |
Fonte informação | Santo Nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Ó Deus e Senhor, eu te peço que nas alegrias e tristezas de minha vida cotidiana, bem como na hora das provações, eu saiba recorrer ao Espírito Santo com docilidade e confiança. Amém. São Nicolau de Tolentino, rogai por nós. |
Devoção | À conversão das almas, através, da oratória e da confissão |
Padroeiro | Dos que sentem dificuldade em obedecer |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: João Ciungócu (Márts); Hilário (papa) ; Pedro, Sávio, Agapito (bispo); Nemésia, Félix, Lúcio, Liteu, Polian, Vítor, Xaderes, Dativo, Teodardo (bispo); Sótenes, Apeles, Lucas, Clemente (Mátrs); Pulquéria (imp.). FONTE: ASJ |
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